RESOLUÇÃO N 033/2009-TCE/TO Pleno 1. Processo nº: 6141/2008 2. Classe de Assunto: Contrato nº 140/2008 3. Origem: Secretaria de Estado da Saúde 4. Responsável: Eugênio Pacceli de Freitas Coelho Secretário 5. Relator: Auditor em Substituição a Conselheiro Moisés Vieira Labre 6. Representante do MP: Procurador de Contas Márcio Ferreira Brito 7. Advogado: Não Atuou EMENTA: Contrato n. 140/2008. Inexigibilidade de Licitação. Fonte 100. Legalidade. Atendimento as normas instituídas pela Lei Federal nº 8.666/93 e Instrução Normativa nº 02/2008. 8. DECISÃO. VISTOS, relatados e discutidos estes autos de n 06141/2008, versando sobre o Contrato n 140/2008, fls. 04/09, decorrente de Inexigibilidade de Licitação, Portaria/SESAU/TO nº 218/2008, firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde e a empresa ALIVIUN CLÍNICA MÉDICA LTDA., que tem por objeto a contratação de empresa especializada em realização de Terapia por Onda de Choque (TOC), para atendimento aos pacientes referenciados da Central de Regulação da SESAU, no valor total estimado de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), que correrão à conta da dotação orçamentária consignada no programa 10.302.0077.4152 elemento de despesa 33.90.39 Fonte 100-2008ND13042. Considerando que os recursos envolvidos no presente procedimento contemplam verbas exclusivamente do Tesouro Estadual; Considerando que o processo encontra-se suficientemente instruído com os documentos solicitados pela Instrução Normativa nº 02/2008, de 7 de maio de 2008. Considerando que os pareceres emitidos pela Coordenadoria de Análise de Atos, Contratos e Convênios e pelos representantes do Corpo Especial de Auditores e Ministério Público Especial convergiram no sentido de considerar legal o contrato em apreço. RESOLVEM os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, reunidos em Sessão Plenária, ante as razões expostas pelo Relator, com fundamento no art. 10, IV da Lei Estadual 1284/2001 c/c artigos 91, 2 e 96, I do Regimento Interno deste Tribunal em: 8.1. Decidir pela LEGALIDADE FORMAL do Contrato n 140/2008, fls. 04/09, decorrente de Inexigibilidade de Licitação, Portaria/SESAU/TO nº 218/2008, firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde e a empresa ALIVIUN CLÍNICA MÉDICA LTDA., que tem por objeto a contratação de empresa especializada em realização de Terapia por Onda de Choque (TOC), para atendimento aos pacientes referenciados da Central de Regulação da SESAU, no valor total estimado de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais). 1
8.2. Determinar seja anexada cópia da decisão à prestação de contas de ordenador de despesa da Secretaria de Estado da Saúde, exercício correspondente, visando fornecer elementos para o seu julgamento, nos termos do artigo 23 da Instrução Normativa TCE/TO nº 02/2008. 8.3. Determinar a intimação pessoal do representante do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas, que atuou nos presentes autos, para conhecimento. 8.4. Determinar a publicação desta decisão no Boletim Oficial deste Tribunal, para que surta os efeitos legais necessários. 8.5. Determinar o encaminhamento deste processo à Diretoria-Geral de Controle Externo para as devidas anotações e, após, à Coordenadoria de Protocolo Geral para envio à origem. Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, Sala das Sessões, em Palmas, Capital do Estado, aos 11 dias do mês de fevereiro de 2009. Conselheiro Manoel Pires dos Santos Corregedor no Exercício da Presidência Moisés Vieira Labre Auditor Substituto de Conselheiro Relator João Alberto Barreto Filho Procurador Geral de Contas 2
