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EIXO 4 PLANEJAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Transcrição:

Indice Mensagem do Diretor-Presidente...5 Institucional...7 Gestão Previdencial...13 Gestão dos Investimentos...25 Gestão Administrativa...33 Anexos I II III IV V VI VII VIII IX X Política de Investimentos...41 Demonstrativos de Investimentos...49 Custos Incorridos...56 Demonstrações Contábeis...57 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis...65 Parecer Atuarial do Plano Básico de Benefícios PBB...92 Parecer Atuarial do Plano de Benefício Definido Centrus PBDC...97 Parecer dos Auditores Independentes...102 Parecer do Conselho Fiscal...104 Aprovação das Contas pelo Conselho Deliberativo...105 3

Mensagem do Diretor-Presidente O ano de 2011 foi marcado por realizações extremamente relevantes para a Comunidade Centrus. Após longo e difícil processo de aprovação, iniciado em 2009, procedemos à cisão do Plano Básico de Benefícios PBB, com a criação do Plano de Benefício Definido Centrus PBDC. A Fundação pôde, enfim, efetuar a destinação do superávit (Reserva Especial) do PBB, mediante a reversão de valores aos assistidos e ao patrocinador Banco Central, em 36 parcelas mensais, completando o ciclo iniciado com a redução das contribuições a zero e o aumento das pensões. Uma vitória importantíssima para todos, que só foi possível em face da colaboração das principais entidades representativas dos assistidos a Associação dos Antigos Funcionários do Banco Central (AAFBC) e a Associação Brasiliense de Aposentados do Banco Central (Abace) que se uniram à Centrus para viabilizar a concretização desse direito. Não menos importante foi o tratamento prioritário dado à matéria pela Diretoria Colegiada do Banco Central, a partir do momento em que foram superadas as divergências sobre a aplicação da legislação pertinente. Similarmente aos procedimentos adotados para o PBB, os participantes e assistidos do PBDC também foram contemplados com a destinação do superávit do Plano, neste caso utilizado para cobertura das contribuições pessoais e patronais relativas aos exercícios de 2009 a 2014 e concessão de benefício temporário resgatável na aposentadoria. A eleição para os Conselhos teve apenas uma chapa, respaldada por todas as entidades representativas de participantes e assistidos, que reconduziu Franz Gomes Breitschaft ao Conselho Deliberativo e trouxe Walter Gomes de Oliveira para o Conselho Fiscal. Foi mais uma prova da maturidade da Comunidade Centrus, unida em busca do bem coletivo. A qualidade dos serviços prestados aos assistidos da Fundação, uma das diretrizes da administração, sempre foi tratada com seriedade. Realizada pela primeira vez, a Pesquisa de Satisfação 2011 contou com expressiva participação dos aposentados e pensionistas do PBB, sendo que 96% registraram satisfação com o atendimento prestado pela Centrus. O Programa de Educação Financeira e Previdenciária da Centrus, destinado a promover ações e projetos sobre essas matérias, direcionados aos participantes, assistidos e beneficiários, inclusive no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Universidade Banco Central do Brasil (Unibacen), já vem colhendo frutos, seja pelos cursos de gestão de finanças pessoais ministrados em 2011, seja pela redução do uso de papel e de recursos naturais a partir da dispensa de impressão deste Relatório Anual. Igualmente promissor foi o fato de a situação patrimonial ter se mantido superavitária, da ordem de R$ 2 bilhões, apesar do resultado negativo ocorrido na carteira de ações e da utilização da Reserva Especial, o que atesta a solidez do fundo de pensão que os antigos funcionários do Banco Central e os colaboradores da Centrus construíram ao longo dos últimos 31 anos. 5

De forma inédita, 2011 também será lembrado pela realização do Planejamento Estratégico da Centrus 2012/2014, iniciativa alinhada às boas práticas de Governança Corporativa que congregou, em trabalho altamente participativo, o Conselho Deliberativo, a Diretoria-Executiva e o corpo gerencial, resultando na definição da Visão de Futuro, da Missão, dos Valores Organizacionais e dos Objetivos Estratégicos e no estabelecimento de ações, metas e indicadores para o período. São conquistas de todos. Helio Cesar Brasileiro Diretor-Presidente 6

Institucional

A Fundação Instituída em 1980, a Fundação Banco Central de Previdência Privada Centrus figura entre os maiores fundos de pensão do Brasil, atuando como Entidade Fechada de Previdência Complementar EFPC, com vistas a garantir aos seus participantes e assistidos benefícios previdenciários complementares aos proporcionados pela Previdência Social. Com R$ 7,1 bilhões de patrimônio consolidado dos planos, desconsiderados os exigíveis operacionais, os recursos destinados ao cumprimento dos seus compromissos regulamentares provêm das contribuições de participantes e de patrocinadores o Banco Central e a própria Centrus e dos rendimentos do investimento desses recursos. Os planos administrados pela Fundação contavam, em 31 de dezembro de 2011, com 2.683 pessoas vinculadas, entre participantes ativos, autopatrocinados, assistidos e respectivos dependentes, sendo 2.365 do Plano Básico de Benefícios PBB e 318 do Plano de Benefício Definido Centrus PBDC. Governança A Centrus é administrada pelos seguintes órgãos estatutários: Conselho Deliberativo, composto por três membros indicados pelos patrocinadores, incluindo o presidente, e três eleitos por participantes e assistidos; Conselho Fiscal, com dois integrantes eleitos, dentre eles o presidente, e dois indicados pelos patrocinadores; e Diretoria-Executiva, constituída por quatro membros nomeados pelo Conselho Deliberativo. Órgãos Estatutários Conselho Deliberativo Diretoria-Executiva Conselho Fiscal Presidente João Antonio Fleury Teixeira Membros Dimas Luis Rodrigues da Costa Fernando de Oliveira Ribeiro Franz Gomes Breitschaft José Clovis Batista Dattoli Paulo de Tarso Galarça Calovi Diretor-Presidente Helio Cesar Brasileiro Diretores Antonio Francisco Bernardes de Assis Jefferson Moreira José Antonio Marciano Presidente Abrahão Patruni Júnior Membros Antonio Carlos Mendes de Oliveira Lúcio Rodrigues Capelletto Walter Gomes de Oliveira Além dos órgãos estatutários, contribuem para a administração, na medida em que possibilitam a gestão integrada, descentralizada e participativa no âmbito institucional, os seguintes Comitês: Comitês Composição Principais Funções Comitê de Investimentos e Gestão CIG Membros da Diretoria-Executiva, Consultor Jurídico e gerentes das áreas técnicas. Aprovar proposta da política de investimentos a ser submetida aos órgãos estatutários. Aprovar operações de aplicações de recursos. 9

