O Cenário (on line) nos cursos a distância NEAD/UFMT 1 : Um estudo da linguagem cognitva



Documentos relacionados
A Nova Relação com o Saber: Educação e cibercultura, segundo Pierre Lévy

Tecnologias e tempo docente

USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

PROPOSTA PARA MINIMIZAÇÃO DA EVASÃO ESCOLAR COM O USO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACCAMP - FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA COMUNICAÇÃO E REDES SOCIAIS

ENSINO DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL EM DIFERENTES ESPAÇOS EDUCATIVOS USANDO O TEMA DA CONSERVAÇÃO DA FAUNA AMAZÔNICA.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COMO UM INSTRUMENTO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ

FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN INTERVENÇÃO EDUCATIVA INSTITUCIONAL PROJETO PSICOPEDAGÓGICO

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS: A GESTÃO DAS DIFERENÇAS LINGUÍSTICAS

Profa. Ma. Adriana Rosa

SISTEMA DE ATENDIMENTO ELETRÔNICO NA EAD: A EXPERIÊNCIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Maringá, PR abril/2012

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

Desafios para a gestão escolar com o uso de novas tecnologias Mariluci Alves Martino

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: uma tecnologia na formação de professores em IES pública e privada em Pernambuco-Brasil.

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

Educação a distância: sobre discursos e práticas

O USO DO TANGRAM EM SALA DE AULA: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO

profunda. São questões que nortearam a pesquisa: Como o aluno se percebe no processo de interatividade do curso? Como se dá o acesso ao conhecimento?

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

O ENSINO A DISTÂNCIA EM GEOGRAFIA NA UNIMONTES: UM ESTUDO DE CASO

RVCC ESCOLAR BÁSICO GUIA DE APOIO

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

TÍTULO: CAPITAL INTELECTUAL E GESTÃO DO CONHECIMENTO: OS DESAFIOS DOS GESTORES DE RECURSOS HUMANOS DIANTE DOS NOVOS CONTEXTOS DE GERENCIAMENTO

MANUAL DO ALUNO GRADUAÇÃO MODALIDADE SEMIPRESENCIAL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

A MEMÓRIA DISCURSIVA DE IMIGRANTE NO ESPAÇO ESCOLAR DE FRONTEIRA

O PROJETO RECUPERAÇÃO LÚDICA E AS CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PEDAGOGIA DA UFGD

REDU: UM AMBIENTE VIRTUAL COLABORATIVO PARA ENSINO DE PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO. Porto Nacional TO Maio 2012

GENOVEVA RIBAS CLARO, GISELE DO ROCIO CORDEIRO, MARINICE NATAL JUSTINO, MÔNICA CAETANO VIEIRA, REGINA CELIA PINHEIRO DE MORAES

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

CAPÍTULO I DAS DIRETRIZES DO CURSO

DESAFIOS DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM PARINTINS-AM.

Internet e leitura crítica das mídias para surdos

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

TECENDO REDE: UM OLHAR PARA O TRABALHO DO DESIGNER INSTRUCIONAL. Fortaleza 15/05

O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL NA MODALIDADE A DISTÂNCIA NO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DA UFRPE

Tarcia Paulino da Silva Universidade Estadual da Paraíba Roseane Albuquerque Ribeiro Universidade Estadual da Paraíba

Elaboramos muitas soluções para problemas que não são concretos e continuamos sem soluções para os problemas concretos das redes de ensino.

Direito a inclusão digital Nelson Joaquim

Contribuição das Tecnologias da Informação e Comunicação no Processo Ensino-Aprendizagem

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

OS SABERES PROFISSIONAIS PARA O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ESCOLA

PEDAGOGO E A PROFISSÃO DO MOMENTO

PLANO INSTITUCIONAL DE CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA EAD

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VISUAIS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS.

