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Transcrição:

MEMORIAL DESCRITIVO Histórico O Solar, antiga sede da fazenda do Barão de Muriaé, que foi construído por volta de 1844, tem profunda importância histórica, pois foi palco de marcantes acontecimentos em nossa região. Dentre esses acontecimentos destacamos as visitas do Imperador Dom Pedro II e os saraus de gala, onde em seus amplos salões dançava a aristocracia rural. Com a morte do Barão, sua viúva, D. Raquel, viveu ainda por muito tempo no solar, ficando o local conhecido como "Solar da Baronesa". Os detalhes presentes na arquitetura, de estilo colonial rural, são ricos em informações, e destacam a beleza da construção, que foi tombada pela IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1940. Em janeiro de 1975, a Academia Brasileira de Letras recebeu o solar e o terreno que o circunda, ficando a mesma responsável pela sua restauração e conservação. Hoje o Solar encontra-se desocupado e seu estado de conservação é ruim. Conceituação O Solar necessita de reparos em áreas como: Pisos, paredes, esquadrias e tetos, que sofreram com a ação do tempo e das intempéries. Como maiores intervenções, destacamos a retirada de duas paredes que não são originais da construção e a vedação, com estrutura removível diferenciada das paredes originais, para não haver um falso histórico, de alguns ambientes para um melhor funcionamento da ideia proposta. A retirada dessas duas paredes, que se localizam na área dos banheiros do piso superior, tem dois objetivos: um seria o retorno ao estado original do prédio, valorizando o detalhe de sanca em madeira existente, que foi interrompido com a construção das mesmas, e o outro seria a melhoria do layout, possibilitando a construção de novos banheiros coletivos, com melhor aproveitamento dos espaços e facilitando a acessibilidade. Aproveitamos também as tubulações de água e esgoto que já foram implantadas nesses ambientes na reforma anterior. A ideia inicial é a de sempre manter ao máximo a originalidade do prédio, adaptando o uso ao prédio existente e não adaptando o prédio ao uso, salvo as pequenas alterações de divisões de espaços, que serão em paredes desmontáveis e ou com sistema de correr; localizadas nas áreas de sala de aula, corredor de acesso e auditório pequeno, ambas no pavimento superior e no auditório grande, sala de exposição temporária três, circulação de funcionários e banheiro feminino próximo ao café, que ficam no pavimento inferior; que permitem o retorno ao estado original sem qualquer prejuízo ao patrimônio. Rampas metálicas desmontáveis serão propostas para área externa, facilitando a acessibilidade, tanto para o pavimento superior, na área de circulação entre

as salas de aula, quanto para o pavimento inferior, nas áreas do auditório grande e café. Uma plataforma elevatória facilitará o acesso interno entre o auditório grande e o café que se localizam no pavimento inferior. Um pequeno palco em madeira foi projetado para área externa do café, e um balcão de apoio para a área interna. No pavimento inferior foram previstas duas cozinha, sendo uma para dar apoio ao café e a outra funcionaria como copa e entrada de serviço para os funcionários. Ainda no pavimento inferior consideramos importante a construção de dois banheiros próximos ao café, sendo um masculino e outro feminino. Para a climatização, localizamos os compressores de ar condicionado em um dos cômodos no pavimento inferior. Extintores de incêndio serão localizados estrategicamente conforme projeto, e indicações com setas nos corredores mostrarão a saída mais próxima, para evacuação rápida e eficiente do prédio em casos de emergência. A iluminação dos cômodos será feita através de guias metálicas fixadas nas paredes e colunas, com spots de luz fixados nessas guias e distribuídos de forma que atendam as exigências lumínicas necessárias para o uso. Definição de Uso O uso será destinado para servidores públicos e alunos do Instituto Federal Fluminense (IFF) e eventuais visitantes e alunos de cursos temporários. Fazem parte do programa de uso, os seguintes ambientes: Pavimento Superior 01 Recepção; 01 Guarda volumes; 01 Sala de reuniões média com 12 lugares; 01 Sala de reuniões grande com 14 lugares; 01 Foyer com exposição de quadros; 01 Auditório médio com 54 lugares; 01 Auditório pequeno com 28 lugares; 01 Sala de leitura;

