Estudo sobre oportunidades de negócios de saúde para a população de baixa renda no Brasil. Principais Conclusões



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Transcrição:

Estudo sobre oportunidades de negócios de saúde para a população de baixa renda no Brasil Principais Conclusões

Índice I. Apresentação...1 II. III. Parceiros...2 Sobre o estudo...3 Metodologia...4 Critério de renda utilizado...5 Segmentos de atuação em serviços de saúde considerados...6 IV. Análise do mercado de saúde para a população de baixa renda...7 Estimativa do tamanho das populações-alvo no estudo...8 Características marcantes do mercado de saúde...9 Principais entraves do mercado de saúde...10 Principais oportunidades do mercado de saúde...11 V. Principais conclusões sobre a análise do mercado de saúde...12 VI. Oportunidades no mercado de saúde para a população de baixa renda...28 Oportunidades identificadas...29 Análise das oportunidades... 30

Apresentação Objetivos Identificar as oportunidades de negócios mais promissoras, em função da carência de oferta e das potenciais restrições regulatórias, nos setor de saúde para a população de baixa renda no Brasil (com foco nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco) Parceiros Coordenação do estudo: Potencia Ventures Concepção e execução: Prospectiva Negócios Internacionais & Políticas Públicas Apoio: Artemisia Negócios Sociais e Vox Capital Cronograma Janeiro a Maio de 2012 1

Parceiros Sobre a Potencia Ventures (www.potenciaventures.net) Instituição internacional sem fins de lucro que oferece capital financeiro e intelectual para o desenvolvimento de ecossistemas de negócios em mercados emergentes, cujos produtos e serviços contribuam para reduzir a pobreza no mundo. No Brasil, foi o primeiro investidor e principal parceiro estratégico na criação de diversas iniciativas-chave no campo dos negócios que servem a base da pirâmide no Brasil tais como Artemisia (www.artemisia.org.br) e Vox Capital (www.voxcapital.com.br) além de ter apoiado iniciativas de fortalecimento do ecossistema de negócios que servem a base da pirâmide na Argentina, Colômbia, Guatemala, Índia, México, Vietnã, África e Europa. Sobre a Prospectiva (www.prospectiva.com) Consultoria estratégica especializada em projetos relacionados a negócios internacionais, políticas públicas e regulatórias. Seu diferencial está em oferecer aos clientes análises que combinam as estratégias do negócio em questão com o conhecimento de ações governamentais que possam afetá-las. Atende empresas brasileiras e estrangeiras, associações empresariais, think tanks, organizações internacionais e órgãos governamentais. 2

Sobre o estudo

Metodologia 1 2 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS Compilação e análise de 31 estudos que tratam do tema da saúde no Brasil de diversos ângulos Bancos de dados do IBGE, DATASUS e IMS Health, base de dados Prospectiva, fontes secundárias de dados e notícias, e informações disponibilizadas pela Potencia, Vox e Artemisia Sistematização e análise dos dados e informações ENTREVISTAS Amostra de diversos atores do mercado de saúde: especialistas na oferta de serviços privados e/ou na atuação do setor público, empreendedores e gestores públicos e privados. Entrevistas por telefone e presenciais para entender características do mercado, barreiras e oportunidades Análise das informações coletadas 4

Critério de renda utilizado (número de salários mínimos por domicílio) Classe A (acima de 10 SM) Classe B (de 5 a 10 salários mínimos) Classe C (de 2 a 5 salários mínimos) Classe D (de 1 a 2 salários mínimos) Classe E (sem rendimento a 1 salário mínimo) A segmentação por classes neste relatório buscou se aproximar dos critérios adotados pelo Plano CDE. No entanto, para permitir o cruzamento de dados entre as diversas bases de dados, optou-se pela utilização de unidades de salários mínimos (SM) ao invés de valores monetários para segmentar as classes sociais. O fato de se comparar dados de um curto período (2008-10) minimiza os efeitos da inflação e do aumento do valor monetário do SM; o que faz com que esta aproximação seja aceitável para os fins deste estudo. 5

