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Transcrição:

Relatório Econômico Mensal JULHO/14

Índice INDICADORES FINANCEIROS 3 PROJEÇÕES 4 CENÁRIO EXTERNO 6 CENÁRIO DOMÉSTICO 7 RENDA FIXA 8 RENDA VARIÁVEL 8

Indicadores Financeiros BOLSA DE VALORES AMÉRICAS mês % ano % 2013 Ibovespa Fech. 53.168 3,8% 3,2% (15,5%) IBrX Fech. 21.935 3,6% 3,0% (3,1%) ISE 2.512 4,5% 1,3% 1,9% S&P500 1.960 1,9% 6,1% 29,6% EUROPA DAX 9.833 (1,1%) 2,9% 25,5% FTSE 6.744 (1,5%) (0,1%) 14,4% CAC 4.423 (2,1%) 3,0% 18,0% IBEX 10.924 1,2% 10,2% 21,4% Euro Stoxx 50 3.228 (0,5%) 3,8% 17,9% PAN ÁSIA Nikkei 15.162 3,6% (6,9%) 56,7% Hang Seng 23.191 0,5% (0,5%) 2,9% Austrália 5.396 (1,8%) 0,8% 15,1% Coréia do Sul 4.278 1,2% (1,8%) 2,2% Índia 7.611 5,3% 20,7% 6,8% OUTROS MERCADOS MOEDAS mês % ano % 2013 BRL/USD 2,2095 (1,3%) (6,5%) 15,3% BRL/EUR 3,0321 (0,8%) (6,6%) 20,0% USD/EUR 1,3692 0,4% (0,4%) 4,2% YEN/USD 101,3300 (0,4%) (3,8%) 21,4% USD/AUD 0,9433 1,3% 5,8% (14,2%) JUROS BRASILEIROS jun/14 2013 2012 Futuro de DI jan/15 Futuro de DI jan/16 Futuro de DI jan/17 Futuro de DI jan/21 10,78 10,58 7,71 11,17 11,62 8,19 11,54 12,28 8,44 12,06 13,07 9,16 COMMODITIES Petróleo 105,37 2,6% 7,1% 7,2% Ouro 1.327,32 6,2% 10,1% (28,0%)

Projeções Economia Global INDICADORES MACROECONÔMICOS GLOBAIS Última atualização 3/7/2014 PROJEÇÕES 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 GLOBAL (*) 5,1 5,3 2,6 (0,3) 4,9 3,7 3,0 2,8 3,0 3,4 DESENVOLVIDOS 2,7 2,3 (0,2) (3,9) 2,6 1,4 1,3 1,1 1,6 2,2 ESTADOS UNIDOS 2,7 1,8 (0,3) (2,8) 2,5 1,8 2,8 1,9 1,6 2,8 ZONA DO EURO 3,3 3,0 0,4 (4,4) 2,0 1,6 (0,6) (0,4) 1,2 1,7 ALEMANHA 3,9 3,4 0,8 (5,1) 3,9 3,4 0,9 0,5 2,2 2,0 FRANÇA 2,5 2,3 (0,1) (3,1) 1,7 2,0 0,4 0,4 0,7 1,5 REINO UNIDO 2,8 3,4 (0,8) (5,2) 1,7 1,1 0,3 1,8 3,0 2,6 JAPÃO 1,7 2,2 (1,0) (5,5) 4,7 (0,5) 1,4 1,5 1,6 1,0 EMERGENTES 7,4 8,0 5,3 3,0 7,0 5,7 4,5 4,5 4,3 4,6 ASIA EX-JAPÃO 10,3 11,5 7,3 7,7 9,7 7,9 6,7 6,5 6,7 6,8 CHINA 12,7 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,3 7,1 AMÉRICA LATINA 5,6 5,8 4,3 (1,3) 6,0 4,6 3,1 2,7 1,9 2,4 BRASIL 4,0 6,1 5,2 (0,3) 7,5 2,7 1,0 2,5 1,0 1,0 (*) Calculado pela paridade do poder de compra (*) As áreas sombreadas são projeções.

