TÍTULO: OLFATO COMO PORTA DE ENTRADA DAS EMOÇÕES: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COM ABORDAGEM NA AROMATERAPIA

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Transcrição:

TÍTULO: OLFATO COMO PORTA DE ENTRADA DAS EMOÇÕES: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COM ABORDAGEM NA AROMATERAPIA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Farmácia INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO - USF AUTOR(ES): LIANA DA SILVA ORIENTADOR(ES): IARA LÚCIA TESCAROLLO COLABORADOR(ES): ANNIE RAMOS GOUVEIA

RESUMO: O uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) vem aumentando ao longo dos últimos anos no Brasil e no mundo. A aromaterapia, inserida nas PICS, pode contribuir como recurso terapêutico no cuidado em saúde e bem-estar. A inalação e aplicação externa dos óleos essenciais (OE) são fundamentos básicos da aromaterapia que utilizam suas propriedades para recuperar o equilíbrio e a harmonia do organismo visando à promoção da saúde física e mental. Estudos sobre o assunto apontam propriedades dos OE na aromaterapia como redução da ansiedade, estresse, depressão e melhora do humor. O presente estudo teve por objetivo realizar avaliação do efeito da inalação de diferentes OE, para determinar por meio de método afetivo as percepções em relação às amostras testadas. Foram empregados os OE de alecrim (quimiotipo cineol), lavanda fina, vetiver e ylang-ylang. O delineamento experimental envolveu avaliação hedônica a partir de escala estruturada de intensidade, agradabilidade, familiaridade do odor, bem como as sensações percebidas durante a experiência olfativa. Foi observado que o OE de alecrim foi o mais aceito, embora todos tenham desencadeado respostas positivas prevalecendo relatos de palavras como: energia, bem-estar, tranquilidade, suavidade. Dados levantados a partir de estudos científicos descrevem que estas respostas podem ser atribuídas por mecanismos fisiológicos e psicológicos já que as respostas provocadas por substâncias odorantes, em sua maioria, fazem parte de um fenômeno individual ligado à memória autobiográfica. Os resultados encontrados neste estudo podem contribuir com informações para a prática da aromaterapia, neste caso, é importante considerar as propriedades dos OE e respeitar as características individuais. Palavras-chave: Aromaterapia. Terapias complementares. Óleos essenciais. INTRODUÇÃO O campo vivencial do ser humano é emocional, os cinco sentidos são a chave das sensações, do sentir. O bem-estar é alicerçado na vivencia emocional e estimular os sentidos pode se tornar no meio eficaz de se edificar o campo das sensações e das emoções, ambiente este multidimensional e de possibilidades infinitas (MORAES, 2007). De todos os sentidos humanos o olfato é considerado o mais antigo, revelando-se de vital importância para a sobrevivência das espécies.

