FORMAÇÃO COTINUADA DO GESTOR ESCOLAR EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: BUSCANDO CAMINHOS PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA.

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Transcrição:

FORMAÇÃO COTINUADA DO GESTOR ESCOLAR EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: BUSCANDO CAMINHOS PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA. Cristina Vitorino da Rós Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos cristina-ros@uol.com.br Lucila Pesce Universidade Federal de São Paulo UNIFESP lucila.pesce@unifesp.br Resumo: O texto investiga a potencialidade do enfoque dialógico da Via da Complexidade para a formação online do gestor educacional, na perspectiva da gestão democrática. A análise ergue-se em meio aos operadores cognitivos do Pensamento Complexo e ao conceito de experiência, no contexto metodológico da pesquisa-formação. Como resultados: conectividade, interatividade e hipertextualidade, permeadas pelos operadores cognitivos do pensamento complexo, são fundamentais ao bom desenvolvimento dos programas de formação online de gestão educacional; a metacognição decorre do diálogo e da autoformação; a gestão democrática promove a construção do projeto pedagógico dialógico e inclusivo. Palavras-chave: educação a distância; gestão democrática; formação do gestor educacional. INTRODUÇÃO A pesquisa acadêmica a que se vincula a pesquisa-formação relatada no presente artigo articula-se à Red Internacional de Ecología de los Saberes (RIES), sediada na Universidade de Barcelona. A RIES abarca pesquisadores de programas de pós-graduação de quatorze países. A pesquisa em tela vincula-se, especificamente, ao oitavo item do Decálogo da RIES (DE LA TORRE & MORAES, 2008), referente à formação de cidadãos, na sociedade do conhecimento, e defende a idéia de que a formação de educadores necessita de uma renovação conceitual, estratégica e atitudinal. Nessa perspectiva, a pesquisa acadêmica em tela investiga a contribuição do enfoque dialógico à formação do gestor escolar, em contexto digital, e na conseqüente recuperação do caráter público, democrático e emancipatório da escola pública. O objetivo geral da pesquisa é contribuir com o desenvolvimento e a implantação de ações de formação de educadores em contexto digital, voltadas ao humanismo e à emancipação do profissional da educação. Do objetivo geral decorrem os seguintes objetivos específicos: a) aprofundar o estudo sobre formação de educadores sob enfoque culturalista; b) investigar sobre o sentido e o significado da experiência de formação de educadores, nos ambientes digitais de aprendizagem, que atuam em distintos segmentos educacionais (educação básica, ensino médio, ensino superior, gestão escolar);

c) levantar propostas de ação, relativas aos novos rumos dos programas de formação de educadores, nos ambientes digitais de aprendizagem. No tocante à justificativa, do ponto de vista social, o grande contingente de educadores brasileiros tem demandado políticas públicas voltadas à implantação de programas de educação continuada desses profissionais da educação. Por outro lado, o contexto sócio-cultural brasileiro requer a melhoria da educação, o que justifica o aumento significativo do número de programas de formação pública oferecidos à população e demanda da escola, muito mais do que um produto - o conhecimento pronto e acabado - mas, um processo de construção de conhecimentos em que estejam envolvidas outras ações, tais como experimentar, criar, inventar, dialogar, construir, transformar, aprender e ensinar. Com o advento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), muitos programas de formação têm percebido a contribuição dos ambientes virtuais. Entretanto se a intenção é que a formação do educador, em geral, e do gestor escolar, em particular, situe-se em contexto de emancipação social, urge uma investigação sobre os desenhos didáticos que sustentam as propostas de tais programas de formação. No Brasil, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores de Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena (2002) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (2005) enfocam a relevância de uma formação de educadores que abarque a utilização crítica das TIC. Sabe-se que as atuais políticas educacionais brasileiras anunciam a necessidade premente de se investir em programas de formação de educadores docente e gestor