25 anos do Código de Ética do Serviço Social. Cristiana Lima

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Transcrição:

25 anos do Código de Ética do Serviço Social Cristiana Lima 1

2018 comemoramos 25 anos do Código de Ética. Alguns pode estar se perguntado agora: comemorar o que, se temos visto o conservadorismo avançando em nossa sociedade. Uma avassaladora cultura conservadora no qual para alguns significa que o projeto ético-político está desgastado, é inviável historicamente, ou mesmo a clássica afirmação de que é impossível materializá-lo. 2

Comemorar sim, porque, para nós, comemorar é ação que se conjuga com luta, com resistência como afirma o CFESS. Não é a toa que estamos vendo aqui o tema da campanha do CFESS: Minha escolha é a resistência... Comemorar sim, porque, para nós, comemorar é também rememorar os processos históricos da profissão de construção de uma ética profissional pautada em princípios e valores da emancipação humana. 3

Partimos do entendimento de que o CE profissional de 1993 é um momento basilar do processo de construção do projeto ético-político do Serviço social no Brasil. Mas é importante que se diga que os elementos éticos de um projeto profissional não limitam a normativas morais e /ou prescrições de direitos e deveres: eles envolvem as opções teóricas, ideológicas e políticas dos profissionais. 4

O percurso histórico que prepara o chão para a construção do projeto ético-político tem suas condições de construção desde 1950, destacadamente: 1)A Revolução cubana de 1959, somando a outros movimentos revolucionários na América Latina nos anos de 1970 como a revolução sandinista, chilena lutas de libertação na América Latina. 5

2) A constituição da Geração 65 3) Seminários latino americanos e nacionais realizados em Porto Alegre, Uruguai, Chile, Argentina, Bolívia com o objetivo de encontrar alternativas ao tradicionalismo profissional; 4) A luta contra a ditadura de parcela da categoria que levou muitos profissionais ao exílio, tortura, perseguições...; 6

5) O método BH; 6) A aproximação com a esquerda marxista ligada a Igreja na sua vertente da Teoria da Libertação; 7) no âmbito latino americano a criação do Centro Latino americano de trabalho social, braço acadêmico da ALAETS 8) os movimentos sociais da época no Brasil 7

Esse movimento possibilitou a construção de um projeto de profissão que rompesse com o Serviço Social tradicional fincados em valores de reprodução do status quo. Assim, de modo sintético, podemos dizer que temos dois grandes projetos profissionais no seio do SS construídas historicamente e que convivem até hoje e que se expressam nos cinco código de Ética da história da profissão no Brasil 8

Quais as perspectivas político-filosóficas expressas nos valores e princípios defendidos pela profissão no Brasil desde os anos de 1930 até 1986 e expressos nos códigos de Ética de 1947, 1965, 1975? É um ethos profissional que tem como base a defesa de valores abstratos, a-históricos, que buscam suporte no positivismo, no funcionalismo, com influência, ainda, do pensamento fenomenológico e do personalismo especificamente nos anos de 1970. 9

Assim são explicitados valores como: a perfectibilidade da pessoa humana (poder de se aperfeiçoar), bem comum, autodeterminação, hierarquia. Princípios absolutos fincados na existência de Deus, de uma essência humana prédeterminada e de uma ordem social eterna, a- histórica. 10

Com essa concepção os valores só podem existir em uma sociedade em que as contradições, a luta de classes NÃO são constitutivos dela. Ou seja é a idealização de uma sociedade harmônica fincada em idealização de valores que se referem a todos os homens, sem distinção, como se não houvesse divergência no bem comum. 11

É no bojo do contexto histórico que me referi anteriormente que essa concepção profissional começa a ser questionada. Uma nova perspectiva profissional, um novo ethos profissional é gestado. Foi uma fantástica mudança operada na profissão operada no marco do III Congresso Brasileiro de Serviço Social o Congresso da Virada, em 1979. 12

O Código de 1986 se colocou como parte de um projeto profissional, articulado com um projeto de sociedade. A dimensão política da profissão foi explicitada. 13