Constitui uma das suas principais modalidades sensoriais e a sua influência no comportamento é de grande relevância (HERZ, 2016). A aromaterapia com óleos essenciais (OE) têm mostrado influenciar estados mentais, na melhora da depressão, atenção, e também em processos cognitivos sendo capazes de estimular ou acalmar, melhorar o sono e até modular a percepção da dor (GÖPFERT et al., 2017). Óleos essenciais são misturas complexas de hidrocarbonetos terpênicos e sesquiterpênicos, e seus derivados terpenóides e sesquiterpênicos oxigenados (álcoois, aldeídos, cetonas, ésteres e ocasionalmente ácidos carboxílicos), bem como compostos aromáticos, tais como fenóis, éteres e ésteres aromáticos em proporções variáveis (SCHMIDT, 2010). A inalação e aplicação externa dos OE são fundamentos básicos aromaterapia, definida como prática terapêutica que utiliza as propriedades desses óleos para recuperar o equilíbrio e a harmonia do organismo visando à promoção da saúde física e mental. A aromacologia estuda a influência dos aromas sobre o bem-estar físico, mental e emocional, e analisa as inter-relações possíveis entre psicologia e tecnologia de fragrâncias naturais ou sintéticas é definida como aromacologia. A aromatologia estuda o potencial dos óleos essenciais e seus derivados, considerando suas características físico-químicas com interesse quanto ao uso terapêutico e às formas de utilização (BRASIL, 2018a). É interessante destacar que na maioria das vezes se recorre ao termo aromaterapia para designar os efeitos farmacológicos e psicológicos dos óleos essenciais, não sendo feita a distinção acima referida. No Brasil, a aromaterapia passou a fazer parte das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) onde é possível empregar diferentes OE em grande número de ações terapêuticas, como inalações, massagens, aromatização ambiental, escalda-pés, colares aromáticos, banhos de assento (BRASIL, 2018b). O mecanismo de ação dos OE vai depender da via de administração. Quando o contato se dá pela via inalatória, as moléculas dos OE estimulam os nervos olfatórios, que por sua vez têm uma ligação direta como sistema límbico responsável por emoções, sentimentos, impulsos motivacionais. A memória olfativa resulta de um processo de identificação olfativa da substância odorante associando-a alguma lembrança acionada pelo sistema límbico (GNATTA et al., 2016). A relação entre o olfato e a emoção está subjacente nas ligações que o bulbo olfatório estabelece com a amígdala, que desempenha um papel crucial na memória emocional (SOUDRY et al., 2011). As projeções das sinapses olfatórias são mais diretas e específicas com o

complexo amígdala-hipocampo do que qualquer outra modalidade sensorial. Assim, evidências neuroanatómicas são congruentes com dados comportamentais que demonstram a conexão entre o odor, emoção e a memória; experimentar odor agradável, por exemplo, pode impulsionar emoções positivas (HERZ; ENGEN, 1996; HERZ; SCHANKLER; BELAND, 2004; ; HERZ; BELAND; HELLERSTEIN, 2004; HERZ, 2005; LEE et al., 2011; MORRISON et al., 2011; HERZ, 2016). O tema aromaterapia atrai atenção como prática integrativa e complementar em saúde, neste caso é necessário acumular evidências científicas a fim de compreencer as relações entre os compostos voláteis dos OE com as reações em experiências olfativas. O objetivo do presente trabalho se constituiu em avaliar as percepções causadas pela inalação de diferentes OE num contexto hedônico e verificar se há um padrão que prevaleça em cada experiência. A ideia surgiu a partir de estudos iniciados na prática acadêmica e da observação relativa dos relatos oriundos do uso empírico dos óleos essenciais em vivências com aromaterapia. METODOLOGIA Trabalho experimental, com abordagem quantitativa e qualitativa. Participantes A seleção dos participantes foi efetuada segundo critérios de conveniência sendo estes de ambos os sexos e faixa etária compreendida entre 18 a 40 anos (n=30). O estudo atendeu aos critérios éticos previstos na Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012 sendo analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco sob n CAAE 89700018.0.0000.5514. Critérios de inclusão: participantes de ambos os sexos dispostos à realização do teste voluntariamente. Critérios de exclusão: pessoas com algum tipo de alergia a óleos essenciais, asmáticos, gestantes, casos de anosmia ou fumantes. Amostras Os óleos essenciais foram escolhidos a partir de dados descritos na literatura e experiências prévias. Todas as amostras apresentam a composição obtida por Cromatografia Gasosa (CG). Amostra 1: OE de vetiver (Chrysopogon zizanioides), origem Brasil; marca Laszlo; extração à vapor das raízes; cultivo orgânico não certificado. Composição: kusimol 36%; vetiselinol 7%; nootkatona 4%; β-vatireneno

