MICRONUTRIENTES. Bases epidemiológicas. PNDS Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde

Documentos relacionados
PNDS Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006

PNS Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Ciclos de vida, Brasil e grandes regiões Volume 3

Vigilância nutricional da criança e da mulher durante o pré-natal e. Profa Milena Bueno

Fome Oculta. Helio Vannucchi Divisão de Nutrologia 2017

INQUÉRITOS NACIONAIS DE SAÚDE E NUTRIÇÃO. Profa Milena Bueno

Período de Realização. De 3 de julho à 15 de setembro de População em geral. Sujeitos da Ação

ANEMIA FERROPRIVA E SUA PREVENÇÃO NO PERÍODO GESTACIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM GESTANTES ATENDIDAS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CABEDELO-PB

Trabalho de Conclusão da Disciplina-TCD

Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição Ministério da Saúde

AGENDA PARA INTENSIFICAÇÃO DA ATENÇÃO NUTRICIONAL À DESNUTRIÇÃO INFANTIL (e estímulo ao desenvolvimento infantil)

FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS.

Distúrbios Nutricionais na infância

Importância dos micronutrientes para a saúde da criança. Márcia Regina Vitolo

BALANÇO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA

Projeto de Extensão: Clínica Escola: atendimento ambulatorial de nutrição à comunidade

Comitê de Gestão de Indicadores de Fatores de Risco e Proteção

Análise do inquérito Chamada Nutricional 2005 realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Ministério da Saúde

Campus Universitário Caixa Postal 354 CEP INTRODUÇÃO

Dárika Ribeiro Dourado CRN 4605 Nutrição em Saúde Pública. Dárika Ribeiro CRN 4605

Agentes Comunitários de Saúde Brasil, Agentes

Departamento de Pediatria Serviço de Malnutrição Journal Club. Apresentadora : Ana Paula Gimo 15 de Agosto,2018

Ignez Helena Oliva Perpétuo

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANOMALIAS CONGÊNITAS: UM ESTUDO DA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Planejamento da fecundidade: gravidezes não desejadas PNDS 1996 e Elza Berquó Liliam P. de Lima

Apresentação Resultados

Assunto : Desnutrição Professora : Enf.: Darlene Carvalho

IDADE GESTACIONAL, ESTADO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO DURANTE A GESTAÇÃO DE PARTURIENTES DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PELOTAS RS

Evolução da desnutrição infantil no Brasil e o alcance da meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

TÍTULO: PROJETO NUTRIR PARA CRESCER: ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA DE PRÉ-ESCOLARES

ALEITAMENTO MATERNO DO PREMATURO EM UMA UNIDADE NEONATAL DA REGIÃO NORDESTE

OFICINA. Produzindo, avaliando e disseminando sínteses de evidências para a tomada de decisão em saúde no Brasil

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE LAJEDO-PE

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição

COMITÊ MUNICIPAL DE ESTUDOS E PREVENÇÃO DAS MORTES MATERNAS DE PORTO ALEGRE (CMEPMM) Relatório da Mortalidade Materna de Porto Alegre 2007

PREVALÊNCIA DE HIPOVITAMINOSE A EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS DO MUNICÍPIO DE GAMELEIRA NA ZONA DA MATA MERIDIONAL DE PERNAMBUCO

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01

I SEMINÁRIO NACIONAL DE COMBATE À FOME OCULTA. Fome oculta: magnitude do problema, prevenção e controle

Profa. Débora Gobbi 1

A Importância do Apoio do Pai do. adequado na Gravidez de Adolescentes

Palavras-chave: Arranjos domiciliares; Benefício de Prestação Continuada; Idoso; PNAD

Alta Mortalidade Perinatal

Efeito dos diferentes regimes alimentares de hemoglobina, nos primeiros meses de vida: um estudo de seguimento.

Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Divulgação dos resultados parciais do programa em 2013.

INFERTILIDADE AUTO-DECLARADA E DESEJO DE FILHOS NA PNDS 2006

Incorporação das novas curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde na Vigilância Nutricional

Agenda de Pesquisas em Alimentação e Nutrição: avanços e desafios ( )

F.17 Cobertura de redes de abastecimento de água

Panorama da Atenção Básica no Estado da Bahia. Salvador, Julho de 2018

Fortificação de alimentos e políticas públicas no Brasil: análise crítica

UNFPA Brasil/Fernando Ribeiro FECUNDIDADE E DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. UNFPA Brasil/Erick Dau

Vegetarianismo na Infância e Adolescência. Ana Paula Pacífico Homem

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO GERAL DA POLÍTICA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

Foto: Alejandra Martins Em apenas 35% das cidades a totalidade das crianças de 0 a 6 anos estão imunizadas (vacinadas) contra sarampo e DTP.