Seguros e planos de saúde / telemedicina / ehealth / Gestão e automação / Acesso à informação / Acompanhamento de doenças crônicas Segmentos de atuação em serviços de saúde Prevenção Variáveis transversais Cuidados pessoais* Vacinação Medicamentos preventivos Diagnósticos precoces Saneamento básico Higiene bucal *Nutrição, atividades físicas e etc. Atenção básica Acesso a médicos generalistas / pediatria / ginecologia Medicamentos de baixa complexidade Atendimento domiciliar / comunitário Procedimentos médicos hospitalares Exames de diagnósticos mais comuns Tratamento dentário Atenção de média complexidade Produção Distribuição Acesso à informação Acesso a médicos especialistas Medicamentos de média complexidade Procedimentos médicos hospitalares Exames de média complexidade Cirurgias dentárias Transporte: ambulância / translado Atenção de alta complexidade Internação Acesso a médicos especialistas Medicamentos de alta complexidade Procedimentos médicos hospitalares Exames de alta complexidade Transplantes e outras cirurgias Serviços de emergência 6

Análise do mercado de saúde para a população de baixa renda

Estimativa do tamanho das populações alvo do estudo SP, RJ, MG e PE A B C D E 152 milhões A B C D E 64 milhões 8

Características Marcantes do Mercado de Saúde na Base da Pirâmide O mercado de saúde para a base da pirâmide é pouco explorado, dado o baixo poder de consumo até anos recentes. A regulação, inexistente ou desatualizada, retém o desenvolvimento de alguns segmentos, como microsseguros e telemedicina; O grupo CDE tornou-se bastante heterogêneo em relação aos gastos em serviços de saúde. Vários serviços oferecidos pela iniciativa privada estão em uma faixa de preço acessível à classe C, mas pouco acessível às classes D e E; Apesar de todas as deficiências, o SUS ainda é a única porta de acesso a serviços de saúde à 67% da população da base da pirâmide; Medidas de prevenção, saúde e higiene bucal, controle de epidemias (em especial dengue), encaminhamentos a médicos especialistas e filas de espera para atendimento e cirurgias estão entre as principais deficiências do sistema público; As crianças e os adultos com mais de 50 anos são os grupos que mais demandam serviços de saúde. Essa condição se agrava na classe E, que possui maior número relativo de crianças; As doenças crônicas já são a principal causa de morte no Brasil e representam o novo desafio da saúde pública. 9

Principais Entraves ao Mercado de Saúde na Base da Pirâmide A ação da Associação Nacional de Saúde (ANS), no sentido de assegurar uma ampla garantia aos beneficiários de planos e seguros de saúde, impede o desenvolvimento de alternativas de menor custo, como os microsseguros; Pacientes das classes CDE estão cada vez mais frustrados com as restrições legais de acesso a, por exemplo, exames e medicamentos do SUS, quando solicitados por seus médicos privados. A necessidade de passar por um médico do SUS aumenta as filas de espera e acabam por diminuir o interesse dos pacientes em buscar serviço privado de saúde; Telemedicina, ehealth e mhealth ainda estão presos a regulação restritiva e esparsa, o que dificulta estruturar um plano de negócios que esteja 100% adequado à regulação; Governo ainda é pouco ágil para adquirir novos produtos e serviços em saúde, especialmente quando agregam tecnologias inéditas; Poucas empresas direcionam seus serviços ao público CDE; Depois do governo e suas agências, os Conselhos Médicos (federais e regionais) são aqueles que mais colocam restrições ao desenvolvimento de novas soluções em saúde, especialmente em questões de preço, propaganda e comercialização da profissão médica. 10

Principais Oportunidades do Mercado de Saúde na Base da Pirâmide A possibilidade de entes privados se conveniarem ao SUS, tendo seus serviços reembolsados por esse, abre a possibilidade de ofertar diversos serviços gratuitos para os usuários do grupo CDE, em especial os de maior custo e complexidade; A quase total universalização da telefonia celular e a probabilidade de que o mesmo ocorra com a TV Digital e internet permitem o desenvolvimento de novas soluções com potencial de atingir o público CDE; A atuação da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) em incubadoras e start-ups na área de saúde, algumas vezes com recursos não reembolsáveis, permite filtrar diversas oportunidades em negócios novos fora do radar O crescente interesse de planos de saúde e farmacêuticas pela base da pirâmide possibilita o surgimento de parcerias com empresas privadas (B2B) que agreguem valor aos planos e medicamentos focados neste público; Este estudo também identificou oportunidades concentradas nas seguintes áreas: Acesso a informação; Automação; Telemedicina e Telediagnósticos; ehealth & mhealth; Cuidados pessoais e gerenciamento de doenças crônicas; Acesso a medicamentos e consultas médicas; Prevenção e saúde bucal 11

