O artigo 156 do CTN elenca 11 modalidades distintas de extinção do crédito tributário. Vejamos:



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Transcrição:

11. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Nos MA s anteriores vimos que a obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato gerador e o crédito tributário é constituído a partir do lançamento tributário, podendo, contudo, ter sua exigibilidade suspensa nos casos previstos no artigo 151 do Código Tributário Nacional. De agora em diante passaremos a analisar as formas pelas quais o crédito tributário se extingue. É saber o que causa o fim da relação jurídico-tributária. O artigo 156 do CTN elenca 11 modalidades distintas de extinção do crédito tributário. Vejamos: I - PAGAMENTO Do artigo 157 ao 168 o CTN cuidou de trazer as peculiaridades da principal forma de extinção do crédito tributário, do pagamento. Segundo o artigo 157 do CTN, a imposição de penalidade não afasta o pagamento integral do crédito tributário. Presunção de pagamento Não há presunção de pagamento quando é realizado o pagamento parcial do crédito, referente as prestações que o decomponha e quando realizado o pagamento total de outros crédito referentes ao mesmo ou a outro tributo, é o que prevê o artigo 158 do CTN. Local de pagamento O CTN, em seu artigo 159 estabelece que o local de pagamento, sempre que a legislação não dispuser d modo diverso, será competente o domicílio do sujeito passivo. Porém, hoje em dia este artigo pode ser considerado ultrapassado, uma vez que o pagamento pode ser realizado em qualquer agência bancária, e até mesmo pela internet. Momento de pagamento Sempre que a legislação não dispuser de modo diverso, o vencimento do crédito ocorrerá 30 dias após a notificação do contribuinte da ocorrência do lançamento em virtude do princípio da publicidade, assim estabelece o artigo 160 do CTN. Por isso, quando alguém recebe um Auto de Infração deve guardar tanto o auto quanto o envelope, onde consta um número através do qual pode-se verificar a data em que a carta foi entregue e realizar a contagem do prazo. Consequências da mora O não pagamento integral do crédito no prazo de vencimento implica no acréscimo de juros de mora, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades cabíveis. No entanto, excepcionalmente, pode acontecer que em caso de greve o Fisco dê alguma prorrogação.

Em âmbito Federal os juros de mora utilizam a taxa SELIC para o cálculo. No estado de São Paulo há a utilização de uma taxa maior que a SELIC, a qual foi julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, porque os entes federados podem utilizar outro índice, desde que não ultrapasse a taxa SELIC. Se o contribuinte tiver alguma dúvida quanto ao pagamento, poderá instaurar processo de consulta junto ao Fisco e, enquanto aguarda resposta, os débitos ficam suspensos, não incidindo, portanto, juros de mora. Há discussão, contudo, quanto à incidência de correção monetária. Formas de pagamento Conforme preleciona o art. 162, o pagamento é efetuado (i) em moeda corrente, cheque ou vale postal e, (ii) nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. O vale postal era utilizado há alguns anos atrás, não é mais utilizado hoje em dia. Quanto a estampilha, há algum tempo atrás o Fisco havia imposto a condição de estar com os tributos em dia para poder comprá-la, a qual é requisito para a comercialização do cigarro, tendo essa norma suportado grandes discussões quanto a sua constitucionalidade. Quando o pagamento for realizado com cheque, ele somente será constatado quando for compensado. Imputação de pagamento Esse ponto costuma ser recorrente nos exames e concursos e tem sua disciplina no artigo 163 do CTN. A imputação de pagamento pode ocorrer quando há mais de um débito perante o mesmo ente federativo, de modo que ele poderá imputar, na seguinte ordem: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; Ex.: José tem dívida própria de ISS e, dívida, também de ISS, na qualidade de responsável tributário. Se ele pagar primeiramente a dívida da qual é responsável, o Fisco poderá alocar este pagamento no sistema na dívida própria, fazendo assim, a imputação do pagamento. II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;

Ex.: IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO Espécie tributária Espécie de dívida Ordem de pagamento ICMS Própria 4 ICMS Responsável 5 Contribuição de Melhoria Própria 1 Taxa Própria 2 Taxa Responsável 3 Para melhor rendimento de seus estudos, caro aluno, sugiro que crie situações hipotéticas de dívidas e, após tente realizar os pagamentos na ordem indicada pelo CTN, conforme exemplo acima. Assim, fixará tanto a ordem legal, quanto a sua racionalidade. III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; Ex.: I I I 30.09.2008 30.09.2011 20.09.13 Se o contribuinte pagasse primeiro o de vencimento em 20.09.13, haveria imputação dele para o de 30.09.2008. IV - na ordem decrescente dos montantes. Ex.: Tendo em vista os valores correspondentes, o pagamento deveria ser realizado na seguinte ordem: I I I R$ 100.000,00 R$ 50.000,00 R$ 20.000,00 II - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA Preleciona o CTN: Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e

certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. Por exemplo, uma lei Federal estabeleceu a possibilidade de realizar a compensação do valor pago além do valor da dívida de IPI, por outros débitos da União. Somente poderá ser realizada a compensação nos termos da lei específica (será uma lei ordinária). No Município de São Paulo não há lei autorizando a compensação. Segundo o artigo 170-A do CTN, é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Desse modo, a compensação por decisão judicial somente se dará após o trânsito em julgado da decisão. No entanto, nos casos de ADI ou RE que julgou inconstitucional certa norma, o TRF3 vem flexibilizando o disposto no artigo 170-A permitindo, por meio de liminar, a compensação. III - TRANSAÇÃO IV - REMISSÃO Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. Remissão é perdão da dívida, que pode ser total ou parcial, o qual se dará por despacho fundamentado da autoridade administrativa, desde que atenda: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário;

IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Ela poderá ser revogada de ofício sempre que for identificado que o beneficiado deixa de satisfazer as condições que a ensejou, bem como nas demais hipóteses descritas no artigo 155 do CTN. V A PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA Ambas as formas de extinção do crédito tributário serão abordadas no próximo MA, o qual será exclusivamente sobre o tema, em virtude dos seus desdobramentos e das discussões que envolvem o assunto. VI A CONVERSÃO DE DEPÓSITO EM RENDA Quando o contribuinte ingressa com a ação de consignação em pagamento, prevista no art. 164 do CTN e 890 e ss. Do CPC, seu pedido principal é para que o juiz converta em renda o depósito realizado, com o fito de ver cumprida sua obrigação tributária. O contribuinte, ao realizar o depósito, seja na ação de consignação em pagamento ou para pedir a suspensão da exigibilidade do crédito tributário ( Art.151, II, CTN) deseja afastar a mora e a incidência de multas ou juros. VII O PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO Se dá nos termos do disposto no artigo 150 e seus 1º e 4º. VIII - A CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, NOS TERMOS DO DISPOSTO NO 2º DO ARTIGO 164; Primeiramente, vale observar que para a doutrina a consignação em pagamento é uma forma de pagamento, de modo que o legislador não precisaria ter feito este desdobramento nos incisos do artigo 156 do CTN. Consignação Judicial é uma ação judicial. Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. Exemplo: SP (exame laboratorial) 2% vs Barueri (foi encaminhado a coleta para o exame laboratorial) 5%. Ambas as cidades cobram o ISS. O contribuinte deve consignar em pagamento o valor e decidir judicialmente a quem pagar. Será preciso depositar os 5% e não os 2%. 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. Consignação em pagamento vs ação declaratória com depósito judicial A consignação em pagamento já é o pagamento, enquanto que o depósito em juízo serve apenas para garantir o juízo. Por isso, muitos escritórios preferem entrar com a ação declaratória de inexistência de relação jurídica, fazendo o depósito judicial e requerendo a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. IX - A DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL É assim entendida a decisão definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória, de modo que se ela julgar pela anulação do crédito tributário ora em debate, ele estará extinto. X - A DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO. A decisão judicial transitada em julgado, assim entendida aquela da qual não couber mais recursos, que determinar a anulação do crédito tributário é o bastante para extingui-lo em definitivo.

XI A DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS, NA FORMA E CONDIÇÕES ESTABELECIDAS EM LEI. Será necessária a existência de lei que regule essa questão. A partir dela, será possível que o particular dê seu bem imóvel para fazer jus ao crédito tributário e, assim, extingui-lo. Conceitos fundamentais --------------- - Estampinha - aquela que vem no cigarro e em algumas bebidas alcoólicas. - Remissão - perdão da dívida. - Remição - resgatar a dívida. Direito positivo ------------------------ Constituição Federal, Código Tributário Nacional, artigo 156-172. Jurisprudência --------------------- - PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ICMS. MANDADO DE SEGURANÇA. APREENSÃO DE MERCADORIAS. EXISTÊNCIA DE DÉBITOS COM A FAZENDA PÚBLICA. PRINCÍPIO DO LIVRE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ECONÔMICA. ARTIGO 170, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SÚMULA N.º 547 DO STF. 1. O Poder Público atua com desvio de poder ao apreender equipamentos industriais a serem utilizados na produção da recorrente, sob a argumentação de inadimplemento do diferencial de alíquota do ICMS. (artigo 170, parágrafo único, da Carta Magna). 2. A sanção, que por via oblíqua objetive o pagamento de tributo, gerando a restrição ao direito de livre comércio, é coibida pelos Tribunais Superiores através de inúmeros verbetes sumulares, a saber: a) "é inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo" (Súmula n.º 70/STF); b) "é inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos" (Súmula n.º 323/STF); c) "não é lícito a autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais" (Súmula n.º 547/STF); e d) "É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado" (Súmula n.º 127/STJ). 3. Destarte, é defeso à administração impedir ou cercear a atividade profissional do contribuinte, para compeli-lo ao pagamento de débito, uma vez que este procedimento redundaria no bloqueio de atividades lícitas, mercê de