escolar e de se perceber os ambientes digitais como estratégia contribuinte a tal intento. A pesquisa acadêmica vinculada à RIES abarca, até o presente momento, duas pesquisas de campo defendidas em um programa de pós-graduação de uma importante universidade comunitária da cidade de São Paulo e duas outras pesquisas em desenvolvimento nesta mesma universidade. As já desenvolvidas analisam, respectivamente, a formação do professor universitário e a formação do gestor escolar. As em desenvolvimento analisam, respectivamente, a formação do professor de educação infantil e do ensino fundamental. Dentre as pesquisas já desenvolvidas, o presente artigo relata a pesquisa-formação (NÓVOA, apud JOSSO, 2004) realizada em um programa de formação continuada do gestor educacional de escola pública, no contexto digital, conforme caracterizado a seguir. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA Constituído a partir da implantação do Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica, a Escola de Gestores visa a refletir sobre a importância da gestão democrática, no processo global de democratização da escola e da sociedade. Trata-se de um curso semipresencial de formação continuada e em serviço, organizado na modalidade a distância, com encontros presenciais, direcionados a gestores educacionais em exercício nas escolas públicas 2

municipais ou estaduais do Brasil. Cumpre dizer que o curso em tela é ofertado por uma universidade pública sediada no estado de São Paulo. O programa é realizado mediante parceria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e das Universidades Públicas Estaduais e Federais. Lança mão de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), a fim de melhorar a formação dos gestores e, por conseguinte, promover a melhoria dos índices de sucesso escolar, em busca da melhoria das relações sociais, além de ampliar o uso da tecnologia como recurso gerencial no cotidiano da escola. Prioriza promover a liderança da gestão escolar, em uma perspectiva democrática e colaborativa, de modo a articular teoria e prática, o que configura unicidade e coerência ao processo educativo, mediante valorização das atividades de pesquisa e ampliação da automonia da escola, com vistas à reelaboração do projeto político-pedagógico da escola. Ademais, no contexto do curso em tela, o uso das TIC visa oportunizar as possibilidades de interação e cooperação das comunidades interna e externa à escola, com vistas a legitimar a participação de todos os envolvidos e a instituir um fazer coletivo, em permanente processo de formação e transformação, baseado nas premissas do pensamento educacional eco-sistêmico (MORAES, 2004). O curso de 400 horas é assim constituído: cinco módulos de 60 horas e 100 horas para a construção de um projeto voltado à escola onde atua o gestor em formação e, ainda, uma monografia, que articule a teoria apresentada com a prática de gestão escolar. As atividades são realizadas em contexto digital, individualmente e em grupo, de modo a favorecer a aprendizagem na e sobre a ação. São trabalhadas temáticas reflexivas, constituídas a partir do cotidiano da escola e das medidas tomadas por cada gestor e sua equipe de trabalho, de acordo com o contexto da comunidade em que a escola se insere. QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Partindo do princípio de que a formação do educador é um processo pessoal e singular, adotamos as idéias de Nóvoa (2007) e de Tardif e Lessard (2007) de que o educador é o principal agente de sua própria formação, ou ainda, o ator social mais significativo de seu trabalho. O trabalho do educador está estritamente ligado à sua condição humana, o que envolve o olhar para consigo mesmo, para com seus pares, com a sociedade e com a natureza, em uma ação formativa integradora denominada Ecoformação por Morin (2001) e Moraes (2004). Maturana e Varela (1997) afirmam que o que caracteriza o ser humano é sua organização autopoiética, visto que seres diferentes se distinguem porque têm estruturas distintas, mas são iguais em organização. Ao tratarmos a formação dos educadores, estamos nos referindo à autoformação e nos reportando à formação do ser humano enquanto sujeito de sua própria história, construtor e transformador do contexto a que pertence, mas, de modo dialógico no dizer moriniano (2006) possuidor de uma organização interna, que vive em autonomia relativa com os outros e com a natureza.