MINISTÁRIO DA SAÚDE GABINETE DO MINISTRO. Portaria N 2.160, de 29 de Dezembro de 1994

Boletim Epidemiológico da Mortalidade Materna em Cuiabá/MT

Trabalho Infantil e Trabalho Infantil Doméstico no Brasil

Perfil socioeconômico e nutricional das crianças inscritas no programa de suplementação alimentar do Centro Municipal de Saúde Manoel José Ferreira

Síntese teórica PNAN Atenção Nutricional Carências de micronutrientes

O SISVAN Web - sistema para monitoramento alimentar e nutricional

Alegre. CâmaraMunicipal. de Porto PROC. Nº 7351/05 PLL Nº 331/05 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

PERFIL ALIMENTAR E ANTROPOMÉTRICO EM PRÉ - ESCOLARES DA REDE PRIVADA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO

Análise da situação alimentar e nutricional no Brasil. Eduardo Nilson CGAN/DAB/MS

Política Nacional de Alimentação e Nutrição no Plano Brasil sem Miséria

Prevalência e fatores associados com deficiência de vitamina A em crianças atendidas em creches públicas do Sudoeste da Bahia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM DANIELA BRAGA LIMA ANEMIA E DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A EM CRIANÇAS BRASILEIRAS

Prevalência de anemia em gestantes acompanhadas nas unidades básicas de saúde do município de Caruaru-PE

Brasília Junho de 2014

VIII. SAÚDE MATERNO-INFANTIL

Obesidade Infantil. Nutrição & Atenção à Saúde. Grupo: Camila Barbosa, Clarisse Morioka, Laura Azevedo, Letícia Takarabe e Nathália Saffioti.

Assunto: Acompanhamento das condicionalidades da Saúde dos beneficiários do Programa Bolsa Família, 2º semestre de 2007.

Deficiência de Iodo - é a causa mais comum e prevenível do retardo mental e danos cerebrais no mundo. 1,4% no Brasil

Determinantes Sociais da Saúde. Professor: Dr. Eduardo Arruda

Ações prioritárias da CGPAN/Ministério da Saúde para o ano de 2007

Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN ampliado -

Estado nutricional de ferro e sua associação com a concentração de retinol sérico em crianças. Resumo. 1 Introdução

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO-GERAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

ÁCIDO FÓLICO. Suplemento Natural Antianêmico. Introdução

INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição

O Projeto Presidente Amigo da Criança tem como objetivo apoiar a implementação e monitorar as

Ciência & Saúde Coletiva ISSN: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

Brasília, 10 a 13 dezembro 2012

Professora adjunta da Faculdade de Nutrição/UFPEL Campus Universitário - UFPEL - Caixa Postal CEP

PROJETO DE LEI Nº 244/2007 Deputado(a) Raul Carrion

BOLSA FAMÍLIA Tecnologia e inovação a serviço do fim da pobreza. V Seminário de Gestão de Tecnologias e Inovação em Saúde Salvador 11/10/2013

25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas

III PESQUISA DE SAÚDE MATERNO INFANTIL E NUTRIÇÃO DO ESTADO DE SERGIPE PESMISE/98

Associação entre deficiência de vitamina A e variáveis socioeconômicas, nutricionais e obstétricas de gestantes

O Brasil possui uma população de , com uma densidade demográfica de 22,42 hab/km²;

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007

Indicadores de Doença Cardiovascular no Estado do Rio de Janeiro com Relevo para a Insuficiência Cardíaca

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

MUNICÍPIO DE CAMARAGIBE, ESTADO DE PERNAMBUCO

TRABALHO DE GEOGRAFIA DE RECUPERAÇÃO 2º ANO

A AVALIAÇÃO DO PERFIL FÉRRICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO HEMATOLÓGICO E LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLINICAS (HEMOCLIN)

Baixado do Site Nutrição Ativa Duração mediana do aleitamento materno e do aleitamento materno exclusivo

Transcrição:

MICRONUTRIENTES Bases epidemiológicas PNDS Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde

A anemia éum problema de saúde pública que afeta paises em desenvolvimento, tendo como principais grupos de risco os lactentes, as crianças e as mulheres em idade fértil, incluindo as gestantes WHO, 2008

A deficiência de Vitamina A está associada à maior prevalência de infecções, mortalidade, retardo de crescimento, queratinização dos epitélios e comprometimento do sistema imune (Eskild e Hansson, 1994; Underwood, 1994; Ferraz et al., 2004; Black, 2003).

