Profº Ms. Daniel Resende

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Transcrição:

Profº Ms. Daniel Resende

* Ao longo desta exposição dialogada serão debatidos aspectos referentes à: Aspectos históricos dos Diagnósticos de Enfermagem Etapas mais utilizadas do Processo de Enfermagem Principais sistemas de classificação utilizados na prática de Enfermagem NANDA NIC NOC

* A Enfermagem tem articulado crescentes esforços com o propósito de alcançar sua autonomia e representar o seu conhecimento específico expresso por uma terminologia variada e utilização de tecnologias. É nessa busca pelo papel e identidade do seu campo de ação que a enfermagem estuda a construção, aplicação e validação de tecnologias.

* Forma sistemática e dinâmica de prestar cuidados de enfermagem. Abordagem deliberativa de solução de problemas. Exige habilidades cognitivas, técnicas e interpessoais. Voltado para as necessidades do indivíduo.

* PROCESSO É um INSTRUMENTO TECNOLÓGICO que a enfermagem utiliza: Para favorecer o cuidado Para organizar as condições necessárias à realização do cuidado Para documentar a prática profissional (GARCIA; NÓBREGA, 2000)

* TERMINOLOGIA: termos comuns de uma específica área ou relacionado a um específico campo de assunto e baseado na linguagem de trabalho. NOMENCLATURA: sistema de termos que é elaborado de acordo com regras de denominação pré-estabelecidas, compilação de termos aceitos para descrever um fenômeno.

* CLASSIFICAÇÃO: um arranjo sistemático em grupos ou categorias de acordo com critérios estabelecidos, um arranjo de fenômenos em grupos baseados em seus relacionamentos. As classificações têm a função de separar, codificar e ordenar os fenômenos de interesse para a disciplina e profissão. TAXONOMIA: estudo teórico de uma classificação sistemática incluindo as bases, os princípios, os procedimentos e regras. A ciência de como classificar e identificar.

* Estabelecer metas Viabilizar análise de conteúdo Comparar resultados Comunicação Identificar área de conhecimento O que é enfermagem? Qual contribuição presta à saúde da população?

* A elaboração de sistemas de classificação na Enfermagem parte do pressuposto que os membros da equipe de enfermagem constituem um grupo sócio-profissional que, em seu ambiente de trabalho, utiliza um vocabulário técnico particular, a que se pode denominar linguagem especial da Enfermagem.

* Essa linguagem especial constitui uma modalidade de expressão do grupo, que incorpora os conceitos, abstratos ou concretos, utilizados em sua atividade profissional, os quais se deixam reunir em grupos estruturados de tal modo que cada um fica ali definido pelo lugar que ocupa respectivamente à posição dos demais, formando redes de termos para classificação da prática profissional.

* Estabelecer uma linguagem comum para descrever a prática de enfermagem; Estimular a investigação de enfermagem; Representar conceitos usados nos locais e nas áreas de especialidades da prática de enfermagem; Tornar possível a comparação dos dados de enfermagem; Propiciar dados sobre a prática de enfermagem que possam influenciar a educação em enfermagem e as políticas de saúde.

* Autonomia do enfermeiro Identidade profissional Reconhecimento social

* A importância de uma linguagem internacionalmente padronizada na enfermagem foi reconhecida desde Florence Nightingale. Na década de 1920, antecedendo a proposta formal do processo de enfermagem, afirma-se que a enfermagem é um processo como forma de guiar o ensino das enfermeiras nos Estados Unidos e a partir daí há referências sobre a importância de se identificarem os problemas de enfermagem no paciente. Abdellah, em 1950, produz um trabalho norteado pelo pressuposto de que as enfermeiras precisavam voltar a centrar o cuidado no paciente. A sua proposta, consoante com as idéias de processo de enfermagem, inclui o que se admite hoje ter sido a primeira classificação de enfermagem. Ela propôs uma lista de 21 problemas de enfermagem, concebendo esses problemas como metas terapêuticas a serem alcançadas no cuidado.