A consolidação da Educação como direito de todos que prioriza não somente o acesso, mas a permanência e a qualidade do processo de aprendizagem consiste não somente em um compromisso pedagógico, mas, acima de tudo, político. Nesse sentido, a gestão democrática busca a ampliação dos espaços de participação, de modo a descentralizar o poder e fortalecendo as unidades escolares, especialmente na conquista da autonomia político-pedagógica. Para que se compreenda a formação dos educadores o mais próximo possível da sua complexidade, é necessário elucidar os modelos de formação individual e coletiva dos seres humanos, em um contexto social de realização do trabalho docente enquanto interação humana, em meio a organizações econômicas e sociais. Moita (2007) acena o conceito de formação enquanto aprendizagem situada em tempos e espaços limitados e precisos, além da ação vital da construção de si mesmo, entrelaçando os vários pólos de identificação do sujeito. Segundo Tardif e Lessard (2007), o saber dos educadores é um saber social, que vai sendo construído ao longo de sua vida. O que o educador é no momento em que interage origina-se de toda a sua vivência em sociedade, a educação que recebeu na infância, os saberes que adquiriu na escola, mesmo antes de estudar nos cursos específicos para educadores, seja na formação inicial ou em serviço. Nesse quadro conceitual, os operadores cognitivos do Pensamento Complexo (MA- RIOTTI, 2007; MORIN, 2006) são instrumentos conceituais que relacionam os saberes em um contexto global, estabelecendo uma relação dialógica entre o pensamento linear e sistêmico, entre o local e o global, a ordem e o caos, entre a ação regulatória e a emancipatória, a multiplicidade e a unidade. Os operadores são elementos que permitem que o Pensamento Complexo seja possível de ser aplicado em várias áreas, dentre as quais a Educação. Cada sujeito, em sua multiplicidade, é portador dos operadores cognitivos, que podem ou não ser desenvolvidos e acionados ao longo de sua existência, conforme o entendimento e a leitura de mundo de cada pessoa. O processo democrático da escola pública também abarca os princípios que norteiam os operadores cognitivos, na medida em que agrega os fins e os meios em uma ação inovadora de construção coletiva de conhecimentos e de decisões compartilhadas. Dessa forma, a instituição do novo implica a mudança do todo e das partes. O novo só tem sentido e significado, quando estabelece relações com o que já existe. Enquanto instrumentos de articulação, no sentido amplo e geral, os operadores cognitivos estabelecem relações dialógicas entre objetos, fatos, dados e situações. São seis os operadores cognitivos do Pensamento Complexo: a circularidade; a autoprodução ou auto-organização; a dialógica (ou o operador dialógico); o operador hologramático; a integração sujeito-objeto; a ecologia da ação. A circularidade é a origem de todos os outros. É o operador fundamental e essencial, visto ser o conceito operacional do Pensamento Complexo. Todos os sistemas, vivos ou não, são circulares e autorregulados. 4

Partindo-se da premissa de que a escola pública é espaço de convivência, construção coletiva, cooperação e inclusão, se os atores envolvidos na construção do projeto político-pedagógico optarem pelo caminho de ações regulatórias ou técnicas para a implementação de práticas educativas, então há o risco de percorrer um caminho de reconstituição do campo de poder. Por outro lado, se o grupo seguir pelo caminho da legitimidade do processo decisório e buscar a participação qualitativa de todos os envolvidos, a construção coletiva de conhecimentos e a continuidade das ações (compreendendo que as relações se estabelecem não só na proposição de inovações, mas, também no confronto e na resistência), a circularidade se expressará na ecologia das ações. A autopoiese se constitui em um movimento circular constante de adaptação do sistema ao meio ambiente, em relações interatuantes (MOITA, 2007). Esse movimento é similar à forma como se aprende. O conhecimento, ou o fato novo, alerta para revisão e análise do conhecimento, que já faz parte da organização do sujeito aprendente. Dessa forma ocorre o processo de relação, reorganização e adaptação, a princípio caótica, que gera uma nova organização, agora transformada pelos novos