Principais conclusões sobre a análise do mercado de saúde para a população de baixa renda

Doenças que mais afetam a população (mais prevalentes, que causam mais internação ou que mais levam a óbito) Doenças Crônicas As doenças crônicas com maior prevalência no país são: circulatórias (hipertensão e coração), coluna e reumatismo, e respiratórias (asma e bronquite). Apesar de ser uma das que mais mata, o câncer não aparece entre as doenças de maior prevalência nas pesquisas. Doenças & Pobreza Contradição Internações e Mortalidade Há uma clara correlação entre doenças infecciosas, falta de saneamento básico e pobreza. Dengue ainda atinge um número significativo de pessoas todos os anos. Saúde bucal é precária entre os idosos mais pobres. Segundo diferentes pesquisas, há uma contradição entre a auto-avaliação das pessoas sobre seu estado de saúde e o diagnóstico recebido, dado que várias pessoas não se sentem bem mas não têm diagnóstico positivo da doença. Esta contradição pode indicar que pessoas das classes CDE procuram por ajuda médica tardiamente e/ou são mal diagnosticadas pelos médicos que as atendem. Gravidez é a principal causa de internação pelo SUS. Em seguida aparecem as doenças do aparelho circulatório, respiratório e digestivo. As principais causas de morte no Brasil são doenças circulatórias, câncer e respiratórias; embora algumas doenças possam ser complicações pós-internação e não sua causa inicial. 13

Doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e políticas governamentais relacionadas Panorama brasileiro As DCNTs correspondem a 72% das causas de mortes, atingindo fortemente camadas pobres da população. Na última década, houve queda significativa na taxa de mortalidade, principalmente para doenças circulatórias e respiratórias crônicas. Esta redução é atribuída à expansão da Atenção Básica, melhoria da assistência e redução do tabagismo de 34,8% (1989) para 15,1% (2010). No entanto, as taxas de mortalidade por diabetes e câncer aumentaram. Obesidade como desafio Ações governamentais Oportunidades com o governo No Brasil, é crescente a preocupação do governo com o excesso de peso e a obesidade. A proporção de adultos com excesso de peso e obesidade cresceu de 29% em 1975 para 64% em 2008. O excesso de peso e obesidade infantil é ainda mais preocupante, com a incidência quadruplicando entre 1975 e 2008 (6% para 25%). Dado o impacto que as DCNTs têm para o orçamento do Min. da Saúde, o governo elaborou um Plano de Ações Estratégicas* que define ações e investimentos para deter estas doenças nos próximos dez anos. Por exemplo, ações de promoção à saúde e conscientização, organização da vigilância e uso da telemedicina. Considerando o engajamento do governo com ações preventivas para combate às DCNTs, verifica-se tanto a possibilidade de parcerias com o governo como também oportunidades no mercado privado, uma vez que, a população sob efeito das campanhas oficiais tenderá a procurar mais informação e ajuda profissional para melhorar seu estado de saúde e qualidade de vida. * Para mais detalhes, acesse o Plano de Enfrentamento das DCNTs: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1818 14

Saúde infantil Gravidez Adolescente Estados mais carentes no Norte e Nordeste ainda possuem proporção significativa de mães adolescentes (20-25%). Ações afirmativas de planejamento familiar do governo não estão sendo suficientes. Segundo especialistas, gravidez em adolescentes possuem maior risco. Mortalidade Infantil O índice de mortalidade infantil nacional caiu significativamente na última década. Porém, ainda é o dobro da taxa média dos países da OCDE. As principais causas de morte são: aferições no período perinatal, doenças respiratórias e infecciosas (e.g. de fácil prevenção). Vacinação O programa nacional de vacinação é um dos serviços públicos de saúde mais bem avaliados pela população e mais bem reconhecidos mundialmente. As campanhas nacionais do quadro de vacinas obrigatórias tem atingido uma cobertura próxima a 100% das crianças. Políticas Públicas A principal estratégia nacional de atendimento ao público infantil está inserida no Programa Saúde da Família, que prevê acompanhamento pediátrico. Dados do Ministério da Saúde indicam uma alta correlação positiva entre investimentos neste programa e redução da mortalidade infantil. Além deles, subsidiariamente existem o programa de Incentivo ao Aleitamento Materno e o Projeto Cegonha. 15

