QUEDA NA CAPTAÇÃO ELEVA PREÇO PAGO AO PRODUTOR

Documentos relacionados
OFERTA SEGUE LIMITADA E PREÇO AO PRODUTOR SOBE QUASE 5 CENTAVOS/LITRO

DEMANDA DESAQUECIDA POR DERIVADOS PRESSIONA VALOR AO PRODUTOR

MESMO COM MENOR CAPTAÇÃO, PREÇO DO LEITE TEM LIGEIRA QUEDA Recuo no preço do leite em fevereiro não era verificado pelo Cepea desde 2004

QUEDA EXPRESSIVA DE PREÇOS MARCA DEZEMBRO/13

ENTRESSAFRA ELEVA COM FORÇA PREÇO AO PRODUTOR

CAPTAÇÃO AUMENTA E PREÇO AO PRODUTOR CAI APÓS 6 MESES DE ALTA

CHUVA FAVORECE PRODUÇÃO E VALOR AO PRODUTOR SEGUE EM QUEDA

EM ENTRESSAFRA, PREÇO SE SUSTENTA, MAS SETOR ESPERA QUEDA EM JUNHO

PREÇO AO PRODUTOR É O MENOR DOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS

PREÇO RECEBIDO PELO PRODUTOR É O MAIOR DO ANO, A R$ 1/LITRO

PREÇO AO PRODUTOR RECUA NO MÊS E ESTÁ 6,5% MENOR QUE HÁ UM ANO

COM ESTOQUES ALTOS, PREÇO AO PRODUTOR RECUA FORTES 4%

ANO É MARCADO POR PREÇO DE LEITE RECORDE

ENTRESSAFRA NO SUL ELEVA PREÇO PELO 2 MÊS CONSECUTIVO

PREÇO É O MAIOR EM SEIS ANOS; PARA SETEMBRO, MERCADO SINALIZA ESTABILIDADE

PREÇOS SEGUEM EM ALTA EM TODOS OS ESTADOS DA MÉDIA BRASIL

PREÇO AO PRODUTOR NESTE ANO É O MENOR DESDE 2010

QUEDA INFERIOR A 1% PODE SINALIZAR MUDANÇA DE TENDÊNCIA

APÓS NOVE MESES EM QUEDA, PREÇO PAGO AO PRODUTOR INICIA RECUPERAÇÃO

Abril de USDA PREVÊ AUMENTO DE 2,3% DA PRODUÇÃO DE LEITE BRASILEIRA EM 2012

APÓS TRÊS MESES DE ESTABILIDADE, PREÇO RECUA COM MAIOR CAPTAÇÃO

COM MENOR OFERTA, PREÇO SE FIRMA APÓS QUATRO MESES EM QUEDA

INSUMOS AGRÍCOLAS LIMITAM ALTAS DOS CUSTOS

MESMO COM AUMENTO NO VOLUME, MERCADO SEGUE FIRME EM DEZEMBRO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

PREÇO SOBE PELO 3º MÊS CONSECUTIVO E DEVE SE MANTER FIRME

PREÇO AO PRODUTOR SE MANTÉM ESTÁVEL, NA CASA DE R$ 1/LITRO

MÉDIA DO UHT ATINGE RECORDE REAL; PREÇO AO PRODUTOR SOBE PELO 6 MÊS SEGUIDO

PREÇO ATINGE MAIOR PATAMAR REAL DE TODA A SÉRIE DO CEPEA, DE 13 ANOS

AVANÇO DA SAFRA E MENOR DEMANDA REDUZEM PREÇO PELO 2º MÊS

informe Mercado do Leite Mercado da Carne Comentários Dicas Técnicas Eventos Edição 001 Julho 2016 Em Junho o preço do leite subiu em todos os estados

EXCESSO DE CHUVA NO SUL E FALTA NO NORDESTE PREJUDICAM PRODUÇÃO

CUSTOS TRIMESTRAIS LEITE ABRIL 2017

CEPEA/LEITE: CAPTAÇÃO NO SUL AVANÇA 7% EM JUNHO; PREÇO CAI EM JULHO

COM ALTA DE 13% NO MÊS, PREÇO AO PRODUTOR ATINGE RECORDE REAL

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

PRODUÇÃO SEGUE EM QUEDA E PREÇOS AO PRODUTOR, EM ALTA

CAPTAÇÃO CAI 4%, MAS PREÇO AO PRODUTOR AUMENTA SÓ 1% EM ABRIL

AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 274 Março Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 286 Abril Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