Comitê de Aplicações CAP Diretor de Aplicações, Gerente de Análise Técnica, de Investimento e Risco, Gerente de Aplicações e representante da área de contabilidade e compliance. Define estratégias de curtíssimo prazo para as aplicações de rendas fixa e variável. Comitê de Controle Interno e Compliance Cocic Quatro membros, sendo um representante de cada diretoria. Acompanhar as atividades de compliance da Gerência de Auditoria Interna e propor a implementação de procedimentos de controle interno. Comitê de Alienação de Imóveis Comai Três membros, sendo um representante da Diretoria de Aplicações, um da Diretoria de Controle, Logística e Informação e um da Consultoria Jurídica. Negociar a venda de imóveis e registrar os aspectos negociais e elaborar relatórios correlatos. Comitê de Comunicação e de Educação Financeira e Previdenciária Cofip Consultor Jurídico, Consultor da Presidência e um representante de cada diretoria. De caráter consultivo, em questões relacionadas à Comunicação Institucional e às ações de educação financeira e previdenciária. Comunicação e Ouvidoria Sob o aspecto da comunicação, a Ouvidoria manteve-se como facilitadora dos aposentados e pensionistas da Centrus no acesso às informações, prestando atendimento presencial, por e-mail ou por telefone. Além disso, permaneceu engajada em diversas ações relacionadas à divulgação de assuntos de interesse dos participantes e assistidos, tomando a iniciativa de fazer contatos individuais, com vistas a facilitar o acesso às informações e às oportunidades de treinamento oferecidas. A comunicação ganhou evidência no ano de 2011, uma vez que eventos institucionais como a distribuição do superávit, o processo eleitoral para os Conselhos Deliberativo e Fiscal e a absorção da carteira imobiliária da Previ geraram maior demanda por informações e esclarecimentos, sendo o sítio da Fundação e o Jornal Centrus, publicado bimestralmente, os principais veículos. Visando consolidar a comunicação institucional e a disseminação de conhecimentos previdenciários e financeiros, a Fundação constituiu o Comitê de Comunicação e de Educação Financeira e Previdenciária Cofip, que passa a coordenar as atividades do Programa de Educação Financeira e Previdenciária para atender participantes, assistidos e pensionistas dos planos de benefícios sob sua administração. No âmbito externo, a Centrus deu pronto atendimento às solicitações da mídia nacional, mediante o fornecimento de informações a jornais, revistas, rádios e TV, contribuindo assim para reforçar a boa imagem que a Fundação desfruta no cenário nacional, como uma das referências entre os fundos de pensão. 10

Planejamento Com o advento do planejamento estratégico, em 2011, a Centrus pôde estabelecer, institucionalmente: Visão de Futuro Previdência como garantia de qualidade de vida e segurança. Missão A instituição e operação de planos de previdência que atendam às expectativas dos participantes, assistidos, patrocinadores e instituidores. Valores Organizacionais Comprometimento, Ética, Excelência, Foco nos Resultados, Respeito em todas as Relações, Sustentabilidade e Transparência. Localização e Contatos SCN Quadra 2, Bloco A, 8º andar, Ed. Corporate Financial Center 70712-900 Brasília (DF) Fone: +55 (61) 2192-1414 Fax: +55 (61) 2192-1574 Atendimento: 0800 704 04 94 (ligação gratuita de telefone fixo, do Brasil) Sítio na internet: www.centrus.org.br e-mail: ouvidoria@centrus.org.br 11

Gestão Previdencial

O ano de 2011 foi muito proveitoso para os participantes e assistidos da Centrus. Projetos importantes iniciados em períodos anteriores puderam finalmente se materializar no curso do exercício. A proposta de cisão parcial do Plano Básico de Benefícios PBB e de destinação da Reserva Especial do Plano, elaborada em 2009 e aprovada pelo Conselho Deliberativo em agosto daquele ano, recebeu a acolhida do patrocinador Banco Central no mês de março de 2011. A primeira parte da proposição, aprovada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar Previc em 13 de abril, por meio da Portaria nº 189, possibilitou a cisão do patrimônio do PBB, nele permanecendo, com patrocínio único do Banco Central, os 937 ex-funcionários daquela autarquia e 724 pensionistas. Com a cisão, o PBB ficou com 97,5% do patrimônio total existente na data de referência. A parcela segregada do PBB, correspondente a 2,5% do patrimônio total, deu origem ao Plano de Benefício Definido Centrus PBDC, para abrigar, com o patrocínio da própria Fundação, os participantes e assistidos representados por 108 empregados, onze ex-empregados que continuam no Plano como autopatrocinados, dois aposentados e três pensionistas. A cisão foi efetivada em 1º de maio de 2011, com efeitos retroativos a 31 de dezembro de 2008. A etapa seguinte do projeto, relativa à destinação de parcela da Reserva Especial do PBB registrada ao final do exercício de 2005 e mantida estável no triênio de 2006 a 2008, também contou com a aprovação da Previc, conforme Portaria nº 192, de 14 de abril de 2011. Estruturada sob a forma de reversão de valores e alinhada aos comandos da Resolução nº 26, de 29 de setembro de 2008, do então Conselho de Gestão da Previdência Complementar CGPC, a destinação de parte da Reserva Especial consistiu na formação do Fundo Previdencial de Patrocinador e de Participante, no montante de R$ 1.229 milhões (R$ 973 milhões em 31 de dezembro de 2008), para liberação, em partes iguais, entre os assistidos 1 e o patrocinador Banco Central, em trinta e seis parcelas mensais. O saldo do fundo previdencial é atualizado mensalmente com a aplicação dos índices que compõem a meta atuarial do PBB (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA adicionado de juros de 5% a.a.), enquanto o valor da parcela mensal é ajustado anualmente com base nos mesmos indicadores. Na primeira semana do mês de maio, depois de superados entraves jurídicos que impediam a aplicação das medidas aprovadas pela Previc, a Centrus liberou aos assistidos e participante autopatrocinado, bem como ao patrocinador Banco Central, dezesseis das trinta e seis parcelas mensais, correspondentes ao período de janeiro de 2010 a abril de 2011. A partir de maio, no último dia útil de cada mês, a Fundação vem liberando as parcelas subsequentes. Para o ano de 2012, está previsto o crédito das doze parcelas remanescentes aos beneficiários da destinação do superávit de 2005. O cronograma de desembolsos do fundo previdencial deverá ser submetido à homologação do Conselho Deliberativo quando da apreciação das demonstrações financeiras da Centrus, segundo aprovado pela Previc. Outra medida importante para os assistidos do PBB foi também concretizada no mês de maio. Tendo por referência convênio firmado entre a Fundação e a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil Previ, as contribuições para o plano Carteira de Pecúlios Capec passaram a ser consignadas na folha de pagamento dos assistidos da Centrus. A medida veio atender antigo anseio desse grupo. No dia 6 de dezembro, por intermédio da Portaria nº 675, a Previc aprovou a destinação da Reserva Especial do PBDC. 1 Inclusive um participante autopatrocinado 15

