Análise das Contas do Grupo do Ativo Circulante

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Transcrição:

Análise das Contas do Grupo do Ativo Circulante A Lei nº 6.404/76 estabelece, em seu art. 178 que no Ativo as contas dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez. Bens e direitos que serão transformados em dinheiro, consumidos ou vendidos em um período inferior a um ano. 1. Disponibilidades 2. Investimentos Temporários 3. Contas a Receber 4. Estoques 5. Despesas antecipadas 6. Ativo não circulante- Realizável a Longo Prazo 1 Prof. Ms. José R. de Castro

Contas a Receber As CONTAS a receber originam-se no curso normal das operações da empresa pela venda a prazo de mercadorias ou serviços, representando um direito a cobrar de seus clientes. As contas a receber representam, um dos mais importante ativo da empresa. 2 Prof. Ms. José R. de Castro

Contas a Receber A) Contabilização: D Contas a receber/clientes/duplicatas a receber C Receita com vendas B) Critério de avaliação: As contas a receber devem ser avaliadas pelo seu valor líquido de realização. Fazer ajuste PECLD (Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa CPC 48-IFRS-5) e; ajuste a valor presente quando for necessário (CPC-12) 3 Prof. Ms. José R. de Castro

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa A partir de 2018 o IFRS 9 e o CPC 48 substituiu o modelo de perdas incorrida (Impairment) da IAS39-CPC38 do contas a receber por um modelo de perdas esperadas. A) Perdas Incorridas (exemplos) (anterior a 2018) inadimplências já existentes: Ex. atrasos já ocorridos, notícias já veiculadas de falências, recuperação judicial, inadimplência junto a outras entidades etc. inadimplências futuras: (fatos conhecidos) Níveis de desemprego crescentes, crises de liquidez na economia, etc. B) Perdas Esperada em Credito de Liquidação Duvidosa (PECLD) (pós 2018) análises de risco feitas individualmente com base nas perdas futuras; Para prever as perdas as empresas precisaram criar modelos preditivos; considerar comportamento histórico. 4 Prof. Ms. José R. de Castro

Perdas Estimadas em Créditos de Liqquidação Duvidosa Conforme o quadro abaixo no dia 10 de abril de XX a Empresa Tamborzé realizou vendas para quatro clientes. As vendas foram segregadas por classe de risco com base nos seus modelos preditivos de perdas esperadas para credito de liquidação duvidosa (PECLD) Classe de Contas a PECLD PECLD Líquido devedor receber % $ $ Classe A R$10.000,00 0,50% R$50,00 R$9.950,00 Classe B R$14.000,00 1,00% R$140,00 R$13.860,00 Classe C R$12.000,00 2,00% R$240,00 R$11.760,00 Classe D R$16.000,00 2,50% R$400,00 R$15.600,00 R$52.000,00 R$830,00 R$51.170,00 A análise do risco de crédito foi feita individualmente por devedor, Os percentuais de PECLD são distintos para cada classe de risco. 5 Prof. Ms. José R. de Castro

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa Contabilização: 1. Constituição: D Despesas operacionais (despesas de Vendas) C PECLD 2.Realização da PECLD: Quando a PCLD foi suficiente para cobrir a perda ocorrida. Recebimento do cliente D- Caixa ou Banco C- Contas a receber Realização da PECLD D PCLD C Contas a receber 6 Prof. Ms. José R. de Castro

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa 3.Insuficiência em relação à perda ocorrida : Recebimento dos clientes que efetivaram os pagamentos. D-Caixa ou Banco C-Contas a receber Realização da PECLD D PCLD C Contas a receber Reconhecimento das perdas dos clientes (Incobráveis) D-Perdas com incobráveis C-Contas a receber 4.Quando a provisão é maior que a perda ocorrida (Reversão da PECLD) Recebimento dos clientes que efetivaram pagamento. D-Caixa ou Banco C-Contas a receber Reversão de PECLD D PCLD C Outras receitas operacionais ( ou recuperação de despesas 7 Prof. Ms. José R. de Castro