* *Em 1966, Henderson propõe 14 necessidades básicas como as áreas de pertinência dos cuidados de enfermagem. Apesar de não ter especificado quais poderiam ser os problemas de enfermagem do paciente nessas 14 áreas, os trabalhos de Henderson também prepararam a enfermagem para as classificações. *Apesar de os trabalhos de Abdellah e de Henderson despontarem como pioneiros é em 1973 que se dá o principal marco dos movimentos de classificação na enfermagem. Nesse ano, reúne-se um grupo de enfermeiras dos Estados Unidos e Canadá com a finalidade de identificar e classificar diagnósticos de enfermagem.

* * Em 1982, institui-se a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), que assume os trabalhos de classificação dos diagnósticos. * Cria-se, em 1987, um grupo que inicia os trabalhos para a classificação de intervenções (Nursing Interventions Classification NIC) e resultados de enfermagem (Nursing Outcomes Classification NOC). * Também na década de 1980, deu-se início a outras classificações para atender às necessidades de projetos específicos, como a classificação para enfermagem em saúde comunitária e a classificação para cuidado domiciliário. * Na Universidade de Iowa, em 1995, os trabalhos de classificação das intervenções e resultados, iniciados em 1987, adquirem o status de um centro de classificações.

* No Brasil, destacam-se os trabalhos de Horta, nas décadas de 1960 e 1970. A aplicação da teoria das necessidades humanas básicas, ainda que não tivesse a finalidade de criar um sistema de classificação, requeria a categorização dos problemas de enfermagem dos pacientes segundo algumas necessidades: as básicas e a categorização das atividades de enfermagem segundo o grau de dependência do paciente para o atendimento das necessidades identificadas.

* No Congresso de Seul, em 1989, o Conselho Internacional de Enfermagem (CIE) decidiu iniciar um projeto para a Classificação Internacional da Prática em Enfermagem (CIPE) com o objetivo de demonstrar evidência concreta sobre a importante contribuição da enfermagem para a saúde, desenvolvendo linguagem única, capaz de envolver a enfermagem mundial ao redor de uma causa comum.

Atualmente, existe à nossa disposição, sistemas de classificação dos elementos da prática de enfermagem, que se vale dos termos próprios da especialidade ou necessários a ela, em interação dinâmica durante a execução do Processo de Enfermagem.

* Sistema de classificação da Associação Norte-Americana dos Diagnósticos em Enfermagem (North American Nursing Diagnosis Association NANDA) Classificação das Intervenções de Enfermagem (Nursing Intervention Classification - NIC) Classificação dos Resultados de Enfermagem (Nursing Outcomes Classification - NOC) o Sistema de Classificação de Cuidados Clínicos (CCC), anteriormente denominado de Classificação dos Cuidados Domiciliares de Saúde (HHCC), Sistema Comunitário de Saúde de Omaha Sistema de Classificação Internacional da Prática de Enfermagem - CIPE (International Classification for Nursing Practice - ICNP)

* A utilização de terminologias mobilizam enfermeiras de todo o mundo ao desafio de universalizar a sua linguagem e evidenciar os elementos de sua prática por meio do uso de tecnologias. A realização de estudos e a utilização das classificações no cotidiano, além de possibilitar a constatação das ações de enfermagem dando, portanto, visibilidade à profissão, conferirá a cientificidade tão almejada e necessária à profissão. E, desta forma, sua utilização no ensino, na assistência e na pesquisa continua sendo um compromisso assumido pelos enfermeiros, refletindo a qualidade e a responsabilidade profissional.