Gastos públicos e privados em saúde Comparativo Internacional Proporção de gastos públicos em relação aos gastos privados é menor no Brasil do que nos BRICS/MEX/ARG, assim como a proporção dos gastos em saúde em relação a outros gastos do governo. Em termos per capita, os gastos totais em saúde no Brasil estão em primeiro lugar com cerca de USD 780 em 2009. Gastos Públicos Orçamento do Ministério da Saúde em 2012 será de R$72bilhões. 50% dos gastos públicos são com serviços hospitalar e ambulatorial. Gasto público em saúde cresceu em termos nominais mas participação nos gastos federais diminuiu. Regiões Sul e Sudeste recebem mais recursos per capita. Gastos Privados Há grandes diferenças regionais no perfil de gastos e no total de gastos em função da renda das famílias. Os gastos totais com saúde não crescem de forma proporcional ao aumento da renda. Quanto menor a renda, menor os gastos com planos e maior com medicamentos. Gastos relativos com seguro saúde são maiores em MG e RJ. Gastos com Medicamentos Mercado farmacêutico privado cresceu aproximadamente 4 vezes entre 2003-2011. Programas governamentais de distribuição de medicamentos de baixa complexidade a baixo custo para a população da base da pirâmide cresceram, principalmente no Sul e Sudeste, mas cobertura ainda é baixa (cerca de 10%). 16

Gestão, compras públicas e terceirização Recursos Descentralização torna estados e municípios responsáveis pela maior parte do gasto público em saúde. Estes entes possuem autonomia, mas devem cumprir certas diretrizes federais. Parte significativa deste gasto está comprometida com folha de pagamento e pagamento de prestadores de serviços clínicos aos prestadores privados. Responsabilidades Oferta de equipamentos e serviços nãoclínicos ao SUS Terceirização da Gestão das Unidades do SUS Acordos e pactos entre os gestores das 3 esferas de governo definem as responsabilidades de cada ente federativo. Em geral, cabe aos municípios prover os serviços de saúde, com coordenação estadual e normatização federal. São serviços de suporte às atividades fim dos órgãos de saúde (e.g. consultorias, informática, manutenção de produtos e equipamentos diversos e de saúde). Em geral requerem investimento menor e há mais oportunidades. Porém, por seguir a lei de licitações não há tabela pré-fixada de valores de contratação. Podem demandar negociações prévias com os gestores para geração de interesse pelo produto/serviço. Há iniciativas para transferir a gestão das atividades de saúde pública à organizações sem fins lucrativos (OS e OSCIP). Já as organizações com fins lucrativos podem construir, reformar e em contrapartida gerir atividades não clínicas (e.g. alimentação, segurança) de hospitais localizados no estado de SP e BH, ou assumir a gestão completa daqueles localizados no estado da BA. Oferta de Serviços Clínicos para o SUS Oferta privada de serviços de saúde ao SUS (em troca de uma remuneração préestabelecida) é um dos maiores nichos de oportunidades com o governo pelo alto valor consumido. Porém, em geral, demandam escala e alto investimento inicial (e.g. hospitais privados onde internação dos pacientes é paga pelo SUS). 17

Inventário de serviços cobertos pelo SUS Recursos insuficientes e má gestão O sub-financiamento do setor somado à falta de formação gerencial dos profissionais e a ausência de sistemas integrados de informação e gestão, têm resultado em elevados índices de insatisfação popular com relação ao SUS. O modelo de incentivo por transferência de recursos da União aos municípios já está se esgotando, com os municípios chegando ao limite permitido por Lei de gastos com folha de pagamento. Leitos Médicos e outros profissionais de saúde Principais reclamações Outras deficiências Apesar do aumento do número de leitos públicos e privados, a taxa de leitos por habitantes diminuiu no Brasil e nos 4 estados selecionados. Com exceção da região Sul, o resto do país não atinge a taxa de leitos por habitante recomendada pela OMS (2,5 a 3 leitos por 1.000 hab.). Postos de trabalho (médicos e outros profissionais da saúde) se concentram nos grandes centros urbanos e no setor privado. As estruturas do SUS de SP e RJ conseguem manter um número de postos de trabalho médico próximo ao do setor privado. Governo e Conselhos Médicos discutem atualmente como fixar médicos no interior; o interior de PE e norte de MG possuem menos de 1 médico por 1.000 hab. As principais deficiências do SUS segundo a população usuária são a ausência e má qualidade de serviços de urgência e emergência, a má qualidade do atendimento nos centros e/ou postos de saúde e a falta de médicos especialistas. Há evidências que a falta de medicamentos e longas filas de espera para marcar consultas e agendar cirurgias também são problemas importantes. Serviço especializado está concentrado no setor privado, tanto em termos de hospitais e clínicas existentes como em número de médicos especialistas. Por exemplo, há quase o mesmo número absoluto de fisioterapeutas e cirurgiões dentista no SUS e no setor privado. Disponibilidade de equipamentos para exames e diagnósticos também é maior no setor privado. 18

