Adenilda Naildes da Silva 1. Rafael Matias dos Santos 2. Welton John Marques Lima 3. Aline Voltarelli 4

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Transcrição:

Assistência de Enfermagem à Gestante com Doença Hipertensiva Específica da Gravidez na Emergência Nursing Assistance to Pregnant Women with Specific Pregnancy Hypertensive Illness Adenilda Naildes da Silva 1 Rafael Matias dos Santos 2 Welton John Marques Lima 3 Aline Voltarelli 4 1 Graduating from the Nursing Course by the Brazil Polo Fama University of Mauá. Street address Alfredo Galo Fatoreto 23 Jardim Olinda - Mauá SP - CEP 09330-406 mail: adepcristo@hotmail.com 2 Graduating from the Nursing Course by the Brazil Polo Fama University of Mauá. Address Avenida Dom José Gaspar 2014 neighborhood, headquarters Mauá Zip code 09370-670 SP Brasil_Mail: matiasrafael.santos@gmail.com 3 Graduating from the Nursing Course at the Universidade Brasil Polo Fama de Mauá. Street address Canossa, 295, Jardim Santo André, Santo André CEP 09132540 mail: wjohnlima@bol.com.br 4 Nurse. Master s degree in Health Sciences. Specialist in Nursing at Work, Nursing Professor. Technical and Higher Level and Methodology of Distance Learning. Professor of Nursing Undergraduate Courses at University Mauá SP Brazil. Address Rua Michael Bispo de Oliveira number 247 Neighborhood Votupoca Barueri Zip code 06443-007_Orientadora.

Resumo A Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) conhecida também como toxemia gravídica, é caracterizada pela tríade de hipertensão arterial, edema e proteinúria. Trata-se de revisão integrativa e recorde temporal entre 2011 e 2016. A revisão integrativa é um método de análise de pesquisas que possibilita a síntese do conhecimento em um determinado assunto que inclui estudos com diferentes abordagens metodológicas, além de identificar lacunas do conhecimento que necessitam ser preenchidas com a realização de novas pesquisas. A hipertensão na gestação pode ser caracterizada por valores pressóricos iguais ou superiores a 140x90 mmhg, o aumento de 15 mmhg na pressão arterial diastólica ou 30 mmhg na pressão arterial sistólica, e quando há proteinúria na qual caracteriza-se pela perda de proteínas na urina e sinaliza que, nestes casos, há dano renal. Para avaliação, é necessário que se faça a coleta de urina em 24 horas, para estimar a perda total. A abordagem do enfermeiro se faz necessário uma vez que trata-se de um assunto de grande relevância, já que trata-se de uma doença de causa desconhecida e com alto índice de complicações. Palavras-chave: Gestante; DHEG; Assistência de Enfermagem. Abstract Pregnancy-Specific Hypertensive Disease (DHEG), also known as gravidic toxemia, is characterized by the triad of hypertension, edema, and proteinuria. It is an integrative review, with a temporal record between 2011 and 2016. The integrative review is a method of research analysis that enables the synthesis of knowledge in a particular subject that includes studies with different methodological approaches. The objective is to identify and describe nursing actions in relation to the pregnant woman with specific hypertensive disease in the emergency room. Hypertension during pregnancy may be characterized by blood pressure values equal to or greater than 140x90 mmhg, an increase of 15 mmhg in diastolic blood pressure or 30 mmhg in systolic blood pressure, and when there is proteinuria in which it is characterized by loss of protein in the urine and indicates that, in these cases, there is renal damage. The nurse does the risk classification and must be alert to the signs of preeclampsia / eclampsia and refer the patient to appropriate care, following the protocol of the unit. Key words: Pregnant woman; DHEG; Nursing care.