* HISTÓRICO COLETA DE DADOS LEVANTAMENTO DE DADOS INVESTIGAÇÃO EVOLUÇÃO AVALIAÇÃO DO CUIDADO PRESTADO Discussão e Análise DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM IMPLEMENTAÇÃO PRESTAÇÃO DO CUIDADO PLANEJAMENTO PRESCRIÇÃO DO CUIADO

* A Lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986, refere ao Exercício da Enfermagem, dispõe no artigo 11, como atividades privativas do enfermeiro a CONSULTA DE ENFERMAGEM e a PRESCRIÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM... Como realizar uma consulta sem seguir o método científico (Processo de enfermagem)? Como prescrever sem antes coletar dados e diagnosticar problemas ou necessidades especificas do paciente? O processo de enfermagem envolve uma abordagem organizada para alcançar seu propósito e requer do enfermeiro interesse em conhecer o paciente como indivíduo...

* Resolução COFEN Nº 272, de 27 de agosto de 2002... da obrigatoriedade da Sistematização de Assistência de Enfermagem em qualquer instituição que desenvolvam ações de enfermagem. A meta para os que acreditam no processo de enfermagem como caminho para o aprimoramento da profissão é que: o mesmo seja aplicado não pela imposição de uma resolução, mas, pelo desejo de desenvolver uma assistência de enfermagem individualizada e de qualidade.

* A primeira fase do processo de enfermagem... Processo organizado e sistemático de coleta de dados, utilizado para avaliar as necessidades especificas e as condições de saúde do paciente (Iyer, Taptich e Bernocchi-Losey, 1993). Fase imprescindível para o processo, sendo responsável pelo direcionamento do cuidado, uma vez que é a base para a inferência diagnóstica.

* Várias habilidades são necessárias: habilidades técnicas, habilidades interpessoais, criatividade, senso comum e a flexibilidade... Para estabelecer um banco de dados sobre o paciente o enfermeiro utiliza varias técnicas de coleta de dados, estas devem ser sistematizadas, metódicas e organizadas. Se realizadas de modo assistemático podem omitir informações, devido a grande quantidade de dados. Instrumento de coleta como tecnologia para o bom levantamento de dados...

* Elo entre o levantamento de dados e a determinação de objetivos e intervenções. É um julgamento clínico das respostas do indivíduo, família e comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde atuais e potenciais.

* Partes Integrantes: Título Definição Características definidoras Fatores de risco Fatores relacionados

* Tipos de Diagnósticos: Real Ex: Comunicação verbal prejudicada De Risco Ex: Risco de Integridade da pele prejudicada De Bem estar Ex: Disposição para Enfrentamento Familiar Aumentado Promoção da saúde Ex: Disposição para Aumento da Esperança

* EXERCÍCIO S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.

* EXERCÍCIO S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.

* * Integridade da pele prejudicada relacionada com imobilização física, caracterizada por lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo derme e epiderme. * Mobilidade no leito prejudicada, relacionada com lesão óssea e muscular, secundária à queda, caracterizada por permanência no leito a maior parte do tempo; movimentação espontânea bastante restrita; necessidade de ajuda para virarse, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se.

* Possui três níveis: Domínios (13) esfera de atividade, estudo, interesse Classes (47) subdivisão de um grupo maior; uma divisão de pessoas ou coisas por qualidade, grau ou categoria Diagnósticos de Enfermagem (201) Resposta Humana

* Promoção da saúde Consciência da Saúde Controle da Saúde Eliminação Sistema Urinário Sistema Gastrintestinal Sistema Tegumentar Sistema Pulmonar Ingestão Digestão Absorção Metabolismo Hidratação Percepção/ Cognição Atenção Orientação Sensação/ Percepção Cognição Comunicação Atividade/ Repouso Sono/ repouso Atividade/ Exercício Equilíbrio de Energia Respostas Cardiovasculares- pulmonares Autopercepção Autoconceito Autoestima Imagem Corporal Nutrição

* Relaciona mentos de papel Sexuali dade Enfrentamento/ Tolerância ao Estresse Princípios de Vida Segurança/ Proteção Conforto Crescimento / Desenvolvimento Identidade Sexual Valores Infecção Crescimento Papéis do Cuidador Função Sexual Respostas Póstrauma Crenças Lesão física Violência Conforto Físico Desenvolvimento Relações familiares Desempe nho de papel Reprodu ção Respostas de enfrentament o Estresse neurocomportamenta l Congruência entre valores/ crenças/ações Riscos ambientais Processos defensivos Conforto ambienta l Confort o Social Termorregulação

*Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC)

*Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) Surge diante da necessidade levantada por enfermeiras, de tomar alguma atitude frente ao levantamento dos DE (Conferencia da NANDA em 1986). Desenvolvida como parte do Projeto de Intervenções de Iowa, denominado Nursing Interventions Classification NIC, que teve início em 1987. Apresenta uma estrutura taxonômica validada e codificada, que abrange intervenções de enfermagem voltadas para os diagnósticos de enfermagem da NANDA.

*Classificação das Intervenções Histórico: de Enfermagem (NIC) Fase I Elaboração da Classificação (1987 1992) Fase II Elaboração da Taxonomia (1990 1995) Fase III Prova e aperfeiçoamento clínico (1993 1997) Fase IV Uso e manutenção (a partir de 1996) Definição: É qualquer tratamento baseado no julgamento clínico e no conhecimento clínico realizado por um enfermeiro para melhorar os resultados do paciente (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008).

*Vantagens das Intervenções de Enfermagem Permite a avaliação do impacto dos cuidados; Facilita a escolha concreta de uma intervenção; Facilita a comunicação dos tratamentos de enfermagem; Permite examinar a eficácia e o custo dos cuidados; Facilita o ensino de tomada de decisão; Facilita o desenvolvimento de sistemas de informação; Comunica a natureza dos cuidados de enfermagem ao público.

*Como selecionar uma intervenção? Os fatores que devem ser levados em consideração são: Resultados esperados do paciente; As características dos diagnósticos de enfermagem, levando em conta, principalmente, os fatores relacionados; A exeqüibilidade para realizar a intervenção; Aceitação do paciente; Capacidade do enfermeiro; Base de pesquisa para intervenção.

* Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) Descrição da Classificação: Domínios 7 (Códigos: 1 7) Classes 30 (Códigos: A-Z + a,b,c,d) Intervenções 514 (Códigos: 4 dígitos) Atividades mais de 12.000 (Códigos: 2 dígitos) Ex.: 4U-6140.01

Domínios: * Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) 1 - Fisiológico básico Cuidado que apóia o funcionamento físico 2 - Fisiológico complexo Cuidado que apóia a regulação homeostática 3 Conduta Cuidado que apóia o funcionamento psicológico e auxilia nas mudanças do estilo de vida 4 Segurança Cuidado que apóia a proteção contra agressões 5 Família Cuidado que apóia a união familiar 6 - Sistema sanitário Cuidado que apóia o uso afetivo da prestação de cuidado no sistema de saúde 7 Comunidade Cuidado que apóia a saúde da comunidade

* Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) Classes do domínio Fisiológico básico: A - Controle de atividade e exercício B - Controle da eliminação C - Controle da imobilidade D - Apoio nutricional E - Fomento ao conforto físico F - Facilitação do autocuidado

* Como devo registrar uma intervenção de enfermagem? TÍTULO e DEFINIÇÃO: São padronizados, e nunca devem ser modificados. Atenção: As atividades de enfermagem devem ser individualizadas. De uma lista de aproximadamente 10 a 30 atividades por intervenção, o enfermeiro seleciona aquelas adequadas para cada paciente, acrescentando novas atividades, se necessário.

* EXEMPLO DE INTERVENÇÃO NANDA: MOBILIDADE Física Prejudicada INTERVENÇÃO: Assistência no AUTOCUIDADO (1F-1800) Definição: Auxílio ao paciente para que realize as atividades da vida diária. Atividades: - Monitorar a necessidade do paciente de dispositivos de adaptação para higiene pessoal, vestir-se, arrumar-se, usar o vaso sanitário e alimentar-se ; - Providenciar os artigos pessoais necessários; - Ensinar pais/familiares a encorajar a independência e a interferir apenas quando o paciente não conseguir executar algo...