1. Processo nº: 6141/2008 2. Classe de Assunto: Contrato nº 140/2008 3. Origem: Secretaria de Estado da Saúde 4. Responsável: Eugênio Pacceli de Freitas Coelho Secretário 5. Relator: Auditor em Substituição a Conselheiro Moisés Vieira Labre 6. Representante do MP: Procurador de Contas Márcio Ferreira Brito 7. Advogado: Não Atuou 8. RELATÓRIO N 0027/2009 8.1. Cuidam os autos do Contrato n 140/2008, fls. 04/09, decorrente de Inexigibilidade de Licitação, Portaria/SESAU/TO nº 218/2008, firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde e a empresa ALIVIUN CLÍNICA MÉDICA LTDA., que tem por objeto a contratação de empresa especializada em realização de Terapia por Onda de Choque (TOC), para atendimento aos pacientes referenciados da Central de Regulação da SESAU, no valor total estimado de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), que correrão à conta da dotação orçamentária consignada no programa 10.302.0077.4152 elemento de despesa 33.90.39 Fonte 100-2008ND13042. 8.2. A Coordenadoria de Análise de Atos, Contratos e Convênios, por meio do Parecer de fls. 43/44, aduz: Por todo o exposto, tendo em vista que o presente processo está devidamente fundamentado conforme os aspectos técnicos formais e legais opino que o Tribunal de Contas pode considerar legal a Portaria nº 218/2008, para aquisição dos serviços acima especificados. 8.3. O Corpo Especial de Auditores assim se manifesta: (...) Assim, por todo o exposto, considerando a Portaria 933, de 6 de dezembro de 2007 e com base na fundamentação supra, manifesto no sentido de que, s.m.j, pode o Egrégio Tribunal de Contas considerar Legal a Portaria nº 218/2008, que inexigiu a licitação em comento, bem como do Contrato nº 140/2008, fls. 04/09. 8.4. O representante do Ministério Público Especial via Parecer n 2128/2008 manifesta-se em conclusão o seguinte: (...) Assim, ante o exposto, e não havendo mácula que impeça a inexigibilidade de licitação sub examine de produzir seus efeitos, o Ministério Público de Contas, considerando o disposto no art. 145, V, da Lei 1.284/2001 opina pela LEGALIDADE da PORTARIA/SESAU/GABSEC nº 218/2008 e do seu decorrente Contrato nº 140/2008, firmado entre o ESTADO DO TOCANTINS, através da SECRETARIA DA SAÚDE e a empresa ALIVIUN CLÍNICA MÉDICA LTDA. É o Relatório. 9. VOTO 9.1. Conforme dito acima o Contrato em apreço, que tem como objeto a aquisição de serviços de Tratamento por Ondas de Choque TOC, decorre de inexigibilidade de 3
licitação formalizada pela Portaria nº 218, de 3 de julho de 2008, da Secretaria de Estado da Saúde, com fundamento no art. 25, I 1, da Lei nº 8.666/93, fl. 33. 9.2. Para justificar a contração direta foi emitido o Despacho nº 3375/2008, fl. 23, da Diretoria de Gestão Administrativa esclarecendo o seguinte: Ressalta-se, que o tratamento tem como objetivo uma grande economia de tempo e resolutividade do processo doloroso, poupando o paciente de cirurgia que oneram o Sistema Único de Saúde (SUS), em custos financeiros, vagas nos Hospitais e gastos de material, conforme explanado nos Critérios Gerais para contratação fls. 4. O preço está justificado em função daquele praticado em venda similar a outro cliente, conforme documento anexo às fls. 54 (cópia de nota fiscal de venda do serviço) e justificativa anexa às fls. 56. Quanto à razão da escolha dos serviços prestados pela empresa ALIVIUN CLÍNICA MÉDICA LTDA, fica evidente, tendo em vista que para aquisição de materiais e/ou serviços que só possam ser fornecidos por empresa exclusiva, sem existir preferência, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido por órgão de registro do comércio do local, segue anexa às fls. 12, a declaração de exclusividade emitida pela ACIPA Associação Comercial e Empresarial de Palmas. 9.3. Para Hely Lopes Meirelles ocorre inexigibilidade: (...) Quando há impossibilidade jurídica de competição entre contratantes, quer pela natureza específica do negócio, quer pelos objetivos sociais visados pela Administração. (...) a licitação é inexigível em razão da impossibilidade jurídica de se instaurar competição entre eventuais interessados, pois não se pode pretender melhor proposta quando apenas um é proprietário do bem desejado pelo Poder Público ou reconhecimento capaz de atender às exigências da Administração no que concerne à realização do objeto do contrato. 