elementos que se acoplaram e são reorganizados, juntamente com os elementos já existentes. Esse movimento ocorre a todo o momento em que surge um dado que mobilize o sujeito cognoscente à construção de conhecimento. Em uma instituição educativa, as ações emancipatórias comprometidas com a ética e com a inclusão se concretizam, na medida em que se confrontam com as formas instituídas e os mecanismos do poder. Por meio de ações concretas de argumentação, solidariedade e cooperação, instituem novas formas de inter-ação. Também ligada à idéia de circularidade está a autoprodução ou auto-organização, pois, sabemos que os sistemas produzem, eles próprios, os elementos que os constituem e se autoorganizam por meio desse processo. Para o presente artigo destacam-se duas dimensões: a construção da singularidade de cada sujeito; a formação e convivência dos grupos de trabalho, estudo e pesquisa nos ambientes virtuais. O paradigma educacional eco-sistêmico (MORAES, 2004) salienta que a ação emancipatória, enquanto construção humana e alicerçada em bases epistemológicas dialógicas e complementares, supera a fragmentação e a individualização, em favor da emancipação e da complementaridade. O operador dialógico sinaliza que as contradições existem e são complementares. A dialógica não nega o caos e o confronto, mas considera as incertezas, como variáveis que não podem ser eliminadas. A interação sujeito-objeto está ligada à ontologia do observador (MA- TURANA, 1997). No tocante ao processo de aprendizagem, o observador modifica e também é modificado por aquilo que observa. Quando o sujeito apreende, se transforma e transforma o objeto de conhecimento. Essa breve incursão à formação de educadores sob enfoque culturalista (NÓVOA, 2007; TARDIF & LESSARD, 2007; JOSSO, 2004) e ao paradigma educacional eco-sistêmico (MORAES, 2004) o qual, por sua vez, se ampara nos estudos da Via da Complexidade (MO- 5

RIN, 2006) e na Teoria da Autopoiese (MATURANA & VARELA, 1997) fornece elementos fulcrais para a análise do fenômeno social em tela: a formação continuada do gestor escolar, no contexto digital. MÉTODO Partindo dos princípios e pressupostos da pesquisa qualitativa (BOGDAN & BIKLEN, 1999), a pesquisa relatada no presente artigo prevê como procedimentos investigativos: a) o desenvolvimento de pesquisa bibliográfica sobre formação de educadores sob enfoque culturalista, com destaque para a figura do gestor escolar; b) o desenvolvimento de uma pesquisa de campo sobre o sentido e o significado da aprendizagem em ambientes virtuais, em um programa de formação continuada do gestor escolar. Como já dito, o artigo em tela é fruto da pesquisa-formação (NÓVOA, apud JOSSO, 2004) sobre um curso de especialização lato sensu do gestor escolar desenvolvido por uma universidade pública sediada no estado de São Paulo. No tocante aos instrumentos de coleta de dados, a pesquisa analisa três instâncias interatuantes no ambiente virtual de aprendizagem, em que o programa de formação se desenvolveu: a) diário de bordo; b) fóruns de discussão; c) atividades individuais específicas às disciplinas que compõem o programa de formação. ANÁLISE Dentro da perspectiva das possibilidades que o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) oferece, o diário de bordo é um importante elemento referencial da pesquisa-formação (NÓVOA, apud JOSSO, 2004), visto que retrata a história da formação, do ponto de vista do gestor em formação. A premissa de que o conceito essencial da pesquisa-formação alinha-se com a autoprodução ou auto-organização do aprendiz baliza a ideia de que o processo de construção do diário de bordo constitui-se em instrumento de metacognição. Ao mesmo tempo em que se situa como atividade formativa, o diário de bordo promove a reflexão sobre a ação, em um movimento ecologizado, em que a ação deixa de pertencer somente ao seu autor, para fazer parte de uma rede de instrumentos de formação, no campo da aprendizagem. Trata-se de uma reorganização do pensamento e das ações, em um movimento dialético. O fórum de discussão é um espaço para a escrita colaborativa. Em um movimento recursivo, todos os assuntos novos se iniciam com uma questão a respeito da prática do gestor educacional. Trata-se de um espaço hipertextual, interativo, de comunicação, troca, reflexão e cons- 6