* EXERCÍCIO S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.

* EXEMPLO DE INTERVENÇÃO NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA INTERVENÇÃO: CUIDADOS COM ÚLCERAS DE PRESSÃO Definição: Facilitação de cicatrização de úlceras de pressão Atividades: - Descrever as características da úlcera a intervalos regulares, incluindo tamanho (comprimento X largura X profundidade), o estágio, a localização, o exsudato, a granulação ou o tecido necrosado e a epitalização; - Monitorar a cor, temperatura, o edema, a umidade e a aparência da pele circunjacente; - Retirar os tecidos mortos da úlcera, conforme a necessidade; - Aplicar curativos, quando adequado;

NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA INTERVENÇÃO: CUIDADOS COM ÚLCERAS DE PRESSÃO Definição: Facilitação de cicatrização de úlceras de pressão Atividades: - Posicionar a cada 1 a 2 horas de modo a evitar pressão prolongada; - Utilizar colchões e camas apropriados, quando necessário; - Assegurar uma ingesta nutricional adequada; - Monitorar o estado nutricional; - Orientar a família/cuidador sobre sinais de ruptura da pela, quando adequado.

*Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC)

*Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC) A Nursing Outcomes Classification (NOC) é uma organização sistemática de resultados. Sua criação advém da percepção de que, além dos diagnósticos e intervenções, uma terceira classificação (resultados esperados), seria necessária para completar a documentação clínica. A NOC é abrangente e envolve resultados desde pacientes internados em UTI até pacientes em cuidados domiciliares.

*Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC) Histórico: 1991: Início das pesquisas para elaboração da NOC, pelo grupo de pesquisadoras do Centro de Classificação de Enfermagem, da Escola de Enfermagem de Iowa, EUA; 1997: Primeira publicação da NOC; 2005 hoje: vigora a 3ª edição, com 330 resultados esperados com definições, indicadores e escalas de medidas.

*Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC) O que é um resultados de enfermagem? Estado, conduta ou percepção de um indivíduo, família e comunidade medida ao longo do tempo em resposta a uma intervenção de enfermagem (MOORHEAD; JOHSON; MAAS, 2005). É o que você espera observar no paciente. Demandam a identificação de uma série de indicadores mais específicos. Enunciam os benefícios desejados após a implementação dos cuidados de enfermagem.

O que são indicadores? *Resultados Esperados: outros conceitos Variáveis específicas a um resultado que reage a uma intervenção de enfermagem. Caracterizam o estado do paciente em nível concreto. Servem como indicação para mensurar um resultado. Expressam o controle dos sintomas. Como avalio os indicadores? Por meio de uma escala de cinco pontos que quantifica o resultado do paciente ao longo do tempo. Exemplo: 1 - gravemente comprometido; 2 substancialmente comprometido; 3 moderadamente comprometido; 4 levemente comprometido; 5 não comprometido.

*Propósitos dos Resultados Esperados 1) São elementos de medida do plano de cuidados O enfermeiro determina se os resultados esperados foram alcançados ou não. Serve também para avaliar a eficácia das intervenções. 2) Direcionam as intervenções de enfermagem Há necessidade de você saber O QUE está tentando alcançar, antes de decidir COMO alcançá-lo; 3) São fatores motivadores A existência de um prazo específico de tempo para o alcance das coisas faz com que todos se agilizem.

