Somatropina no adulto Fernando Baptista Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. Hospital de Santa Maria. Lisboa
Secreção de GH Concentração integrada de GH nas 24h em 173 indivíduos de ambos os sexos de diferentes idades Zadik Z et al. JCEM 1985;60:513-6
Acções da GH Crescimento GH Metabolismo Puberdade Idade
Hipopituitarismo e mortalidade 60 Número de mortes 50 40 30 20 10 Observado Esperado Risco 1,8 0 0 10 20 30 40 Tempo depois do diagnóstico (anos) Rosén T, Bengtsson B-Å. Lancet 1990; 336: 285 8
GH na terapêutica da somatopausa Rudman e col, 1990: Estudo randomizado, controlado durante 6 meses em 21 adultos idosos (61-81 anos): Normalização dos níveis de IGF 1 Aumento da massa magra (8,8%) Redução da massa gorda (14,4%) Melhoria da DMO coluna lombar (1,6%) As alterações produzidas correspondiam a um regresso à situação encontrada normalmete nestes parâmetros em pessoas com menos 10-20 anos.
Síndrome de deficiência de GH no adulto Massa gorda (visceral) Def GH IGF I Insulinorresistência Íntima e média carótida Fibrinogénio e PAI 1 PCR, IL-6 LDL-C HDL-C Massa muscular Capac Exercício DMO Morbi-, mortalidade CV
Terapêutica de substituição com ST no adulto Importância do problema A deficiência tem efeitos nefastos na saúde Existe ST para tratamento Eficácia Segurança Quem e como tratar
Tratamento com GH - Resultados Melhoria da Composição corporal (Massa magra e da Massa gorda visceral/subcutânea) Força muscular/capacidade de exercício Melhoria da captação de O2 Sem melhoria da força muscular Melhoria da massa óssea Poucos estudos controlados Uso de doses suprafisiológicas Estudos controlados com melhoria nos homens Ausência de resultados avaliando fraturas
Tratamento com GH - Resultados Modificação dos níveis dos lípidos ( LDL-C; HDL-C; TG) Resultados contraditórios Melhoria de LDL-C Sem melhoria Melhoria inicial com desaparecimento de efeito Melhoria da qualidade de vida Resultados contraditórios Diminuição da sensação de sofrimento mental e melhoria sensação de bem-estar Ausência de efeitos na QV
Tratamento com GH - Resultados Melhoria da função cardíaca DC e RP espessura íntima-média homocisteína, PCR e IL-6 Metanálise 16 estudos (Maison et al 2003) Melhoria da MVE e da ESIV e da PPVE Melhoria Volume telessistólico e telediastólico VE Melhoria do DC
Terapêutica de substituição com GH no adulto - Riscos Efeitos acessórios mínimos com posologia correta Riscos potenciais: Aumento da glicemia?? Aumento do risco de neoplasia?? No hipopituitarismo não tratado com GH (n=1411) Observada Esperada Risco relativo Mortalidade global Mortes por cancro Cancro cólon e recto 399 105 3,8 104 26,5 3,92 16 3,0 5,33 Svensson et al. JCEM 2004;89:3306
Terapêutica de substituição com GH no adulto - Riscos Aumento do risco de neoplasia?? No hipopituitarismo tratado com GH (n=289) Observada Esperada Risco relativo Mortalidade global Mortes por cancro Cancro cólon e recto 8 9,5 0,84 7 8,0 0,88 2 0,9 2,22 NS Svensson et al. JCEM 2004;89:3306
Terapêutica de substituição com GH no adulto - Mortalidade Bengtsson (1999) Análise do KIMS Based on more than 2000 patient yr, we can conclude that GH replacement therapy to adult GHD patients is not associated with any increase in mortality. The lower mortality among the patients included into the KIMS database in comparison with the outcome of hypopituitary patients previously reported ( ). Hence, it is too early to state that GH replacement therapy normalizes mortality in hypopituitary patients.
Terapêutica de substituição com GH no adulto - Mortalidade Van Bauderen et al. JCEM 2011;96:3151
Resumo: O hipopituitarismo associa-se com mortalidade aumentada (por doença cardiovascular) Em parte, isso pode dever-se à não substituição da deficiência de ST Nalguns doentes, sobretudo quando há uma deficiência grave, a terapêutica com ST é benéfica melhorando a CC e corrigindo alguns dos fatores de risco. A terapêutica de substituição com ST tem mostrado ser segura A terapêutica com ST não se acompanha de aumento de mortalidade, nomeadamente por doença neoplásicas
Tratamento com ST da deficiência de secreção (DSST) no adulto Comissão Nacional para a Normalização da Hormona de crescimento
Tratamento da DSST no adulto Indicações Deficiência grave de secreção de qualquer etiologia Diagnóstico Nível de IGF-1 inferior ao normal (lesão estrutural e pelo menos défice de secreção de 3 hormonas hipofisárias) Nível de IGF-1 + 1 prova de estimulação (hipoglicemia, glucagon, outra) com pico < 3 ng/ml nas outras causas
Tratamento da DSST no adulto Contra-indicações Idade > 65 anos Gravidez Neoplasia ativa DM não controlada Insuficiência hepática ou renal
Tratamento da DSST no adulto Posologia Dose diária individualizada começando com doses baixas 0,1-0,2 mg/dia > 60 anos; e na presença de DM 0,2-0,3 mg/dia 30-60 anos 0,4 mg/dia < 30 anos Titulação (1 a 3 meses) até se atingirem níveis de IGF-1 normais Monitorização Semestral Glicemia, HgbA1C, IMC, PA, FC, ECG, Perímetro cintura, T4 livre Clínica de patologia da hipófise (IGF-1, cortisol, testosterona e lípidos) Duração tratamento Até à idade limite desde que se mantenha melhoria clínica Vigilância de complicações RMN CE periódica Avaliação clínica diabetes mellitus, doença cardiovascular e ocorrência de neoplasias
Mas
Muito obrigado!