Negócios complementares ao SUS Mercado de Seguros Apesar do crescimento do número de beneficiários de planos de saúde, cerca de 85 a 93% da classe DE ainda está descoberta. Nordeste e Sudeste reúnem os estados com maior número absoluto de pessoas não cobertas por plano de saúde, e portanto com maior potencial de mercado para serviços privados de saúde. Do lado da oferta, as seguradoras e operadoras de planos estão cada vez mais concentradas. Microsseguros Cartões de Saúde ehealth / mhealth Telemedicina A regulação da ANS proíbe que os planos privados de saúde excluam doenças prévias ou façam cálculos baseados no risco individual, exigindo uma cobertura mínima de procedimentos. Porém, algumas seguradoras estão oferecendo serviços de reembolso em farmácias e clínicas. Existem vários fornecedores de cartões de desconto e cartões pré-pagos no Brasil que oferecem descontos em médicos, clínicas, hospitais, laboratórios, etc. As principais limitações deste tipo de modalidade de pagamento são: serviços de alta complexidade permanecem inacessíveis, oposição da ANS e dos Conselhos Médicos, além da incerteza regulatória. Estão surgindo novas tecnologias baseadas em plataformas web, mobile e TV Digital. A maior parte delas chega às classes CDE quando financiada por terceiros (planos de saúde, farmacêuticas, etc.). As classes DE e pessoas mais afastadas dos grandes centros têm mais dificuldade de acesso a tecnologias. Pauta-se pela relação entre médicos para aprimoramento profissional e discussão ou resolução de casos clínicos. Por telefone, é permitido apenas orientações em emergências e esclarecimento de dúvidas simples para pacientes regularmente assistidos pelo médico orientador. Consulta presencial permanece insubstituível. Ainda não há uso de tecnologia por médicos do SUS localizados no interior para se comunicar com médicos mais experientes nas capitais. 19

Seguros e planos de saúde tiveram alto crescimento nas classes CDE Ano de fundação: 1979 Local: Fortaleza, Ceará Carteira de associados (2011): 1,8 milhão Faturamento (2010): R$ 754 milhões Receita média mensal por associado: R$ 39,46 Oferta de serviços: médicos e odontológicos Região de atuação: 11 estados nas regiões Norte e Nordeste Infraestrutura de saúde (2011): 20 hospitais; 12 pronto socorros; 53 centros médicos; Diagnóstico por imagem e laboratórios de análises clínicas Ano de fundação: 1968 Local: São Paulo, SP Carteira de associados (2011): 4 milhões Faturamento (2010): cerca de R$ 2 bilhões Receita média mensal por associado: R$ 56,11 Oferta de serviços: médicos e odontológicos Presença: Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste (com predominância no estado de SP) Infraestrutura de saúde (2011): - 9 hospitais; 9 pronto socorros; 85 centros clínicos; 5 maternidades Fonte: ANS, sites das operadoras e press clipping; elaborado por Prospectiva Características de operadoras de planos de saúde populares Foco em estados de forte dinamismo econômico Desenho de planos mais acessíveis e menos burocráticos Maior diversidade de pontos de vendas Investimentos em rede própria de hospitais (permite ter previsibilidade de custos e, com isso, há possibilidade de redução nos preços) Investimentos em tecnologia. (e.g. com um sistema interligado de totens de autoatendimento espalhados pelas cidades, que permite a marcação de consultas, exames e outros serviços, a empresa reduziu gastos com funcionários) Para reduzir custos com futuras internações, as operadoras têm trabalhado com ações preventivas para pacientes de doenças crônicas e gestantes. Há projetos que inclusive premiam beneficiários que adotarem programas de prevenção. Planos populares tem incluído a coparticipação, na qual o beneficiário desembolsa uma determinada quantia em alguns atendimentos, permitindo assim custos menores. Especialização para atender pessoas com determinadas tipos de doenças e estrutura regionalizada, com hospitais e centros médicos, de acordo com as necessidades do público atendido. 20