2%; ácido vetivênico 2%; solavetivona 1%; neocleveno 1%; dimetilbiciclodeceno 2% e guaiol < 1%. Amostra 2: OE de ylang-ylang (Cananga odorata) classificado como Completo, origem Indonésia; marca Laszlo; extração a vapor das flores; cultivo orgânico não certificado. Composição: benzoato de benzila < 1%; acetato de geranila 2%; α-humuleno 5%; aromadendreno 5%; elemeno 9%; β-cariofileno 33 %; linalol 3-5% e / farneseno 2%. Amostra 3: OE de alecrim (Rosmarinus officinalis), Quimiotipo Cineol; origem Tunísia; marca Laszlo; extração a vapor da erva; cultivo convencional. Composição: acetato de bornila 1%; borneol 1-2%; canfeno 8%; mirceno 1-2%; limoneno 4-7%; 1,8 cineol 30-35%; cânfora 14-16%; verbenona 2-3%; pineno 20-23%. Amostra 4: OE de lavanda fina (Lavandula angustifolia) classificado como Alta Altitude ; origem França; extração: a vapor das flores; cultivo convencional. Composição: linalol 25-32%; acetato de linalila > 50%; acetato de lavandulila 1-4%; 1,8 cineol < 1-2%; cânfora< 1-2%; ocimeno 3-4% e canfeno 1-2%. Coleta de dados Foi realizada em laboratório climatizado, de forma individualizada. Cada participante recebeu uma embalagem selada, codificada, contendo uma fita olfativa impregnada com cerca de 50 µl do óleo essencial em estudo diluído na proporção de 2:5:5 (v/v) em glicerina e álcool de cereais. A seguir procedeu-se a experiência de percepção do odor com a aproximação da fita olfativa nas narinas a uma distância de 1 cm. As amostras foram dispensadas em sequência em tempo prédeterminado. Os provadores avaliaram a sensação causada por cada óleo essencial utilizando o questionário do estudo. Instrumentos de pesquisa Para coleta de dados foi empregado um questionário contendo 05 perguntas, sendo 03 questões objetivas baseadas na escala hedônica de 7 pontos oferecendo alternativas para escolha quanto o grau de intensidade, agradabilidade e familiaridade dos odores percebidos. As outras duas pergundas abertas foram utilizadas pelos participantes para a descrição livre apenas de palavras que expressassem as percepções e memórias evocadas pelos óleos essenciais em estudo. Análise estatística

Os resultados foram sumarizados em conjunto de dados, transportados para planilha Microsoft Excel e avaliados através da estatística descritica. Foram calculados a média e desvio-padrão. O objetivo não foi comparar as amostras. Para a avaliação das palavras mais descritas na experiência olfativa, estas foram agrupadas em emoções e memórias, seguida pela análise por frequência absoluta (f i ), relativa (f i% ) e a organização dos dados em nuvem de palavras, que fornece informações generalizadas sobre um conteúdo de maneira eficaz e eficiente. RESULTADOS Uma forma de influência de odores no ser humano é o mecanismo de valência hedônica que demonstra a relação entre a agradabilidade de um odor, o efeito associado ao humor, ao impacto no comportamento e desempenho do indivíduo (MOSS; OLIVER, 2012). Este estudo avaliou intensidade, agradabilidade, familiaridade e percepções desencadeadas por quatro amostras de óleos essenciais: vetiver, ylang-ylang, alecrim e lavanda. Os resultados das experiências demonstram que o OE de alecrim obteve a maior média em relação às percepções de intensidade, agradabilidade e familiaridade. Na descrição livre das sensações percebidas durante a experiência com o OE de alecrim foram relatadas 160 palavras (100%) sendo 60 (37,5%) percepções mais frequentes ligadas aos aspectos emocionais positivos como energia e bem-estar. Outras 100 (62,5%) se referiam a memórias desencadeadas na experiência, destacando-se a palavra frescor. Estes achados demonstram que houve um efeito potencialmente benéfico causado pela inalação do OE de alecrim e podem ser explicados através dos dados da literatura que reportam as propriedades estimulantes ao cérebro e melhora da memória (SAYORWAN et al., 2013), da cognição e de humor (MOSS, 2017). Suas propriedades estimulantes no sistema nervoso têm sido benéficas em casos de histeria e paralisia (ALI et al., 2015). Estudos recentes envolvendo humanos demonstraram que o OE de alecrim se apresentou eficaz para a demência e pode possuir algum potencial para melhorar a função cognitiva, especialmente em pacientes com doença de Alzheimer (ALI et al., 2015). Outros achados relatam atividade inibitória da acetilcolinesterase pela ação sinérgica dos constituintes 2-pineno e 1,8-cineol, aumento da atividade locomotora, melhora da energia física e estimulo ao córtex cerebral, resultando no relaxamento do humor e aumento do estado de alerta (HONGRATANAWORAKIT, 2009). A