Tabela 1 Prevalência de anemia em crianças de 6 a 59 meses por região. Brasil, PNDS 2006 Macrorregião Hemoglobina < 11g/dL (%) n Norte 10,4 832 Nordeste 25,5 665 Sudeste 22,6 680 Sul 21,5 605 Centro-Oeste 11,0 673 p = 0,005 prevalência geral <9,5 g/dl- 8,7%

SITUAÇÃO DA ANEMIA NO BRASIL Estudos isolados em todo o Brasil 6 24 meses - 50 a 70 % < 5 anos 30 a 40% baixa condição socioeconômica. Assunção (dados coletados 2004) estudo de base populacional em Pelotas (RS) <5 anos 30%

Anemia Entre as crianças de 6 a 59 meses encontrou-se associação entre anemia e situação do domicílio: Crianças de áreas urbanas Crianças de áreas rurais P = 0,002

Anemia Entre as crianças não foi observada associação entre anemia e: Classificação socioeconômica Cor da Pele Ordem de nascimento da criança Faixa etária Anos de estudo materno

ANEMIA EM ALAGOAS, Vieira, 2007 <5 anos 45% - Estado de Alagoas 6-12 meses - 75,2% A análise multivariada mostrou as seguintes associações idade da criança <36 meses * diarréia nos últimos 15 dias não suplementação com retinol domicílio com cinco ou mais pessoas# menor estatura materna Santos, I, 2004 (n=304)* # (cor, renda familiar) Assunção, MC, 2007 (n=534) *( renda familiar)

ANEMIA EM MENORES DE CINCO ANOS Resultados dos 35 artigos selecionados últimos 10anos ESC: 52,0% SAU: 64,5% INI: 66,2% POP:47,2% Regina C. S. Vieira, dissertação de Mestrado. UFA

ANEMIA X REGIÕES As prevalências nas regiões Centro Oeste e Norte merecem ser investigadas. Novas investigações Inquéritos dietéticos

Tabela 2 Prevalência de anemia em mulheres não grávidas em idade reprodutiva por região. Brasil, PNDS 2006 Macrorregião Hemoglobina < 12g/dL (%) n Norte 19,3 980 Nordeste 39,1 1168 Sudeste 28,5 1204 Sul 24,8 1159 Centro-Oeste 20,1 1158 p = 0,001

Anemia Entre as mulheres em idade reprodutiva não grávidas encontrou-se associação entre anemia e cor da pele: Mulheres negras Mulheres brancas ou outras P = 0,001

Anemia Entre as mulheres não foi observada associação entre anemia e: Idade Situação de residência Anos de estudo Classificação econômica

ANEMIA ENTRE MULHERES PNDS - 29,2% (40% região Nordeste) Poucos estudos em mulheres no Brasil Doadoras de sangue 19,8%-Cançado et al. 2007. Base populacional- 20% Fabian et al., 2007, PAHO/WHO,2003

ANEMIA EM MULHERES REVISÃO ( > 1990) 30% de anemia entre mulheres não grávidas Mason, Rivers e Helvig (2005) Food and Nutrition bulletin Mulheres iniciam a gravidez com anemia agravando o quadro na gestação (Lopesk, Ferreira e Batista Filho, 1999).

IMPACTO NA MULHER Maior vulnerabilidade Perdas menstruais (0,51 mg por dia mais perdas basais) Falta de assistência especifica (onde focar?) redução na capacidade cognitiva, produtiva e à ocorrência de fadiga Petranovic et al., 2008; Verdon et al., 2003

Anemia nos paises desenvolvidos A prevalência de anemia nos EUA 1999-2000 2% entre crianças de 1 a 2 anos 4% em mulheres de 20 a 49 anos CDC, 2002 Dados de 1990 a 1995 da OMS Mulheres de 15 a 49 anos 10,3% paises desenvolvidos 42,3 % paises em desenvolvimento WHO, 2001

Tabela 3 Prevalência de níveis baixos de retinol em crianças de 6 a 59 meses por região. Brasil, PNDS 2006 Macrorregião Vitamina A < 0,7 µmol/l (%) n Norte 10,7 829 Nordeste 19,0 679 Sudeste 21,6 688 Sul 9,9 615 Centro-Oeste 11,8 688 p = 0,002 prevalência geral- < 0,35 µmol/l-2,1% <1,05 µmol/l- 59,5%

Hipovitaminose A Entre as crianças de 6 a 59 meses encontrou-se associação entre baixos níveis séricos de vitamina A e situação do domicílio e maior idade materna: Crianças de áreas urbanas Crianças de áreas rurais P < 0,04 Idade Materna > 35 anos Idade Materna < 35 anos P < 0,001

Hipovitaminose A Entre as crianças não foi observada associação entre hipovitaminose e: Faixa etária Cor da pele Anos de estudo materno Classificação econômica Ordem da nascimento

HIPOVITAMINOSE EM CRIANÇAS REVISAO valores semelhantes a tres estudos e mais baixos que 12 estudos de todos analisados no Brasil antes de 2000 Ramalho, Flores e Saunders- 2002 Ramalho, Anjos e Flores -2001 19,4% < 0,70µmol/L (PNDS- 17,4%) 35% < 1,05 µmol/l (PNDS- 59,5%)