or outro lado, há entraves regulatórios no caso de microsseguros: Pontos contemplados pelo Marco regulatório Marco regulatório Lei 9.656/1998, regula os planos e seguros de saúde Lei n 9.961/ 2000, cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar Legislação complementar: resoluções ANS, Requisitos para operadoras de saúde (empresas) Autorização de funcionamento Regras de operação sujeitas à intervenção e liquidação Exigência de garantias financeiras Profissionalização da gestão Assistência à saúde e acesso (produtos) Qualificação da atenção integral à saúde (rol de procedimentos que devem ter cobertura mínima obrigatória) Proibição da seleção de risco Proibição da rescisão unilateral dos contratos Definição e limitação de carências (art. 11 / Lei 9656/1998) Rol de eventos não cobertos (art. 10 / Lei 9656/1998) Reajustes controlados Não há limites para cobertura para consultas médicas e fisioterápicas, exames CDE. e número de A Lei 9.656/1998 que regula planos/ seguros de saúde inviabiliza a estruturação de microsseguros em saúde para atender demandas específicas das classes dias em internações, mesmo em leitos de alta tecnologia (UTI/CTI). Modelo de atenção com foco em ações de promoção à saúde e prevenção de doenças Regras mais claras para os contratos Fonte: ANS; elaborado por Prospectiva 21

Cartões para Saúde Cartões de Desconto Funcionamento: por meio de uma anuidade, cliente acessa uma lista de médicos, clínicas, hospitais e laboratórios que oferecem serviços com desconto. O pagamento é feito diretamente pelo cliente ao prestador de serviço. Pontos positivos: anuidade de baixo custo, cliente obtém desconto e faz desembolsos apenas conforme custo. Pontos negativos: mesmo com desconto, serviços de alta complexidade permanecem inacessíveis; oposição da ANS e dos Conselhos Médicos; posicionamento de alguns players similar ao dos planos de saúde desfavorece o setor. Principal impeditivo é a Res. 1649/2002 do Conselho Federal de Medicina que considera infração ética a associação ou referenciamento de médicos a qualquer empresa que faça publicidade de descontos sobre honorários médicos (cartões de desconto são citados). Cartões Pré-Pagos Funcionamento: cliente adquire cartão com um valor de carga mínimo em um ponto de venda. Com este valor e recargas posteriores o cliente paga por produtos e serviços de saúde nos estabelecimentos profissionais conveniados a preços previamente tabelados. Pontos positivos: Controle dos gastos e obtenção de preços menores por tabelas de preços diferenciadas. Pontos negativos: custos dos serviços de alta complexidade permanece impeditivo; oposição da ANS e incerteza regulatória. Riscos se propaganda o associar a um plano de saúde. Possuem uma associação chamada ABRAPS (Associação Brasileira de Autoprogramas de Saúde), que diz defender os interesses das empresas de sistemas de pagamento antecipado, mas empresas de cartões de desconto também estão em seus quadros. 22

Disponibilidade da TV Digital como canal de serviços para classe CDE Em outubro de 2011, 480 municípios (11,6% do total) e 87,7 milhões de pessoas (46% da pop.) já dispunham de acesso a ao menos um canal digital. Em âmbito estadual, a disponibilidade de acesso à TV digital à população é : Pernambuco (42%), Minas Gerais (26%), Rio de Janeiro(68%) e São Paulo (71%). Não há dados sobre o total de conversores digitais / televisores com a tecnologia embutida vendidos nos últimos anos, o que não permite aferir o total da população que efetivamente dispõe do equipamento que permite receber o serviço. Para o uso das aplicações é necessário que os conversores ou televisores tenham instalado ou um software do fabricante do televisor ou o Ginga (plataforma gratuita para geração de aplicativos apoiada pelo governo). Em 2013, 75% dos televisores produzidos no Brasil devem ter o Ginga instalado. Percentual que subirá para 90% em 2014 No atual estágio tecnológico, os televisores recebem informações, mas não as enviam. O usuário poderá ter acesso a dados sobre o SUS e receber alertas, mas não poderá marcar consultas, por exemplo. Para isto serão necessárias adaptações técnicas para que os televisores se conectem a internet para transmitir dados. Também dependerá do sucesso do Plano Nacional de Banda Larga. O sinal analógico será definitivamente encerrado em 2016, quando apenas o sinal digital será disponibilizado. Primeiras aplicações desenvolvidas pelo CPqD para TV Interativa: PrevidênciaFácil (acesso ao INSS): IncluaSaúde (marcação de consultas no SUS) e ProcuraEmprego (busca de oportunidades de trabalho) A expectativa do governo é de que até 2016 todos disponham de acesso a TV Digital e recebam informações pela plataforma Ginga. Todavia, interatividade bidirecional (envio e recebimento de informações) depende de outros fatores, como sucesso do Plano Nacional de Banda Larga. 23