*Organização taxonômica da Consiste em: NOC 7 domínios (Códigos: 1 7) 31 classes (Códigos: A-Z + a,b,c,d,e) 330 resultados esperados (Códigos: 4 dígitos) vários indicadores (Códigos: 6 dígitos) 11 escalas principais

*Domínios: 1 Saúde funcional Resultados que descrevem a capacidade para o desempenho de tarefas básicas de vida 2 Saúde fisiológica Resultados que descrevem o funcionamento orgânico 3 Saúde Psicossocial Resultados que descrevem o funcionamento psicológico e social 4 Conhecimento e conduta de saúde Resultados que descrevem atitudes, compreensão e ações com relação a saúde e a doença 5 Saúde Percebida Resultados que descrevem impressões do indivíduo sobre sua saúde 6 Saúde Familiar Resultados que descrevem os estados de saúde, comportamento ou funcionamento da família como um todo e do indivíduo como membro da família 7 Saúde Comunitária Resultados que descrevem a saúde, o bem-estar e o funcionamento da comunidade de a população

Estado respiratório: permeabilidade das vias respiratórias Definição Vias traqueobrônquicas abertas, livres e limpas para a troca de ar. INDICADORES Facilidade respiratório Freqüência respiratória Ritmo respiratório Mobilização de escarro pelas VA Elimina obstáculos das VA Gravemente comprometido Substancialmente comprometido Moderadamente comprometido Levemente comprometido Não comprometido 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Ansiedade Temor Asfixia Ruídos respiratórios patológicos Grave Substancial Moderado Leve Nenhum 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

Escalas: Gravemente comprometido Não comprometido. Ex.: Cognição Desvio grave do padrão normal Sem desvio do padrão normal. Ex.: Crescimento Inadequado Completamente adequado. Ex.: Ambiente físico familiar Maior que 10 Nenhum. Ex.: Quedas Nenhum Extenso. Ex.: Conhecimento: dieta Nunca positivo Sempre positivo. Ex.: Auto-estima Muito débil Muito intenso. Ex.: Orientação sobre a saúde. Nunca demonstrado Sempre demonstrado. Ex.: Autocontrole da agressão Grave Nenhum. Ex.: Nível de ansiedade Escassa Excelente. Ex.: Controle do risco social: violência Não de todo satisfeito Completamente satisfeito. Ex.: Qualidade de vida

Resultado: Controle de risco consumo de cigarro Definição: ações pessoais para prevenir, eliminar ou reduzir o consumo de tabaco. Indicadores: Reconhece o risco do consumo de tabaco Reconhece as conseqüências associadas ao uso de tabaco. Escala: Nunca demonstra (1); Raramente demonstra (2); Às vezes demonstra (3); Frequentemente demonstra (4); Sempre demonstra (5).

* EXERCÍCIO S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.

* EXEMPLO DE RESULTADO NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA RESULTADO: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: SEGUNDA INTENÇÃO Definição: A extensão em que as células e os tecidos se regeneram em um ferimento aberto. Escala: Nenhum a extenso Indicadores: - Tecido de granulação; - Formação de tecido cicatricial; - Diminuição do tamanho da ferida; - Drenagem purulenta; - Drenagem serosa; - Eritema em torno da ferida;

NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA RESULTADO: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: SEGUNDA INTENÇÃO Definição: A extensão em que as células e os tecidos se regeneram em um ferimento aberto. Escala: Nenhum a extenso Indicadores: - Edema em torno da ferida; - Pele macerada; - Necrose; - Formação de esfacela; - Odor proveniente da ferida;

*OBRIGADO!*

Barros ALBL. Classificações de diagnóstico e intervenção de enfermagem: NANDA-NIC. Acta paul. enferm. 2009; 22(spe): 864-867. doi: 10.1590/S0103-21002009000700003. Chaves ECL, Carvalho EC, Rossi LA. Validação de diagnósticos de enfermagem: tipos, modelos e componentes validados. Rev. Eletr. Enf. 2008;10(2):513-20. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a22.htm Parker L; Lunney M. Moving beyond content validation of nursing diagnoses. Nursing Diagnosis, v. 9, n. 4, p.144-150, 1998. Guedes NG. Acurácia das características definidoras do diagnóstico de enfermagem estilo de vida sedentário em portadores de hipertensão arterial. 2008. 94f. Dissertação (Mestrado). Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, 2008. Hulley SB, et al. Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. Porto Alegre: Artmed, 2008. *