CAPTAÇÃO CRESCENTE E FRACA DEMANDA DERRUBAM PREÇO APÓS 7 MESES DE ALTA

Mesmo com menor produção, preço cai pelo 4º mês. Gráfico2 - Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA

PREÇO AO PRODUTOR ATINGE NOVO RECORDE; CENÁRIO INDICA MUDANÇA NA TENDÊNCIA

EM PLENA ENTRESSAFRA, PREÇO CAI 2% E CUSTO DE PRODUÇÃO É O MAIOR DA SÉRIE

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 272 Janeiro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

PREÇO SOBE EM TODOS OS ESTADOS; MÉDIA BRASIL ESTÁ 15% MAIOR QUE HÁ UM ANO

CAPTAÇÃO TEM MAIOR QUEDA EM NOVE ANOS E PREÇO, ALTA MAIS INTENSA EM SEIS

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 287 MAIO Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 288 JUNHO Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

BOVINOCULTURA DE CORTE Mercado Interno

PREÇOS SEGUEM EM ALTA, MAS MERCADO SINALIZA ESTABILIDADE PARA DEZEMBRO

BOLETIM DO LEITE FEVEREIRO

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 280 Setembro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

CEPEA/CUSTOS LEITE: Custo sobe no início de 2016, mas valorização do leite mais que compensa e margem é positiva

PELA PRIMEIRA VEZ, ARROBA SOBE MAIS QUE CUSTO NO 1º SEMESTRE

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 275 Abril Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 278 Julho Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

DESPESAS COM SUPLEMENTAÇÃO E MÃO DE OBRA LIDERAM AS ALTAS DOS CUSTOS DA PECUÁRIA DE LEITE EM 2014

No mês de novembro a soja teve uma oscilação positiva na média nacional de

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 281 Outubro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 282 Novembro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

Preço do leite tem forte alta, mas poder de compra frente ao concentrado cai em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul

BOLETIM DO. SUÍNO nº 80 ABRIL

BOLETIM DO LEITE. Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 23 nº 263 Abril Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP ABRIL

2. Aquisição de Leite

BOLETIM DO LEITE DEZEMBRO

CEPEA/CUSTOS LEITE: Preço do leite tem alta forte, mas poder de compra frente ao concentrado cai em MG e RS

PRODUÇÃO SEGUE BAIXA; DEMANDA SURPREENDE E PREÇO SOBE PELO 5º MÊS

Ano IV - Edição 28 Maio 2013

2. Aquisição de Leite

2. Aquisição de Leite

PREÇO AO PRODUTOR É O MAIOR EM CINCO ANOS

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 276 Maio Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

BOLETIM DO LEITE. Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 23 nº 266 Julho Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP JULHO

2. Aquisição de Leite

Ano IV - Edição 29 Julho 2013

Queda no preço do bezerro limita alta do COT em 2016

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 285 Março Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 279 Agosto Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE E DERIVADOS JULHO / 2015

BOLETIM DO. SUÍNO nº 102 FEVEREIRO

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 283 Janeiro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 273 Fevereiro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

BOLETIM CUSTO E PREÇO Balanço Janeiro 2011

2. Aquisição de Leite

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 284 Fevereiro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

BOLETIM DO. SUÍNO nº 96 AGOSTO

Os preços médios da soja pago aos produtores familiares pelas cooperativas

BOLETIM DO LEITE. Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 23 nº 262 Março Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP MARÇO

LEITE E DERIVADOS NOVEMBRO / 2015

BOLETIM DO LEITE. Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 23 nº 265 Junho Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP JUNHO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 82 JUNHO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 94 JUNHO

CUSTOS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA. Boa rentabilidade da soja deve impulsionar área semeada

CUSTOS TRIMESTRAIS BOVINOS 1º TRIMESTRE 2017

mostra a Tabela 1. O estado do Rio Grande do Sul não acompanhou o cenário de queda

mês de -3,58%, com preço de R$62,60/sc. Goiás apresentou a maior queda de março a

Transcrição:

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 20 nº 228 Abril 2014 Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP Receba este Boletim também por e-mail. Instruções na última página! QUEDA NA CAPTAÇÃO ELEVA PREÇO PAGO AO PRODUTOR A menor produção no campo, decorrente da seca nas principais regiões produtoras no primeiro bimestre e também do início da entressafra na região Sul do País, resultou em alta nas cotações do leite pago produtor em março, de acordo com os levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Considerando-se a série de preços do Cepea (iniciada em 2000), os preços pagos ao produtor nunca recuaram de fevereiro para março, devido, justamente, ao início do período da entressafra. O Índice de Captação do Leite (ICAP-L) de fevereiro reduziu significativos 2,75% em relação ao mês anterior, considerando-se os sete estados que compõem a média Brasil (GO, MG, RS, SP, PR, BA e SC). Ainda assim, o volume produzido em fevereiro foi 13,7% superior ao do mesmo período de 2013. De janeiro para fevereiro, as maiores quedas no volume captado foram registradas no estado de São Paulo (de 5,81%), seguido por Goiás (4,07%), Santa Catarina (3,9%), Minas Gerais (3,82%), Rio Grande do Sul (2,23%), Paraná (1,02%) e Bahia (0,43%). em nova alta nos para o próximo mês. Outros 16,3% dos agentes (que representam 3,6% do volume de leite amostrado) têm expectativas de estabilidade nos preços. Apenas 1,6% dos agentes esperam queda para abril/14. Este cenário de elevação das cotações da matéria-prima também foi acompanhado nos preços dos derivados negociados no atacado paulista em março/14. O leite UHT e o muçarela s e v a l o r i z a r a m 1 1, 8 6 % e 3,76 %, respectivamente. O UHT teve média de R$ 2,10/litro em março e o queijo muçarela, de R$ 12,33/kg (preço médio mensal até o dia 27/03). Esta alta foi puxada principalmente pelo aumento nos valores da matéria-prima e pela maior competição entre as indústrias na aquisição do leite. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL). ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - FEVEREIRO/13. (Base 100=Junho/2004) Já o preço do leite (entregue em fevereiro) recebido pelo produtor subiu 3,22% de fevereiro para março (ou quase 3 centavos por litro) na média Brasil, fechando a R$ 0,9419/litro (valor líquido sem frete e impostos) este é o primeiro aumento após quatro meses de quedas consecutivas. O preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago ao produtor fechou em R$ 1,0209 em março/14, alta de 3,02% (ou de 3 centavos por litro) frente ao mês anterior. Considerando-se a série histórica do Cepea em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de fev/14), o preço médio bruto de março/14 é 5,94% superior ao de março/13 e está expressivos 21,08% acima da média dos últimos 10 anos do mesmo mês. Para abril, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita de matéria-prima. Dentre os agentes (laticínios/cooperativas) consultados pelo Cepea, 82,1% dos entrevistados (que representam expressivos 95,2% do leite amostrado) acreditam CUSTOS pág. 04 Poder de compra do produtor aumenta, apesar da valorização do concentrado Setor prioriza mercado interno e balança comercial de lácteos se aproxima do equilíbrio SP: Menor estoque de matéria-prima impulsiona preços do UHT e da muçarela Nacional: Com oferta limitada de leite, cotações dos derivados se recuperam MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA

MARÇO /14 FEVEREIRO /14 Sul / Sudoeste de Minas 1,0524 1,1217 1,0581 1,0867 1,0381 1,0755 1,0853 1,0063 1,4014 1,0371 1,0549 1,0421 1,0748 1,1227 1,0847 1,1795 1,1022 1,2309 1,1802 0,9891 1,1427 1,1319 1,1093 1,1019 1,0398 1,1744 1,1271 1,0994 0,8228 0,7541 0,8058 0,8181 0,7315 0,8145 0,9842 0,9104 0,6773 0,8555 0,8957 0,8266 0,9954 1,0344 0,9036 1,0004 0,8254 1,0234 0,9318 0,8369 0,9297 0,9418 0,9129 0,9046 0,8505 1,0514 0,9514 0,8911 0,9629 1,0076 0,9663 0,9853 0,9275 0,9777 1,0681 0,9584 0,9765 0,9544 0,9811 0,9570 1,0556 1,0840 1,0216 1,1195 0,9920 1,1524 1,0943 0,9194 1,0570 1,0686 1,0511 1,0418 0,9568 1,1102 1,0559 1,0209 0,9693 1,0123 0,9757 1,0075 0,9387 0,9938 1,0234 0,9600 1,2703 0,9457 0,9802 0,9724 0,9870 1,0537 1,0074 1,1020 1,0323 1,1316 1,0810 0,9191 1,0649 1,0573 1,0355 1,0216 0,9588 1,0863 1,0524 1,0207 0,7450 0,6530 0,7292 0,7451 0,6390 0,7388 0,9247 0,8666 0,5625 0,7682 0,8247 0,7618 0,9094 0,9664 0,8302 0,9139 0,7613 0,9241 0,8313 0,7702 0,8522 0,8417 0,8148 0,8043 0,7735 0,9660 0,8805 0,8120 0,8820 0,9008 0,8861 0,9085 0,8306 0,8983 1,0070 0,9134 0,8549 0,8688 0,9093 0,8892 0,9682 1,0154 0,9457 1,0349 0,9244 1,0528 0,9940 0,8509 0,9788 0,9871 0,9648 0,9527 0,8784 1,0235 0,9829 0,9419 Mar/Fev 1,10% 1,12% 1,02% 1,55% -1,41% 0,92% 0,06% -0,27% 3,32% 0,28% 0,23% 2,04% 2,39% 1,81% 2,71% 6,07% 6,98% 3,01% 0,59% 2,72% 4,81% 1,72% 7,66% 4,81% -2,07% 2,75% 0,13% 3,02% Mar/Fev 1,83% 0,99% 1,62% 1,59% -1,25% 1,21% -0,13% -0,88% 2,92% 0,32% -0,03% 2,40% 1,72% 1,94% 2,75% 5,94% 7,00% 3,50% 0,22% 2,08% 4,83% 3,26% 7,97% 5,46% -1,93% 2,55% 0,03% 3,22% 1,1125 1,1401 1,0912 1,0136 1,0415 1,0553 1,2169 1,1175 1,2059 1,0157 1,0768 1,0896 0,9311 1,0724 0,9689 0,7490 0,7522 0,7404 1,0507 0,9143 1,0058 0,8920 0,8711 0,9197 0,9555 1,1058 1,0177 0,8996 0,9267 0,9143 1,1304 1,0224 1,1139 0,9609 0,9740 1,0044 0,9513 1,0722 1,0061 0,9063 0,9331 0,9367 1,1255 1,0287 1,1221 0,9522 1,0180 1,0117 0,7811 1,0061 0,8884 0,6474 0,6501 0,6287 0,9631 0,8300 0,9266 0,8370 0,8170 0,8448 0,9134 1,0387 0,9643 0,7948 0,8280 0,8017 1,0410 0,9345 1,0322 0,9045 0,9175 0,9281 5,17% 4,29% 2,20% 5,52% 1,76% 3,12% 3,51% 1,77% 0,75% -0,51% -0,17% 0,08% 7,18% 5,13% 2,58% 3,81% 2,28% 3,23% 4,40% 1,51% 1,13% 0,09% -0,13% 0,26% Equipe Leite: Daniel M. Velazco Bedoya - Pesquisador Projeto Leite Pedro Silvestre de Lima, Marcel Moscatelli de Souza, Renato Prodoximo, Natália Salaro Grigol e Vitória Guereschi Lucas Equipe Grãos: Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos Amanda G. Grippa, Ana Amélia Zinsly, Débora Kelen P. da Silva, Deise Soares de Souza, Raquel Rizziolli e Thais Bragion Bertoloti Daniel M. Velazco Bedoya Pesquisador Projeto Leite Flávia Romanelli - Mtb: 27540