Introdução A Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) conhecida também como toxemia gravídica, é caracterizada pela tríade de hipertensão arterial, edema e proteinúria, podendo ter seu quadro agravado e evoluir para a pré-eclampsia, levando a crises convulsivas e até o coma (1). No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é considerado uma das principais causas de morte materno fetal com 37% das causas de morte obstétricas, responsável por 10 a 15% das mortes em gestantes na mesma proporção ao nascimento prematuro em todo mundo. Segundo o ministério, a crise hipertensiva é umas das principais causas de morte nas gestantes (2) A DHEG pode ser considerada um problema de saúde pública, uma vez que o enfermeiro se depara com vários casos no ambiente de urgência emergência. Ainda que sejam notificados anualmente, há vários casos de morte materna. Comumente chamada de toxemia gravídica, ocorre no final da gestação, sendo uma doença muito importante na obstetrícia (3) As complicações da doença são: pressão arterial menor ou igual 160/110mmhg mau estado geral, descolamento prematuro de placenta, parada cardiorrespiratória, coma cerebral, falência hepática e renal (4). Desta forma, a doença se torna um problema de saúde pública, onde são notificados anualmente vários casos de morte materna, dados da OMS. A abordagem do enfermeiro se faz necessária de acordo com fatores de risco, histórico anterior de pré-natal, sinais e sintomas, sendo de extrema importância a classificação de risco. Esta pesquisa teve início diante da observação do pouco conhecimento efetivo acadêmico sobre a temática do atendimento do Enfermeiro nos meios acadêmicos frente a gestante acometida por DHEG (Doença Hipertensiva Específica na Gestação), inclusive nos atendimentos de emergência obstétrica, também da falta de interesse dos profissionais da enfermagem em relação às pacientes com DHEG. Como justificativa deste trabalho, a Assistência de Enfermagem em pacientes com Hipertensão Específica na Gestação com importância sobre os aspectos do atendimento e da assistência de enfermagem, identificando os fatores relevantes para manter a sobrevida de mãe e feto e diminuição das complicações da doença. O objetivo é identificar e descrever as ações da enfermagem frente à gestante com doença específica hipertensiva na emergência. Método Trata-se de uma revisão integrativa, com recorde temporal entre 2011 e 2016. A revisão integrativa é um método de análise de pesquisas que possibilita a síntese do conhecimento em um determinado assunto que inclui estudos com diferentes abordagens metodológicas, além de

identificar lacunas do conhecimento que necessitam ser preenchidas com a realização de novas pesquisas (5). A busca foi realizada no banco de dados da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e SCIELO, e os termos utilizados, de acordo com os descritores em ciências da saúde (DECS), foram: Gestante, DHEG, Assistência de Enfermagem. Resultados Com relação aos resultados deste estudo, a busca nas bases de dados supracitadas resultou em 23 artigos que foram submetidos aos critérios de inclusão e exclusão, nos quais 15 atenderam os critérios pré-estabelecidos, enquanto 8 publicações foram excluídas. Na tabela 1, estão apresentados os artigos que foram lidos na íntegra, pois eram pertinentes aos objetivos deste estudo. ACOSTA, Aline Atividades do Marques; DURO, enfermeiro Carmen Lucia nos sistemas de Mottin; LIMA, triagem/clas Maria Alice Dias sificação de risco nos da Silva. serviços de urgência: revisão integrativa (6). Fatores de risco ALMEIDA, maternos para Adriana prematuridade em uma maternidade Carvalho de et pública de al. Imperatriz-MA (7). Manual de acolhimento classificação de risco em obstetrícia (8). Manu al de Acolhi mento e Classif icação de Risco em Obste trícia, rede cegon ha (9). BRASIL BRASIL Sentimento de insegurança por parte dos Enfermeiros devido à mudança de estado clínico. A prematuridade é um grande problema de saúde pública, e tem diversas causas que podem ser interdependentes. 2012 2012 Protocolo de atendimento à gestante de alto risco 2014 O Manual de Acolhimento e 2014 Classificação de Risco em Obstetrícia- Rede Cegonha traz fluxogramas classificando algumas emergências obstétricas como laranja e vermelha, e lá podemos observar os sinais clássicos da préeclâmpsia/eclampsia abordados. Tabela 1. Distribuição das publicações sobre a assistência de enfermagem à gestante com doença hipertensiva específica da gravidez na emergência. Brasil, 2017. Título Atualização das diretrizes de RCP e ACE (5). Autor (es) AMERICAN HEART ASSOCIATION Resultados Enfermeiro deve estar capacitado para atender emergências Ano 2015 Gestação de Alto Risco (10). Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana. Relatório de recomendaçã o. Brasília (11). VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (12). BRASIL Conitec. Comissão Nacional de incorporação de tecnologia no SUS Sociedade Brasileira de Cardiologia O enfermeiro faz a classificação de risco e deve estar atento aos sinais de préeclâmpsia/eclampsia e, assim, fazer encaminhamento adequado. Parto planejado para gestação de alto risco Recomendações para manter a classificação proposta pelo American College of Obstetricians and Gynecologists 2014 2015 2016