composição química do OE utilizado neste estudo, também contribui com os resultados observados, sendo os compostos majoritários os monoterpenos 1,8 cineol 30-35% (óxido); pineno 20-23% (hidrocarboneto); cânfora 14-16% (cetona); verbenona 2-3% (cetona) responsáveis pelos efeitos na aromaterapia além da ação expectorante, descongestionante e estimulante. Com relação ao OE de vetiver foram relatadas 140 palavras (100%) sendo 55 (39,3%) percepções mais frequentes como tranquilidade, suavidade, equilíbrio e calma. Outras 85 (60,7%) se referiam a memórias desencadeadas na experiência, destacando-se as palavras infância, madeira, floresta e chá. Da mesma forma, os resultados apontam para efeitos positivos causados pela inalação do OE de vetiver e confirmados a partir do levantamento de informações sobre as propriedades do OE obtido da planta. Chrysopogon zizanioides (L.) Roberty, trata-se de uma espécie herbácea perene e pertencente da família Poaceae. Nativo da Índia, o vetiver foi disseminado em todo o mundo há cerca de 100 anos e é, desde então, cultivado em regiões tropicais para diversos propósitos (BURGER, 2017). Conforme Nirwane et al.(2015), o óleo essencial de vetiver fortalece o sistema nervoso central e é útilizado como tratamento alternativo para a depressão, insônia, ansiedade, estresse, tensão e nervosismo. Recentemente, descobriu-se que o óleo essencial produz atividade antioxidante no estresse oxidativo (LUQMAN et al., 2009). A maioria dos estudos com vetiver teve foco em seus efeitos ansiolíticos ou sedativos propostos por atividades de neurónios que secretam ácido gama-aminobutírico (RAJASEKHAR et al., 2014). Os extratos etanólicos desta planta demonstram melhora na aprendizagem e memória, possivelmente através da transmissão colinérgica no cérebro (NIRWANE et al., 2015). Em relação à composição química da amostra utilizada neste estudo são encontrados sesquiterpenos entre os compostos majoritários prevalecendo khusinol 36%; vetiselinol 7%; nootkatona 4%; β-vatireneno 2% e outros compostos em concentração menor. Na experiência com o OE ylang-ylang foram relatadas 130 palavras (100%) sendo 56 (43,1%) percepções mais frequentes como tranquilidade e calma. Outras 74 (59,1%) se referiam a memórias desencadeadas na experiência, destacando-se as palavras chá, casa, refrescância. O ylang-ylang pertencente à família Annonaceae, trata-se de uma árvore perene com flores amarelas, originalmente de áreas tropicais da Ásia e ilhas do Oceano Índico (TAN et al., 2015). Seu OE é comumente indicado para o tratamento da ansiedade, frustração, tensão