PODER DE COMPRA DO PRODUTOR AUMENTA, APESAR DA VALORIZAÇÃO DO CONCENTRADO Por Daniel M. Velazco-Bedoya, analista de mercado da equipe Leite Cepea O primeiro trimestre deste ano foi marcado por consecutivas altas nas cotações dos concentrados, em razão da elevação dos preços do milho. Desde janeiro/14, o concentrado de 22% de PB se valorizou significativos 3,74% no estado de São Paulo, passando para R$ 729,17/t em março/14. Na comparação entre os dois últimos meses, a alta nos preços foi de 2,6%. Apesar do aumento dos custos do pecuarista de leite, os preços pagos ao produtor em São Paulo também se elevaram, mantendo a rentabilidade da atividade. Em relação aos três primeiros meses de 2014, na comparação com o mesmo período do ano passado, o poder de compra aumentou 2,82%. Na média do primeiro trimestre de 2013, eram necessários 775,5 litros de leite para adquirir uma tonelada de concentrado de 22% PB, enquanto que neste ano a relação foi de 753,7 litros/tonelada. Já em março/14, a relação de troca praticamente se manteve em relação a fevereiro/14, com ligeira alta de 0,15%. Em março, foram necessários 771 litros de leite para comprar 1 tonelada de concentrado de 22% PB. Na média de março/14, o preço líquido pago ao produtor foi de R$0,9457/litro, alta de 2,67% frente ao mês anterior (Figura 1). Vale ressaltar que o grupo concentrado responde em média por 30% dos custos na pecuária de leite do estado de São Paulo, de acordo com os levantamentos do Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). As altas nas cotações do milho foram ocasionadas pela seca no Centro-Sul no início do ano, que reduziu as estimativas de oferta do cereal. Colaboradores do Cepea afirmaram que mesmo com o retorno das chuvas em março, estas não foram suficientes para recuperar totalmente as lavouras. De acordo com a Conab, a produção de milho primeira safra em 2013/14 deve ter redução expressiva de 37,3% em relação à safra 2012/13 no estado de São Paulo. Na região Centro-Sul, as estimativas indicam volume 16,5% menor no mesmo período, caindo de 30,6 milhões de toneladas para 25,6 milhões de toneladas. Além dos efeitos da estiagem, a menor produção também é resultado da diminuição da área plantada nas principais regiões produtoras do País. Dessa forma, as cotações do milho em Campinas (SP) voltaram a altos patamares, fechando na média de março/13 em R$ 539,93/t ou R$ 32,40/sc de 60 kg. (Figura 2). Já o farelo de soja, que também faz parte da formulação do concentrado 22% de PB, porém em menor porcentagem que o milho, se desvalorizou 5% em um mês. Em março, a média de preço do derivado foi de R$ 1.091,89/tonelada (Figura 2). A soja também teve a sua produtividade afetada por questões climáticas e pelo ataque de pragas e doenças, porém, o aumento de 7,8% da área plantada em 2013/14 na região Centro-Sul garantiu a produção 2,8% maior, totalizando 75,6 milhões de toneladas. Figura 1 Relação de troca do leite pelo concentrado de 22% de PB no estado de São Paulo. Figura 2 Evolução das cotações de milho e farelo de soja em Campinas-SP desde janeiro/2012. (Valores nominais) Fonte: Cepea/ESALQ-USP 717,8 litros/tonelada 772,2 litros/tonelada 771,0 litros/tonelada 1512,8 litros/tonelada 1597,3 litros/tonelada 1554,7 litros/tonelada 11,9 litros/frasco 50 ml 12,3 litros/frasco 50 ml 12,2 litros/frasco 50 ml (130g de Fósforo) 8,4 litros/frasco 10 ml 8,6 litros/frasco 10 ml 8,4 litros/frasco 10 ml 74,4 litros/sc 25 kg 75,7 litros/sc 25 kg 73,4 litros/sc 25 kg 51,3 litros/litro de herbicida 52,5 litros/litro de herbicida 51,1 litros/litro de herbicida