ATIVIDADE Classe de Contas a PECLD PECLD Líquido devedor receber % $ $ Classe A R$10.000,00 0,50% R$50,00 R$9.950,00 Classe B R$14.000,00 1,00% R$140,00 R$13.860,00 Classe C R$12.000,00 2,00% R$240,00 R$11.760,00 Classe D R$16.000,00 2,50% R$400,00 R$15.600,00 R$52.000,00 R$830,00 R$51.170,00 Isto posto, pede-se: a) Contabilizar a operação da venda do Cliente (classe A) b) Efetuar a constituição da provisão do Cliente (classe A) c) Contabilizar a Reversão de PECLD Cliente Classe A (considerando que o cliente quitou integralmente a dívida) Contabilização da Venda do Cliente classe A D- Contas receber C- Receita de Vendas Constituição da PECLD D- Despesas Operacionais (despesas de vendas) C- PECLD Reversão da PECLD D- PECLD C- Despesas Operacionais (despesas de vendas) 8 Prof. Ms. José R. de Castro

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa 9 Prof. Ms. José R. de Castro FONTE: http://ri.suzano.com.br/ptb/6941/636216.pdf

QUADRO DE LIMITES DE DAS REGRAS FISCAIS (A Lei 13097/2015 ) Limite por operação Crédito sem garantias Até R$ 15.000 Acima de R$ 15.000 Até R$100.000 Acima de R$ 100.000 Limite por operação Acima de R$ 50.000 Acima de R$ 50.000 Vencido há mais de 6 meses Vencido há mais de 1 ano -Independetemente de iniciados os procedimentos de cobrança administrativa. Vencido há mais de 1 ano - iniciados e mantidos os procedimentos de cobrança judicial Crédito com Garantias Vencido há mais de 2 anos -Independetemente de iniciados os procedimentos de cobrança administrativa. Vencido há mais de 2 anos - iniciados e mantidos os procedimentos de cobrança judicial 10 Prof. Ms. José R. de Castro

VALOR PRESENTE BR GAAP CPC 12 Lei 11.638/07 passou a exigir a obrigatoriedade do ajuste a valor presente nos realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante, também nos de curto prazo. As normas internacionais tratam desse assunto em inúmeros documentos, e este CPC está emitindo seu Pronunciamento Técnico CPC 12 sobre essa matéria com base em pesquisa feita junto a todas as normas internacionais. Objetivo do Pronunciamento: especificar procedimentos para cálculo desses ajustes a valor presente no momento inicial em que tais ativos e passivos são reconhecidos, bem como nos balanços subsequentes 11 Prof. Ms. José R. de Castro

MENSURAÇÃO A mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no "reconhecimento inicial" de ativos e passivos de longo e de curto prazo que sejam relevantes. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto prazo, devem ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais. A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base exponencial pro rata die, a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam.. 12 Prof. Ms. José R. de Castro

ATIVIDADE -1 Questão (Contador TRE CE FCC 2012): A Empresa Aviamento S.A possui em seus passivos fornecedores que financiaram Bens de Capital à empresa em quatro anos. A empresa produz máquinas de costura e para viabilizar seus clientes tem como política de vendas, oferecer a seus clientes prazos de 360, 720 e 900 dias, com juros prefixados de 30% a.a.. Há em sua carteira de clientes operações com todos os prazos, dessa forma pode-se afirmar que de acordo com as leis e normas contábeis vigentes, que: a) é opcional o reconhecimento do ajuste a valor presente, uma vez que as operações são de longe prazo afetando os resultados durante um longo tempo. b) somente as operações com prazo de 360 dias devem ser ajustadas a valor presente, uma vez que geram maior volume de juros nas operações. c) todas as operações devem obrigatoriamente ser ajustadas por conterem juros embutidos, independente da relevância do ajuste. d) não há necessidade de efetuar o ajuste a valor presente, uma vez que os juros já foram reconhecidos e estão embutidos nas vendas efetuadas e nos financiamentos. efeito relevante. e) as transações de curto prazo podem ser ajustadas se o ajuste a valor presente for relevante e as de longo prazo devem ser ajustados obrigatoriamente 13 Prof. Ms. José R. de Castro

