Legislação aplicada às comunicações

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Transcrição:

Legislação aplicada às comunicações Fundamentos de competição Carlos Baigorri Brasília, março de 2015

Objetivo Conhecer os principais conceitos envolvidos na regulação econômica: Oferta e demanda Teoremas do bem-estar Falhas de mercado Origens da regulação Concorrência Imperfeita Barreiras à entrada Monopólio Natural Externalidade Bens públicos Informação assimétrica

Concorrência perfeita Nos mercados onde há concorrência perfeita observa-se as seguintes características Elevado nº de vendedores e compradores Produto homogêneo Empresa tomadora de preços Informação perfeita Liberdade de entrada e saída de empresas Nos mercados onde há concorrência perfeita a curva de demanda do mercado é decrescente (lei da demanda) Por outro lado, a empresa na concorrência perfeita enfrenta uma curva de demanda horizontal (infinitamente elástica)

Concorrência perfeita Assim, a empresa na concorrência perfeita é uma tomadora de preços (preços de equilíbrio não são afetados individualmente pela empresa). O lucro da empresa é o maior possível quando ela produz um quantidade tal que o custo marginal é igual ao preço de venda Assim, na concorrência perfeita o preço de equilíbrio é igual ao custo marginal de produção (preço justo) Logo, a curva de oferta da empresa vai ser sua curva de custo marginal

Concorrência perfeita Ora, se as empresas na concorrência perfeita cobram os preços iguais aos seus custos marginais, o lucro da empresa é igual a zero? Exatamente, na concorrência perfeita as empresas não têm lucro econômico Quando o lucro econômico é igual a zero, dizemos que o lucro é normal Quando o lucro econômico é positivo, dizemos que o lucro é extraordinário Quando o lucro econômico é negativo, dizemos que há perda, ou seja, os fatores produtivos não estão sendo usados de forma eficiente.

Concorrência perfeita Dizemos que há eficiência no mercado quando os recursos são utilizados da melhor forma possível Mas como avaliar as diferentes formas de utilizar os recursos? Como avaliar os diferentes equilíbrios de mercado possíveis? Para avaliar a eficiência do equilíbrio de mercado, utilizaremos o conceito de excedente econômico. O excedente econômico nada mais é que a soma do excedente do consumidor com o excedente do produtor.

Concorrência perfeita O excedente do consumidor é a diferença entre ao quanto o consumidor está disposto a pagar e ao quanto ele efetivamente paga Preço Excedente do consumidor Preço de equilíbrio Demanda Quantidade

Concorrência perfeita Analogamente, o excedente do produtor é a diferença entre ao quanto o produtor está disposto a vender e ao quanto ele efetivamente vende Preço Preço de equilíbrio Excedente do consumidor Excedente do Produtor Oferta Demanda Quantidade

Concorrência perfeita Assim, o excedente econômico é a soma dos dois excedentes Preço Preço de equilíbrio Excedente Econômico Oferta Demanda Quantidade

Concorrência perfeita Será que existe um preço que gere um excedente econômico maior que aquele gerado pelo preço de equilíbrio em um mercado de concorrência perfeita?

Teoremas do bem-estar Uma das conclusões mais importantes da teoria econômica está enunciada no 1º e 2º Teoremas Gerais do Bem-Estar: 1º Teorema Todo equilíbrio resultante das livres forças de mercado é eficiente. 2º Teorema Todos os equilíbrios eficientes podem ser alcançados a partir de uma redistribuição das dotações inicias

Teoremas do bem-estar Esses teoremas são fundamentados em premissas dificilmente encontradas nas realidade, quais sejam: Concorrência perfeita Simetria de informações entre agentes econômicos Ausência de externalidades de rede Quando alguma dessas premissas não está presente, então os teoremas não se sustentam, ou seja, a livre força dos mercados não é suficiente para garantir um equilíbrio eficiente.

Falhas de mercado Quando os mercados não são suficientes para alcançar a eficiência, diz-se que há uma falha de mercado. Uma Falha de Mercado ocorre quando os mecanismos de mercado deixados livremente ao seu próprio funcionamento, originam resultados econômicos não eficientes ou indesejáveis do ponto de vista social. Tais falhas são geralmente provocadas pelas imperfeições do mercado, entre elas informação incompleta dos agentes econômicos, existência de externalidades e ocorrência de estruturas de mercado do tipo concorrência imperfeita.

Falhas de mercado Quando são verificadas falhas de mercado, uma das formas de corrigi-las é por meio da regulação econômica. Definição de regulação econômica: Forma de intervenção do Estado na ordem econômica, interferindo nos nichos econômicos que apresentem falhas de mercado politicamente inaceitáveis, a fim de aliar a exploração da atividade econômica à consecução de metas socialmente desejáveis

Falhas de mercado São exemplos de falhas de mercado: Concorrência imperfeita; Barreiras à entrada; Externalidades no consumo ou na produção; Bens públicos; Assimetria da informação; Mercados incompletos; Economias de escala; Economias de escopo; Outros.

Origens da Regulação Estados Unidos (1930) necessidade de regulação de mercados e setores de relevante interesse coletivo sob monopólio natural (ex.: transporte ferroviário); monitoramento e controle da política de remuneração tarifária; adoção do modelo de Comissões de Regulação Independentes. Europa (1980): processo de desestatização da Ordem Econômica; necessidade de estabelecimento de regras de mercado prévias, claras e concisas aos agentes econômicos; adoção do modelo de agências reguladoras.