Assim como no PBB, a parcela do superávit de 2005 que coube ao Plano no processo de cisão parcial foi objeto de proposta de destinação aprovada pela Fundação no final de junho, aprimorada com os ajustes realizados no mês de outubro seguinte. Aderente aos preceitos da Resolução CGPC nº 26, de 2008, a destinação do superávit do PBDC, no montante de R$ 42 milhões (R$ 31 milhões em 31 de dezembro de 2008) consistiu na formação de três fundos previdenciais, sendo um destinado à cobertura das contribuições pessoais e patronais para o custeio do Plano por seis exercícios consecutivos. Os demais, voltados para a concessão de benefício temporário aos participantes e assistidos, em trinta e seis parcelas mensais, também com destinação da cota do patrocinador, na razão contributiva de duas partes para uma. A aplicação da medida, com alcance exclusivo aos participantes vinculados ao PBDC em 31 de dezembro de 2008, se deu no próprio mês de dezembro, tendo a Centrus promovido, com recursos do Fundo Previdencial de Contribuições, a devolução dos valores recolhidos pelos participantes (os assistidos são dispensados da contribuição desde fevereiro de 2008) e por ela própria desde janeiro de 2009. Os valores foram atualizados com a aplicação dos mesmos critérios adotados na manutenção das reservas de poupança do Plano. O fundo previdencial deve assegurar a cobertura das contribuições devidas até dezembro de 2014. A Centrus creditou também, em contas individuais dos participantes e assistidos associadas ao PBDC, vinte e quatro parcelas do benefício temporário relativo aos meses de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Os benefícios creditados nessas contas individuais, resgatados do Fundo Previdencial de Participantes e Assistidos, podem ser sacados pelos participantes quando em gozo de benefício de prestação continuada (aposentadoria, por exemplo) ou no caso de desligamento do Plano. Montante correspondente foi destacado do Fundo Previdencial da Patrocinadora para crédito, também em contas vinculadas ao PBDC, em favor da patrocinadora e dos participantes autopatrocinados (cota proporcional de autopatrocínio). Os cronogramas de utilização dos saldos alocados nos fundos previdenciais, aprovados pelo Conselho Deliberativo no próprio mês de dezembro, possibilitam à Centrus realizar a cobertura das contribuições devidas ao Plano em 2012 e dar continuidade ao crédito das doze parcelas remanescentes do benefício temporário. Depois de longos anos de espera e de expectativas, um grupo de participantes e de ex-participantes do PBB, mutuários de operações de financiamento imobiliário firmadas com a Previ, puderam finalmente comemorar. No dia 23 de dezembro, a Fundação e a Previ, com a interveniência do Banco Central, firmaram escritura pública transferindo, em definitivo, os contratos repassados à Centrus no final de 1997. À época, essas operações foram recepcionadas no contexto das providências estabelecidas pela Medida Provisória nº 1.535, de 18 de dezembro de 1996, mais tarde convertida na Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, que resultou no convênio firmado entre o Banco Central, o Banco do Brasil S.A., a Previ e a Fundação. Ao longo de quatorze anos, em razão de estarem vinculadas às duas entidades, referidas operações ficaram à margem de programas visando a readequação dos saldos devedores e das prestações, tendo acumulado significativos desequilíbrios. A assinatura da escritura pública abre agora a perspectiva de a Centrus, como detentora legal de tais operações, poder desenvolver programa de repactuação objetivando o reequilíbrio econômico dos contratos, à semelhança do tratamento por ela dispensado aos mutuários de sua própria carteira. Essa providência deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2012. 16

Desempenho DAS áreas de BENEFÍCIOS e de OPERAções COM PARTICIPANTES PLANO BáSICO DE BENEFÍCIOS PBB Receita e Despesa Previdencial Os assistidos e o patrocinador estão dispensados de recolher contribuições para o Plano, dada a sua situação superavitária, razão pela qual em 2011 não houve registro de receitas dessa natureza. A despesa previdencial, correspondente à soma dos benefícios de responsabilidade do PBB, apresentou crescimento de 2,9% no exercício. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 % Aposentadorias 172.536,5 173.182,4 0,4 % Pensões 81.413,1 88.545,4 8,8 % Abono de Natal 21.073,7 21.719,6 3,1 % Pecúlios 7.470,8 7.187,8 (3,8)% Total da Despesa 282.494,1 290.635,2 2,9 % Adiantamento de Benefícios do INSS 38.615,7 40.209,6 4,1 % População A população do PBB é composta por 1.552 assistidos, tendo havido decréscimo de 2,1% no último ano. Discriminação 2010 2011 % Assistidos 1.585 1.552 (2,1)% Aposentados 850 807 (5,1)% Pensionistas /1 735 745 1,4 % Dependentes 857 813 (5,1)% Total 2.442 2.365 (3,2)% /1 corresponde a 661 grupos familiares 17

PBB Distribuição por Faixa Etária /1 corresponde a benefícios temporários Carteira de Financiamentos Imobiliários A carteira de financiamentos imobiliários fechada para novos contratos encerrou o ano com saldo de R$ 101,6 milhões. Desde a implantação do programa de repactuação para reequilíbrio dos saldos devedores, em meados de 2007, a evolução da carteira foi a seguinte: Discriminação Quantidade (a) Valores em R$ mil jul/2007 2011 % Valor Quantidade (b) Contratos sem repactuação 2.583 271.756,7 648 56.042,3 (74,9)% Valor Carteira própria 2.447 251.983,8 549 34.506,2 (77,6)% Carteira de terceiros (Previ) 136 19.772,9 99 21.536,1 (27,2)% Contratos com repactuação - - 891 45.515,0 - Total da carteira 2.583 271.756,7 1.539 101.557,3 (40,4)% (b/a) 18

