Processo nº E-04 / 082.012 / 2012 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Conselho de Contribuintes



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Transcrição:

PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DO ACÓRDÃO No D.O. 04 / 12 / 2014 Fls.: 07 SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL Rubrica: ID:42833175 Sessão de 07 de outubro de 2014 SEGUNDA CÂMARA RECURSO Nº - 51.113 ACÓRDÃO Nº 12.374 C. P. F. Nº - 098.414.907-49 AUTO DE INFRAÇÃO Nº - 00.917344-4 RECORRENTE VICTOR FRANK DE PAULA ROSA PARANHOS RECORRIDA PRIMEIRA TURMA DA JUNTA DE REVISÃO FISCAL RELATOR - CONSELHEIRO GRACILIANO JOSÉ ABREU DOS SANTOS Participaram do julgamento os Conselheiros Graciliano José Abreu Dos Santos, Nilo Meirelles de Souza Araújo, Gustavo Mendes Moura Pimentel e Luiz Carlos Sampaio Afonso. PRELIMINAR DE NULIDADE DECISÃO 1A. INSTÂNCIA Não há falta de motivação da decisão de 1a. Instância. Embora de forma sucinta, não deixou o julgador de apreciar o mérito da Autuação. PRELIMINAR REJEITADA MERITO. Restou caracterizada a doação a partir da compra de veículo em nome da Filha. Excluído da base de cálculo do imposto valor oriundo da venda de veículo doado a mesma filha em 2004. DADO PROVIMENTO PARCIAL ao recurso. Auto de Infração PROCEDENTE EM PARTE. RELATÓRIO Trata-se de Auto de Infração lavrado para exigir ITD e multa de Victor Frank de Paula Rosa Paranhos, por deixar de recolher, na condição de responsável solidário, o referido tributo, quando da Doação, informada na Declaração de Imposto de Renda 2008/2007, do veículo Cross Fox 2007, no valor de R4 51.500,00, a sua filha Vivian Merz Paranhos. Inconformado, o contribuinte apresentou impugnação de fls. 09/28, requerendo, em resumo, o seguinte: (i) reconhecimento da decadência

SEGUNDA CÂMARA Acórdão nº 12.374 - fls. 2/5 parcial do lançamento, isso porque o veículo tido por doado em 2007, teve parcela substancial paga com recursos decorrentes da alienação de veículo adquirido em 2004, como compravam diversas DIRFs em anexo; (ii) via de consequência, abatimento da base de cálculo do imposto do valor de R$ 26.000,00, referente ao veículo adquirido em 2004 e, portanto, consistente numa doação já abrangida pela decadência de lançar, conforme o art. 173, I, do CTN; e (iii) redução da base cálculo do lançamento o valor de R$ 2.730,24 (1.200 UFIRs RJ), por ano desde 2005, referente a isenção do ITD, nos termos do que segue disposto no art. 3º, IX, da Lei nº 1.427/89. A Junta de Revisão Fiscal, após realização de diligência saneadora (fls. 110/111) julgou (fls. 119/129) o Auto de Infração Procedente, tendo assim ementado sua decisão: 6.Débito de ITD. Legítima a exigência de ITD e multa quando o sujeito passivo não recolhe o tributo incidente sobre a doação de um veículo a um de seus filhos, cabendo frisar que no caso do ITD, por ser imposto sujeito a lançamento por declaração, o prazo previsto no artigo 173, inciso I, do CTN, inicia-se a partir do primeiro do exercício seguinte à data da ciência do fato gerador pelo Fisco. Auto de Infração julgado procedente. Mantendo-se irresignado, o contribuinte apresentou Recurso Voluntário a este Conselho, no qual além de reiterar os argumentos apresentados em sede de impugnação, requer a nulidade da decisão de 1a. Instância, por ausência de motivação.

SEGUNDA CÂMARA Acórdão nº 12.374 - fls. 3/5 A douta Representação da Fazenda, em parecer de fls. 184/185, opinou pelo desprovimento do Recurso, recomendando a manutenção da a decisão de 1a. Instância. É o relatório. VOTO DO RELATOR Trata-se de Recurso Voluntário contra decisão de 1a. Instância que julgou Procedente Auto de Infração lavrado para exigir ITD e multa de Victor Frank de Paula Rosa Paranhos, por deixar de recolher, na condição de responsável solidário, o referido tributo, quando da Doação, informada na Declaração de Imposto de Renda 2008/2007, do veículo Cross Fox 2007, no valor de R4 51.500,00, a sua filha Vivian Merz Paranhos. Da Preliminar de Nulidade da Decisão de 1 a. Instância. Diferentemente do entendimento manifesto pela recorrente, a decisão de 1ª. Instância não carecesse de motivação. Embora de forma sucinta, não deixou o julgador de apreciar o mérito da Autuação. Se sua conclusão de que com o afastamento da decadência parcial referente a doação 2004, restaram prejudicados os demais argumentos da Recorrente foi equivocada, é um outro problema, que discutiremos a seguir. Deve, portanto, ser afastada a preliminar de nulidade da decisão de 1ª. Instância. Do Mérito Quanto ao mérito, inicialmente, observo, que não há que se falar em decadência parcial de valores doados em 2004, já que o lançamento em questão tem por fato gerador doação ocorrida em 2007.

SEGUNDA CÂMARA Acórdão nº 12.374 - fls. 4/5 Embora, não haja dúvida quanto a doação pelo Recorrente do Veículo Cross Fox ano 2007, visto ter sido o próprio a Declarar tal fato em sua DIRF 2008/207, entendo, contudo, que da base de cálculo do imposto lançado no Auto de Infração, qual seja, R$ 51.500,00, deva ser excluída o valor de R$ 26.000,00, utilizado na compra do referido veículo comprovadamente oriundo da venda de um outro veículo doado a mesma filha em 2004. Com a exclusão acima referida o valor da base de cálculo do imposto passaria a ser de R$ 25.500,00. Outrossim, não há que se falar em qualquer outro abatimento sobre o valor apontado acima como doado, sendo totalmente despropositado o pedido da Recorrente de redução da base de cálculo do imposto com base no disposto no art. 3º, IX, da Lei nº 1.427/89, que tem por finalidade isentar doações em dinheiro de valor que não ultrapasse a quantia de 1.200 UFIRs por ano. A tributação não se dá sobre a parcela da doação que ultrapassar tal limite. Uma vez que ultrapassado o limite anual de isenção todo o valor doado fica sujeito a tributação. Isto posto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao Recurso Voluntário para julgar PROCEDENTE EM PARTE o Auto de Infração, em razão da redução, pelos motivos acima apontados, da base de cálculo do imposto para de R$ 25.50000. É o voto. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos em que é Recorrente a VICTOR FRANK DE PAULA ROSA PARANHOS e Recorrida a PRIMEIRA TURMA DA JUNTA DE REVISÃO FISCAL.

SEGUNDA CÂMARA Acórdão nº 12.374 - fls. 5/5 Acorda a SEGUNDA CÂMARA do do Estado do Rio de Janeiro, à unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de nulidade da decisão de 1ª Instância e, no mérito, também por unanimidade de voto, dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do Conselheiro Relator. SEGUNDA CÂMARA do do Estado do Rio de Janeiro, em 07 de outubro de 2014. GRACILIANO JOSÉ ABREU DOS SANTOS RELATOR LUIZ CARLOS SAMPAIO AFONSO NO EXERCÍCIO REGIMENTAL DA PRESIDÊNCIA LMBC