Origens da Regulação - Brasil Regulação da cafeicultura de exportação com a criação do Instituto Brasileiro do Café (1952), posteriormente substituído pelo Departamento Nacional do Café (1989); Processo de modernização econômica da ordem jurídica do Brasil: regulação do Sistema Financeiro Nacional (Lei nº 4.595/64, criação do Banco Central do Brasil); regulação do Mercado de Valores Mobiliários (Lei nº 6.385/76); Processo de desestatização da Ordem Econômica (Lei n. 8.031/90) e quebra de monopólios estatais; necessidade de estabelecimento de regras de mercado prévias, claras e concisas aos agentes econômicos; adoção do modelo setorizado de agências reguladoras europeu.

Concorrência imperfeita A falha de mercado mais comum é a da concorrência imperfeita. A estrutura de concorrência mais imperfeita é o monopólio, ou seja, quando há apenas um ofertante de certo produto ou serviço. Em monopólio, o preço de equilíbrio é mais alto que o preço de concorrência perfeita. Ainda, a quantidade consumida é menor no monopólio do que na concorrência perfeita. Uma pergunta muito comum é a seguinte: Quantas empresas devem haver no mercado para que a concorrência seja perfeita?

Concorrência imperfeita Evidentemente o monopólio é ineficiente do ponto de vista econômico, entretanto, isso quer dizer que todo monopólio deve ser regulado? Quais monopólios devem ser regulados? A primeira análise que devemos fazer é sobre as origens do monopólio: 1 Barreiras a entrada? 2 Inovação tecnológica? 3 Monopólio natural?

Concorrência imperfeita Existem diversos tipos de barreiras a entrada, dentre elas: Barreiras artificiais Impostas por concorrentes Impostas pelo Estado Barreiras naturais Impostas pela tecnologia Para impedir monopólios é fundamental atuar para reduzir barreiras à entrada.

Barreiras à entrada Barreiras artificiais impostas por concorrentes Negativa de acesso a insumos essenciais Subsídios (preços predatórios) Sabotagens Padronização Fechamento vertical

Barreiras à entrada Barreiras artificiais impostas pelo Estado Outorgas Padrões de qualidade Limites de capital Regulamentação Conteúdos específicos

Barreiras à entrada Barreiras naturais Tecnologia Escala mínima de produção Demanda Quando as barreiras naturais geram uma situação de monopólio, esse é dito um monopólio natural

Monopólio natural O monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos necessários são muitos elevados e os custos marginais são muito baixos. Nesse caso, o nível eficiente de produção está além da demanda de mercado, de forma que o equilíbrio entre oferta e demanda se dá quando o custo médio é maior que o custo marginal.

Externalidades Quando uma atividade econômica afeta partes que dela não participam, diz-se que há uma externalidade. Esta externalidade pode ser positiva ou negativa. Exemplos: poluição ambiental é externalidade negativa de atividades industriais; sistemas de água e esgoto têm externalidades positivas sobre saúde da população.

Bens Públicos O mercado não consegue produzir eficientemente bens públicos puros. Os bens públicos puros são bens cujo consumo não é rival, nem é excluível. São bens públicos puros o bem defesa nacional, o bem iluminação pública, saúde pública, etc.

Bens Públicos O consumo de um bem (ou serviço) é dito ser não rival quando o consumo de uma pessoa não diminui a capacidade de outros consumidores em consumi-lo. Exemplo 1: quando um motorista se beneficia da iluminação pública isso não diminui o benefício que a mesma iluminação proporciona aos outros motoristas. Exemplo 2: o fato de você estar aprendendo microeconomia não diminui a possibilidade dos outros alunos também aprenderem (contanto que a sala não esteja superlotada e que eles não estejam dormindo). Exemplo 3: agora se eu como uma maça, ninguém mais pode consumi-la. Portanto, este bem é rival no consumo.

Bens Públicos O consumo de um bem (ou serviço) é dito ser não excluível quando não é possível impedir alguém de realizar tal consumo. Exemplo 1: em uma estrada sem pedágio, não se pode impedir que qualquer motorista transite por ela. Exemplo 2: o sinal da televisão aberta é de consumo não excluível, uma vez que qualquer pessoa que possua um aparelho de TV (e uma boa antena) pode captar o sinal. Repare que o sinal de TV é também não rival.

Informação assimétrica Fenômeno que ocorre quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem entre si uma transação econômica com uma das partes envolvidas detendo informações qualitativa ou quantitativamente superiores aos da outra parte. Os fenômenos de informação assimétrica mais abordados são: Seleção adversa Risco moral

Informação assimétrica seleção adversa Problema relacionado à assimetria de informação na adesão ou não a determinada atividade econômica. Exemplos: Compra de bens usados; Entrada em novos mercados.

Informação assimétrica risco moral Possibilidade de que um agente econômico mude seu comportamento de acordo com os diferentes contextos nos quais ocorre uma atividade econômica. Exemplos: Compra de seguros; Contratação de funcionários.

Regulação Econômica - Objetivos Corrigir falhas de mercado Garantir funcionamento do mercado Coibir comportamento monopolista Zelar por qualidade Impedir discriminações injustas Estimular eficiência e progresso técnico (além de outras atribuições)

Regulação Econômica - Instrumentos Controle de preços (na prática, instrumento mais usado para limitar lucros) Controle de quantidade (cotas) Controle de entrada e saída Controle da qualidade Controle de investimentos

Obrigado