Programa de revitalização da atividade de manutenção em linhas de transmissão e subestações energizadas



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Transcrição:

Programa de revitalização da atividade de manutenção em linhas de transmissão e subestações energizadas Márcio Antonio de Castro Souza Alessandro Cesar de Sousa Berrêdo Data 05/08/2013

Finalidade O programa consiste em um plano de renovação dos processos de manutenção em equipamentos energizados, considerando desde a avaliação dos arranjos mecânicos existentes e metodologia de manutenção, adequação e/ou substituição das ferramentas e instrumentos disponíveis, busca por inovação tecnológica, aplicação de tecnologias inéditas no Brasil, desenvolvimento e treinamento das técnicas aplicadas além da revisão dos procedimentos existentes e a criação de novos.

Principais problemas encontrados Jugos e adaptações fabricados em oficina caseira; Problemas com cinto tipo paraquedista; Ferramentas de linha viva sem ensaios elétricos; Colaboradores sem certificação para atividades em linha viva; Cordas inapropriadas para a aplicação em linhas energizadas;

Pontos positivos Rede didática para treinamento entre os centros de manutenção Procedimento de Trabalho Seguro PTS Colaboradores com grande experiência e vontade de melhorar Busca por inovação tecnológica Aprimoramento das técnicas de trabalho Criação e classificação de novos procedimentos de manutenção

Os equipamentos até então empregados nas atividades foram avaliados e, quando não possuíam os requisitos de segurança para sua utilização, foram descartados. - Inspeção visual - Ensaios elétricos e mecânicos - Dados de procedência e informações técnicas do fabricante.

O desenvolvimento e a aquisição das novas ferramentas e instrumentos seguiram os critérios de segurança e normas técnicas aplicadas, e foram fornecidos por um único fabricante nacional de qualidade comprovada. A aquisição de equipamentos importados só foi necessária para a corda e o seu testador de dielétrico.

Recepção de novos equipamentos Os equipamentos de linha viva foram testados ainda em fabrica antes da entrega e acompanhados pela Engenharia da State Grid, a fim de garantir a confiabilidade dos mesmos. Os equipamentos foram submetidos a testes elétricos e mecânicos conforme normas aplicadas recebendo a certificação para a utilização segura.

Corda de linha viva A corda utilizada nos serviços de linha viva responde pelo maior risco elétrico da atividade. Além da necessidade de se garantir as suportabilidades elétrica e mecânica em condições normais de uso, a Engenharia da State Grid buscou no mercado externo uma corda que garantisse a isolação elétrica exigida pela atividade. A corda anteriormente utilizada, muito comum entre as transmissoras de energia, foi avaliada entre outros 6 modelos e obteve o pior resultado entre as amostras, sendo considerada imprópria para a atividade de linha viva.

Ensaios de recepção na corda de linha viva A nova corda de linha viva recebeu laudo de fábrica de concordância com a norma ASTM 1701-12, sobre ensaios em cordas dielétricas. O teste exige que, em condição molhada, em qualquer tempo, a corrente de fuga não pode ser superior a 250 A, com a aplicação de 50 kv em uma amostra de 1 pé ou aproximadamente 30 cm de comprimento.

Ensaios de recepção na corda de linha viva Mesmo com o laudo de fábrica, foi novamente realizado o ensaio no CEPEL onde duas amostras de corda foram submetidas a 100 kv na condição seca e a 50 kv, após submersas em água por 24h. Como resultado, as cordas tiveram corrente de fuga de 25 A secas e 15,5 A molhadas.

Treinamentos A State Grid possui 4 regionais e uma equipe de linha viva em cada centro, composta por 5 profissionais. Todos os profissionais possuem experiência na atividade de linha viva, especialmente em linhas de transmissão e subestações de 500 kv. Os treinamentos são focados em cada arranjo mecânico e as reciclagens ocorrem com periodicidade bienal.

Treinamentos Em geral, os treinamentos levam 10 dias, com a seguinte carga horária: 1 dia 8 horas contendo teoria específica, regras de segurança, apresentação de ferramentas e instrumentos, plano de trabalho e metodologia de execução; 2 ao 5 dia Práticas de execução em linha desenergizada (centro de treinamento); 6 ao 10 dia Práticas de execução em linhas energizadas (casos reais);

Arranjos A ordem dos treinamentos foi definida em função da complexidade do arranjo e, a medida que o treinando conclui uma etapa, adquire a certificação necessária para a execução daquela atividade específica. Subestações 500 kv Cadeias de Isoladores tipo I em suspensão e ancoragem para 500 kv Cadeias de Isoladores tipo I em suspensão para crossrope 500 kv Cadeias de Isoladores tipo V em suspensão para 500 kv Para outras atividades, a engenharia desenvolve metodologias próprias e as simula em linha desenergizada do centro de treinamento.

Subestações de 500 kv Montagem de andaime Instrução de aproximação

Arranjos comuns Arranjo I em suspensão Arranjo I em ancoragem

Arranjos específicos Arranjo I tipo Crossrope Arranjo V em suspensão

Demonstração da corda e do testador de cordas Explicações sobre a nova tecnologia Demonstração de teste em corda

DDS antes das atividades com realização da APR Substituição de isoladores poliméricos Substituição de isoladores em suspensão

Realização de testes em bastões e cordas antes das atividades Teste de isolação em bastões isolantes Inspeção visual em corda isolante

Documentação técnica Com a entrada das novas concessões, a Engenharia, além de revisar as metodologias aplicadas, decidiu pelo desmembramento do procedimento existente em outros novos, classificados pelo nível de tensão dos equipamentos. - Procedimento técnico de manutenção em subestações energizadas a 500 kv - Procedimento técnico de manutenção em linhas energizadas a 500 e 440 kv - Procedimento técnico de manutenção em linhas energizadas a 345 kv - Procedimento técnico de manutenção em linhas energizadas a 230 e 138 kv

Perguntas?