representar hipótese da autotutela, medida excepcional ante o monopólio da jurisdição nas mãos do Estado-Juiz. 4. Recurso especial provido. (REsp 899.664/AL, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/12/2007, DJe 08/05/2008) Bibliografia indicada -------------- -------------- Sabbag, Eduardo; Manual de Direito Tributário, 4ª ed., São Paulo: Saraiva, 2012. Schoeuri, Luis Eduardo; Direito Tributário, 2ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2012. Veja na prática ---------- -------------- -------------- Texto do Conjur sobre novas formas de extinção do crédito tributário. Link direto: http://www.conjur.com.br/2007-out- 07/novas_formas_alternativas_extincao_credito_tributario Testes -----------------------------_----- --------------- -- 40. (Prova: FCC 2012 TCE-AP Analista de Controle Externo) A anistia, isenção em caráter não geral e remissão têm em comum o fato de serem a) causas de extinção do crédito tributário. b) causas de exclusão do crédito tributário. c) causas de suspensão do crédito tributário. d) formas de renúncia de receita tributária. e) hipóteses de não incidência qualificada. 41. (Prova: FCC 2011 TCM-BA Procurador Especial de Contas) O pagamento é a forma mais rudimentar de extinção do crédito tributário. Sobre o pagamento, é INCORRETO afirmar: a) Haverá presunção de pagamento integral do crédito tributário quando, tratando-se de pagamento em parcelas, se comprovar o pagamento da última parcela.

b) O vencimento do crédito tributário ocorre em 30 dias, a contar da data da notificação válida do lançamento feita ao sujeito passivo, desde que a legislação tributária específica não fixe o tempo para pagamento. c) Os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês, se a lei não dispuser de modo diverso. d) Na pendência de consulta tempestiva formulada ao Fisco, não haverá incidência de acréscimos decorrentes da mora. e) O pagamento em cheque somente opera a extinção do crédito tributário após o resgate do título pelo sacado. 42. (Prova: FCC 2011 PGE-MT Procurador) São causas de extinção do crédito tributário que dependem de lei específica do ente político competente para serem aplicadas: a) moratória e parcelamento. b) transação e compensação. c) isenção e remissão. d) conversão do depósito em renda e decadência. e) dação em pagamento de bem móvel e prescrição. 43. (Prova: FCC 2011 MPE-CE Promotor de Justiça) Sobre anistia e remissão é correto afirmar que a) a anistia é causa de extinção e a remissão é causa de exclusão do crédito tributário. b) a multa só é alcançada pelo perdão concedido na anistia. c) enquanto a anistia é perdão da infração, afastando a constituição do crédito tributário relativamente à multa, a remissão é perdão do crédito tributário, exitinguido-o. d) a remissão é o perdão do crédito tributário apenas em relação ao tributo; a anistia é o perdão da multa, exclusivamente.

e) tanto a anistia como a remissão são causas de extinção do crédito tributário, sendo concedidas por lei, que poderá fazer a concessão em caráter geral ou limitadamente. 44. (Prova: FCC 2009 TCE-GO Analista de Controle Externo) Determinado contribuinte quitou seu débito tributário por meio de cheque. Todavia, o cheque foi devolvido pelo sacado por falta de fundos. Nesse caso, o crédito tributário a) considera-se extinto a partir do recebimento do cheque, devendo o Fisco executar este título executivo extrajudicial por meio de execução fiscal. b) considera-se extinto, pois poderia o Fisco ter se recusado a receber pagamento por meio de cheque. Como não o fez, não há como cobrar o valor correspondente ao crédito tributário. c) não está extinto, uma vez que o crédito pago por meio de cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. d) não está extinto, pois não se admite, em nenhuma hipótese, o pagamento de crédito tributário por meio de cheque. e) perde a natureza tributária e os privilégios que lhe são inerentes, tornandose o Fisco mero credor quirografário, devendo promover execução cível. 45. (Prova: FCC 2012 TCE-AP Analista de Controle Externo) A anistia, isenção em caráter não geral e remissão têm em comum o fato de serem a) causas de extinção do crédito tributário. b) causas de exclusão do crédito tributário. c) causas de suspensão do crédito tributário. d) formas de renúncia de receita tributária. e) hipóteses de não incidência qualificada. 46. (Prova: FCC 2011 TCM-BA Procurador Especial de Contas) O pagamento é a forma mais rudimentar de extinção do crédito tributário. Sobre o pagamento, é INCORRETO afirmar: a) Haverá presunção de pagamento integral do crédito tributário quando, tratando-se de pagamento em parcelas, se comprovar o pagamento da última parcela.