Avaliação dos Resultados do Atendimento de Pacientes em Parada Cardiorrespiratória no Ambiente Préhospitalar pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Porto Alegre (13). Recomendações da OMS para a Prevenção e Tratamento da Pré-eclâmpsia (14). Assistência de enfermagem a mulheres com préeclâmpsia e/ou eclâmpsia: revisão integrativa (15). Cause specific mortality: regional estimateds for 2011 (16). Manual Obstétrico; Guia Prático de Enfermagem. 2 ed. Ver e Ampliada (17). Protocolo de avaliação e classificação de risco de pacientes em unidade de emergência (3). Importâ ncia da implem entação de protocol os de ação na préeclâmps ia (2). SEMENSATO Gladis Mari. Organização Mundial da Saúde FERREIRA, Maria Beatriz Guimarães et al. World Health Organization SILVA, J. C. SILVA, M.F.N. OLIVEIRA, G.N. PERGOLA- MARCONATO, A.M. et al. SANTOS, Bruna Carolina Lapertosa; RIOS, Lisandro Liboni Guimarães; SOUZA, Laíssa Nascimento Bernardes et al. Sobrevida clientes até a alta hospitalar 2011 DHEG maior impacto na 2013 morbidade e mortalidade materno infantil, principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Melhor preparo técnico 2016 com educação continuada para evitar erros de verificação de pressão arterial por meio do protocolo do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG) adotar protocolos de cuidado pautados em evidência científica na prática clínica do enfermeiro 2012 Ao conhecer os níveis pressóricos da paciente, deve-se considerar hipertensão como prioridade de atendimento Mulheres com préeclâmpsia ou eclâmpsia 2014 têm prioridade de atendimento e de enfermagem específicos, os quais devem ser pautados em protocolos de cuidados baseados em evidências científicas Refere-se à 2016 abordagem do enfermeiro durante a triagem para préeclâmpsia, onde deve-se classificar os fatores de risco a partir da história materna, classificando pelas características do histórico da gestante. Cuidado s prénatais e avaliaçã o do manejo da hiperte nsão arterial em gestant es do SUS no Municíp io do Rio de Janeiro, Brasil(1) Estratég ias Dirigida s aos profissi onais para a redução das Cesárea s Desnec essárias no Brasil(1 8). Discussão VETTORE, Marcelo Vianna et al. HADDAD, Samira El Maerrawi T.; CECECATTI, José Guilheherme. Atendimento 2011 deficiente pelos profissionais de saúde no setor público e no fornecimento da medicação para tratamento da DHEG. Consideraram a necessidade de orientação para real necessidade do tipo de parto, se possível também um sistema de vigilância que possa monitorar o cuidado adequado ao trabalho de parto em parto, e as indicações para as intervenções realizadas neste período. Fonte: Dados da pesquisa. 2011 A hipertensão na gestação pode ser caracterizada por valores pressóricos iguais ou superiores a 140x90 mmhg, o aumento de 15 mmhg na pressão arterial diastólica ou 30 mmhg na pressão arterial sistólica, e quando há proteinúria na qual caracteriza-se pela perda de proteínas na urina e sinaliza que, nestes casos, há dano renal. Para avaliação, é necessário que se faça a coleta de urina em 24 horas, para estimar a perda total. Quando a gestante apresenta convulsões em pré-eclâmpsia, o uso do sulfato associado à assistência de qualidade reduz em até 50% o risco de mortalidade por pré-eclâmpsia ou eclampsia (17). Através dos estudos realizados pelos