Em 2011 foram liquidadas 201 operações, que tinham saldo de R$ 6,5 milhões, e repactuados 39 contratos, representando o saldo de R$ 3,1 milhões. Desse universo, 64 operações tiveram redução no saldo devedor, no valor global de R$ 3,0 milhões, correspondente aos descontos concedidos pelo programa de repactuação. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 Quantidade Valor Quantidade Valor Liquidações 245 10.287,5 201 6.525,2 Amortizações 28 243,7 13 144,4 Repactuações /1 53 3.528,3 39 3.079,6 Descontos concedidos 118 3.653,8 64 3.002,3 /1 inclui contratos repactuados e posteriormente liquidados Carteira de Empréstimos Seguindo a tendência do exercício anterior, a carteira de empréstimos registrou decréscimo de 21,9% em relação aos saldos verificados no encerramento de 2010, desempenho resultante primordialmente da redução no volume de contratações, que caiu 28,8%. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 % Valor da carteira 27.404,7 21.413,2 (21,9)% Fluxo de prestações 11.295,8 10.811,9 (4,3)% Número de contratos 728 640 (12,1)% Número de contratantes 559 485 (13,2)% Concessões Liquidações Valor 8.231,9 5.859,9 (28,8)% Quantidade 176 126 (28,4)% Valor 4.402,7 4.309,0 (2,1)% Quantidade 171 214 25,1% 19

PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO CENTRUS PBDC Receita Previdencial A receita previdencial do exercício, compreendendo a arrecadação de contribuições pessoais e patronais, apresentou crescimento de 17,9% comparativamente ao valor registrado no ano anterior. A evolução de 26,9% das contribuições dos participantes autopatrocinados se deveu à opção de exempregados da Centrus pela continuidade no Plano como participantes. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 % Centrus 939,0 1.086,1 15,7% Participantes ativos 478,3 546,0 14,2% Autopatrocinados 437,5 555,4 26,9% Total 1.854,8 2.187,5 17,9% Despesa Previdencial A despesa previdencial, correspondente à soma dos benefícios de responsabilidade do Plano, cresceu 14,7% em 2011. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 % Aposentadorias 611,4 717,7 17,4% Pensões 13,0 13,4 3,1% Auxílio-doença 106,4 89,8 (15,6)% Abono de Natal 57,6 60,9 5,7% Pecúlios - 22,8 - Total da Despesa 788,4 904,6 14,7% Adiantamento de Benefícios do INSS - 324,2-20

População A população do PBDC é composta por 8 aposentados, 3 pensionistas, 3 optantes pelo benefício proporcional diferido e 105 participantes ativos, dos quais 85 são empregados da Fundação e 20 autopatrocinados. Discriminação 2010 2011 % Participantes ativos 104 105 1,0% Vinculados à Centrus /1 86 85 (1,2)% Autopatrocinados 18 20 11,1% Assistidos 12 11 (8,3)% Aposentados 8 8 0,0% Pensionistas /2 4 3 (25,0)% Benefício Proporcional Diferido - 3 - Dependentes 195 199 2,1% Total 311 318 2,3% /1 empregados da Centrus e servidores cedidos pelo Banco Central /2 corresponde a três grupos PBDC Distribuição por Faixa Etária 21

Carteira de Financiamentos Imobiliários A carteira de financiamentos imobiliários fechada para novas contratações encerrou o ano com saldo de R$ 525,2 mil. Desde a implantação do programa de repactuação para reequilíbrio dos saldos devedores, em agosto de 2007, a evolução da carteira foi a seguinte: Discriminação Quantidade (a) Valores em R$ mil jul/2007 2011 % Valor Quantidade (b) Contratos sem repactuação 26 1.802,9 6 291,2 (76,9)% Valor Carteira própria 26 1.802,9 6 291,2 (76,9)% Contratos com repactuação - - 5 234,0 - Total da carteira 26 1.802,9 11 525,2 (57,7)% (b/a) As condições oferecidas pelo programa de repactuação proporcionaram a liquidação de quatro operações em 2011, no montante de R$ 168 mil, e a renegociação de dois contratos, no valor de R$ 99 mil. Os descontos concedidos totalizaram R$ 36,9 mil. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 Quantidade Valor Quantidade Valor Liquidações 3 186,4 4 167,8 Amortizações 8 44,5 - - Repactuações /1 - - 2 98,7 Descontos concedidos 2 28,6 2 36,9 /1 inclui contratos repactuados e posteriormente liquidados 22

Carteira de Empréstimos No final do exercício, a carteira de empréstimos apresentou saldo de R$ 2,1 milhões, com redução de 41,9% sobre os valores registrados no encerramento de 2010. Essa redução é resultado, em grande parte, da queda no volume de novas contratações observada no período. O volume de concessões em 2011 foi 21,3% inferior ao ocorrido no ano anterior. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 % Valor da carteira 3.642,6 2.117,8 (41,9)% Fluxo de prestações 634,8 727,0 14,5% Número de contratos 100 108 8,0% Número de contratantes 72 77 6,9% Concessões Liquidações Valor 1.153,2 907,6 (21,3)% Quantidade 37 33 (10,8)% Valor 499,5 192,6 (61,4)% Quantidade 37 25 (32,4)% Fração Patrimonial Os resgates de fração patrimonial atingiram R$ 13,8 milhões. Mantêm fração patrimonial na Centrus 4.872 ex-participantes do PBB, com saldos que totalizam R$ 207,6 milhões. Valores em R$ mil Discriminação 2010 2011 % Pagamentos 647.455,9 13.768,9 (97,9)% Patronal 634.157,6 - (100,0)% Pessoal 13.298,3 13.768,9 3,5% Saldo 214.358,0 207.624,9 (3,1)% Pessoal 214.358,0 207.624,9 (3,1)% Nº de Titulares de fração patrimonial 5.036 4.872 (3,3)% 23