HIPOVITAMINOSE A EM CRIANÇAS Crianças menores de 6 anos (0,70µmol/L ) Interior do Estado de São Paulo 21,4% Ferraz, Daneluzzi e Vannucchi, 2000 32,4% Ferraz et al., 2004 ///////////////////////////////////////// 32% no Sergipe -Martins, Santos e Assis, 2004) 29% na zona rural de Minas Gerais -Santos et al., 2005 7% em pré-escolares de creches públicas em Recife (PE) (Fernandes et al., 2005). Roncada, 1972, Favaro, 1986 ( 2% <0,35 µmol/l)

Hipovitaminose A em crianças Food and Nutrition Bulletin (Mason, Rivers e Helvig, 2005) prevalência na América do Sul em crianças de seis anos foi de 15% em 2000, observando-se queda desde 1990. As regiões do Nordeste e Sudeste mantém-se como regiões que apresentaram os maiores valores de deficiência de vitamina A entre pré-escolares, confirmando o documento elaborado pela OPAS (Santos, 2002).

HIPOVITAMINOSE A EM MULHERES Prevalência 12,3% Não se tem conhecimento de estudos recentes que tenham avaliado a prevalência de hipovitaminose A em mulheres em idade fértil. Existem poucos estudos em adultos conforme revisões e datam das décadas de 1970 e 1980 Ramalho, Flores e Saunders, 2002; Geraldo et al., 2003

Tabela 4 Prevalência de níveis baixos de retinol em mulheres não grávidas em idade reprodutiva por região. Brasil, PNDS 2006 Macrorregião Vitamina A < 0,7 µmol/l (%) n Norte 11,2 978 Nordeste 12,1 1176 Sudeste 14,0 1206 Sul 8,0 1169 Centro-Oeste 12,8 1169 p = 0,119 prevalência geral- < 0,35 µmol/l-1,9% <1,05 µmol/l- 49,2%

Hipovitaminose A Entre as mulheres em idade reprodutiva não grávidas encontrou-se associação entre baixos níveis séricos de retinol e situação de residência: Mulheres de áreas urbanas Mulheres de áreas rurais P = 0,02

Hipovitaminose A Entre as mulheres não foi observada associação entre hipovitaminose A e: Idade Anos de estudo Classificação econômica Cor da pele

Riscos de hipovitaminose A em mulheres Nível sérico deficiente entre mulheres em idade fértil constitui-se em fator de risco para gerar deficiências na gestação e lactação. Em níveis mundiais estimou-se que 20 milhões de gestantes apresentavam deficiência de vitamina A (< leite menor que 1.05µmol/L) 7 milhões eram deficientes (< 0,70µmol/L) 6 milhões apresentaram nictalopia West, 2002; West, 2003

HIPOVITAMINOSE A Prevalências iguais ou maiores a 15% de níveis baixos de vitamina A na população são consideradas problemas de saúde pública Sommer; Davidson e Annecy Accords, 2002 Medidas que mudem esse panorama no Brasil, especialmente nas regiões do Nordeste e Sudeste.

LOCAL DE RESIDÊNCIA A PNDS mostrou resultado inesperado uma vez que a residência do domicilio na zona rural conferiu menor exposição as deficiências de micronutrientes. Níveis séricos de micronutrientes são facilmente modificáveis e que vários aspectos podem influenciá-los, como o ano e período da coleta, macrorregião do País, alimentação recente e técnica utilizada para a dosagem.

Vitamina A e países desenvolvidos Prevalência de valores <0,70 µmol/l Estados Unidos, 1980 e 1990 hipovitaminose A mulheres de 18 a 45 anos era de 0,2% a 1,1% < seis anos de 3,9 a 4,7% Mulheres <0,70 µmol/l Canadá, - 3% França - 0,1%. WHO, 2006

CONCLUSÕES Os resultados da PNDS 2006 sobre a prevalência de anemia e níveis baixos de retinol sérico em crianças menores de cinco anos e em mulheres em idade fértil fundamentam a preocupação com a situação nutricional de micronutrientes. ANEMIA(WHO,2001) Deficiência Vitamina A(WHO,1995) <4,9% - esperado < 10% - Leve 10 20% -leve 20 39,9% - moderado 10-20%- moderada 40% - grave

CONCLUSÕES Como não há outra pesquisa nacional sobre esses desfechos, torna-se difícil analisar a tendência dessa situação no País. Com base em outros estudos da literatura, é possível concluir que a prevalência de anemia entre crianças apresenta tendência de diminuição, mas em mulheres, os valores são elevados em todas as macrorregiões.

vitolo@ufcspa.edu.br