Tumores da hipófise. Avaliação clínica
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- Manuella Jardim Santana
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1 Tumores da hipófise Avaliação clínica
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5 Tumores da hipófise 10-25% de casos não seleccionados de autópsias RMN 10% de indivíduos normais
6 Tumores da hipófise Incidência: 2/ Prevalência: 20/ Tipos Microadenomas (< 10 mm) Prolactinomas Macroadenomas (>10 mm) Adenomas não funcionantes; macroprolactinomas; adenomas secretores de GH e ACTH e ainda mais raramente, adenomas secretores TSH e Gn.
7 PREVALÊNCIA DOS ADENOMAS DA HIPÓFISE Tipo de Adenoma Prevalência (%) Adenoma produtor GH 15 Adenoma produtor de PRL 30 Adenoma de células GH e PRL 7 Adenoma produtor de ACTH 10 Adenoma de gonadotrofos 10 Adenoma não funcionante 25 Adenoma de células TSH 1 Adenoma não classificado 2 The Cleveland Clinic Foundation
8 Tumores hipófise e para-selares Adenomas da hipófise Hiperplasias benignas (hipotiroidismo 1º,p ex) Outros tumores benignos (ex: craniofaringiomas, meningioma) Tumores malignos (primários, metástases) Quistos Abcessos Fístulas AV do seio cavernoso Hipofisite linfocítica
9 Tumores da hipófise Manifestações clínicas Assintomáticos (incidentalomas) Disfunção endócrina (hiper ou hipo) Efeito de massa tumoral Sintomas neurológicos Sintomas oftalmológicos
10 Incidentalomas da hipófise A maioria são microadenomas 1/3 são macroadenomas Cerca de 10% são secretores (PRL) Alguns causam hipopituitarismo 10% diminuem de tamanho 25% aumentam A maior parte ficam iguais
11 Incidentalomas da hipófise Avaliação por RMN seriada Exame oftalmológico (campimetria) Avaliação hormonal PRL LH, FSH, Testosterona ou E2 TSH, FT4 ACTH e cortisol IGF-1
12 Tumores da hipófise Excesso de secreção Prolactinoma Acromegalia Cushing Tumores não secretores
13 T. Hipófise disfunção endócrina Clínica da Acromegalia extremidades Artralgias, osteoartrose Síndrome canal cárpico Traços faciais grosseiros Hipersudação Bócio Hipertensão, insª cardíaca Diminuição tolerância glucose, diabetes mellitus Macroglossia Afastamento dos dentes Efeitos de massa tumoral Insuficiência hipofisária (parcial ou completa) Neuropatia sensitiva e motora periférica Roncopatia, apneia do sono Sintomas de hiperprolactinemia Pele espessada, verrugas
14 Acromegalia Diagnóstico GH Doseamentos basais IGF 1 Prova de sobrecarga com 75 g de glucose Imagem RMN Avaliação de lesões em órgãos alvo
15 Acromegalia - Mortalidade 151 doentes Idade 41 anos 10 anos 10 anos Rajasoorya et al. Cl Endoc 1994;41:95
16 Acromegalia - Tratamento Cirurgia Tratamento médico Análogos da SS (Octreótido, Lanreótido) Antagonistas da GH (Pegvisomante) (Radioterapia)
17 Acromegalia - Mortalidade Orme et al (JCEM 1998;83:2730) 1362 casos TMP p Global 1,60 <0,001 D cardiovascular 1,76 <0,001 D cerebrovascular 2,06 <0,001 D respiratória 1,85 <0,001
18 Acromegalia - Mortalidade Orme et al (JCEM 1998;83:2730) 1362 casos GH (ng/ml) TMP <2,5 1,10 2,5-9,9 1,41 10 ng 2,12 A mortalidade global nos doentes com GH < 2,5 ng/ml pós-tratamento é comparável à da população em geral
19 Critérios de cura da acromegalia Controlada GH < 1 g/l IGF 1 normal para sexo e idade Sem actividade clínica Controlo inadequado GH > 1 g/l ou IGF 1 elevado Sem actividade clínica Mau controlo GH > 1 g/l IGF 1 elevado Actividade clínica Avaliar GH/IGF1 Avaliar Função hipófise RMN periódica Não tratar Avaliar GH/IGF1 Avaliar Função hipófise RMN periódica Av patª associada: CV, metabólica, neoplasias Tratar? Avaliar GH/IGF1 Avaliar Função hipófise RMN periódica Tratar activamente Giustina JCEM 2000
20 T. Hipófise disfunção endócrina Prolactinoma (mulher) Galactorreia Amenorreia Infertilidade
21 T. Hipófise disfunção endócrina Prolactinoma (homem)
22 Hiperprolactinemia - causas Fisiológica Gravidez, lactação Stresse Fármacos Fenotiazinas Metoclopramida Opiáceos Verapamil Metildopa Lesão da haste Adenomas da hipófise Lesões parasselares Prolactinoma Micro e macro Lesão hipotalâmica Craniofaringeoma Outros tumores, granulomas Outros Estímulos na parede (p ex., herpes zoster) Insuficiência renal crónica Hipotiroidismo Cirrose hepática Macroprolactinemia
23 Prolactinomas - Diagnóstico Prolactina Avaliação de função hipofisária Imagem RMN
24 Prolactinomas - Tratamento Agonistas dopaminérgicos Bromocriptina Cabergolina (Pergolide) (Cirurgia)
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26 T. Hipófise disfunção endócrina Doença de Cushing