9.4. A meu ver resta comprovado nos autos que a contratação direta da empresa Aliviun Clínica Médica Ltda., atende as disposições contidas na Lei Federal nº 8.666/93, por preencher os requisitos legais por ela estabelecidos. 9.5. Observo, ainda, que o instrumento contratual está acompanhado da documentação exigida pela Instrução Normativa nº 02/2008. 9.6. Quanto ao aspecto formal, vejo que o contrato em questão está de acordo com o instrumento convocatório e está redigido em termos, contendo as cláusulas essenciais, tais como: objeto, regime de execução, preço e condições de 1 Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou ainda, pela entidades equivalentes. 4
pagamento, prazo de execução, crédito pelo qual correrá a despesa, direitos e responsabilidades das partes, casos de rescisão, legislação aplicável, vinculação ao edital de licitação e publicidade, atendendo, por conseguinte, as determinações contidas na Lei Federal nº 8.666/93, notadamente os artigos 55, 57, 60 e 61. 9.7. Para Hely Lopes Meirelles: Todo contrato administrativo possui cláusulas essenciais ou necessárias e cláusulas acessórias ou secundárias. Aquelas fixam o objeto do ajuste e estabelecem as condições fundamentais para sua execução; estas complementam e esclarecem a vontade das partes, para melhor entendimento do avençado. As primeiras não podem faltar no contrato, pena de nulidade, tal seja a impossibilidade de se definir seu objeto e de se conhecer, com certeza jurídica, os direitos e obrigações de cada uma das partes; as segundas, por sua irrelevância, não afetam o conteúdo negocial, podendo ser omitidas sem invalidar o ajuste. 2 9.8. Vale ressaltar que os apontamentos feitos por intermédio do Despacho nº 0517/2008, fls. 51/52, relativos a comprovação prévia de crédito orçamentário e do empenho da despesa, foram devidamente justificados por meio do cumprimento de diligência e juntada dos documentos de fls. 56/60. 9.9. Por todo o exposto, fundamentado nos pareceres emitidos pela Coordenadoria Técnico-Jurídica e pelos representantes do Corpo Especial de Auditores e do Ministério Público Especial, VOTO no sentido de que este Tribunal adote o seguinte posicionamento: 9.10. Decida pela LEGALIDADE FORMAL do Contrato n 140/2008, fls. 04/09, decorrente de Inexigibilidade de Licitação, Portaria/SESAU/TO nº 218/2008, firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde e a empresa ALIVIUN CLÍNICA MÉDICA LTDA., que tem por objeto a contratação de empresa especializada em realização de Terapia por Onda de Choque (TOC), para atendimento aos pacientes referenciados da Central de Regulação da SESAU, no valor total estimado de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), que correrão à conta da dotação orçamentária consignada no programa 10.302.0077.4152 elemento de despesa 33.90.39 Fonte 100-2008ND13042. 9.11. Determine seja anexada cópia da decisão à prestação de contas de ordenador de despesa da Secretaria de Estado da Saúde, exercício correspondente, visando fornecer elementos para o seu julgamento, nos termos do artigo 23 da Instrução Normativa TCE/TO nº 02/2008. 9.12. Determine a intimação pessoal do representante do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas, que atuou nos presentes autos, para conhecimento. 9.13. Determine a publicação desta decisão no Boletim Oficial deste Tribunal, para que surta os efeitos legais necessários. 9.14. Determine o encaminhamento deste processo à Diretoria-Geral de Controle Externo para as devidas anotações e, após, à Coordenadoria de Protocolo Geral para envio à origem. 2 Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros, São Paulo, 32ª ed., p. 221-222 5
Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, Sala das Sessões, em Palmas, Capital do Estado, aos 11 dias do mês de fevereiro de 2009. Moisés Vieira Labre Auditor em Substituição a Conselheiro Relator PUBLICAÇÃO BO-TCE nº 21 DE: 06-03-09 CIRCULAÇÃO: 09-03-09 PÁGINA: 31-32 6