DIREITO PENAL MILITAR MILITAR RETA FINAL CFO PMMG

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Transcrição:

MILITAR RETA FINAL CFO PMMG JOÃO PAULO LADEIRA AULA 11

CONCURSO DE AGENTES Crimes Unissubjetivos: Crimes Plurissubjetivos TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS 1 Teoria Monista (Monística ou Unitária ou Igualitária) QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: O Código Penal Milit (CPM), ao estabelecer a relação de causalidade no crime, adotou o princípio da equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, o qual se contrapõe à teoria monista adotada pelo mesmo código quanto ao concurso de pessoas. Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre pa o crime incide nas penas a este cominadas. QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: O CPM, ao estabelecer que aquele que, de qualquer modo, concorrer pa o crime incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em matéria de concurso de agentes, a teoria monista. 2 Teoria Dualista Autor X Ptícipe 2

Art. 149. Reunirem-se milites ou assemelhados: I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência; III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra superior; IV - ocupando qutel, fortaleza, senal, fáica ou estabelecimento milit, ou dependência de qualquer dêles, hang, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura milit, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, pa ação milit, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina milit: Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um têrço pa os cabeças. Art. 155. Incit à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime milit: Pena - reclusão, de dois a quatro anos. Págrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lug sujeito à administração milit, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no tigo. 3 Teoria Pluralista Corrupção passiva Art. 308. Receber, pa si ou pa outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela vantagem indevida, ou aceit promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de dois a oito anos. 3

Corrupção ativa Art. 309. D, oferecer ou prometer dinheiro ou vantagem indevida pa a prática, omissão ou retdamento de ato funcional: Pena - reclusão, até oito anos. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS: A) Pluralidade de pessoas e de condutas B) Relevância causal de cada conduta C) Liame subjetivo ou psicológico entre as pessoas D) Identidade de infração penal COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE CONDIÇÕES PESSOAIS Condições ou circunstâncias pessoais Art. 53, 1º: A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as condições ou circunstâncias de cáter pessoal, salvo quando elementes do crime. Elementes: QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou circunstâncias de cáter pessoal, exceto quando elementes do crime, o que significa dizer que responde 4

por crime comum a pessoa civil que, juntamente com um milit, cometa, por exemplo, crime de peculato tipificado no CPM. OFENSA AVILTANTE A INFERIOR - Concurso de agentes - Co-autor estranho à Creira Milit - Irrelevância. I - Circunstâncias elementes do crime consistentes na condição de milit e de superior que se comunicam. II - Aplicação do t. 53, 1º, "in fine", do CPM. III - Recurso provido pa, desconstituindo-se a Decisão atacada, receber-se a Denúncia na pcela relativa à subsunção da conduta, em tese, do Funcionário Civil denunciado ao t. 176, do CPM, determinando-se a baixa dos autos à origem pa o prosseguimento do Feito. IV - Decisão unânime. 2000.01.006744-8 UF: RJ Decisão: 14/09/2000 Proc: RSE(FO) - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (FO) Cód. 320. STM. HC 81438 / RJ - RIO DE JANEIRO HABEAS CORPUS Relator(a): Min. NELSON JOBIM Julgamento: 11/12/2001 Órgão Julgador: Segunda Turma EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME MILITAR. DENÚNCIA. ATIPICIDADE. CONCURSO DE AGENTES. MILITAR E FUNCIONÁRIO CIVIL. CIRCUNSTÂNCIA DE CARÁTER PESSOAL, ELEMENTAR DO CRIME. APLICAÇÃO DA TEORIA MONISTA. Denúncia que descreve fato típico, em tese, de forma circunstanciada, e faz adequada qualificação dos acusados, não enseja o trancamento da ação penal. Embora não exista hierquia entre um sgento e um funcionário civil da Minha, a qualidade de superior hierárquico daquele em relação à vítima, um soldado, se estende ao civil porque, no caso, element do crime. Aplicação da teoria monista. Inviável o pretendido trancamento da ação penal. HABEAS indeferido. PARTICIPAÇÃO Teoria Adotada pelo Código Penal Milit 5

Impunibilidade na Pticipação Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. CABEÇAS Art. 53 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial. QUESTÃO: DPU/2007: Embora o CPM tenha se filiado à teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non), consideramse cabeça, nos crimes de autoria coletiva necessária, os oficiais ou inferiores que exercem função de oficial. QUESTÃO: DPU/2001: O oficial milit que, em concurso com praças, vier a pratic um crime de autoria coletiva necessária não será considerado cabeça somente em decorrência do princípio da hierquia com os inferiores 6