Transformando a prática docente

escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 2, Edição 4, Ano EAD E O PROCESSO AVALIATIVO: BREVE ENSAIO SOBRE UMA PEDAGOGIA EM CONSTRUÇÃO

Marcos Paulo SANCHEZ 2 Ruy GUERIOS 3 Mauro Roberto Claro de SOUZA 4. Faculdade Eniac, Guarulhos, SP

O MOODLE COMO FERRAMENTA DIDÁTICA

Curso de Pedagogia Ementário da Matriz Curricular

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ANÁLISE DO PLANO DE AULA

EMENTAS DAS DISCIPLINAS OFERECIDAS NO CURSO DE PEDAGOGIA Catálogo 2012

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

MEU MUNDO INTEGRADO: ELABORAÇÃO DE VÍDEO EDUCATIVO SOBRE O PERCURSO DO LÁPIS

ESPAÇO INCLUSIVO Coordenação Geral Profa. Dra. Roberta Puccetti Coordenação Do Projeto Profa. Espa. Susy Mary Vieira Ferraz RESUMO

ESCOLA ESPECIAL RENASCER- APAE PROFESSORA: JULIANA ULIANA DA SILVA

Universidade Estadual de Roraima Mestrado Acadêmico em Educação Teoria de Aprendizagem e Cognição

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ SILVIA APARECIDA RAMOS SUELLEN RODRIGUES EDUCAÇÃO MATEMÁTICA A DISTÂNCIA: ESTUDO DE CASO GTR

Sessão 4: Avaliação na perspectiva de diferentes tipos de organizações do setor sem fins lucrativos

TUTORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Maria Teresa Marques Amaral. Introdução

Uso da Telefonia Móvel: Uma Ferramenta de Interação para a Aprendizagem a Distância

Dispõe sobre o atendimento educacional especializado aos alunos identificados com altas habilidades ou superdotados no âmbito do Município de Manaus.

Projetos Interdisciplinares Por quê? Quando? Como?

TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO CONTEXTO TECNOLÓGICO: DESAFIOS VINCULADOS À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MELQUÍADES VILAR

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

Secretaria Municipal de Educação Claudia Costin Subsecretária Helena Bomeny Instituto Municipal Helena Antipoff Kátia Nunes

SEM AULAS? E AGORA?... JOGOS MATEMÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE VALORIZAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR

FORMULÁRIO DE EXTENSÃO

Apresentação. Estrutura Curricular

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

A PRÁTICA DE JOGOS PARA A INTERIORIZAÇÃO DOS NOMES DE CAPITAIS E ESTADOS DO BRASIL NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Nivelamento Português. Prof. Renata Paula de Oliveira

O USO DO QR CODE NO ENSINO DA GEOGRAFIA

CURIOSIDADE É UMA COCEIRA QUE DÁ NAS IDÉIAS

FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE RESUMO

Comunidade WebQuest Brasil Prof. MSc. Gílian Cris. WebQuest. Ferramentas para produção, pesquisa e disponibilização.

REFLETINDO SOBRE A ESCRITA NA EaD: APONTAMENTOS A PARTIR DA LEITURA DE UMA OBRA AUDIOVISUAL E OBSERVAÇÃO ESCOLAR*

Os cinco subsistemas de Gestão de Pessoas

ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME.

Palavras chave: Formação de Professores, Tecnologias Assistivas, Deficiência.

PLANO DE TRABALHO TÍTULO: PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA DAS CRIANÇAS

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N , DE 27 DE FEVEREIRO DE 2013

LEVANTAMENTO SOBRE A POLÍTICA DE COTAS NO CURSO DE PEDAGOGIA NA MODALIDADE EAD/UFMS

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Palavras-chave: Educação Física. Ensino Fundamental. Prática Pedagógica.

POR UMA EAD INCLUSIVA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES.

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

O Poder das Exposições no século XXI

RELATÓRIO MESA REVOLVER DESIGN (PESQUISA)

SOFTWARE EDUCACIONAL: RECURSO PEDAGÓGICO PARA MELHORAR A APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

Formulário de Aprovação de Curso e Autorização da Oferta. PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO Formação Continuada em Ferramentas e-learning

Transcrição:

O Cenário (on line) nos cursos a distância NEAD/UFMT 1 : Um estudo da linguagem cognitva Lúcia Helena Vendrúsculo POSSARI² Rosemeire Pereira de OLIVEIRA³ Universidade Federal de Mato Grosso, Mato Grosso, MT Resumo O NEAD Núcleo de Educação a Distância da Universidade Federal do Mato Grosso ganhou dimensões maiores no cenário regional em 1995, com o curso de Licenciatura Plena em Educação Básica: 1ª a 4ª série na modalidade a distância. Este curso surgiu a partir de um diagnóstico feito sobre a educação pública no estado de Mato Grosso, esta foi a primeira experiência de um curso de graduação na modalidade a distância. Podemos considerar que este novo modo de aprendizagem, que envolve os meios midiáticos, suscitou o estudo sobre os novos paradigmas educacionais, pois envolve uma série de discussões acerca da inclusão das camadas populares à educação, a troca de saberes populares e a linguagem sêmio-discursiva, nos cursos de EAD. Este trabalho tem por objetivo mostrar qualitativamente que, com a mudança dos processos educacionais, fez-se necessário o estudo de novas linguagens no cenário (on line) dos cursos a distância NEAD/UFMT, desenvolvendo uma nova cultura ao estudante, fazendo do estudante/cursista um autônomo em busca do conhecimento. Palavras-chave : Cibercultura; ensino a distância; comunicação. Ao desafiar o novo contexto histórico, com a quebra do paradigma educacional (Moraes,1997), para acompanhar o fragmento do pensamento do homem contemporâneo, que absorve múltiplas informações, signos e significados, fez-se necessário o uso da tecnologia e dos processos midiáticos. Como cenário deste novo contexto de aprendizagem, o ciberespaço é também o grande articulador para a aquisição de uma nova linguagem cognitiva e interativa do sujeito (estudante), isto é, uma nova cultura. 1 Trabalho apresentado no GT Cibercultura e Tecnologias da Comunicação, do Iniciacom, evento componente do IX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste. ² Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Comunicação Social /Rádio e TV, da UFMT, email: luciahvp@hotmail.com. ³ Aluna do 6º semestre do curso de Comunicação Social / Rádio e TV, da UFMT, email: rose.pop@hotmail.com. 1

Para Lévy: Quanto ao neologismo Cibercultura, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais) de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.(lévy,1999,p.17) Este modo de aprendizagem não fica somente no âmbito imersivo da cibercultura, pois como cita Lévy envolve também práticas de atitudes, de modos de pensamentos; que no primeiro momento classifico-as como interatividade (dialógica), pois faz-se necessária para que a prática da aprendizagem a distância aconteça. O autor elucida sobre a nova relação com o saber: as constantes transformações da contemporaneidade, cujas informações, dos modos de saber mudam rapidamente. (...) Pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no seu início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira.(lévy,1999,p.157) Daí a importância de se aprender sobre os novos processos midiáticos e sua interferência no contexto atual, cuja demanda, troca de informações e conhecimento, acontece de forma acelerada. O ciberespaço e suas interfaces constituem um complexo meio no qual já não fica mais no campo da virtualidade, fazemos parte de uma cadeia cujo rizoma de conhecimento e informações agregam além do subjetivo, material, artificial, signos e significados agora também técnico. Possari, (1999, p.45) cita que, quando ao processo de interação, se mediado pelas tecnologias de rede, menos que considerá-lo desumanizante, deve-se considerá-lo, como afirma Cardoso Para além da funcionalidade econômica ou prática dos objetos técnicos, entra em jogo a trama concreta da vida cotidiana(...). As máquinas encontram-se envolvidas pela trama dos investimentos subjetivos que as elevam ao nível da presença sociocultural, transcendendo o destino de serem meros objetos destituídos de qualquer outro significado.... a técnica não existe independente de seu uso... O percurso apronta na direção de uma convergência do exterior ao corpo para o interior ao corpo, no sentido de tornar parte integrante do corpo as extensões do homem da proposta de Mc Luhan. (Possari, 2005,pág 93) 2