Gestão dos Investimentos

CONJUNTURA No ano de 2011 predominou o ambiente de incerteza econômica. O agravamento da crise fiscal na Europa e nos Estados Unidos gerou constantes reduções nas previsões de crescimento das principais economias do mundo, com repercussão direta na economia brasileira. No âmbito doméstico, a principal preocupação está relacionada ao comportamento da inflação, que atingiu o teto da meta de 6,50% estipulado pelo Conselho Monetário Nacional CMN. Diante desse cenário, o Comitê de Política Monetária Copom, com o objetivo de controlar as pressões inflacionárias, aumentou a taxa básica de juros sistematicamente até julho, quando a crise internacional se intensificou. A partir de então, o Banco Central adotou medidas de afrouxamento monetário e o Governo estimulou o consumo, reduzindo a carga fiscal de produtos selecionados. No que diz respeito ao mercado acionário, a dificuldade política de se implementar solução para a crise dos países altamente endividados contribuiu para arrefecer o apetite dos investidores, que buscaram alocar recursos em ativos de menor nível de risco ao longo do ano, ocasionando decréscimo de 18,11% do Índice Bovespa Ibovespa em 2011. PLANO BáSICO DE BENEFÍCIOS PBB Investimentos Na gestão dos investimentos do Plano Básico de Benefícios PBB, considerando a maturidade do Plano, a Centrus, com administração preponderantemente interna, primou por uma política cada vez mais aperfeiçoada, direcionando os recursos para ativos de alta liquidez e baixo risco, a fim de assegurar com tranquilidade o pagamento dos compromissos previdenciários. Frente a isso, o segmento de renda fixa representou a maior parcela dos investimentos e a alocação efetuada nos últimos anos garantiu taxas de juros acima da meta atuarial. No segmento de renda variável, dado o momento adverso do mercado, a administração optou por postergar a execução da estratégia de realização de ativos delineada na Política de Investimentos. Nesse contexto, a redução da participação do segmento, de 34% para 33% dos recursos garantidores do Plano, decorreu, tão somente, da queda do preço das ações que integram a carteira. Quanto ao segmento de imóveis, a continuidade da política de desimobilização, em vigor desde 2006, ao passar de cada ano requer maior esforço para a venda dos imóveis remanescentes. Em 2011, dos oito bens em carteira destinados à venda, a Fundação efetivou a alienação de um e deparou-se com a desapropriação do imóvel situado na cidade do Rio de Janeiro pelo Governo Estadual, em agosto. Tais eventos não produziram efeito significativo sobre a participação do segmento, que permaneceu em 2% dos investimentos do PBB. Nas operações com participantes, verificou-se a manutenção da representatividade do segmento em relação aos recursos garantidores do Plano, não obstante a diminuição do número de contratos da carteira de empréstimos e de financiamentos imobiliários. 27

Composição dos Investimentos 2011 Sob gestão de terceiros encontram-se apenas 2% das aplicações do PBB, referentes a dois fundos de investimentos em renda fixa FIRF, exclusivos, com o objetivo de suprir a liquidez diária, e um fundo de investimento em participações, em fase de desinvestimento. Rentabilidade A queda dos juros pagos pelo Tesouro Nacional na emissão dos títulos públicos federais, mais nítida a partir de agosto, aliada à desvalorização dos ativos de renda variável constituiu um ambiente desafiador para os fundos de pensão em 2011, no que diz respeito ao cumprimento da meta atuarial dos planos de benefícios administrados. No caso específico do PBB, maior plano administrado pela Centrus, a adoção da estratégia de direcionar, ao longo dos anos, os recursos alocados em renda fixa prioritariamente para títulos públicos federais indexados ao IPCA mostrouse bastante acertada, inclusive em 2011, quando, pelo súbito aumento da inflação, o segmento de renda fixa demonstrou excelente desempenho vis-à-vis a taxa Selic e a meta atuarial do Plano. Quanto ao segmento de renda variável, ainda que a rentabilidade tenha sido negativa, a seleção de papéis defensivos, caracterizado pela resiliência, consistência de resultados e fluxo de caixa constante, propiciou performance melhor que a do Ibovespa. 28

A composição da carteira de ações também garantiu ao PBB, no exercício, maior entrada de recursos proveniente da remuneração distribuída pelas empresas investidas. O montante percebido de R$ 125,2 milhões, correspondente a 5% da carteira de ações, supriu aproximadamente seis meses de desembolso com benefícios. Cabe destaque, comparativamente aos demais ativos integrantes da carteira, a maior contribuição da Vale, da Petrobras e da Eletrobras, em termos financeiros, e do papel preferencial da Cemig, quanto ao retorno sobre o preço da ação (dividend yield). No segmento de imóveis, uma vez que não ocorreu reavaliação da carteira, o retorno correspondeu a 6,26%, relativo aos aluguéis recebidos, descontada a depreciação. Em operações com participantes, as provisões efetuadas na carteira de financiamentos imobiliários impactaram o desempenho do segmento, que retornou 11,62% no ano, pouco abaixo da meta atuarial do Plano. A rentabilidade patrimonial situou-se abaixo da meta atuarial, pois o efeito atenuador do segmento de renda fixa não foi suficiente para compensar o decréscimo verificado na carteira de ações. Respeitado o compromisso com a gestão dos investimentos, convém ressaltar que esse desempenho não foi exclusivo da Centrus, denotando as condições adversas por que passou o mercado acionário em 2011. PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO CENTRUS PBDC Investimentos Implantado em maio de 2011, o Plano de Benefício Definido Centrus PBDC somente passou a ter gestão própria dos investimentos após a segregação real dos ativos, concluída em outubro. Antecipando diretrizes da Política de Investimentos para o período de 2012 a 2016, iniciou-se a realocação de recursos excedentes aos compromissos previstos do Plano, que estavam aplicados em FIRF, para ativos de renda variável, objetivando iniciar a otimização da carteira de aplicações para se obter relação risco versus retorno condizente com a maturidade do PBDC. 29

Como essa estratégia teve início em dezembro, de forma moderada, a composição dos investimentos do PBDC, ao final de 2011, ainda evidencia a preponderância do segmento de renda fixa em relação aos demais ativos integrantes do portfolio. Esse segmento responde por 72% das aplicações realizadas, principalmente em títulos públicos federais indexados ao IPCA, com taxa média superior à meta atuarial do Plano, e em FIRF exclusivo, destinado a suprir as necessidades de liquidez diária. O segmento de renda variável, que representa apenas 25% do montante investido pelo PBDC, tende a adquirir maior expressividade nos próximos anos, tanto pela necessidade de se alocar o fluxo positivo de recursos do Plano quanto pela reaplicação por ocasião do vencimento dos títulos públicos, movimento que poderá ser acelerado se a trajetória de redução da taxa de juros paga pelo Tesouro Nacional for mais agressiva. Em relação ao segmento de imóveis, a política seguiu a mesma do PBB, tendo em vista que os investimentos efetivados no segmento foram cotizados entre os planos de benefícios para efeito da segregação real dos ativos. Assim, em 2011, a representatividade desse segmento foi equivalente a 2% dos investimentos do PBDC. Com maior relevo para a carteira de empréstimos, o segmento de operações com participantes finalizou o ano correspondendo a apenas 1% das aplicações realizadas pelo Plano. Composição dos Investimentos 2011 Rentabilidade No segmento de renda fixa, o PBDC apurou retorno de 7,9%, patamar pouco acima da taxa Selic e superior em 1,3 ponto percentual à meta atuarial, comparando-se esses percentuais no acumulado dos oito meses de existência do Plano. Com referência ao segmento de renda variável, a performance dos ativos defensivos da carteira de ações contribuiu para o menor recuo vis-à-vis o desempenho do Ibovespa. Em termos de caixa, os investimentos em ações garantiram fluxo de R$ 2,6 milhões, a título de dividendos e juros sobre o capital próprio JCP, montante esse mais que suficiente para honrar os desembolsos com benefícios pagos no período. A carteira de imóveis apresentou rentabilidade de 4,4% nos oito meses, resultante dos aluguéis recebidos e da depreciação aplicada. 30

