Indústria Brasileira do Aço As Grandes Questões Mercado Aços Planos

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Transcrição:

Indústria Brasileira do Aço As Grandes Questões Mercado Aços Planos Sergio Leite de Andrade Conselheiro do Aço Brasil/Vice- Presidente Comercial Usiminas São Paulo, 14 de julho de 2014

CHINA: MAESTRO DO COMÉRCIO MUNDIAL DE AÇO Importações brasileiras de laminados planos da China (em mil t) 1379 1214 871 729 287 240 506 0,15 2005 0,2 2007 2009 2012 2013 2014 2015 1.619.000 Fonte: MDIC

DEFESA COMERCIAL: O MUNDO ESTÁ ATENTO Processos recentemente abertos contra China e outros exportadores Junho/15 EUA iniciam investigação preliminar de antidumping de aços planos revestidos contra China, Índia, Itália, Coreia e Taiwan e de subsídio contra China Junho/15 México aplica direito antidumping provisório (variam de 12,42% a 79,86%) nas importações de laminados a quente da China, Alemanha e França. Maio/15 - União Europeia inicia investigação antidumping de laminados a frio contra China e Rússia Fonte: Palnej. Comercial Usiminas Dez/14 México publica determinação preliminar de investigação antidumping de laminados a frio contra China. Protecionismo Isonomia

DEFESA COMERCIAL: O BRASIL NA BUSCA POR ISONOMIA Medidas anddumping em vigor, aplicadas pelo Brasil Fonte: Planej. Comercial - Usiminas Tubos de aço carbono sem costura contra China, Romênia (2011) Tubos de aço carbono sem costura (D <= 5 pol) contra China (2011) Laminados planos de aço ao silício (GNO) contra China, Coréia do Sul, Taiwan (2013) Tubos de aço inoxidável contra China, Taiwan (2013) Chapas grossas contra África do Sul, China, Coréia do Sul, Ucrânia (2013) Chapas grossas com adição de boro contra China e Ucrânia (2014) (circunvenção) Laminados a frio (inox) contra Alemanha, China, Coréia do Sul, Finlândia, Taiwan, Vietnã (2013) Tubos de aço carbono, sem costura (5 < D <= 14 pol) contra China (2013) Arames galvanizados contra Suécia (2014) Tubos de aço carbono (D <= 5 pol) contra Ucrânia (2015) Processo recentemente aberto Chapas grossas com adição de cromo contra China e Ucrânia (jun/2015) (circunvenção)

MAS NÃO É O SUFICIENTE... A importação indireta de aço quadruplicou nos úl9mos 10 anos, chegando a 4,7 milhões de t em 2014 É preciso uma ação integrada abrangendo toda a cadeia produ9va. A concorrência desleal a9nge a todos.

A (DES)ESCALADA DA (DES)INDUSTRIALIZAÇÃO - 2014 PIB + 0,1% PIB Industrial - 1,2% PIB Ind. de Transformação - 3,8% Produção - setores consumidores de aço - 10,9% Fonte: IBGE Em 2014, a par9cipação da indústria de transformação no PIB brasileiro foi de somente 11%

CONSUMO PER CAPITA DE AÇO 1119 818 160 Em kg / habitantes 51 100 93 126 48 1970 1980 2000 2014 Fonte: WSA

O EXEMPLO DA COREIA DO SUL Inovação Ins9tuições 7 6 Infraestrutura Sofis9cação dos negócios Tamanho do mercado Pron9dão tecnológica Desenvolvimento do mercado financeiro 5 4 3 2 1 0 Eficiência do mercado de trabalho Ambiente macroeconômico Saúde e educação Primária Educação Universitária e treinamento Eficiência do mercado de bens Priorização da indústria de alta tecnologia Inves9mento em P&D superior a 2% do PIB, mais do que o padrão europeu. Valorização da educação: engenharia e ciências técnicas. Fonte: World Economic Forum The Global Competitiveness Report 2014-2015

HÁ UMA DEMANDA REPRESADA NO BRASIL Invesdmentos em Infraestrutura Em % do PIB 2011 2.18 China: 13% 2012 2013 2014 2.27 2.37 2.37 Vietnã: 10% India: 6% Chile: 5% Para alcançar níveis de países industrializados, seria necessário aplicar entre 4% e 6% do PIB durante 20 anos. Fonte: Fundação Dom Cabral, com dados do IMD e INTERB

A INFRAESTRUTURA NO BRASIL É MENOS COMPETITIVA QUE... Bulgária Romênia Ucrânia Fonte: Fundação Dom Cabral, com dados do IMD e INTERB

AS OPORTUNIDADES EXISTEM... ü Novos players no segmento automo9vo ü Aços nobres, especialmente de alta resistência, nos setores automo9vo, máquinas agrícolas e outros ü Sistemas construdvos industrializados (construção a seco), como steel frame, steel deck, dry wall Déficit Habitacional: + - 5 milhões de moradias ü Fontes alterna9vas de energia: setor eólico ü Aços sour service no setor de óleo e gás ü Desconcentração regional ferrovias para atendimento a novos mercados, via distribuição

AS EMPRESAS FAZEM A SUA PARTE Tecnologia de Resfriamento Acelerado de Chapas Grossas

AS EMPRESAS FAZEM A SUA PARTE Novo Laminador de Tiras a Quente

AS EMPRESAS FAZEM A SUA PARTE Nova Linha de Galvanização

AS EMPRESAS FAZEM A SUA PARTE Nova Linha de Decapagem

AS EMPRESAS CONTINUAMENTE APRIMORAM A GESTÃO DESAFIOS ü Baixa a9vidade econômica ü Produ9vidade, eficiência, controle de custos ü Acirramento da compe9ção ü Padrões de benchmarkings ü Assimetrias compe99vas ü Maior conteúdo tecnológico, especialização ü Preços alinhados em nível mundial ü Cultura de conhecimento sistêmico ü Vola9lidade no preço de insumos ü Tecnologias limpas como oportunidade ü Pressão dos sucedâneos ü Uso racional dos insumos NOVOS PADRÕES

A cadeia industrial do aço é um espelho do 9po de desenvolvimento de um País...

AO (NÃO) PRODUZIR UMA BOBINA DE AÇO, O QUE O BRASIL GANHA (PERDE)? ü Cadeia de fornecedores ü Pesquisa ü Desenvolvimento tecnológico ü Cadeia logís9ca ü Inves9mentos ü Coprodutos ü Impostos ü Qualificação profissional ü Responsabilidade social E, naturalmente...

...EMPREGOS! Geração Líquida de Emprego da Indústria de Transformação (em milhares) 600 500 546 443 554 400 300 200 100 189 154 219 290 200 51 224 93 123 0-100 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014-200 Em 2014, foi a primeira vez desde 2002 que as demissões superaram as admissões - 164 Fonte: Caged/TEM, Elaboração: DECOMTEC/FIESP

Quando os ventos de mudança sopram, algumas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento Érico Veríssimo

OBRIGADO!