Inclua saúde: Sistema de agendamento de consultas no SUS através da TV digital Um pacote de aplicações e componentes de software para TV digital baseados na plataforma Ginga serão disponibilizados ao governo a partir de março de 2012. A previsão é de que a partir de 2013, estas aplicações estejam disponíveis nos novos aparelhos de televisão vendidos no Brasil. Na área de saúde está previsto o lançamento do Inclua Saúde, aplicação que permite agendar consultas em postos de saúde a partir da tela da TV. O público-alvo são as pessoas das classes C, D, E, que não têm acesso a PCs e, muitas vezes, não estão familiarizadas com computadores. Este conjunto de aplicações estão sendo desenvolvidos pelo CPqD desde 2008 como parte do Projeto Serviços Multiplataforma de TV Interativa (SMTVI), sendo financiados com recursos do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e do Ministério das Comunicações. Durante o período de execução do projeto (2008-2012), os recursos direcionados pelo CPqD para o Projeto SMTVI totalizaram R$ 16 milhões. 24

Siga Saúde: sistema integrado de gestão do atendimento em saúde Desenvolvido e implantado pela Secretaria Municipal de Saúde em 2005. Esta solução automatiza a agenda local nos estabelecimentos de atenção básica e permite a consulta on-line do Histórico de Atendimentos dos Pacientes. Além disso, controla o processo de Autorização de Procedimentos de Alto Custo e cria uma Central de Regulação para Marcação de Consultas e Exames Especializados, entre outras funcionalidades. Em linhas gerais, trata-se de uma ferramenta única para cadastramento de usuários (pacientes) totalmente integrada com os padrões do Cartão Nacional de Saúde. O SIGA Saúde foi desenvolvido pela Fundação Atech e sua incubada Vidatis, empresa que atua no setor de saúde fornecendo software e sistemas informatizados e automatizados de gerenciamento do setor. Atualmente, é considerado um dos sistemas de gestão da saúde pública em fase mais avançada de desenvolvimento, tanto que em abril de 2011 o Ministério da Saúde assinou um termo de cooperação com a Prefeitura de São Paulo para tornálo software padrão para a gestão dos recursos e serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os municípios brasileiros. 25

Definições de ehealth, mhealth e Telemedicina Telemedicina - Uso de informações médicas enviadas de um lugar para outro via comunicação eletrônica para melhorar o estado de saúde do paciente. Serviços incluídos: referências de especialistas, consultas e monitoramento remoto de pacientes, educação médica e informações médicas e de saúde para consumidores. (Fonte: Associação Americana de Telemedicina). Telemedicina no Brasil - Exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde. A responsabilidade profissional do atendimento cabe ao médico assistente do paciente. (Fonte: Resolução 1643/2002 CFM). Nota: A Telemedicina no Brasil exige a presença de um médico assistente junto ao paciente. ehealth - Uso das tecnologias da informação e comunicação para saúde. Exemplos incluem tratamento de pacientes, condução de pesquisas, educação da força de trabalho em saúde, rastreamento de doenças e monitoramento de saúde pública (Fonte: OMS). mhealth - Prática médica ou de saúde pública apoiada por aparelhos móveis, tais como telefones celulares, aparelhos de monitoramento de pacientes, assistentes pessoais digitais (PDA s), entre outros aparelhos de conectividade sem fio. (Fonte: Global Observatory for ehealth OMS). 26