Política de Investimentos 2014 a 2018
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- Marcelo da Fonseca Cruz
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1 Política de Investimentos 2014 a 2018 Fundação de Previdência dos Servidores do Instituto de Resseguros do Brasil PREVIRB Plano de Gestão Administrativa
2 1 Introdução A presente política de investimento estabelece os princípios e diretrizes que devem reger os investimentos dos recursos do Plano de Gestão Administrativa (PGA). Os limites e critérios aqui estabelecidos estão fundamentados na Resolução CMN nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, e em suas alterações subseqüentes. Esta legislação estabelecia, quando da aprovação desta política de investimento, as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. As diretrizes, que entram em vigor a partir de 1ª de janeiro de 2014, regulamentam a aplicação dos recursos administrativos e são complementares ao Plano de Gestão Administrativa da Entidade, elaborado conforme estabelece a Resolução CGPC nº 29, de 31 de agosto de Cenário Macroeconômico Nessa seção são expostas as previsões para os principais indicadores econômicos, além de um breve comentário macroeconômico para os próximos exercícios. Previsões de Mercado A pesquisa FOCUS, realizada pelo Banco Central, junto aos principais agentes econômicos do país, em 25 de outubro de 2013, demonstra que o mercado financeiro tem as seguintes perspectivas para os principais indicadores macroeconômicos para o período 2013 a PROJEÇÕES ANUAIS Variáveis PIB Selic IPCA IGP-M Dólar Período (%) (%) (%) (%) (R$) ,50 10,00 5,83 5,78 2, ,13 10,25 5,92 5,98 2, ,50 10,50 5,50 5,15 2, ,00 9,75 5,50 5,00 2, ,05 9,50 5,50 5,00 2,50 Fonte: Pesquisa FOCUS de 25/10/2013. Baseados nos dados disponíveis, observa-se que a economia brasileira deverá apresentar nos próximos cinco anos um crescimento médio anual de aproximadamente 2,63%, com taxas de juros ainda elevadas, em forma de processo de acomodação. Também é possível admitir que a economia mundial apresente discreta melhora, visto os intensos trabalhos realizados pela cúpula européia e governo americano no sentido de estimular o crescimento econômico. 2
3 3 Limites por segmento de aplicação A tabela a seguir mostra os limites de aplicação dos recursos do PGA. SEGMENTO / MANDATO BENCHMARK LIMITE LEGAL LIMITE MÁXIMO Renda Fixa CDI 100% 100,0% Títulos Públicos - 100% 100% Títulos Privados - 80% 80,0% Fundos de Investimentos ,0% Os limites foram definidos considerando as características do PGA quando da elaboração desta política de investimento. Os números refletem, portanto, a alocação estratégica dos recursos, sujeita a alterações de acordo com as condições de mercado. Serão elegíveis os investimentos em ativos de renda fixa permitidos pela legislação vigente aplicável às EFPCs, observando as restrições impostas por esta Política e pelo Manual de Investimentos. Premissas: As disposições regulamentares do Plano A estabelecem que o participante assistido não contribui para renda de aposentadoria e, por conseguinte, o custeio administrativo restringe-se às contribuições sobre os benefícios de risco; O referido Plano encontra-se fechado para ingresso de novos participantes desde 1998; Tais condições determinam uma tendência decrescente das receitas administrativas previdenciais, que enseja a utilização do Fundo Administrativo na complementação do custeio das despesas administrativas. No que diz respeito às receitas administrativas previdenciais do plano B, são pouco expressivas, tendo em vista o reduzido grupo de participantes - Plano relativamente novo iniciado em Nesse contexto, o ingresso de recursos no PGA não permite a cobertura integral do custeio administrativo, sendo tal diferença compensada por parcela do resultado das aplicações financeiras desse programa. Tais premissas conduzem a necessidade de uma carteira de investimentos com perfil abaixo discriminado: - A alocação dos recursos deverá ter como foco o segmento de renda fixa, sendo os ativos classificados como de baixo risco de crédito; - A liquidez deverá ser considerada como fator determinante nas aplicações dos recursos; 3
4 - Os fundos de investimentos (FI s) deverão participar da carteira do Plano; - Os FI s terão que ser administrados por instituições financeiras de grande porte e classificadas como de baixo risco de crédito. É importante frisar que mudanças no cenário macroeconômico inevitavelmente alteram as expectativas de retorno dos ativos, bem como suas volatilidades, o que pode obrigar os administradores do plano a buscar um novo ponto de equilíbrio dentro dos limites de alocação de cada segmento. 4 Derivativos O plano privilegia a utilização dos instrumentos derivativos que tenham como finalidade a proteção dos investimentos, desde que na modalidade com garantia. 5 Índice de referência / meta de rentabilidade A Resolução CMN nº exige que as entidades fechadas de previdência complementar definam índices de referência / metas de rentabilidade para cada segmento de aplicação. Entende-se como índice de referência/meta de rentabilidade, para determinado segmento de aplicação, o índice que melhor reflete a rentabilidade esperada conforme as características do investimento. Esse índice está, evidentemente, sujeito às variações momentâneas do mercado. SEGMENTO META DE RENTABILIDADE Renda Fixa CDI 6 Apreçamento de Ativos Financeiros A PREVIRB optou pela marcação de seus ativos de renda fixa na curva, ao invés de marcação a mercado. No entanto, caso a Diretoria Executiva julgue conveniente, desde que com a manifestação favorável do COINV, poderá optar pelo critério de marcação a mercado em casos específicos, obedecendo à legislação em vigor. 7 Política de Gestão de Risco Em conformidade com o que estabelece a resolução CGPC nº 29, a entidade adota procedimentos que permitem identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos envolvidos na celebração de contratos que originem receitas administrativas. 4