Rompimento com a concepção imparcial dos códigos anteriores; A explicitação do caráter de classe dos usuários antes dissolvido no conceito de pessoa humana; Recusa de valores a-históricos; 14

Segundo Barroco: o Código de 1986 incorre no erro de tratar a classe trabalhadora de maneira abstrata e fora da história. A teoria marxiana aponta para a supressão das classes, para que então possa existir a liberdade, a emancipação, etc e não para o entronamento e a infinitude da classe trabalhadora, pois: 15

Isso seria o mesmo que afirmar que esta (condição de classe) seria uma condição ontológica do ser social, enquanto para Marx é uma condição histórica a ser suprimida. Marx não situa o homem como bom ou mal pela sua condição de classe. Sua perspectiva de totalidade não permite que o ser social seja situado somente em sua condição de classe. (Barroco,...) 16

O impeachement de Collor levou um debate na sociedade sobre a ética e ética na política. Isso levou ao crescimento das discussões, aprofundamento de estudos. Maior aproximação da concepção Lukacsiana. Cbas em 1992 inaugurou o debate sobre a ética. Na formação profissional a ética despontou como objeto de estudo e de preocupação nas diretrizes curriculares para além da disciplina de ética. 17

Em síntese, pode-se dizer que os Códigos de Ética de 1986 e 1993 movem-se em uma conjuntura favorável à negação do conservadorismo e de afirmação de valores emancipatórios. 18

Nesse contexto, o o código de 1993 aponta 11 princípios ( O conceito também é usado com referência a um valor ou a um preceito que se tem em conta para o desenvolvimento de uma ação) que são fundamentais, são eles: 19

A liberdade como valor ético central; exercício profissional sem discriminar ou ser discriminado por razões de classe, etnia, raça, religião, orientação sexual, geração...; ampliação e consolidação da cidadania; defesa da democracia enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida; preocupação com formação continuada e com a qualidade dos serviços prestados à população; garantia do pluralismo; projeto profissional voltado para construção de uma nova ordem societária sem dominação e exploração de classe; articulação com movimentos sociais. 20

Contudo, penso que a materialização desses princípios apresentam pelo menos dois entraves: 1) A ideia tendo prevalencia sobre a realidade. Os princípios são deduzidos de uma ideia ou desejo que não tem correspondência com a realidade. Os princípios são descolados da realidade concreta. 21

Esse idealismo dos princípios do projeto profissional baseia-se no senso comum, numa visão romântica dos princípios, com um cunho religioso forte. 22

Nessa perspectiva o projeto de profissão é um conjunto de ideias a-históricas e despolitizadas. Uma despolitização que só pode ser útil a classe dominante, que recheia as consciência com atos, preconceitos, como nos diz Vasquez. Essa visão idealista e idealizada dos princípios do Código de Ética e do PEP, acaba desembocando num messianismo, no voluntarismo ou no fatalismo. 23

Conforme Guerra, na visão messiânica, o assistente social é o responsável por garantir a democracia, efetivar direitos sociais, resgatar a cidadania do usuário. Atribuir a uma profissão essa tarefa é, no mínimo idealista. Mas esse idealismo continua impregnando a profissão sobretudo com o aprofundamento da crise do capital. Afinal, se as estruturas não podem ser mudadas, vamos transformar os sujeitos. Ora, é preciso fazer uma relação dialética entre objetividade e subjetividade. 24

Voluntarismo tudo em nome dos usuários dos nossos serviços. Fatalismo- Tudo isso leva a um discurso velho, e já conhecido nosso, de que na prática a teoria é outra. Ao fazer isso negam a dimensão POLÍTICA do projeto profissional. 25

Ainda segundo Guerra, sem a política e a teoria a ética vira uma abstração, uma mistificação. É a política que cria o campo de possibilidades. A teoria crítica nos possibilita fazer a crítica aos conteúdos conservadores da sociedade. 26

Um segundo elemento a ser destacado como limite à materialização do projeto ético político são as profundas transformações pelas quais tem passado, de 1993 até hoje a, sociedade brasileira. 27