VALOR JUSTO X VALOR PRESENTE Valor justo e valor presente não são sinônimos. A aplicação do conceito de ajuste a valor presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Qual a diferença entre AVP e valor justo? Valor justo (fair value) É o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Valor presente (present value) É a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. 14 Prof. Ms. José R. de Castro

EXEMPLO DE VALOR PRESENTE Supondo que uma empresa esteja avaliando um fluxo de caixa gerado por um guindaste A empresa espera benefícios anuais de caixa de $ 10.000, $ 15.000,00,$ 20.000,00 e R$ 10.000 nos próximos 4 anos e definiu uma taxa de desconto de 20%. Calcular o valor presente> 10.000 15.000 20.000 10.000 i= 20% n 4 anos VP? 15 Prof. Ms. José R. de Castro

Taxas de Juros Taxa de juros é explícita ( descrita e conhecida no contrato da operação); Comparar entre a taxa de juros da operação e a taxa de juros de mercado, na data da origem da transação. Taxa de juros implícita (desconhecida, mas embutida na precificação inicial da operação pela entidade no ato da compra ou da venda). estimar a taxa da transação, considerando as taxas de juros de mercado. Utilizar uma taxa de desconto que reflita juros compatíveis com a natureza, do prazo e os riscos relacionados à transação. O uso de taxa de juros única para todas as transações que envolvem ativos e passivos não é, em um procedimento aceitável. Exceto grupo de passivos com características semelhantes ( ex.grupo de contas a receber e de fornecedores). 16 Prof. Ms. José R. de Castro

Ajuste a Valor presente para contas ativas Lei 11.638/07 art. 183 prevê em seu inciso VII: os elementos do ativo decorrentes de operações de longo aprazo serão ajustado a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante O registro do ajuste a valor presente deverá ocorrer já no momento inicial da transação. Por exemplo, em uma transação de venda de mercadorias a longo prazo, o desconto relativo ao valor presente deverá ser registrado no mesmo momento em que for reconhecida a receita de vendas. CONTABILIZAÇÃO Pela transação de venda: Débito: Contas a receber a longo prazo (não circulante): Crédito: Receita bruta de vendas: Pelo registro do ajuste a valor presente no momento em que é realizada a venda: Débito: Receita bruta de vendas: Crédito : A.V.P - Receita financeira comercial a apropriar (redutora das contas a receber a longo prazo): Mês a mês receita financeira comercial a apropriar: Débito : A.V.P - Receita financeira comercial a apropriar Crédito : Receita financeira Comercial 17 Prof. Ms. José R. de Castro

ATIVIDADE - 2 Questão (Técnico de Contabilidade Petrobrás Cesgranrio adapatda ): Admita que uma empresa faça a venda de um bem por 300.000,00, sendo 120.000,00 em dinheiro e 180.000,00 representados por l promissórias anuais de 60.000,00 cada uma, e que, na data da operação, a taxa de juros seja de 12% ao ano. Pede-se: a) Fazer ajuste a valor presente dos fluxos futuros; b) Contabilizar os eventos; c) Demonstrar os cálculos. 18 Prof. Ms. José R. de Castro

Entrada $ 120.000 $ 60.000 $ 60.000 $ 60.000 VF= $ 180.000 0 1 ano 2 ano 3ano Taxa de descontos 12% VP? Período 3 Juros do período VF-VP 19 Prof. Ms. José R. de Castro

CONTABILILZAÇÃO Pela transação de venda: D- Caixa/Banco (AC) D- Contas a Receber LP (ÑC) C- Receita bruta de vendas: Pelo registro do ajuste a valor presente no momento em que é realizada a venda: D- Receita bruta de vendas: C- AVP- Receita Fin.Comal a apropriar (redut. de C. receber LP) 20 Prof. Ms. José R. de Castro