INDICADORES MACROECONÔMICOS Projeções Economia Brasileira Última atualização 3/7/2014 PROJEÇÕES 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 BRASIL PIB crescimento real (%) 6,1 5,2 (0,3) 7,5 2,7 1,0 2,5 1,0 1,0 Inflação (IPCA/IBGE) (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,5 6,2 Inflação (IGPM/FGV) (%) 7,7 9,8 (1,7) 11,3 5,1 7,8 5,5 6,0 6,0 Taxa de câmbio média (R$/US$) 1,95 1,84 1,99 1,73 1,67 1,95 2,16 2,32 2,55 Taxa de câmbio final (R$/US$) 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,45 2,60 Taxa de juro nominal final do ano (Selic) 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,00 12,50 Taxa de juro real média (deflacionado pelo IPCA) 7,0 6,1 5,3 4,0 4,8 2,5 2,0 3,8 5,3 Dívida pública líquida (% do PIB) 45,5 38,5 42,1 39,2 36,4 35,1 33,8 34,9 35,5 Resultado primário do setor público (% do PIB) (**) 3,3 3,4 2,0 2,7 3,1 2,4 1,9 1,2 2,25 (*) As áreas sombreadas são projeções. (**) Sem fundo soberano e PPI

Cenário externo Melhora da atividade adiada do 2º para o 3º trimestre de 2014 A melhora dos mercados emergentes ganhou novo fôlego no mês de junho, com alta das bolsas de mais de 2% no mês e com o acumulado no ano de 5%. Tal melhora se deu a despeito da surpresa fortemente negativa com o PIB do 1º tri de 2014 nos EUA, com uma contração de 2,9% da variação trimestral anualizada e do PIB global no mesmo período ter sido revisado ainda mais para baixo, ficando em apenas 1,5%, bem abaixo do potencial de 3%. A questão é se essa fraqueza da atividade ameaça a tese de crescimento dos EUA e da economia global acima do potencial nos próximos trimestres. Isso tem profunda relevância para definir o cenário de ativos, que até agora praticamente ignorou esta queda da atividade ao manter os preços da maior parte das bolsas próximos dos picos recentes, mesmo com essas surpresas negativas. Se tal desaceleração tiver natureza mais permanente, os mercados podem reagir mal e uma elevação do risco global deixaria apenas com boa performance os mercados mais seguros, como títulos do governo americano. Antes de mais nada sabemos que a piora da atividade deve se estender um pouco mais do que imaginamos e já comprometeu parte da boa performance esperada do PIB global neste ano. No 2º trimestre de 2014, apesar das revisões para cima no PIB do Reino Unido e do Japão, os emergentes ainda continuam patinando e os EUA (23% da economia global) sofreram revisão de 4,0% para 2,9% entre abril e junho. Logo, o divisor de águas entre um crescimento ainda insuficiente para um acima do par só ficará mais visível a partir do 3º trimestre, ou seja, mais tarde do que imaginávamos. Interessantemente, isso coincide com a visão do mês passado de que ainda existem dúvidas em relação à aceleração do crescimento global, principalmente dos países desenvolvidos, o que leva os bancos centrais a adotarem um discurso cauteloso, sinalizando um ajuste lento e gradual das suas políticas monetárias. A curva de juros global recuou novamente em junho como reflexo dessa situação, mas o mercado acredita que essa queda da atividade no 1º semestre é pontual e que os fundamentos ainda indicam um crescimento acima do potencial nos próximos trimestres e em 2015. O adiamento de um crescimento torna totalmente anacrônica a discussão sobre alta de inflação, centrada nos EUA. Acreditamos que a inflação irá continuar bastante contida até o final de 2015, pois enxergamos um elevado grau de ociosidade na economia dos países desenvolvidos de uma forma geral, à exceção do Reino Unido. A normalização da política monetária dos EUA é o principal fator por trás de um futuro ajuste dos mercados emergentes aos seus fundamentos piores, mas isso não deve acontecer nos próximos meses ou pelo menos até agosto e a liquidez ainda abundante deve manter o atual movimento favorável para emergentes. Todavia, a ocorrência de uma melhora pronunciada nos indicadores de atividade, que confirme antes do 3º trimestre o nosso cenário de aceleração da economia global e dos EUA para acima do potencial, poderá reverter o bom momento dos emergentes, deflagrando uma reação mais precipitada das taxas de juros dos títulos do governo americano. Dados mais fortes de atividade e não inflação podem ser o divisor de águas entre nosso cenário de adiamento de uma atividade mais forte do 2º trimestre para o 3º trimestre ou uma antecipação da sua melhora, com reflexo nos preços dos ativos. Com as informações apresentadas até essa data, vemos risco maior de um cenário de antecipação e não de um novo adiamento e é isso que devemos monitorar com atenção ao longo dos meses de julho e agosto..

