Folha de S. Paulo Dilma sanciona lei que fixa gastos obrigatórios com a saúde Com 15 vetos, a presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (16) a regulamentação da emenda 29, que fixa os gastos obrigatórios do governo federal, dos Estados e dos municípios com o sistema público de saúde. A nova lei define quais ações podem ser contabilizadas como gastos em saúde e prevê punição para quem descumprir as novas regras. Pelo texto aprovado pelo Congresso em dezembro, permanece para a União a regra segundo a qual o governo deve aplicar na saúde o valor empenhado (reservado para gasto) no orçamento anterior, acrescido da variação nominal do PIB (Produto Interno Bruto). Um dos vetos da lei, sugerido pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda, retirou o artigo que prevê "créditos adicionais" para a saúde na hipótese de revisão do valor nominal do PIB. Segundo os ministérios, "a necessidade de constante alteração nos valores a serem destinados à saúde pela União pode gerar instabilidade na gestão fiscal e orçamentária". A proposta terá maior impacto nos cofres dos Estados. O percentual obrigatório que eles devem investir é 12% da receita. Mas, a partir de agora, eles não poderão contabilizar como gastos de saúde despesas como o pagamento de aposentadorias e restaurantes populares para alcançar esse percentual. A expectativa é que para cumprir as novas regras os governadores e prefeitos vão desembolsar R$ 3 bilhões ao ano. IMPOSTO Durante a tramitação da lei no Congresso, deputados e senadores derrubaram da proposta a previsão para a criação de um novo imposto para a saúde, chamado de CSS (Contribuição Social à Saúde). A Câmara já tinha deixado a CSS sem a base de cálculo, na prática inviabilizando a cobrança do novo tributo. Mas o texto como fora aprovado pelos deputados ainda permitiria que um projeto de lei complementar apresentado ao Congresso pudesse instituir a base de cálculo para o imposto. Com as mudanças feitas no Senado, no entanto, a criação de um novo tributo terá que começar do zero. Entre os vetos na lei, cinco fazem referências à CSS. A justificativa é que como o imposto foi retirado no Congresso tais trechos carecem "de qualquer efeito prático". Bancos e empresas de telefonia lideram reclamações no Procon em 2011 Bancos e operadoras de telecomunicações foram os campeões nacionais de reclamações de consumidores nos Procons em 2011. Segundo boletim divulgado nesta sexta-feira pelo DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) do Ministério da Justiça os problemas mais recorrentes 1
enfrentados pelos consumidores no Brasil são relacionados a cartões de crédito (9,21%), telefonia móvel (7,99%), serviços bancários (7,26%), telefonia fixa (5,56%) e aparelhos celulares (5,44%). Os dados do Boletim revelam que, do total de 1,6 milhão de atendimentos registrados, o grupo Itaú lidera o ranking. Veja as empresas com mais reclamações: Itaú - 81.946 Oi - 80.894 Claro-Embratel - 70.150 Bradesco - 45.852 TIM-Intelig - 27.102 O Itaú declarou que do total de reclamações em 2011, 85% foi resolvido consensualmente. Do restante, diz que 68% foram solucionados com acordos em audiência. Acrescentou que também tem acordo firmado com o Procon-SP e com o DPDC e "reconhece que pode melhorar ainda mais a prestação de seus serviços". Já a Oi disse que firmou compromisso com o DPDC de interação colaborativa e que "tem investido fortemente em melhorias de processos e ampliação de rede para assegurar a qualidade no atendimento e na prestação dos serviços". O Bradesco afirmou, por e-mail, que "todos os apontamentos feitos são acompanhados de perto pela ouvidoria do banco, que sempre esclarece a manifestação ao cliente ou usuário". O banco disse ainda que "toma as medidas necessárias com as áreas internas envolvidas a fim de aperfeiçoar cada vez mais a qualidade do atendimento". A TIM afirmou que apesar de 10 milhões de novos usuários em 2011 "o número de demandas nos Procons aumentou apenas cerca de 3.700 registros de janeiro a dezembro". Disse, ainda, que cumpriu o acordo com o DPDC para aumento da resolutividade das reclamações. A Folha procurou a assessoria de imprensa da Claro, que ainda não retornou as ligações ou respondeu os e-mails. Os principais problemas