As operações com participantes agregaram retorno ao portfolio, na medida em que a rentabilidade de 7,7% superou a meta atuarial de 6,6% acumulada no período de oito meses. Na apuração total, mesmo com o bom desempenho dos segmentos de renda fixa e de operações com participantes, o PBDC auferiu rentabilidade patrimonial abaixo da meta atuarial, explicada pela forte desvalorização dos ativos de renda variável. Rentabilidade Comparada (maio a dezembro de 2011) 31

Gestão Administrativa

A cisão parcial do Plano Básico de Benefícios PBB, a distribuição do superávit e a segregação real de ativos para compor o novo Plano de Benefício Definido Centrus PBDC, fizeram com que 2011 se configurasse como um ano de desafios para a gestão administrativa. Sem prejuízo das atividades que já vinham sendo executadas, as ações voltadas à implementação desses projetos, envolvendo alterações de sistemas informatizados, foram inteiramente desenvolvidas pelo quadro próprio. Com vistas à identificação e ao controle de riscos operacionais, a Fundação colocou em prática o sistema Matriz de Risco Operacional, permitindo o acompanhamento dos principais processos de trabalho, a partir do registro e da análise das respectivas variáveis de probabilidade de frequência, severidade do impacto financeiro e expectativa de perda. Integrando o processo de Planejamento Estratégico, e na sequência das etapas de definição da visão de futuro, da missão e dos valores, foram definidos os objetivos estratégicos, as ações e os projetos, com a finalidade de atribuir responsabilidades, prazos de conclusão e indicadores de acompanhamento. No âmbito de suas atribuições, o Comitê de Comunicação e de Educação Financeira e Previdenciária Cofip iniciou as atividades, com destaque nas ações das seguintes áreas: Comunicação institucional Sítio na Internet: o novo sítio na internet, lançado no aniversário de 31 anos da Fundação, mais moderno e prático, facilitou o acesso dos usuários a funções importantes, como notícias, planos de benefícios, dados cadastrais, contracheques e informações sobre investimentos, aprimorando-se essa importante ferramenta de promoção de maior interação da Centrus com seus participantes e assistidos; Disseminação de conhecimentos financeiros e previdenciários Gestão de Finanças Pessoais objetiva elevar o nível de consciência das pessoas, de qualquer idade, condição financeira ou formação, para a importância do planejamento financeiro; Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo 6 Turmas 114 Pessoas Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro 12 Turmas 103 Pessoas Informática Educativa prepara os assistidos para a utilização de diversas ferramentas de informática, amplia o acesso a informações virtuais e promove maior integração e aproximação entre a Centrus e o seu público. 35

No aspecto da política de valorização do quadro técnico e gerencial, a Fundação adotou um conjunto de medidas envolvendo ações primordiais voltadas para a formação, o treinamento e o desenvolvimento dos colaboradores. Nesse sentido, foram oferecidos 110 cursos, congressos, treinamentos in company e seminários, priorizando-se as áreas de previdência complementar, gestão atuarial e finanças. Em cumprimento à regulamentação em vigor, em 2011, todos os membros do Conselho Deliberativo e da Diretoria-Executiva, assim como os gerentes e empregados que participam de decisões sobre investimentos, foram certificados pelo Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social ICSS. Quadro Funcional Formado por 85 colaboradores, com predominância na faixa etária de 40 a 50 anos, o quadro funcional da Centrus demonstra equilíbrio no que se refere ao número de empregados dos sexos masculino e feminino. A baixa rotatividade, assinalada pelo elevado tempo de casa dos colaboradores, com 58% acima de 11 anos, está relacionada, em grande parte, à existência de salutar ambiente de trabalho, além de remuneração e benefícios indiretos satisfatórios. 36

Distribuição por tempo de serviço O nível de qualificação dos colaboradores também merece destaque, uma vez que 81% do quadro funcional possui nível superior, contribuindo para que as atividades sejam desempenhadas com maior eficiência. Nível de Escolaridade Fundamental 1 Médio Superior Incompleto 2 Superior Completo Especialização 3 Pós-Graduação Mestrado Outras Importantes Ações Administrativas Carteira de Imóveis: em continuidade ao Plano de Alienação de Imóveis aprovado pelo Conselho Deliberativo em 4 de maio de 2006, no exercício de 2011 foi vendido o imóvel situado na Av. Brasília, nº 2.769, em Londrina (PR), pelo valor de R$ 6,0 milhões; Execução Orçamentária: na execução do orçamento de custeio administrativo em 2011, que abriga, entre outras, as despesas com pessoal, encargos sociais e serviços de terceiros, as despesas realizadas foram 0,79% menores do que a dotação geral aprovada para o exercício, com dispêndios da ordem de R$ 29,4 milhões. 37

Responsabilidade socioambiental: em observância às diretrizes de responsabilidade socioambiental, ao longo do ano, a Centrus buscou conscientizar seus colaboradores sobre o uso racional de água, energia e papel. No que se refere às iniciativas de âmbito social, propiciou-se a menores aprendizes e estagiários a oportunidade de desenvolverem atividades de iniciação no mercado de trabalho; Pesquisa de Satisfação dos Assistidos do PBB: realizada pela primeira vez, a pesquisa de satisfação tem a finalidade de obter subsídios que permitam o constante aperfeiçoamento do atendimento ao público-alvo. Cerca de 38% dos participantes responderam os questionários, coletando-se dados que subsidiarão ações a serem implementadas a partir do planejamento estratégico para o período de 2012 a 2014. O quadro a seguir demonstra que, consolidando-se a quantidade de quesitos respondidos, 95,7% consideraram boa ou alta a satisfação com os serviços prestados pelo quadro funcional da Centrus. Quesito Insatisfação e Baixa Satisfação Resultado % Média Satisfação Boa e Alta Satisfação Tempestividade do Cumprimento das Obrigações 0,9% 0,3% 98,8% Segurança no Cumprimento das Obrigações 0,7% 1,7% 97,6% Imagem da Centrus em Relação a Outras Entidades 1,1% 1,8% 97,2% Benefícios (cadastros) 1,0% 1,2% 97,7% Benefícios (pagamento) 1,9% 1,8% 96,3% Demais 2,0% 4,1% 93,8% Total 1,6% 2,7% 95,7% 38