01 Sala de estudos; 01 Sala de arquivo; 01 Sala de digitalização com apoio ao almoxarifado; 01 Sala de administração; 01 Banheiro coletivo e acessível feminino; 01 Banheiro coletivo acessível Masculino; 02 Salas de exposição permanente; 01 sala de aula com 20 lugares; 01 sala de aula com 22 lugares; 01 sala de aula com 23 lugares; 01 sala de aula com 28 lugares; 01 Sala de informática com 16 lugares; 01 Centro de memória do IFF; 01 Centro de memória da Baronesa. Pavimento Inferior 01 Sala de ar condicionado (compressores); 03 Depósitos (pé direito reduzido H=1,50m); 01 DML (pé direito reduzido H=1,50m); 01 Almoxarifado (pé direito reduzido H=1,50m); 01 Banheiro feminino; 01 Banheiro Masculino; 01 Lanchonete - café; 01 Copa para funcionários; 01 Cozinha do café; 01 Sala do servidor; 01 Sala de cinema pequena; 01 Sala de máquinas; 01 Banheiro para funcionários; 01 Sala de exposições temporárias/ Auditório grande/ Teatro; 02 Depósitos pequenos (em baixo da escada); 01 Camarim com banheiro; 01 Foyer com plataforma elevatória.

Defesa da proposta De acordo com a Carta de Veneza a conservação dos monumentos exige manutenção permanente e essa conservação é sempre favorecida com uma destinação à sociedade. Portanto daremos esse uso ao Solar. Os espaços foram todos pensados e projetados para atender as necessidades dos servidores públicos do IFF e alunos, levando em consideração todas as questões práticas que envolvem o dia-a-dia dos usuários e principalmente levando em consideração a realidade de um solar com valor histórico. Com ambientes integrando-se e complementando-se conforme o uso, os setores ficaram bem definidos, tornando os espaços muito funcionais. Destacamos a importante solução encontrada para facilitar os acessos de pessoas com cadeiras de rodas, onde foi proposta a montagem de uma rampa metálica na lateral direita do prédio que liga o nível da rua ao nível do pavimento superior na área do patamar de acesso. Outra rampa metálica liga o nível da rua ao pavimento inferior na área da lanchonete-café. Uma terceira rampa segue toda a lateral esquerda do prédio, ligando o nível da rua ao pavimento inferior na área da sala de exposições temporárias/ Auditório grande/ Teatro. Por fim projetamos uma plataforma elevatória no foyer do piso inferior, que liga a sala de exposições temporárias/ Auditório grande/ Teatro a lanchonete-café, solucionando assim todos os problemas de acessibilidade existentes na edificação. Ao passar pela ampla recepção, que seria uma réplica de um ambiente de estar do antigo solar, tem-se a sensação de estar entrando no Solar da época de Baronesa de Muriaé. A recepção tem também acesso direto a um guarda volumes; ao foyer do auditório médio e auditório pequeno; e corredores, que tem ligação direta com o pátio descoberto interno, onde o usuário poderá circular livremente. Na sala de leitura funciona uma pequena biblioteca informal que permite acesso direto as duas salas de reunião, sala de leitura e sala de aula, tornando a prática da leitura uma experiência agradável. Para facilitar o trabalho na sala de digitalização, localizamos logo ao lado a sala de arquivos, permitindo acesso direto entre as mesmas. A administração fica em uma área central do edifício, permitindo uma ligação direta e rápida a todos os setores do prédio. Ao descer para o pavimento inferior pela escada principal, entramos na sala de exposições temporária, essa sala tem a funcionalidade de ser um pequeno auditório, um teatro e uma sala de exposições.

Da sala de exposições temporária é possível acessar o café, principal ponto da intervenção. Conta com uma cozinha de apoio, sanitários masculino e feminino. O prédio também conta com todo apoio aos funcionários, com um refeitório do piso inferior. Nesse andar também encontra-se as salas de máquinas, almoxarifado e depósito. Como princípio utilizamos a carta de Veneza como referencial quando nela escrita que a conservação dos monumentos exige manutenção permanente e a conservação é sempre favorecida com uma destinação à sociedade. Imagens Figura 1 - Café na parte descoberta Figura 2 - Café na parte descoberta Figura 3 - Café na área interna Figura 4 - Café na área interna Figura 5 Sala de Exposições Temporária Figura 6 Sala de Exposições Temporária

Figura 7 Sala de Estudo Figura 7 Sala de Leitura