trução colaborativa. No AVA da Escola de Gestores, o fórum de discussão reflete um movimento de ensino e aprendizagem, mediante reflexão individual e coletiva. Há também a possibilidade de o gestor, analisar a sua prática e o contexto onde atua com certo distanciamento. Por se tratar do funcionamento complexo e integrador, a aprendizagem não se resume ao movimento de cognição, mas também envolve sentimento, percepção e comportamento. Nesse sentido, a emergência dos operadores cognitivos do Pensamento Complexo implica, no contexto do programa de formação em análise, um processo de autoconhecimento, autoformação e reflexão sobre a ação. O movimento dialógico que se estabelece no fórum de discussão entre os participantes do programa analisado ergue-se em meio a um envolvimento recursivo, como quer Maturana (1997), entre o linguajar, o emocionar, o fazer e o devir, enquanto processo de desenvolvimento intra e interpessoal. Em um movimento recursivo, as atividades individuais específicas às disciplinas que compõem o programa de formação em análise proporcionam a integração dos conteúdos, a essência das discussões dos fóruns, as dificuldades e os avanços da gestão participativa na escola. A tecnologia empregada na execução do programa de formação e seus recursos multimidiáticos funcionam como elo dos saberes. Da hipertextualidade proporcionada pela ecologia cognitiva (LÉVY, 1993) do programa em tela emerge a desordem, que, por sua vez, suscita nova organização. A interação provocada pela interatividade de todas as vozes e a conectividade dos diversos dispositivos do AVA aliada à reflexão, a partir da díade experiência-sentido mobiliza, nos gestores escolares em formação, a reorganização de seus saberes e, por conseguinte, a ressignificação do seu saber-fazer. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O presente artigo busca investigar a potencialidade do enfoque dialógico da Via da Complexidade para a formação do gestor escolar em contexto digital, na perspectiva da gestão democrática. Para tanto, procede a uma incursão teórica afeita à formação de educadores sob enfoque culturalista e ao paradigma educacional eco-sistêmico, com destaque para a Via da Complexidade e para a Teoria da Autopoiese. A partir dos princípios e pressupostos da pesquisa-formação, a análise ergue-se em meio aos seguintes eixos norteadores: os operadores cognitivos do Pensamento Complexo, a auto-organização, o conceito de experiência, a gestão democrática e a ecologia cognitiva desenvolvida nos ambientes virtuais de aprendizagem. As atividades desenvolvidas no AVA do programa de formação de gestores em tela proporcionam vários movimentos cognitivos, por parte do gestor educacional em formação. Tais movimentos cognitivos emanam das suas próprias narrativas e da análise crítica, interpretativa e dialógica de suas experiências, na partilha com seus pares e com os formadores, nos distintos dispositivos do ambiente virtual de aprendizagem. 7

A experiência enquanto objeto essencial no processo de atribuição de sentido à formação pessoal e profissional (JOSSO, 2004) remete a um elemento essencial da aprendizagem do gestor educacional: a capacidade de integrar todas as dimensões do seu ser, junto a diversos atores e a diferentes segmentos do serviço público, no enfrentamento cotidiano dos desafios que se lhe apresentam, dando vez e voz a todos os atores sociais do processo de construção de projeto político-pedagógico da escola, como documento vivo e em ação. Josso (ibid.) afirma que o capital experiencial é uma espécie de tesouro, de instrumentos de sobrevivência para uma multiplicidade de circunstâncias. Intimamente imbricada às ideias de Josso (ibid.), o conceito de autopoiese anunciado por Maturana e Varela (1997) ensina que os organismos vivos se constituem como tal, porque são capazes de preservar sua organização, nas constantes alterações das suas estruturas, em congruência com o meio que os entorna. O ambiente virtual do programa de formação de gestores escolares analisado no presente texto consubstancia-se como sistema autopoiético, porque auto-organizador e dotado de autonomia relativa, em relação às circunstâncias sócio-históricas em que se insere. Com isso, não dá conta, por si só, dos objetivos a que se propõe. A riqueza do programa, considerando-se sua estrutura