ATIVIDADE -3 (Questão auditor Infraero adaptada): Uma empresa varejista de utilidades domésticas,efetuou,em uma mesma data, várias vendas com prazo de 60 dias no valor total de $ 472.500. O valor das vendas é relevante para a entidade, O contador da entidade estimou a taxa de juros ajustada para o risco da carteira de clientes em 5% ao bimestre. Pede-se: Fazer ajuste a valor presente dos fluxos futuros; Contabilizar os eventos; Demonstrar os cálculos 21 Prof. Ms. José R. de Castro

Cálculo do AVP Contabilização Inicial $ 472.500 VP? 0 1 mês 2 mês Taxa de descontos 5% Período 1 Juros do período VF-VP = Pela transação de venda: D- Contas a Receber (ac) C- Receita bruta de vendas: Pelo registro do ajuste a valor presente no momento em que é realizada a venda: D- Receita bruta de vendas: C- AVP- Receita Fin.Comal a apropriar (redut. de C. receber ) 22 Prof. Ms. José R. de Castro

Contabilização Subsequente Meses Saldo Líquido Taxa 1º 2º Reconhecimento do resultado Mês a mês receita finceira Comer cial a apropriar: 1º mês D- AVP- Receita financeira comercial a apropriar C- Receita financeira comercial Mês a mês receita finceira Comer cial a apropriar: 2º mês D- AVP- Receita financeira comercial a apropriar C- Receita financeira comercial 23 Prof. Ms. José R. de Castro

ATIVIDADE -4 A empresa Tamborzé fez uma transação de venda de mercadorias a longo prazo,a venda foi negociada pelo valor prefixado de RS 10.000, para ser recebida daqui a 14 meses, e que a taxa de juros da operação, conhecida, seja de 2% ao mês. Pede-se a) montar a planilha de cálculo do período b) efetuar os registros contábeis 24 Prof. Ms. José R. de Castro

PLANILHA DE CÁLCULO Meses Saldo Líquido Taxa SI 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 25 Prof. Ms. José R. de Castro Reconhecimento do resultado do período

Pela transação de venda: Contabilização - Pelo registro do ajuste a valor presente no momento em que é realizada a venda: Mês a mês receita finceira Comer cial a apropriar: 26 Prof. Ms. José R. de Castro

ATIVIDADE -5- contas passivas- A empresa Tamborzé realizou compras de mercadorias a prazo de 4 meses no valor total de 259.200,00. O valor das compras é relevante para a entidade e a taxa implícita na operação foi de 6% ao mês. Pede-se registror a operação de acordo com as atuais Normas Brasileiras de Contabilidade. 27 Prof. Ms. José R. de Castro

VF 0 1 2 3 4 Taxa de descontos Período VP Juros do perído VF-VP Juros mês/mês= Meses Saldo Líquido SI 1º 2º 3º 4º Taxa Reconhecimento do resultado do período 28 Prof. Ms. José R. de Castro

Pela transação da compra D- Merc adoria (AC) D- AVP Fornecedores: C- Fonecedores: CONTABILIZAÇÃO a) Apropriação dos encargos financeiros D- Encargos financeiros (DRE) C- Encargos financeiros a transcorrer 29 Prof. Ms. José R. de Castro

Atividades para casa Suponha que a empresa Tamborzé tenha comprado máquina a prazo no valor de $ 50.157,00 a qual será paga em 5 parcelas anuais de $ 10.031,40. A taxa de juros tratada nessa operação é de 20% ao ano. Pede-se: a) contabilizar a operação na compra b) Contabilizar a apropriaçao dos encargos financeiros no primeiro ano c) Contabiliza a parcela do financiamento no primeiro ano d) Representar os eventos no Balanço partrimonial 30 Prof. Ms. José R. de Castro

IMÓVEIS- ATIVIDADE para casa A Tamborzé fez e uma venda de imóvel por $ 15.000 mil, pago com entrada de $6.000 mil em dinheiro e 3 (três) notas promissórias anuais de $ 3.000 mil cada uma embutido uma taxa de juro de 14,25 % ao ano Pede-se: a) contabilizar a operação na venda b) Contabilizar a apropriaçao dos encargos financeiros no primeiro ano c) Contabiliza a parcela do financiamento no primeiro ano 31 Prof. Ms. José R. de Castro

Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação das empresas e envolvem problemas de administração, controle,contabilização e, principalmente avaliação. Orientação CP 16 IAS 02: orientação sobre a determinação do valor de custo dos estoques e sobre o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido. Apuração do Custo: Custo de aquisição e demais custos adicionais para o produto esteja na empresa - ICMS, IPI, PIS, COFINS quando não recuperável. Métodos de custeio Estoques PEPS Primeiro que entra, primeiro que sai UEPS Último que entra, primeiro que sai MPM Média ponderada móvel. 32 Prof. Ms. José R. de Castro

Definição da Norma A ENTIDADE AVALIA ESTOQUES PELO MENOR VALOR ENTRE O CUSTO E O PREÇO DE VENDA ESTIMADO, DIMINUÍDO DOS CUSTOS PARA COMPLETAR A PRODUÇÃO E DESPESAS DE VENDA. CUSTOS x VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO, DOS DOIS O MENOR. O valor realizável líquido: entende-se o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. O valor realizável líquido refere-se ao montante líquido que a empresa espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. Classificada como redutora do grupo de estoques. reconhecida em conta específica (Despesas com Perda Estimada para Redução ao Valor Realizável Liquido- INDEDUTÍVEL) 33 Prof. Ms. José R. de Castro

Valor realizável Líquido Conforme determina CPC 16 -O valor de custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor. Isto posto, conforme os dados do produto abaixo, calcular o valor realizável líquido e contabilizar os eventos. Cálculo da perda por auste de valor demercado dos estoques Estoques a valor de custo histórico 15.600 Estoques a valor de mercado 14.200 Diferença Registros contábeis da perda por ajuste dos estoques a valor de mercado D- Com perdas de estoques (resultado) C- Perda por ajuste dos estoques a valor de mercado* * redutora de estoques 34 Prof. Ms. José R. de Castro

Matéria Prima Qde. Atividade 2 Custo histórico Unitário Custo Histórico Total 35 Prof. Ms. José R. de Castro Valor realizável líquido (Mercado) Produto K1 1.000 $ 2,00 $ 2.000,00 $ 1.800,00 Produto K2 1.500 $ 4,00 $ 6.000,00 $ 7.500,00 Produto K3 2.000 $ 4,00 $ 8.000,00 $ 7.000,00 $ 16.000 $ 16.300 D- Com perdas de estoques (resultado) C- Perda por ajuste dos estoques a valor de mercado Ativo Circulante Cálculo da perda com valor realizável líquido Estoques de Matéria Primas Provisão p/ Ajuste de perda estimada de estoques Diferença do Valor da provisão Registros contábeis da perda por ajuste dos estoques a valor de mercado Representação no Balanço Patrimonial em 31.12.2010

ATIVIDADE -IMPOSTOS Uma empresa industrial adquire matériaprima pelo valor de $ 300.000,00 com alíquota do IPI de 30%. Considerando que a alíquota do ICMS é de 17%, do PIS 1,65% e da COFINS 7,6%, procederemos à contabilização desta compra. Nota Fiscal de Aquisição de Mercadorias Calcular o valor do estoque de matériaprima e contabilizar os eventos. 36 36 Prof. Ms. José R. de Castro 36

MEMÓRIA DE CÁLCULO Valo da compra R$ 300.000 IPI S/COMPRA 30% Valor da Nota Fiscal ICMS S/COMPRA (incluso no preço da mercadoria) 17% PIS s/ COMPRA (incluso no preços da mercadoria) 1,65% COFINS s/compra (incluso no preço da mercadoria) 7,60% IPI s/compra RECUPERÁVEL 30% Valor líquido da mercadoria FORNECEDORES Impostos a recuperarar Estoques de mercadorias 37 37 Prof. Ms. José R. de Castro 37

