COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS CPC. CPC 27 Ativo Imobilizado e Depreciação. Principais Considerações no Pronunciamento Técnico CPC 27
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- Eduardo Avelar Sacramento
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1 Principais Considerações no Pronunciamento Técnico CPC 27 O Ponto chave a ser considerado com o Pronunciamento Técnico CPC 27 referente a contabilização dos ativos imobilizado, são exatamente o reconhecimento de tais ativos, afim de determinar seus valores contábeis, além das depreciações e perdas por desvalorização a serem reconhecidas.
2 Valor Residual e Vida Útil do ativo Pronunciamento Técnico CPC 27 De forma sucinta, o pronunciamento técnico CPC 27 faz referência perante ao valor residual e a vida útil (perante laudo de vida útil) de determinado ativo, caracterizando a necessidade de revisão pelo menos ao final de cada exercício, e referentes ao estado encontrado, caso as expectativas sejam diferentes das anteriores, é necessário efetuar mudanças, a serem contabilizadas como uma mudança de estimativa contábil, seguindo o processo determinado pelo pronunciamento técnico CPC 23.
3 Características do Ativo e o Pronunciamento Técnico CPC 27 No âmbito de Gestão Patrimonial, é de suma importância a total caracterização dos ativos do patrimônio. Para um controle patrimonial efetivo, é necessário que o empreendimento tenha, de forma detalhada, um controle do estado de seus ativos e as expectativas dos mesmos.
4 Características do Ativo e o Pronunciamento Técnico CPC 27 De mesma Forma, o Pronunciamento Técnico CPC 27 ratifica a importância dentro da contabilização dos ativos imobilizados referente a necessidade que os mesmos tenham uma correta determinação de seus valores contábeis, além dos valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem reconhecidas diante os mesmos.
5 Mensuração no Reconhecimento Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como um ativo deve ser mensurado pelo seu custo. O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o equivalente preço à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o prazo do pagamento.
6 Mensuração no Reconhecimento Há situações em que os encargos financeiros de empréstimo tomado para sua construção são adicionados ao custo, conforme Pronunciamento Técnico CPC 20 Custos de Empréstimos, mas não no momento inicial, e sim durante o processo de sua construção.
7 São também adicionados no custo inicial todos os gastos incrementais e necessários a colocar o imobilizado em condições de funcionamento, como transporte, tributos, montagem, testes etc. até que ele esteja em condições de efetivo uso.
8 Compõe ainda o custo inicial o valor estimado dos gastos previstos para desmontagem, remoção e restauração do local onde é instalado. Não fazem parte do custo gastos com realocação, ociosidade mesmo que no uso inicial, gastos com abertura de nova instalação ou introdução de novo produto, gastos administrativos e outros custos indiretos etc.
9 O CPC 12 Ajuste a Valor Presente, em consonância com o CPC 27 nos mostra um exemplo de contabilização de uma transação de compra/venda de um ativo imobilizado a prazo acrescido de juros.
10 No caso de venda, por exemplo, de imóvel a prazo, por valor nominal, sem especificação de juros, após os procedimentos de determinação do ajuste a valor presente dever esse ajuste retificar o ativo realizável e a receita de venda, podendo o ajuste ao ativo realizável ser feito em conta retificadora. Conta essa que deverá ser apropriada como receita financeira até o vencimento.
11 No comprador o ajuste retifica o custo do ativo imobilizado que deve ser registrado pelo seu valor presente e a retificação do passivo pode também contar com conta redutora a gerar despesa financeira até o vencimento.
12 Por exemplo, suponha-se uma venda de imóvel por $ mil, pago com entrada de $ mil em dinheiro e 3 (três) notas promissórias anuais de $ mil cada uma, sem juros, efetuada num momento em que a taxa de juros, para o tipo de vendedor e comprador, seja, para ambos, de 18% ao ano (essas taxas podem ser diferentes para eles).
13 O vendedor, na transação, registra: D Caixa $ D Notas Promissórias a Receber $ C Juros a Apropriar $ C Receita de Venda de Imóveis $
14 O comprador: D Imóveis $ D Juros a Apropriar $ C Caixa $ C Notas Promissórias a Pagar $
15 Valor presente da parcela do primeiro ano A=2.000,00/1,18=1694,91 Valor presente da parcela do segundo ano A=1.694,91/1,18=1436,36 Valor presente da parcela do terceiro ano A=1.436,36/1,18=1217, , ,91 305, , ,36 563, , ,28 782, , , ,45 Valor atual dos r$ 6000 descontados os juros r$ 4.348,55 Juros = 1.651,45 Receita = ,45=8.348,55
16 Em ambas as Notas Promissórias aparecerão (em um no seu ativo; no outro, no seu passivo) pelo seu saldo líquido constituído do valor nominal diminuído dos Juros a Apropriar, e esse saldo irá crescendo pela apropriação dos juros ao resultado, até que no vencimento essas contas retificadoras zerem.
17 O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. (CPC 27- item 51)
18 A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
19 Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente, todos os seguintes fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo:
20 (a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do ativo; (b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso; (c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo; (d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo.
21 A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a alienação de ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção específica de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Por isso, a vida útil de um ativo pode ser menor do que a sua vida econômica. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes.
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