Anexos

I PolítICa de Investimentos 2012 A Política de Investimentos do Plano Básico de Benefícios PBB, do Plano de Benefício Definido Centrus PBDC e do Plano de Gestão Administrativa PGA consiste na proposta de administração dos respectivos recursos garantidores, em que são estabelecidas as diretrizes para aplicação que atendam aos compromissos atuariais dos Planos, observando a diversificação compatível com as orientações emanadas do Conselho Monetário Nacional CMN, do Conselho Nacional da Previdência Complementar CNPC e da Superintendência Nacional de Previdência Complementar Previc. Alocação de Recursos PBB Alocação /1 Segmento Mínimo Alvo Máximo Renda Fixa 45,2% 72,7% 80,8% Renda Variável 17,8% 24,1% 53,4% Imóveis 0,2% 1,6% 2,1% Operações com Participantes 1,2% 1,2% 2,6% Derivativos Limite Máximo para Proteção 100,0% para Exposição 0,0% /1 em relação aos recursos do PBB Segmento de Renda Fixa No segmento de renda fixa, os recursos serão direcionados para títulos públicos federais, especialmente Notas do Tesouro Nacional Série B NTN-B, cujo retorno é compatível com o passivo atuarial do plano, e para Fundo de Investimento em Renda Fixa FIRF. Segmento de Renda Variável Em razão da maturidade e da condição superavitária do PBB, considerou-se para os próximos cinco anos a redução gradual da representatividade do segmento de renda variável no conjunto dos recursos do plano, a fim de atingir patamar condizente com o nível de risco desejado. Não obstante, é importante a manutenção de recursos em renda variável, dado o cenário de queda de juros e a necessidade de se otimizar a rentabilidade patrimonial, além da necessária diversificação da carteira. A fim de incrementar a rentabilidade do PBB e atenuar impactos decorrentes da desvalorização de papéis em momentos de maior oscilação, serão realizadas operações de empréstimo de ações. 41

Segmento de Investimentos Estruturados Na hipótese de as taxas de juros reais praticadas pelo Tesouro Nacional não superarem a correção do passivo atuarial, poderão ser considerados como oportunidade de aplicação os Fundos de Investimento em Participações FIP e os Fundos de Investimento Imobiliário FII. Atualmente, o PBB tem aplicação em apenas um FIP, que deverá ser encerrado em julho de 2012. Segmento de Imóveis No segmento de imóveis para aluguéis e renda, a política centra-se na continuidade da estratégia de venda, conforme Plano de Alienação de Imóveis iniciado em 2006. Segmento de Operações com Participantes Permanece em vigor a política de conceder empréstimos aos participantes e assistidos do PBB oferecendo-os a taxas atrativas, resguardada a meta de rentabilidade atuarial. Apesar das novas concessões, estima-se que nos próximos anos as amortizações superem a demanda por crédito, o que acarretará diminuição do saldo da carteira. A concessão de financiamentos imobiliários permanece suspensa, prevendo-se a redução gradual na participação desse segmento na composição dos recursos nos próximos anos. PBDC Alocação /1 Segmento Mínimo Alvo Máximo Renda Fixa 56,6% 61,8% 72,5% Renda Variável 26,6% 36,0% 42,5% Imóveis 0,5% 1,2% 1,7% Operações com Participantes 0,4% 0,7% 3,4% Derivativos Limite Máximo para Proteção 100,0% para Exposição 0,0% /1 em relação aos recursos do PBDC 42

Segmento de Renda Fixa Os valores alocados no segmento de renda fixa correspondem a investimentos realizados em títulos públicos federais, especialmente em NTN-B e em FIRF. Conforme estimativas do passivo atuarial, os desembolsos com benefícios ganham relevância somente a partir de 2024, o que impõe a necessidade de aplicar os recursos direcionados para títulos públicos da carteira própria e vencimentos superiores a esse vértice. É certo que a adoção dessa estratégia requer o monitoramento das taxas reais de juros praticadas pelo Tesouro Nacional, de forma a assegurar o cumprimento dos compromissos atuariais do plano. Segmento de Renda Variável Por se tratar de um plano em fase de acumulação, com fluxo de caixa líquido positivo, a manutenção do segmento de renda variável, bem como a aquisição de novos papéis, se torna oportuna e necessária, dada a expectativa de queda da taxa de juros. Nesse sentido, para os próximos anos, vislumbra-se incremento da carteira, com realce para empresas que tenham política satisfatória de remuneração aos acionistas e mantenham boas práticas de governança corporativa e responsabilidade socioambiental. Para ampliar o retorno do plano e suavizar impactos decorrentes de desvalorização de papéis em momentos de queda da bolsa de valores, serão realizadas operações de empréstimo de ações. Segmento de Investimentos Estruturados Devido a maturação de longo prazo do plano, os FIP e os FII poderão ser analisados para a alocação de recursos, sobretudo se as taxas de juros reais praticadas pelo Tesouro Nacional não superarem a correção do passivo atuarial. Atualmente, o PBDC tem aplicação em apenas um FIP, que deverá ser encerrado em julho de 2012. Segmento de Imóveis Como os imóveis são cotizados entre as carteiras do PBB e do PBDC, ambos os planos observam a mesma política. Assim, no segmento de imóveis para aluguéis e renda, a política centra-se na continuidade da estratégia de alienação, conforme Plano de Alienação de Imóveis iniciada em 2006. Além das vendas, consideram-se, também, as depreciações anuais e as reavaliações previstas na regulamentação em vigor. Segmento de Operações com Participantes No segmento de empréstimos, mantém-se a política de conceder empréstimos a participantes e assistidos, a taxas atrativas, observada a meta de rentabilidade atuarial. Mesmo com a expectativa de que ocorram novas concessões, estima-se redução gradual dos saldos da carteira de empréstimos, haja vista que as amortizações previstas superam a demanda por crédito. 43