nervosa, medo e depressão (GNATTA et al., 2014). A planta também é conhecida pelo retardamento do batimento cardíaco e melhora na respiração ofegante, sendo ideal em situações de choque e trauma (ALI et al., 2015). Segundo Hongratanaworakit e Buchbauer (2004), na avaliação do efeito do ylang-ylang envolvendo parâmetros fisiológicos e estado de espírito, houve uma diminuição na pressão sanguínea e nos batimentos cardíacos, acompanhado de aumento de atenção dos indivíduos. A amostra utilizada neste estudo apresenta como composição majoritárioa monotermpeno como o linalol 3-5% (álcool); hidrocarbonetos sesquiterpenos como o β-cariofileno 33 %; β-elemeno 9%; α- humuleno 5%; aromadendreno 5%; farneseno 2%; e derivados fenilpropanóides como acetato de geranila 2%; benzoato de benzila < 1%, neste caso, prevalecendo a função éster. Na experiência com o OE lavanda foram relatadas 142 palavras (100%) sendo 61 (43,0%) percepções mais frequentes bem-estar, suavidade e serenidade. Outras 81 (57,0%) se referiam a memórias desencadeadas na experiência, destacando-se limpeza, casa e frescor. A lavanda fina pertence à família Lamiaceae e os óleos essenciais extraídos dela são misturas complexas de álcoois mono e sesquiterpenos, ésteres, óxidos e cetonas (WORONUK et al., 2011). O óleo essencial dessa planta é um exemplo clássico da aromaterapia do tratamento para a ansiedade, estados de humor flutuantes e instabilidade emocional. (SETZER, 2009). Seus principais benefícios clínicos concentram-se no sistema nervoso central (CHOI; LEE, 2012). A sua composição contém cânfora, terpinen-4-ol, linalol, acetato de linalila, betaocimeno e 1,8-cineol, sendo que seu constituinte varia de acordo com a concentração e os efeitos terapêuticos das diferentes espécies (ALI et al., 2015). Além diss de ansiedade e humor são baseados na interação existente nos constituintes voláteis de lavanda com receptores N-metil-D-aspartato ou ácido gamaaminobutírico, canais de sódio dependentes de voltagem ou neurotransmissores glutamatérgicos e colinérgicos (EMERALD, 2016). A inalação do óleo de lavanda, e especialmente sua fração de linalol, tem mostrado aumentar os níveis de ácido gama-aminobutírico no cérebro pela inibição do sistema neurotransmissor excitatório oposto (BRADLEY et al., 2006). Na aromaterapia tem sido aplicado para obtenção de efeitos relaxantes e sedativos (SHIINA, 2008). A amostra utilizada neste estudo apresenta como composição majoritárioa monotermpenos como o linalol 25-32% (álcool); acetato de linalila > 50% (éster); acetato de lavandulila 1-4% (éster); 1,8

cineol < 1-2% (óxido); cânfora< 1-2% (cetona); ocimeno 3-4% (hidrocarboneto) e canfeno 1-2%(hidrocarboneto). Segundo Herz (2016) as características especiais da memória evocada por odores permitem desencadear experiências únicas, influenciar e beneficiar a saúde psicológica e fisiológica. Assim, entre o olfato e os substratos neurais da emoção, os odores podem ser aproveitados para induzir respostas emocionais e fisiológicas positivas. Qualquer odor que para um determinado indivíduo evoque uma memória autobiográfica feliz tem o potencial para aumentar as emoções positivas, diminuir a ansiedade, depressão, estresse e respostas imunes inflamatórias e, portanto, tem um efeito benéfico sobre o bem-estar. As memórias evocadas pelo odor também podem estimular emoções específicas, como autoconfiança, motivação e vigor (HERZ, 2016). Neste estudo as percepções e memórias mais prevalentes foram consideradas positivas indo a encontro da proposta da aromaterapia como prática de cuidado em saúde e promoção do bem-estar. Herz (2016) lembra que fatores relacionados ao olfato e características individuais precisariam ser criteriosamente considerados em qualquer aplicação terapêutica envolvendo o olfato e acrescenta que quando os odores são capazes de provocar mudanças psicológicas e fisiológicas, estas são devido às emoções, memórias e associações com experiências pessoais passadas. Tais achados podem ser utilizadas em PICS com abordagem na aromaterapia. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com as condições empregadas neste estudo foi possível observar os efeitos positivos desencadeados na experiência olfativa realizada com os OE vetiver, ylang-ylang, alecrim e lavanda fina. Verificou-se que o OE de alecrim obteve a maior média em relação às percepções de intensidade, agradabilidade e familiaridade. As palavras mais destacads na descrição livre bem-estar, energia, tranquilidade, suavidade, foram consideradas positivas indo a encontro da proposta da aromaterapia como prática de cuidado em saúde e promoção do bemestar. Estes achados reforçam o fato da necessidade de se considerar as características individuais e as propriedades dos OE uma vez que os odores são capazes de provocar mudanças psicológicas e fisiológicas devido emoções, memórias e associações com experiências pessoais passadas. Tais achados podem ser utilizadas em PICS com abordagem na aromaterapia.

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