enfrentados pelos consumidores estão relacionados com cobranças indevidas, responsáveis por 35,46% das queixas e operações não realizadas, responsáveis por 19,99% das reclamações registradas. Esta é a primeira vez que é os dados são compilados desta maneira, segundo assessoria do Ministério da Justiça, "todo ano sai um outro que é o Cadastro nacional de Reclamações Fundamentas. Mas é diferente. Esse que lançamos hoje são as demandas que são resolvidas antes de serem abertos processos". O Estado de S. Paulo Após três meses seguidos de queda, economia volta a crescer em novembro A atividade econômica voltou a crescer em novembro no Brasil, após três meses seguidos de retração, de acordo com o indicador divulgado há pouco pelo Banco Central, que mede o desempenho da economia. O índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou em novembro expansão de 1,15% na comparação com outubro, na série com ajuste sazonal. O dado sem ajuste mostrou queda de 0,16%. 2
Nos três meses anteriores, houve retração de 0,50% (outubro), queda de 0,06% (setembro) e baixa de 0,54% (agosto), sempre na comparação com o mês imediatamente anterior, conforme os dados revisados pelo BC da série dessazonalizada. Os números observados - ou seja, sem o ajuste sazonal feito pelo BC - mostram um crescimento de 0,79% em novembro em relação ao mesmo mês de 2010. O resultado é pouco superior ao verificado em outubro (0,69%), mas está abaixo do registrado em todos os outros meses do ano passado. Em agosto e setembro, por exemplo, a expansão havia sido de 3,04% e 1,27% nesta comparação, respectivamente. Nos 12 meses encerrados em novembro do ano passado, a economia brasileira acumulou um crescimento de 3,04%, de acordo com os dados da série ajustada. No acumulado de janeiro a novembro, o crescimento foi de 2,88%, com ajuste. Valor Econômico Dilma nomeia nova conselheira da Anatel Miriam Wimmer foi nomeada titular do conselho consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ela assume até 16 de fevereiro, vaga deixada por Rodrigo Zerbone Loureiro, que renunciou, segundo publicação no Diário Oficial da União de hoje A presidente Dilma Rousseff nomeou ainda quatro novos substitutos para o conselho da Anatel: Jarbas José Valente (substituto eventual do presidente); Roberto Pinto Martins; Marconi Thomaz de Souza Maya e Marcus Vinicius Paolucci. Mudanças também no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com a nomeação de Tiago Falcão Silva para secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza e de Luis Henrique da Silva de Paiva como secretário nacional de Renda e Cidadania. Teletime Oi quer anular metas de qualidade da banda larga e Anatel pede opinião da sociedade A Oi apresentou à Anatel um pedido formal de anulação dos dispositivos referentes às metas de qualidade da banda larga, tanto móvel quanto fixa, que a Anatel aprovou em outubro do ano passado. No Regulamento de Gestão da Qualidade do SCM (RGQ-SCM), a companhia pede a anulação de todos os indicadores de rede, entre os quais os que estabelecem patamares mínimos de velocidade média e instantânea. Pede a anulação da obrigação de atender aos pedidos de instalação do serviço em até 10 dias úteis e dos indicadores de reação do usuário que estabelecem, por exemplo, a relação aceitável entre o número de reclamações recebidas pela prestadora e o número total de assinantes. No Regulamento de Gestão da Qualidade do SMP (RGQ-SMP), a empresa pede a anulação dos artigos que tratam da disponibilização de mapa de cobertura da rede em todas as suas tecnologias, pede anulação da exigência de completamento de chamada e a anulação da exigência de entrega das mensagens de texto em até 60 segundos em 95% dos casos. No RGQ- SMP a operadora também pede a anulação das metas de velocidade média e instantânea da banda 3