b) O vencimento do crédito tributário ocorre em 30 dias, a contar da data da notificação válida do lançamento feita ao sujeito passivo, desde que a legislação tributária específica não fixe o tempo para pagamento. c) Os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês, se a lei não dispuser de modo diverso. d) Na pendência de consulta tempestiva formulada ao Fisco, não haverá incidência de acréscimos decorrentes da mora. e) O pagamento em cheque somente opera a extinção do crédito tributário após o resgate do título pelo sacado. 47. (Prova: FCC 2011 PGE-MT Procurador) São causas de extinção do crédito tributário que dependem de lei específica do ente político competente para serem aplicadas: a) moratória e parcelamento. b) transação e compensação. c) isenção e remissão. d) conversão do depósito em renda e decadência. e) dação em pagamento de bem móvel e prescrição. 48. (Prova: FCC 2011 MPE-CE Promotor de Justiça) Sobre anistia e remissão é correto afirmar que a) a anistia é causa de extinção e a remissão é causa de exclusão do crédito tributário. b) a multa só é alcançada pelo perdão concedido na anistia. c) enquanto a anistia é perdão da infração, afastando a constituição do crédito tributário relativamente à multa, a remissão é perdão do crédito tributário, exitinguido-o. d) a remissão é o perdão do crédito tributário apenas em relação ao tributo; a anistia é o perdão da multa, exclusivamente. e) tanto a anistia como a remissão são causas de extinção do crédito tributário, sendo concedidas por lei, que poderá fazer a concessão em caráter geral ou limitadamente.

49. (Prova: FCC 2009 TCE-GO Analista de Controle Externo) Sobre prescrição e decadência em matéria tributária, considere: I. A decadência é a perda do direito do Fisco de cobrar o crédito tributário. II. A prescrição para cobrança do crédito tributário é de cinco anos, a contar da constituição definitiva do mesmo. III. A decadência se interrompe com a notificação válida do lançamento. IV. A prescrição se interrompe, dentre outras causas, por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. V. O prazo prescricional tem termo inicial no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) II, III e IV. c) II, IV e V. d) I, II, III e IV. e) I, II, IV e V. 50. ( Prova: FCC 2009 TCE-GO Analista de Controle Externo) NÃO é forma de renúncia de receita a) o parcelamento. b) a anistia. c) a isenção. d) a remissão. e) a redução de alíquota. 51. (Prova: FCC 2009 TCE-GO Analista de Controle Externo) Determinado contribuinte quitou seu débito tributário por meio de cheque. Todavia, o cheque foi devolvido pelo sacado por falta de fundos. Nesse caso, o crédito tributário

a) considera-se extinto a partir do recebimento do cheque, devendo o Fisco executar este título executivo extrajudicial por meio de execução fiscal. b) considera-se extinto, pois poderia o Fisco ter se recusado a receber pagamento por meio de cheque. Como não o fez, não há como cobrar o valor correspondente ao crédito tributário. c) não está extinto, uma vez que o crédito pago por meio de cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. d) não está extinto, pois não se admite, em nenhuma hipótese, o pagamento de crédito tributário por meio de cheque. e) perde a natureza tributária e os privilégios que lhe são inerentes, tornandose o Fisco mero credor quirografário, devendo promover execução cível. 52. (Prova: FCC 2009 TCE-GO Analista de Controle Externo) O Código Tributário Nacional elenca as hipóteses de extinção do crédito tributário. Sobre esta matéria, é correto afirmar que a) haverá presunção de pagamento total de um crédito tributário quando o contribuinte prova o pagamento da última parcela. b) não se admite, em matéria tributária, a concessão de desconto pela antecipação do pagamento de um crédito. c) na pendência de consulta formulada pelo devedor, não haverá incidência de juros de mora e penalidades previstas em lei, no caso de não pagamento do crédito no vencimento. d) a transação celebrada em processo judicial, com concessões mútuas, para solução do litígio e extinção do crédito tributário dependerá apenas da homologação judicial do acordo. e) a remissão total do crédito tributário poderá ser concedida em caráter geral, diretamente pela lei concessiva, sem necessidade de preenchimento de requisitos legais por parte do contribuinte beneficiado.