Em relação aos financiamentos imobiliários, a contratação de novas operações permanece suspensa, de modo que a participação desse segmento na composição dos recursos será reduzida gradativamente. PGA Alocação /1 Segmento Mínimo Alvo Máximo Renda Fixa 89,9% 97,8% 97,8% Imóveis 2,2% 2,2% 2,2% /1 em relação aos recursos do PGA Segmento de Renda Fixa No segmento de renda fixa, no qual está alocada a quase totalidade dos recursos garantidores do PGA, as aplicações restringem-se a títulos públicos federais e FIRF exclusivo. Segmento de Imóveis Incluem-se nessa carteira os imóveis transferidos do ativo permanente para investimentos do PGA, com a finalidade de obter rendimentos sob a forma de aluguel e renda. DiretrizES DOS PLANOS Meta de Rentabilidade dos Segmentos de Aplicações Para cada segmento de aplicação dos planos administrados, a Centrus adota os seguintes benchmarks como parâmetros de performance, para monitorar o desempenho de seus investimentos: Renda Fixa Renda Variável Segmento de Aplicação Benchmark Taxa Selic Ibovespa Imóveis Meta Atuarial / 1 Investimentos Estruturados Meta Atuarial / 1 Operações com Participantes Meta Atuarial / 1 /1 variação do IPCA + 5% a.a. 44

Precificação dos Ativos No processo de apreçamento de seus ativos financeiros, a Centrus segue as melhores práticas de mercado, primando pela transparência, objetividade e consistência das informações e utilizando metodologias e fontes de referência a seguir descritas. Renda Fixa Para os investimentos em títulos públicos federais adota-se como fonte de referência para negociação a taxa indicativa divulgada diariamente pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais Anbima. Quanto à metodologia de apreçamento, para os títulos levados a vencimento, utilizase o preço da curva do papel e, para os marcados a mercado, o preço unitário PU divulgado pela Anbima. As operações de compra de títulos públicos federais com compromisso de revenda no dia seguinte registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia Selic (operações compromissadas de um dia) são marcadas a mercado e o preço da compra dos títulos observa a taxa divulgada pela Anbima. Para os FIRF, utiliza-se o valor da cota repassada pelas respectivas instituições administradoras. Renda Variável Por se tratar de mercado organizado e dinâmico, as ações são apreçadas pela cotação de fechamento divulgada pela BM&FBovespa. Na hipótese de o ativo permanecer por mais de seis meses sem negociação, será utilizado o valor patrimonial da ação ou o custo de aquisição, dentre eles o menor, como previsto na Resolução CGPC nº 5, de 30 de janeiro de 2002. Investimentos Estruturados Para os fundos que permitem aquisição de ações de companhias fechadas cujas ações não são negociadas em bolsas de valores, como os FIP, adota-se o valor patrimonial das ações calculado trimestralmente, a partir das demonstrações financeiras auditadas das empresas. Derivativos A Centrus não possui derivativos em sua carteira. Caso venha a adquirí-los, serão apreçados tomandose como base a cotação de fechamento do pregão da BM&FBovespa. Imóveis Todos os imóveis da carteira são reavaliados trienalmente. Quando colocados à venda, são apreçados mediante avaliação específica, na forma prevista na regulamentação em vigor. Operações com Participantes Os empréstimos e os financiamentos imobiliários são apreçados de acordo com parâmetros normativos, observados ainda os critérios técnicos, aprovados pela Diretoria-Executiva e pelo Conselho Deliberativo, quando de sua alçada, sob a prudência de resguardar a meta de rentabilidade atuarial. 45

Limite de Concentração Os investimentos realizados pelos planos administrados observam os limites estabelecidos na Resolução CMN nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, e nas demais instruções e regulamentações complementares, cujas representatividades são as seguintes: Limite de Alocação por Emissor Emissor Limite /1 Tesouro Nacional 100% Instituição financeira 20% Companhia aberta 10% Fundo referenciado /2 10% Sociedade de Propósito Específico SPE 10% /1 em relação aos recursos do plano /2 fundo de índice referenciado em cesta de ações de companhias abertas Limite de Concentração por Emissor Emissor Limite Capital Total Companhia aberta ou SPE 25% Capital Votante Companhia aberta 25% Patrimônio Líquido 25% Instituição financeira 25% Fundo referenciado /1 25% Fundo de investimento estruturado /2 25% /1 fundo de índice referenciado em cesta de ações de companhias abertas /2 fundo de investimento em participações e fundo de investimento imobiiário Limite de Concentração por Investimento Investimento Limite Títulos e Valores Mobiliários mesma série 25% Fundo de Investimento em Direitos Creditórios FDIC mesma classe ou série 25% Empreendimento imobiliário mesmo empreendimento /1 25% /1 limite se aplica a desenvolvimento de projetos 46

Participação em Assembleias de Acionistas A participação da Centrus será obrigatória nas assembleias de acionistas, se o investimento representar 10% ou mais dos recursos garantidores dos planos administrados ou se a sua participação no capital votante ou total da companhia investida for igual ou superior a 10%. A Fundação poderá comparecer às assembleias de acionistas de qualquer das companhias que detenha ações, mesmo no caso de investimentos não enquadrados nos critérios de representatividade acima, conforme a sua conveniência, em face dos assuntos em pauta. Avaliação e Controle de Risco A gestão de riscos da Centrus segue as diretrizes da Política de Gerenciamento de Risco aprovada pelo Conselho Deliberativo. Esse documento tem como meta principal possibilitar a análise dos riscos, das suas grandezas e dos seus impactos sobre as atividades da Fundação, permitindo a gestão de ocorrências de perdas e o desenvolvimento de planos de ação para correção. Na Política de Gerenciamento de Risco estão expostos os procedimentos operacionais e administrativos adotados pelas áreas, no sentido de minimizar todas as vulnerabilidades que a Centrus está exposta (operacional, de mercado, de contraparte, de passivo atuarial, tecnológico e legal). O gerenciamento de riscos da Fundação é de responsabilidade da própria área operacional, cabendo aos respectivos gestores o levantamento e a mitigação dos riscos envolvidos na execução de cada processo ou rotina. A prática de delegar aos gestores das áreas operacionais esse gerenciamento, deixa claro que essa tarefa não está limitada à responsabilidade da alta administração da Centrus, mas implementada por todas as partes envolvidas nos processos. Com relação ao risco de mercado, em especial, a Fundação utiliza, além do Sistema de Controle da Divergência não Planejada, exigido pela Previc, o Sistema de Controle e Avaliação de Risco de Mercado (VaR). No que diz respeito ao risco de crédito de instituições financeiras e não financeiras, a Centrus leva em consideração a avaliação de, no mínimo, duas agências de reconhecida reputação em funcionamento no país. Caso a Fundação invista em instrumentos que envolvam risco de crédito, serão considerados aceitáveis os que obtiverem as seguintes avaliações: Rating Agência Curto Prazo Longo Prazo Austin Rating AAA A AAA A Fitch Rating F1 (bra) AAA A Moody's Prime 1 Aaa.br A3.br Standard & Poor's A1 AAA A 47