larga e das exigências mínimas de queda de conexão. A Anatel, por entender que o pedido da operadora envolve o interesse de terceiros indeterminados, decidiu publicar uma notificação para que a sociedade se manifeste em um prazo de 15 dias sobre o pedido. A manifestação da sociedade poderá ser entregue nos protocolos das unidades da Anatel localizadas nas capitais dos Estados e no Distrito Federal. A Oi talvez tenha sido a companhia que mais fez oposição aos dois regulamentos. O motivo principal da insatisfação eram as metas de velocidade instantânea e média que a Anatel passou a exigir tanto no SCM quanto no SMP. Eletrônica de consumo tem a integração de dispositivos como desafio para casa conectada Com o avanço de múltiplos dispositivos sendo capazes de entregar conteúdos de vídeo e banda larga no ambiente doméstico, como set-top boxes, consoles de vídeo game, caixas over-the-top (que funcionam conectadas à Internet), tablets e smartphones, a interoperabilidade entre eles começa a se tornar crítica, tanto para a indústria de equipamentos quanto para os provedores de serviço. Esse foi o tema de um dos debates durante o CES 2012, evento de eletrônica de consumo que aconteceu esta semana, em Las Vegas. Para David Grubb, vice-presidente de estratégia e arquitetura para experiências convergentes da Motorola Mobility, todos os dispositivos têm como desafio o ambiente em que tudo funcionará sobre redes IP. Para Brian Miller, diretor de desenvolvimento de negócios da Western Digital (fabricante de drives de armazenamento), "as pessoas estão passando da fase em que querem simplesmente armazenar conteúdos digitais como vídeos e músicas para a fase em que a distribuição desses conteúdos por múltiplos dispositivos é fundamental." Para George Tupy, gerente de marketing de produtos da Cisco, o ambiente da casa conectada é apenas um lado da equação. "O outro lado é a nuvem, ou seja, aquilo que terá que acontecer na rede". Ele lembra que ainda que muitos dispositivos estejam conectados hoje no ambiente doméstico, nem todos fazem bem todas as coisas. "A TV, por exemplo, é mais um dispositivo de consumo de conteúdo, enquanto um ipad, num ambiente doméstico, é mais um dispositivo de navegação entre múltiplos conteúdos". Para a Intel, a indústria precisa pensar cada vez mais em padrões abertos de comunicação doméstica. Sandip Mandera, gerente de software da fabricante de chips, afirma que "é preciso buscar esses padrões em todos os dispositivos para que a experiência de consumo de conteúdos em vários dispositivos seja mais simples para o usuário". Ele citou padrões como Wi-Fi, DLNA e MPEG 4 como alguns dos padrões que estão dominando as plataformas de distribuição, empacotamento e codificação dos conteúdos. Sistemas operacionais Uma das questões que começam a ser discutidas relacionadas ao ambiente da casa conectada é se os diferentes dispositivos terão um ambiente de sistemas operacionais comuns, por exemplo, rodando os sistemas operacionais que hoje dominam o mercado de smartphones e tablets, como Android do Google, ios da Apple ou Windows Mobile da Microsoft. Para David Grubb, essa será uma tendência caso isso traga vantagens para os usuários, mas ainda é cedo para prever. Perguntado por este noticiário sobre o impacto que a aquisição da Motorola Mobility pelo Google terá no desenvolvimento dos set-tops de TV por assinatura da Motorola (hoje a empresa é uma das maiores fabricantes de caixas do mundo, dominando principalmente o mercado norteamericano), Grubb disse que isso só ficará mais claro depois que a transação for aprovada. "Por enquanto, não podemos dizer que as caixas da Motorola terão Android, nem que não terão", 4
disse. Vale lembrar que quando o Google anunciou a aquisição da Motorola Mobility, o foco das sinergias anunciadas estava nas patentes para dispositivos móveis e na capacidade da empresa de produzir tablets e smartphones, mas nada foi dito sobre a importante atividade de fabricação de set-tops para TV paga. Força Sindical São Paulo (SP): Centrais sindicais farão na quarta-feira ato contra juros As centrais sindicais Força Sindical, CUT, CTB, CGTB, NCST e UGT farão ato na quarta-feira (dia 18), às 10h, em frente ao Banco Central, em São Paulo, reivindicando a queda na taxa básica de juros. Vale lembrar que os membros do Copom (Comitê de Política Monetária) estarão reunidos amanhã e quarta-feira para decidir sobre a manutenção ou mudança na Taxa Selic. Vamos pressionar para que o Copom mantenha a política de redução da taxa Selic. Baixar os juros funciona como um estímulo para a criação de novos empregos e para o aumento da produção no País., afirma Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical. 5