27 Síndrome de Cushing - Diagnóstico CONFIRMAR HIPERCORTISOLISMO Ritmo do cortisol Cortisol na urina de 24 h Prova de supressão com Dexametasona
28 Síndrome de Cushing - causas Dependente da ACTH Doença de Cushing (hipófise) Secrecção ectópica de ACTH Independente da ACTH Hipercortisolismo por doença SR
29 Cushing dependente da ACTH
30 Diagnóstico Cushing dependente da ACTH
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32 T. Hipófise disfunção endócrina Hipogonadismo Libido DSE Fadiga Depressão Palidez Pêlos Massa muscular Peso
33 T. Hipófise disfunção endócrina Hipopituitarismo Macroadenomas Perda sequencial de secreção: GH Gn TSH ACTH Clínica Clínica Dfª Defª Gn GH (mulher) Oligoamenorreia energia e vitalidade tolerância esforço Dispareunia Alt. Composição Atrofia corporal mamária Defª Defª TSH Gn (homem) Fadiga, DSE aumento peso, int frio, libido obstipação, bradicardia, Infertilidade reflexos lentos Acentuação rugas força muscular e Defª ACTH massa muscular Astenia, testículos anorexia, perda de peso, palidez, queda de pêlos
34 Efeito de massa tumoral
35 Efeito de massa tumoral Perda de visão sem causa aparente Perda de visão do lado temporal
36 Efeito de massa tumoral Cefaleias Diplopia Estrabismo Rinorraquia Apolexia hipofisária
37 Tumores da hipófise Sintomas e sinais Avaliação laboratorial ACTH/Cortisol TSH/T4 livre LH, FSH/ E2 ou testosterona PRL IGF-1 Imagem: RMN Oflamologia
38 Sintomas e sinais iniciais de apoplexia hipofisária Sinais e sintomas Percentagem de doentes Cefaleias 90 Perturbações visuais 60 Paralisias oculares 40 Náuseas/Vómitos 40 Alteração estado consciência 20 Meningismo 20 Hemiparésia 4 Febre 2.5 The Cleveland Clinic Foundation
39 Tumores hipotalâmicos Craniofaringioma Tumores de células germinativas Cordoma Doenças malignas SNC Doença de Hodgkin Linfoma Leucemia Histiocitose
40 Tumores hipotalâmicos Clínica Sintomas de efeito de massa Sintomas de hipofunção da adenohipófise Diabetes insípida Desregulação da fome (hiperfagia), da temperatura e do sono
41 Tumores da região selar (crianças) Hipertensão intracraniana Alterações da visão Endocrinopatia Def GH: baixa estatura, hipoglicemia Diabetes insípida Convulsões Puberdade precoce central Atraso pubertário
42 Caso 1 Mulher 24 anos com amenorreia pós-pílula. Sem galactorreia. Ex objectivo normal Lab: Prolactina 140 ng/ml; TSH 1,1 um/l; beta hcg negativo; avaliação bioquímica de rotina normal; LH 18 mui/ml; FSH 5 mui/l RMN normal Menstruações normalizaram, mas prolactina continuou com valores elevados
43 Caso 1 MACROPROLACTINEMIA Mulher 24 anos com amenorreia pós-pílula. Sem galactorreia. Ex objectivo normal Lab: Prolactina 140 ng/ml; TSH 1,1 um/l; beta hcg negativo; avaliação bioquímica de rotina normal; LH 18 mui/ml; FSH 5 mui/l RMN normal Menstruações normalizaram, mas prolactina continuou com valores elevados
44 Caso 2 Mulher 55 anos, cefaleias, visão turva e galactorreia. Ex objectivo: limitação da visão lateral e galactorreia Lab: Prolactina 14 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml; LH/FSH normal. RMN lesão selar com 5 cm de diâmetro com extensão supra-selar
45 Caso 2 EFEITO HOOK Mulher 55 anos, cefaleias, visão turva e galactorreia. Ex objectivo: limitação da visão lateral e galactorreia Lab: Prolactina 14 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml; LH/FSH normal. RMN lesão selar com 5 cm de diâmetro com extensão supra-selar
46 Efeito Hook
47 Caso 3 Homem de 45 anos com cefaleias, visão turva, e diminuição da libido. Ex objectivo: limitação temporal dos campos visuais e testículos com dimensões reduzidas. Lab: Prolactina85 ng/dl; testosterona 50 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml RMN: Massa selar com 2 cm com extensão supra-selar
48 Caso 3 - Pseudohiperprolactinoma Homem de 45 anos com cefaleias, visão turva, e diminuição da libido. Ex objectivo: limitação temporal dos campos visuais e testículos com dimensões reduzidas. Lab: Prolactina85 ng/dl; testosterona 50 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml RMN: Massa selar com 2 cm com extensão supra-selar
49 Obrigado!
O aumento das concentrações de prolactina pode ocorrer em várias situações, sejam elas fisiológicas ou patológicas.
Hiperprolactinemia A hiperprolactinemia é alteração endocrinológica mais comum que ocorre no sistema nervoso central, sendo mais comum no sexo feminino. Além disso, é uma causa freqüente de infertilidade.
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