O leitor imersivo : da Cognição emergente ao método semiológico O processo de entendimento do leitor imersivo não fica somente no estudo do ciberespaço-sujeito-material, o estudo da semiologia é fundamental para entender o processo de cognição dos estudantes do NEAD/UFMT. Entende-se por leitor imersivo aquele usuário (estudante) que assimila e domina os processos de leitura e linguagem midiáticas. Trata-se, na verdade de um leitor implodido cuja subjetividade se mescla na hipersubjetividade de infinitos textos num grande caleidoscópio tridimensional onde cada novo nó e nexo pode conter uma outra grande rede numa outra dimensão. Enfim, o que se tem aí é um universo novo que parece realizar o sonho ou alucinação borgiana da biblioteca de Babel, uma biblioteca virtual, mas que funciona como promessa eterna de ser tornar real a cada clique do mouse.(santaella 2004,p.33) A cognição deste tutor/estudante também acontece na interpretação dos modos de convenção dos signos lingüísticos. Isto acontece tanto nos hipertextos o qual se abre a partir de uma palavra chave, quanto ao significado e interpretação na (convenção) que este (leitor) dá a leitura. Para isto leva-se em conta seu referêncial histórico, neste caso estudantes do NEAD/UFMT, cuja formação e capacitação é a de tutores/alunos. Segundo Penn,p.320 (...) A língua é, pois convencional, uma instituição social que o falante individual tem pouco para mudar. A convenção dos significados é necessária para que haja compreensão do signo escolhido. O interlocutor e o sujeito neste caso o texto e o tutores/alunos do NEAD/UFMT; sem a compreensão da convenção e ou significado, não acontece o dialogismo pois não há compreensão de uma das partes. O sentido de um termo é delimitado pelo conjunto de termos não escolhidos e pela maneira como os termos escolhidos são combinados entre eles, a fim de criar um conjunto significativo.(penn,p.321) Abordamos a importância das convenções dos símbolos e signos usados nos processos midiáticos pois tornaram chaves para o leitor imersivo, são: hipertextos, interfaces,hiperdocumentos, ciberespaço entre outros. 3

As simulações assim como os hipertextos e chats colocam em prática os significados adquiridos através dos signos convencionados da cibercultura, enriquecendo as práticas de interatividade do leitor (estudante), signos estes que adquirem novos significados em um novo contexto de aprendizagem. Entre os novos modos de conhecimento trazidos pela cibercultura a simulação ocupa um lugar central. Em uma palavra, trata-se de uma tecnologia intelectual que amplifica a imaginação individual ( aumento da inteligência) e permite aos grupos que compartilhem, negociem e refinem modelos mentais comuns, qualquer que seja a complexidade deles (aumento da inteligência).(lévy 1999,p.165) A Metodologia A metodologia utilizada para análise da pesquisa é o estudo das entrevistas (on line) feitas com tutores/cursistas que nos revelará sobre o perfil cognitivo destes, suas concepções sobre o NEAD/UFMT e atribuições de sentido da leitura dos textos. Não podemos descartar que na comunicação midiática o que é inerente e importante pra que haja a interatividade entre interlocutor e leitor, neste caso texto e tutores/cursistas é o entendimento dos signos; estes que foram convencionados pelo meio social/institucional são interpretados pelo leitor atribuindo sentido. A pesquisa está em andamento, faz-se necessário a continuidade para conclusões mais precisas. Referências BARBERO, J. M. Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997. BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa Qualitativa com texto, imagem e som um manual prático. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. CITELLI, A. Comunicação e Educação A linguagem em movimento. São Paulo: Senac, 1999. DELEUZE, G.; GUATARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. v. 1. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: 34, 1999, p. 264. LÉVY, Pierre. O que é virtual. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: 34, 1996, p. 160. LITWIN, E. Tecnologia Educacional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 4

MORAES, Maria Cândida. O paradigma Educacional emergente. Campinas, São Paulo: Papirus, 1997. POSSARI, L. H. V. Comunicação e informação em EAD. Curitiba: NEAD/UFPR, 1999. PRESTI, Oreste; NEDER, Maria Lúcia Cavalli et al. Educação a Distância: sobre os discursos e práticas. Brasília, Líber Livro, 2005. SANTAELLA, Lúcia. Navegar no ciberspaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Palus, 2004. SOARES, I. O. Comunicação/educação: a emergência de um novo campo e perfil de seus profissionais. In: Contato, ano 1, v. 2, jan./mar, 1999. 5