artigos referenciados, foi evidenciado a importância do pré-natal à gestante, sendo fundamental tanto na prevenção quanto no tratamento da hipertensão e da diabetes gestacional, diminuindo assim o atendimento emergencial. Com o controle preventivo realizado no pré-natal da gestante em idade tardia no início da gestação, há uma redução do risco de mortalidade materna. Segundo um estudo (6), enfermeiros demonstram um sentimento de insegurança, devido à mudanças de estado clínico, causando para a cliente outras complicações, o que a autora Almeida concorda, considerando que a prematuridade é um grande problema de saúde pública e tem diversas causas. Segundo (18) a resolução do Cofen nº 423/2012, a classificação de risco é privativa do enfermeiro, pois deve ser dotado de conhecimentos, competências e habilidades que garantem bom atendimento, sendo poucas instituições que dispõem de protocolos. Poderia acrescentar aqui como funciona a abordagem da classificação de risco na emergência com DHEG; Na abordagem do enfermeiro na triagem para pré-eclâmpsia, é importante classificar os fatores de risco a partir da história materna classificando pelas características do histórico da gestante (2). (18) Segundo na hipertensão arterial, foram mantidos no vermelho a classificação de risco no setor de emergência, pois nesses casos há risco de lesão orgânica grave e iminente de morte. Neste caso, na emergência a gestante será assistida pela equipe de enfermagem. O Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia- Rede Cegonha também traz alguns fluxogramas que classificam algumas emergências obstétricas como laranja e vermelha, onde podemos observar os sinais clássicos da pré-eclâmpsia/eclampsia ao observar diversos temas abordados. Pode-se notar que sinais como alteração de consciência e estado mental, PAS 160 e/ou PAD 110 mmhg, PA 140/90mmHg como dor de cabeça, de estomago ou alterações visuais. Quando abordado desmaio e mal estar, observa-se a descrição destes sintomas em outros títulos do fluxograma como: Dor Abdominal/Lombar/Contrações Uterinas; Dor de Cabeça/Tontura/Vertigem; Falta de Ar/Sintomas Respiratórios; Febre/Sinais de Infecção; Perda de Liquido Via Vaginal; Perda de Sangue Via Vaginal; Parada/Redução de Movimentos Fetais; Relato de Convulsão (10). O enfermeiro faz a classificação de risco e deve estar atento aos sinais de préeclâmpsia/eclampsia e encaminhar a paciente para o atendimento adequado, seguindo o protocolo da unidade. Na emergência, deve reequilibrar homeostasia materna, manter a gestante em repouso absoluto em decúbito lateral esquerdo o maior tempo possível, orientar e observar a dieta hiperprotéica e hipossódica, realizar controle de diurese 24h concomitante com controle hídrico, manter equipe de enfermagem devidamente treinada e em alerta para os valores de pressão arterial, checando, registrando e comunicando qualquer tipo de alteração inclusive a equipe médica. Além disso, é

importante realizar treinamentos para manter melhor técnica na aferição de pressão arterial conforme melhor protocolo do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG). Das complicações da DHEG segundo (7), corroborando com a OMS (5) refere que a doença aumenta o risco de complicações fetais, podendo ocorrer anoxia cerebral, nascimento prematuro, e óbito fetal. A OMS (17) relata que a DHEG tem maior impacto na morbidade e mortalidade materno infantil, principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. A hipertensão na gestação pode ser caracterizada por valores pressóricos iguais ou superiores a 140x90 mmhg, o aumento de 15 mmhg na pressão arterial diastólica ou 30 mmhg na pressão arterial sistólica, e quando há proteinúria, a qual caracteriza-se pela perda de proteínas na urina, há dano renal. Para avaliação, é necessário que se faça a coleta de urina em 24 horas, para estimar a perda total. No protocolo da OMS (17), no que refere-se ao assistencial, assim como a prevenção e tratamento destes quadros de DHEG, são realizados com sulfato de magnésio quando a gestante apresenta convulsões. Quando está em pré- eclâmpsia, o uso do sulfato associado à assistência de qualidade reduz em até 50% o risco de mortalidade por pré-eclâmpsia ou eclampsia. É na triagem que deve ser classificados os fatores de risco para melhor abordagem do Enfermeiro (2). A OMS (17) tem desenvolvido inúmeras pesquisas relacionadas ao parto normal e preconiza que o objetivo desta assistência é promover o mínimo de intervenções com segurança, para obter uma mãe e uma criança saudáveis, ou seja, deve haver uma razão válida para interferir sobre o processo fisiológico. Há de se destacar que a OMS preconiza o uso de protocolos assistenciais, assim como a prevenção e tratamento destes quadros com sulfato de magnésio. Quando a gestante apresenta convulsões quando está em pré- eclampsia, o uso do sulfato associado à assistência de qualidade reduz em até 50% o risco de mortalidade por préeclâmpsia ou eclampsia (14). A OMS (14) concorda com o protocolo para DHEG, que diz que a única forma de tratamento na pré-eclâmpsia concomitante é a realização do parto em sí. Partindo desta ação, os sintomas acabam ou diminuem. Se o parto não for possível, é preciso controlar os sintomas até que este seja realizado, pois quando envolve risco de vida da gestante e do feto, o parto é a melhor escolha para evitar risco de óbito materno e fetal. Na maioria dos protocolos há unanimidade neste sentido, como manter a vigilância clínica materna e fetal e possíveis complicações graves. Não há indicações específicas para os cuidados durante a internação, mas é necessário monitoramento da condição materna e fetal. O enfermeiro faz a classificação de risco e deve estar atento aos sinais de préeclâmpsia/eclampsia e encaminhar a paciente para atendimento adequado, seguindo o protocolo da unidade. Na emergência, é necessário reequilibrar homeostasia materna, manter a gestante em repouso absoluto em