Contabilização (venda de Mercadoria) Mercadorias (ativo) DÉBITO $ Aumentos Fornecedores (passivo) CRÉDITO Profº Ms.José R. de Castro $ Aumentos

Contabilização (venda de Mercadoria) Clientes (ativo) DÉBITO $ Aumentos Vendas (receita) CRÉDITO $ Aumento do resultado Profº Ms.José R. de Castro

Contabilização (venda de Mercadoria) CMV (despesa) DÉBITO $ Diminuição do resultado Mercadorias (ativo) CRÉDITO $ Diminuição Profº Ms.José R. de Castro

Ficha de Controle de Estoques Ficha de Controle de Estoques Mercadoria: Data Entrada Saída Saldo Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor unitário Total dade Unitário ($) ($) dade Unitário ($) ($) dade Unitário ($) ($) Profº Ms.José R. de Castro

A Empresa Varejista Tamborzé Ltda., fez a seguinte movimentação de estoque em março 01/mar comprou 30 unidades por $ 40,00 cada 02/mar comprou 10 unidades por $ 42,00 cada 03/mar vendeu 3 unidades $ 60,00 cada 04/mar vendeu 28 unidades $ 60,00 cada 05/mar comprou 5 unidades por $ 45,00 cada 06/mar vendeu 12 unidades $ 60,00 cada Pede-se: Atividade 6 a) Preencher a ficha de estoques pelo método MPM, 42 Prof. Ms. José R. de Castro

Ficha de controle de estoques DIA Compra Saída Saldo Qde Valor Valor MPM Qde. Valor Qde. Valor Unit. total total total Mercadorias Fornecedores Receitas CMV Conta de Resultado Clientes 43 Prof. Ms. José R. de Castro

Atividade para casa A Cia Tamborzé comercializa Radinho de pilhas, em junho efetuou as seguintes operações a prazo. 4- Compra de 1.000 unidades a $ 500, cada. 5- Compra de 500 unidades a $ 400, cada. 6- Venda de 750 unidade a $ 1.000 cada. 7- Devolução de 250 unidades da compra do dia 4. 8- Compra de 100 unidade s a $ 600, cada. 11- Abatimento de $ 500 obtido sobre o total da última compra. 12- Venda de 500 unidades a $ 1000, cada. 13- Descontos comercial de 4% sobre a venda do dia 12. 14- Recebimento, em devolução, de 50 unidades da venda do dia 12. 15- Abatimento de $ 25.000, concedido sobre as unidades restantes da última venda Pede-se: a) Preencher a ficha de estoques pelo método MPM b) Apurar o resultado c) Indicar o valor do estoque final, e d) Indicar a quantidade do estoque final. 44 Prof. Ms. José R. de Castro

DIA 04/jan 05/jan 06/jan 07/jan 08/jan 11/jan 13/jan 14/jan Soma Ficha de controle de estoques MPM Compra Saída Saldo Qde Valor Valor MPM Qde. Valor Qde. Valor de KG Unit. total total total 45 Prof. Ms. José R. de Castro

Mercadorias Clientes Fornecedores Contas de Resultados - CMV Descontos sobre vendas Abatimento sobre Vendas Receita de vandas Devolução de Vendas 46 Prof. Ms. José R. de Castro

Bibliografia Básica: 1. CFC- Conselho Federal de Contabilidade- CPC 2. Manual de Contabilidade Societária FIPECAFI,SP Atlas, 2015 3. Ernst $ Young- FIPECAFI, Manual de Normas Internacionais de contabilidade,sp, Atlas Complementar: PADOVEZE l.c et al Manual de Contabilidade Internacional- SP.. Ed. Cengage Learning, 2011 Lozardo, E. Derivativos no Brasil, BM&F Assaf Neto, A.e Lima F.G- Curso de Adm Financeira, Sp, Atlas,2011 Lopes,B.A et al, Manual de Contabilidade e Trib. Instr. B. A, et all, SP, Atlas,2011 Cavalcanti M.A NovaS Mudanças Contábes nas IFRS, Atlas, 2016 47 Prof. Ms. José R. de Castro