e organização, não incide no ambiente virtual propriamente dito, mas nas interações que o programa e seus atores sociais realizam, por meio do ambiente virtual. A parte instigante desse processo que envolve o sujeito e seu contexto de atuação a escola é que o projeto político-pedagógico construído de forma similar à dinâmica constitutiva do programa de formação em tela provoca rupturas epistemológicas. Isso porque tal dinâmica promove engajamento coletivo, cria um sentimento de construção conjunta, desenvolve o sentimento de pertencimento, mobiliza os protagonistas a ações externas e internas à escola, uma vez que, mediante a circularidade e a ecologia das ações, provoca um movimento de açãoreflexão-ação. Os resultados observados sinalizam a conectividade, a interatividade e a hipertextualidade ofertadas pelos ambientes virtuais de aprendizagem como instâncias fundamentais ao bom desenvolvimento do programa de formação continuada de gestores escolares em contexto digital. A conectividade, a interatividade e a hipertextualidade encontradas no AVA do programa em análise possibilitam a emergência da inteligência coletiva (LÈVY, 1993). A integração de todos os dispositivos, através da mediação dialogada junto aos professores, constitui-se em espaço de formação de caráter dialógico, recursivo e hologramático, tal como a gestão democrática que se busca engendrar nas escolas. Os operadores cognitivos são, antes de tudo, instrumentos de autoconhecimento. A circularidade, a autoprodução, a dialógica, o operador hologramático, a integração sujeito-objeto e a ecologia da ação pilares da formação e da autoformação do gestor escolar manifestam-se nos processos de formação veiculados no ambiente virtual do programa de formação em tela. Ao mesmo tempo, os operadores cognitivos se constituem em elementos que provocam um movimento constante de ação, reflexão e transformação da escola, em consonância com seu status de organismo vivo, em constante movimento. 8

No programa em tela, a ecoformação esteve intrínseca à formação e à autoformação do gestor escolar, nas interações, na apropriação singular do conhecimento e na construção conjunta do conhecimento próprio e de outrem. Trata-se de um programa de formação centrado em um processo norteado pelo enfoque complexo e integrador, que em muito tem a contribuir com a constituição da gestão democrática da escola pública brasileira. REFERÊNCIAS BOGDAN, Robert & BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1999. BRASIL. Resolução CNE/CP 01/2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores de Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, Brasília, 4 fev, 2002. BRASIL. Parecer CNE/CP 05/2005. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Diário Oficial da União, Brasília, 13 dez. 2005. DE LA TORRE, Saturnino; MORAES, Maria Candida. Decálogo sobre Transdisciplinaridade e Ecoformação. In:. Transdisciplinaridade e Ecoformação: um novo olhar sobre a educação. São Paulo: Triom, 2008. pp. 19-59. JOSSO, Marie Cristine. Experiências de Vida e Formação. São Paulo: Cortez, 2004. LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Editora 34, Rio de Janeiro, 1993. MARIOTTI, Humberto. O pensamento complexo: suas aplicações à liderança, à aprendizagem e ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Atlas, 2007. MATURANA, Humberto. Ontologia da realidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997. MATURANA, Humberto & VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Trad. J. P. dos Santos. Campinas: Editorial Psy, 1997. MOITA, Maria da Conceição. Percurso de formação e de trans-formação. In: NÓVOA, Antonio. (org). Vidas de Professores. 2ª edição. Portugal: Editora Porto, 2007. pp. 111-140. MORAES, Maria Candida. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis: Vozes, 2004. MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 2001. MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma; reformar o pensamento. 12. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. NÓVOA, Antonio. Prefácio. In: JOSSO, Marie Cristine. Experiências de Vida e Formação. São Paulo: Cortez, 2004. pp. 11-17. NÓVOA, Antonio. (org). Vidas de Professores. 2ª edição. Portugal: Editora Porto, 2007. TARDIF, Maurice & LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Vozes, Petrópolis, 2007. 9