5 7.1 Identificação dos Riscos No processo de gestão do plano, foram identificados os seguintes riscos: Risco de mercado; Risco de crédito; Risco de liquidez; Risco da exposição em derivativos; Risco operacional; Risco legal; e Risco sistêmico. Estes riscos serão avaliados, controlados e monitorados conforme os critérios estabelecidos nos tópicos a seguir. Outros riscos que eventualmente venham a ser identificados serão tratados no próprio processo de controles internos da entidade. 7.2 Avaliação dos riscos Risco de mercado Segundo o Art. 13 da Resolução CMN nº 3792, as entidades devem acompanhar e gerenciar os riscos dos investimentos diretos e indiretos com o uso de modelo que limite a probabilidade de perdas máximas toleradas para os referidos investimentos. Em atendimento ao que estabelece a legislação, o acompanhamento do risco de mercado será feito através do Value-at-Risk (VaR), que estima, com base nos dados históricos de volatilidade dos ativos presentes na carteira analisada, a perda esperada. Cabe apontar que os modelos de controles apresentados nos tópicos a seguir foram definidos com diligência, mas estão sujeitos a imprecisões típicas de modelos estatísticos frente a situações anormais de mercado VaR O controle de risco de mercado será feito por meio do Value-at-Risk (VaR), que será calculado com os seguintes parâmetros: Modelo: não paramétrico. Intervalo de Confiança: 95%. O controle de riscos deve ser feito de acordo com os seguintes limites: MANDATO BENCHMARK LIMITE HORIZONTE DE TEMPO Renda Fixa CDI 2,5% 21 dias úteis 5
6 7.2.2 Risco de crédito A PREVIRB controla o risco de crédito não-bancário e o risco de crédito bancário (instituições financeiras) conforme abaixo, sempre respeitando os limites e as restrições legais. A PREVIRB implementou na Política de Investimento para o período 2014/2018, sua política de risco de crédito a partir das agências de classificação de risco de crédito em funcionamento no País. Para classificar o risco de crédito das emissões não-bancárias e bancárias que compõem a carteira da PREVIRB, a mesma fundamenta suas decisões em ratings estabelecidos pelas seguintes agências: Moody s Investor. Austin Asis. Standard & Poor s. Fitch Rating. SR Rating. RISKBANK Sistema de classificação de risco bancário. Os títulos e valores mobiliários privados de renda fixa, de emissão de empresas ou instituições financeiras, deverão ter por base a classificação do emissor na categoria de baixo risco de crédito, estabelecida por empresas de rating especializadas ou, caso não seja de baixo risco, respaldada por parecer do comitê de investimentos (COINV) Risco de liquidez O risco de liquidez pode ser entendido como a possibilidade de redução ou inexistência de demanda pelos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira. O gerenciamento do risco de liquidez é uma preocupação constante para a PREVIRB. Os fundos abertos com lastros em títulos de renda fixa têm uma importância estratégica na política de alocação de recursos da Fundação, por oferecerem liquidez imediata Risco da exposição em derivativos O controle da exposição em derivativos será feito em conformidade com o que determina a legislação Risco legal O risco legal está relacionado a autuações, processos ou mesmo a eventuais perdas financeiras decorrentes de questionamentos jurídicos, da não execução de contratos e do não cumprimento das normas. O controle dos riscos dessa natureza, que incidem sobre atividades e investimentos que envolvam a elaboração de contratos específicos, será realizado por meio de: 6
7 - Relatórios que permitam verificar a aderência dos investimentos às diretrizes da legislação em vigor e à política de investimento; - Utilização de pareceres jurídicos para contratos com terceiros Risco operacional A gestão do risco operacional será feita de forma preventiva, por meio da adoção de normas e procedimentos de controles internos, em linha com o que estabelece a legislação aplicável Risco sistêmico O risco sistêmico se caracteriza pela possibilidade de que o sistema financeiro seja contaminado por eventos pontuais, como a falência de um banco ou de uma empresa. Por concepção, é um risco que não se controla. Para tentar reduzir a suscetibilidade dos investimentos a esse risco, a alocação dos recursos deve levar em consideração os aspectos referentes à diversificação de setores e emissores. 8 Apreçamento A PREVIRB optou pela marcação de seus ativos de renda fixa na curva, ao invés de marcação a mercado. No entanto, caso a Diretoria Executiva julgue conveniente, desde que com a manifestação favorável do COINV, poderá optar pelo critério de marcação a mercado em casos específicos, obedecendo à legislação em vigor. 9 Observação dos Princípios Sócio-Ambientais Os princípios sócio-ambientais podem ser entendidos como um conjunto de regras que visam a favorecer o investimento em companhias que adotam, em suas atividades ou através de projetos, políticas de responsabilidade sócio-ambiental. A maneira mais comum de adoção desse conjunto de regras ocorre por meio da adesão a protocolos ou iniciativas lideradas por órgãos da sociedade civil e organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). A observância dos princípios sócio-ambientais na gestão dos recursos depende, portanto, da adequação do processo de tomada de decisões, de forma que os administradores da entidade tenham condições de cumprir as regras de investimento responsável. Como a PREVIRB possui uma estrutura reduzida e focada no controle de riscos, decidiu-se que, ao longo da vigência desta política, os princípios sócio-ambientais serão observados sempre que possível, sem adesão formal a protocolos de regras. 7
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