SETOR PRIORIZA MERCADO INTERNO E BALANÇA COMERCIAL DE LÁCTEOS SE APROXIMA DO EQUILÍBRIO Por Natália Salaro Grigol, analista de mercado da equipe Leite Cepea A balança comercial brasileira de lácteos, que historicamente apresenta saldo negativo, ficou praticamente equilibrada em março/14. Enquanto as vendas de lácteos do País atingiram 27,2 milhões de litros em equivalente leite, as compras totalizaram 28,2 milhões de litros, resultando em saldo negativo de apenas um milhão em equivalente leite, segundo dados da Secex (Figura 1). A redução dos negócios externos é resultado, no geral, da prioridade ao abastecimento doméstico e de problemas econômicos dos principais parceiros comerciais do Brasil. Na comparação com fevereiro/14, houve queda tanto das exportações (6%) quanto das importações (18%), seguindo movimento verificado desde o início do ano. Esse recuo do volume total de lácteos comercializado está atrelado à diminuição das negociações envolvendo o leite em pó, principal produto da pauta brasileira de importações e exportações do setor. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, a intensificação da competitividade por matéria-prima em fevereiro, frente à menor produção leiteira e às inseguranças quanto ao abastecimento interno, levaram a indústria a dar prioridade ao leite UHT destinado ao consumo doméstico, já que os preços deste derivado começaram a reagir. Além disso, os valores do leite em pó no mercado internacional recuaram 2% na comparação com fevereiro. Os problemas econômicos dos principais parceiros comerciais do Brasil também influenciaram a queda das negociações externas. As exportações da Argentina, por exemplo, recuaram 51% em um mês devido às barreiras impostas pelo governo daquele país para garantir o consumo interno e controlar a inflação. Já em relação aos embarques brasileiros de lácteos, os volumes adquiridos pela Venezuela, que vinha se destacando como a principal compradora no segmento, caíram 76%. Esse cenário foi motivado pelas dificuldades nos pagamentos aos exportadores depois da criação da Comissão de Administração de Divisas (Cadivi), órgão governamental venezuelano de controle de entrada e saída de divisas do país. PREÇOS INTERNACIONAIS A produção de leite na Nova Zelândia continuou em alta em março, com estimativas de aumento de até 7% na comparação com março/13, segundo o USDA. Na Europa, a produção leiteira seguiu em ascensão e os fabricantes de leite em pó mantêm sua capacidade máxima de operação. Dessa forma, a maior disponibilidade de matéria-prima mundial enfraqueceu os preços dos produtos lácteos. IPE-L/Cepea O Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) fechou março com média de US$ 4,30/kg ou R$ 10,01/kg, recuo de 5,7% frente a fevereiro. A queda é resultado da desvalorização média de 2,3% do dólar frente ao Real e dos menores valores do leite em pó (-2%), iogurtes (-16,9%) e manteiga (-9,2%), que juntos representam 64,3% da participação do IPE-L. Entretanto, as cotações de doce de leite e soro de leite seguiram crescentes (87,1% e 10,6%, respectivamente), enquanto os preços dos queijos e do leite condensado se recuperaram e registraram altas de 20,7% e 8,7%, na sequência. US$ 4.825 US$ 5.031 Tabela 1-2014 2013 2014 2013 US$ 4.525 US$ 4.213 + 7% +19% US$ 4.887 US$ 4.412 US$ 4.019 US$ 3.600 + 22% + 23% Os dados se referem à média entre 9 de março e 29 de março 2014; para 2013, foi considerado período semelhante. 27.202 17.824 5.057 3.030 Tabela 2 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ - (%) Participação no total exp. em Mar/13- (%) 839 90% 3% Total de fevereiro a março/14 frente ao mesmo período de 2013: 225% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros. ² 28.215 17.070 11.057 0,13 2.576-6% -16% 37% 23% - 66% 19% 11% 157,1% 700% Tabela 3 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ - (%) Participação no total imp. em Mar/13- (%) -18% -4% -32% 0% 49% Total de fevereiro a março/14 frente ao mesmo período de 2013: -42,5% - 60,5% 39,2% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litro. 0% - -14% 61% 46% -65% -69% -50% -100% 58%

SP: MENOR ESTOQUE DE MATÉRIA-PRIMA IMPULSIONA PREÇOS DO UHT E DA MUÇARELA Por Vitória Guereschi Lucas, graduanda em Gestão Ambiental O leite UHT negociado no atacado paulista em março teve a primeira alta de preços do ano na média mensal, de expressivos 12,24% em relação ao mês anterior, com média de R$ 2,12/litro, (inclui frete e impostos). Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o produto era comercializado a R$ 1,96/litro (em termos nominais), a elevação foi de 7,73%. Seguindo o mesmo movimento, a cotação da muçarela, de R$ 12,32/kg, apresentou incremento de 3,66% na comparação com fevereiro e de 6,49% com relação a março/13, também no atacado paulista. A valorização dos derivados está atrelada à seca do início do ano no Centro-Sul, que limitou a produção leiteira e reduziu o estoque de matériaprima. em Mar/13 R$ 2,12/litro 12,24% 7,73% R$ 12,32/kg 3,66% 6,49% Fonte: Cepea OCB/CBCL. Nota: Variação em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação do período. Preços do leite ao produtor e UHT média São Paulo, e preço do leite ao produtor, média Brasil Em valores reais. Desde fevereiro/2012 (IPCA=fevereiro/2014). As elevações dos preços do UHT e da muçarela, contudo, atingiram patamares que limitaram o consumo a partir da segunda quinzena do mês. Segundo colaboradores do Cepea, a retração na demanda também foi influenciada pela proximidade com a Semana Santa e a Páscoa, quando os gastos são direcionados para produtos típicos dessas festividades. Assim, os agentes esperam que as cotações desses produtos possam manter ou até cair ligeiramente no próximo mês. Esses dados são levantados em pesquisa diária realizada pelo Cepea com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e da CBCL (Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios). NACIONAL: COM OFERTA LIMITADA DE LEITE, COTAÇÕES DOS DERIVADOS SE RECUPERAM Por Marcel Moscatelli de Souza, graduando em Engenharia Agronômica. A oferta restrita de matéria-prima no mercado de derivados, que ocorre desde o início de 2014, começou a influenciar os preços em fevereiro. Após passar os últimos cinco meses em consecutivas baixas, as cotações da maioria dos produtos lácteos tiveram elevação ou se mantiveram, na comparação com o mês anterior. Assim, o preço do leite UHT teve considerável alta de 4% em fevereiro, sendo comercializado a R$ 1,69/l. Os leites pasteurizado e em pó tiveram valorização de 1,1% e 3,7%, respectivamente, na comparação com o mês anterior. O preço do queijo prato, por sua vez, permaneceu estável e foi negociado em média a R$ 14,66/kg no mercado nacional. Já o queijo muçarela e a manteiga tiveram recuo nos valores, de 2,6% e 0,4%, na comparação com janeiro/14. Esses valores consideram a média nacional, que é calculada pelo Cepea com base em dados coletados nos estados de GO, MG, PR, RS e SP. A valorização dos derivados se deu, principalmente, devido à menor oferta de matéria-prima, que foi limitada pela seca que ocorreu nas principais áreas produtoras de leite nos primeiros meses do ano. Colaboradores apontam dificuldade nos próximos meses para atender a demanda, podendo haver nova valorização dos derivados. Preços médios dos derivados praticados em FEVEREIRO e as variações em relação ao mês anterior 1,56 1,77 14,43 12,45 12,88 13,60 2,7% 9,1% 11,0% 4,8% 0,2% 7,5% 1,57 1,76 16,20 13,88 12,95 13,55-0,4% 1,55 4,8% 1,58 0,1% 12,68-1,4% 10,81-1,5% 12,25 4,2% 13,56-1,1% 1,48 3,8% 1,61-5,8% 14,53-5,9% 14,96 1,2% 11,10 4,8% 13,40 3,5% -1,4% -0,9% -9,5% -1,8% 0,8% 1,66 1,75 15,48 12,83 12,42 13,66 1,3% 4,0% -3,5% 1,3% 0,0% 1,6% 1,56 1,69 14,66 12,99 12,32 13,55 1,1% 4,1% 0,0% -2,6% -0,4% 3,7% Fonte: Cepea/ESALQ-USP