decúbito lateral esquerdo o maior tempo possível, orientar e observar se dieta hipoproteica e hipossódica, realizar controle de diurese 24h concomitante com controle hídrico, manter equipe de enfermagem devidamente treinada e em alerta para os valores de pressão arterial, checando, registrando e comunicando qualquer tipo de alteração à equipe médica. Conclusão A abordagem do enfermeiro se faz necessário uma vez que trata-se de um assunto de grande relevância, já que trata-se de uma doença de causa desconhecida e com alto índice de complicações. Referências 1. Vettore MV, et al. Cuidados pré-natais e avaliação do manejo da hipertensão arterial em gestantes do SUS no Município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2011; 27(5):1021-1034. 2. Santos BCL; Rios LLG; Souza LNB, et al. Importância da implementação de protocolos de ação na pré-eclâmpsia. Rev. méd. Minas Gerais. 2015;25(4). 3. Silva MFN; Oliveira GN; Marconato AMP, et al. Protocolo de avaliação e classificação de risco de pacientes em unidade de emergência.rev. Latino- Am. Enfermagem. 2014;22(2):218-25. 4. American Heart Association (AHA). Atualização das diretrizes de RCP e ACE. 2015. 5. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Rev Einstein. 2010; 8(1):102-6. 6. Acosta AM; Duro CLM; Lima MADS. Atividades do enfermeiro nos sistemas de triagem/classificação de risco nos serviços de urgência: revisão integrativa. Rev. Gaúcha Enferm. 2012; 33(4):181-190. 7. Almeida AC; Jesus ACP; Lima PFT; Araújo MFM; Araújo TM. Fatores de risco maternos para prematuridade em uma maternidade pública de Imperatriz-MA. 2012; 33(2):86-94. 8. Ministério da Saúde (BR). Secretária de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de acolhimento classificação de risco em obstetrícia. Brasília, DF, 2014. 9. Ministério da Saúde (BR). Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia, REDE CEG0NHA/DAPES/SAS. 2014. 10. Ministério da Saúde (BR). Manual, 2012 Gestação de alto risco, 3º Ed. Ministério da Saúde, Brasil. 11. Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana. Relatório de recomendação. Brasília: Conitec. Comissão Nacional de incorporação de tecnologia no SUS; 2015. 12. VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq. Bras. Cardiol. 2016; 89(3):24-79. 13. Semensato GM. Avaliação dos Resultados do Atendimento de Pacientes em Parada Cardiorrespiratória no Ambiente Pré-hospitalar pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Porto Alegre. 2013. 14. Organização Mundial da Saúde (OMS). Recomendações da OMS para a Prevenção e Tratamento da Pré-eclâmpsia. 2012. 15. Ferreira MBG, et al. Assistência de enfermagem a mulheres com pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia: revisão integrativa. Rev. esc. enferm. USP. 2016; 50(2):324-334.

16. World Health Organization (WHO). Cause specific mortality: regional estimateds for 2000-2011. Geneva, 2012. 17. Silva JC. Manual Obstétrico: Guia Prático de Enfermagem. 2ed. Rev. e Ampliada-SÃO PAULO; CORPUS, 2011 p. 94. 18. Haddad SMT; Cececatti JG. Estratégias Dirigidas aos profissionais para a redução das Cesáreas Desnecessárias no Brasil. 2011.