Cenário doméstico Atividade piora, inflação preocupa e oposição cresce Os dados econômicos continuaram evidenciando uma desaceleração significativa do crescimento do país no segundo trimestre do ano. Os indicadores de confiança, após forte declínio em abril e maio, caíram ainda mais no setor industrial e se mantiveram em patamar baixo para os consumidores. Além disso, a indústria tem acumulado estoques elevados ao longo de todo ano, mesmo após sucessivas reduções em sua produção. Os fundamentos para consumo também são desfavoráveis, com a desaceleração na criação de empregos e condições de crédito mais restritas, dado o aperto monetário executado desde o mês de abril do ano passado. Todos esses fatores contribuirão para uma desaceleração no crescimento nos próximos anos. Projetamos alta de apenas 1% no PIB em 2014 e em 2015. Em relação à inflação, não obstante o alívio sazonal recente nos preços de alimentos, a inflação de serviços permanece elevada devido às condições ainda apertadas do mercado de trabalho. Além disso, o reajuste de alguns preços administrados, em especial as tarifas de energia elétrica, também tem pressionado os preços ao consumidor nos últimos meses. No entanto, ainda existe uma grande quantidade de reajustes represados, que deverão ocorrer nos próximos anos, o que tem provocado revisões para cima nas expectativas de mercado para a inflação futura. Logo, há um risco elevado de não cumprimento da meta de inflação neste ano. Apesar disso, o banco central brasileiro acredita que todas as altas na taxa de juros já realizadas desde o ano passado serão suficientes para promover uma desaceleração da inflação nos próximos meses. Tal percepção, aliada à piora na atividade econômica que deverá se intensificar nos próximos meses, deverá manter os juros inalterados até o final deste ano. Em 2015, no entanto, o ciclo de altas deverá ser reiniciado, na tentativa de reancorar as expectativas de inflação. Todavia, caso a piora na atividade exceda nossas expectativas, enxergamos um aumento na probabilidade de um cenário em que os juros se mantenham constantes também no ano que vem. Para a taxa de câmbio, embora os fundamentos sejam condizentes com uma depreciação do real nos próximos trimestres, as condições de liquidez global e as constantes intervenções do banco central no mercado de câmbio tem mantido a cotação da moeda nacional ao redor de 2,20. Outro fator que tem sido preponderante para o humor do mercado são os possíveis resultados das eleições presidenciais e as implicações de política economia que estes poderão trazer nos próximos anos. Nas pesquisas mais recentes, houve aumento da intenção de voto dos candidatos de oposição, embora a aprovação do governo tenha permanecido estável em um patamar baixo (em torno de 35%), após sucessivos meses de queda. Acreditamos que a deterioração das condições econômicas poderá implicar em declínios adicionais na aprovação do governo, mas em um ritmo menos pronunciado do que o observado até agora. A reeleição da presidente Dilma ainda é o cenário mais provável, mas a corrida deverá ser apertada.

Mercado Renda Fixa No mês de junho, o cenário internacional foi marcado pelo corte de juros por parte Banco Central Europeu(BCE), que agiu por conta da fraqueza da atividade, e dos riscos de deflação na região. A maior liquidez da Zona do Euro favoreceu diversos mercados de renda fixa. No panorama doméstico, os diversos dados negativos de confiança tem impactado os mercados de renda fixa, reduzindo as perspectivas de crescimento em 2014. Se por um lado os ativos de médio prazo se beneficiaram com o menor crescimento esperado, os ativos mais longos sofreram durante o período, principalmente em função da deterioração dos dados fiscais. Renda Variável Junho foi mais um mês positivo para as ações brasileiras apesar da deterioração contínua dos fundamentos econômicos. O crescimento do PIB para 2014 e 2015 tem sido continuamente revisado para baixo e o resultado fiscal de maio, foi um dos piores da história para o período. Apesar de condições econômicas e fiscais piores, o mercado tem reagido com força às pesquisas eleitorais, que vêm mostrando ainda queda popularidade da presidente Dilma. Apesar de ainda estarmos distantes das eleições, o início da propaganda eleitoral de rádio e TV em agosto poderá trazer alguma clareza ao cenário. Do lado das empresas, chamamos atenção a reação negativa do mercado à recente decisão do governo de outorgar à Petrobras, sem licitação, a exploração de 10 a 15 bilhões de barris de petróleo na área do pré-sal mediante um pagamento de R$ 15 bilhões ao governo. A apreciação do Real e expressiva queda no preço de minério de ferro e em 2014, devido ao menor crescimento da economia chinesa, continuam pesando sobre as ações das empresas de mineração e siderurgia. CIO Eduardo Castro Departamento Econômico Ricardo Denadai Hugo Penteado Danilo Passos Clayton Calixto ACESSE: WWW.SANTANDERASSET.COM.BR

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