COMPRA ANTECIPADA DE INSUMOS PODE AJUDAR A REDUZIR CUSTOS Por Daniel M. Velazco-Bedoya, analista de mercado da equipe Leite Cepea A compra antecipada de insumos na pecuária de leite, no geral, não é comum em grande parte das propriedades brasileiras. Geralmente, a aquisição decorre da necessidade de um determinado insumo num dado momento, ou seja, uma compra mais reativa do que planejada. Nos casos em que a compra é realizada antecipadamente, o objetivo é evitar a escassez de um determinado insumo em épocas de demanda elevada, além de evitar preços altos. Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostram certa sazonalidade nas cotações de alguns insumos utilizados na produção de leite no período de 2011 a 2013. Isso indica que a compra antecipada de insumos, quando possível, pode ajudar o produtor a reduzir os custos. Para esta análise, o Cepea considerou os grupos de insumos da pecuária de leite que mais pesam nos custos, tendo como base a média Brasil (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). No primeiro trimestre de 2014, dentre os grupos que compõem a cesta de insumos da pecuária de leite no Custo Operacional Efetivo (COE, que são os gastos correntes da propriedade), destacaram-se os concentrados que corresponderam por 41,8% do COE, a silagem (14,4%), os medicamentos (3,7%), as forrageiras anuais (3%), a suplementação mineral (3%) e materiais de ordenha (2,3%). Ao analisar a variação mensal das médias dos preços de alguns insumos entre 2011 e 2013 no estado de São Paulo (Figuras 1 e 2), nota-se um comportamento sazonal. No caso do concentrado de 22% de PB, verifica-se alta dos preços, geralmente, no segundo semestre do ano, em razão da entressafra de soja e milho no País. Na média desses três anos, o pico dos preços ocorreu em setembro, enquanto o menor valor, em abril, com a diferença entre essas cotações chegando a 20,75 pontos percentuais. 6,17 pontos percentuais. Semelhantemente, a ureia agrícola e o herbicida 2,4d tiveram maiores preços no período das chuvas (época de plantio), tornando conveniente a sua aquisição antecipada. Tanto para o sal mineral quanto para a ureia, a diferença entre os preços esteve em 8,8 pontos percentuais no período analisado. Produtos veterinários também apresentaram variações sazonais no decorrer do período analisado, com os maiores patamares de preços sendo observados no início dos anos (Figuras 1 e 2). Apesar de incomum na atividade leiteira do País, nota-se a relevância da estratégia na aquisição dos insumos durante os períodos de alta e baixa dos preços ao longo do ano. É importante que a propriedade tenha a infraestrutura mínima, caso haja a necessidade de estocar parte dos insumos, tornando pertinente a realização de investimentos em benfeitorias, máquinas, implementos e equipamentos. No caso dos concentrados (ração), a maior dificuldade da compra antecipada é a deficiência de espaço para a estocagem dentro das propriedades de leite. Alguns produtores com maior poder de negociação conseguem firmar contratos antecipados de compra de caroço de algodão, polpa cítrica, milho e soja da mesma forma que o fazem para insumos agrícolas necessários à produção de silagem (como adubos, corretivos e sementes). Por sua vez, a compra de medicamentos nas propriedades leiteiras é, na maior parte, mensal e a reposição acontece ao longo do ano. É interessante apontar que muitas vezes as agropecuárias adotam estratégias de aumento e baixa de preços de alguns produtos veterinários em épocas de campanha de vacinação e também pós-campanha. Figura 1 Sazonalidade de insumos da pecuária de leite no estado de São Paulo de 2011 a 2013. Valores em Base 100 Deflacionados pelo IGP DI (Fev/13). Fonte: Cepea/CNA. Figura 2 Amplitude (%)dos valores médios, máximos e mínimos da sazonalidade dos insumos da pecuária de leite entre no estado de São Paulo de 2011 a 2013. Valores em Base 100 Deflacionados pelo IGP DI (Fev/13). Fonte: Cepea/CNA. No caso do sal mineral de 30P, o patamar mais elevado de preço foi no período das chuvas. Nessa época do ano, a demanda por esse insumo aumenta, devido à necessidade da suplementação mineral aos animais a pasto. A diferença de preços entre o pico e o vale chega a

MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA Por Ana Amélia Zinsly Trevizam e Débora Kelen Pereira da Silva MILHO: Preços sobem na maior parte do Brasil, mas recuam em SP As cotações do milho subiram na maior parte das regiões brasileiras em março, mas recuaram em São Paulo. A alta esteve atrelada ao bom volume exportado nos meses anteriores, que ajudaram a enxugar a disponibilidade do produto no mercado interno, e à preocupação quanto à seca no Sul e no Sudeste do Brasil, que prejudicou a colheita da primeira safra e também o cultivo da segunda temporada do cereal. Já no Centro-Oeste, foram as chuvas intensas que atrasaram a colheita da soja e prejudicaram o avanço do cultivo do milho segunda safra. Dessa maneira, em março, na média das praças acompanhadas pelo Cepea, houve alta de 2,5% no mercado de balcão (ao produtor) e de 0,8% no de lotes (negociação entre empresas). Já nas praças paulistas de Sorocabana, Mogiana e de São Carlos, os preços tiveram quedas expressivas de 10,5%, 8,4% e de 6,1%, respectivamente m e r c a d o d e l o t e s. O I n d i c a d o r ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 7,7%, fechando a R$ 31,34/saca de 60 kg no dia 31. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 30,96/sc de 60 kg, retração de 7,6% no mês. FARELO DE SOJA: Valores caem em março, mas ainda são recordes para o mês Os preços de farelo de soja recuaram no correr de março, mas a média ainda superou as do mesmo mês de anos anteriores, em termos nominais. No início de março, a demanda firme até sustentou os valores, mas o avanço da colheita pressionou as cotações nas semanas seguintes. Em Mato Grosso (principal estado produtor de soja do Brasil), até o encerramento de março, a colheita do grão estava na reta final e o volume para esmagamento cresceu, fator que pesou sobre os valores dos derivados da soja. Além disso, o mercado chinês indicou desaceleração da demanda nos próximos meses uma das razões seria a gripe aviária, que reduz a demanda por soja e farelo. Com isso, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, houve queda de 5% no preço do farelo de soja entre 28 de fevereiro e 31 de março. Já quanto às exportações, seguiram aceleradas em março vale ressaltar que grande parte do produto embarcado no mês foi negociada em 2013. O Brasil exportou 727 mil toneladas de farelo de soja em março, 43,5% acima do mês anterior e 17,8% a mais que em março/13, conforme dados da Secex. SP 2014 Janeiro Fevereiro Março 26,83 30,62 32,84 1.123,98 1.108,08 1.091,89 Para receber o Boletim do Leite digital, encaminhe-nos um e-mail para leicepea@usp.br com os seguintes dados: nome, e-mail, endereço completo e telefone