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Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais - Aula 02 - (Parte 1) Introdução Custos de Estoque A Curva ABC Métodos de Previsão de Consumo Prof. Renato Fenili Março de 2016 O Conceito de Estoque O Conceito de Estoque 1. (CESPE / TRT 16ª Região / 2005) Estoque é toda porção armazenada de mercadoria, ou seja, aquilo que é reservado para ser utilizado em tempo oportuno. 2. (CESPE / ANATEL / 2004) Estoque pode ser entendido como a acumulação de recursos materiais em um sistema de transformação ou qualquer outro tipo de recurso armazenado. 1

3. (CESPE / SERPRO / 2013) Os computadores armazenados de forma improdutiva durante seis meses em um depósito são caracterizados como estoque. 4. (CESPE / ANTAQ / 2014) A ação de gestão de estoques tem como objetivo garantir a entrega de material para suprimento ou de produto para venda que esteja acomodado e reservado para ser entregue quando houver solicitação. Trata-se de um recurso material armazenado, com valor econômico para a organização, reservado para emprego em momento oportuno. Ou seja, é estoque. Ok! Por que manter estoques? Razões para a manutenção de estoques Proteção contra flutuações na demanda 2

Razões para a manutenção de estoques Proteção contra flutuações no mercado Razões para a manutenção de estoques Oportunidade de investimento Caso especial de oscilação do mercado. Proteção contra atrasos Atrasos na efetiva aquisição, devido a fatores diversos: burocracia, transportes, greves, fatores climáticos etc. Economia de escala 5. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) São funções dos estoques: garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando eventuais atrasos no fornecimento ou sazonalidades no suprimento, e proporcionar economia de escala. 6. (CESPE / ANCINE / 2012) A gestão ou administração de estoques é responsável por equilibrar as necessidades de recursos das organizações. Proteção contra flutuações na demanda (sazonalidade); Proteção contra flutuações no mercado; Oportunidade de investimento; Proteção contra atrasos; Economia de escala. A assertiva está CERTA. A área de estoques é responsável pelo controle do fluxo e da disponibilidade de recursos materiais em uma organização. Sua correta gestão deve equilibrar as necessidades de recursos, optando-se por um nível de estoque que proporcione um alto nível de serviço, evitando-se, ao mesmo tempo, uma elevada imobilização de capital. A assertiva está CERTA. 3

7. (FCC / Câmara dos Deputados / 2007) As principais funções do estoque são: a de garantir o abastecimento de materiais à organização, administrando os efeitos de demora ou atraso no fornecimento de materiais, a sazonalidade no suprimento e os riscos no fornecimento, assim como proporcionar economias de escala por meio da compra ou produção em lotes econômicos, pela flexibilidade do processo produtivo e pela rapidez no atendimento às necessidades. A afirmação acima, aplicada à Administração Pública, é: a) parcialmente verdadeira, pois os aspectos relacionados à produção de lotes e ao processo produtivo não se aplicam ao serviço público. b) parcialmente verdadeira, pois o fato que proporciona economia de escala é a compra de lotes econômicos. c) verdadeira. d) falsa. e) parcialmente verdadeira, excetuando os aspectos relativos aos efeitos de demora e atraso no fornecimento e ao controle das sazonalidades de suprimento, pois tratam-se de condições do mercado. 8. (CESPE / TSE / 2006) Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao funcionamento de suas operações, as organizações devem maximizar os investimentos em estoque desses materiais. As organizações devem sempre buscar a......minimização DOS ESTOQUES! (estoque = desperdício!) A assertiva está ERRADA. Resposta: C 9. (CESPE / CPC PA / 2007) Enquanto o estoque em excesso pode promover perda de competitividade, a falta de estoque pode comprometer o fornecimento de produtos e serviços, levando à perda de clientes. Eis o desafio na definição de uma política de estoques: estabelecer o melhor dimensionamento da quantidade a ser estocada, evitandose tanto o excesso (desperdícios) quanto a falta do estoque. Custos de Estoque Custos diretamente proporcionais Custos inversamente proporcionais Custos independentes. 4

Custos de Estoque Custos Diretamente Proporcionais (ou custos de carregamento) Custos de Estoque Custos Diretamente Proporcionais (ou custos de carregamento) São os custos que se elevam com o aumento da quantidade média de itens estocados. Além do valor dos próprios itens, esses custos dividem-se em: Custos de armazenagem (CA): Ex: seguros, perdas, roubos e furtos, obsolescência, aluguel de espaço físico* etc. Custos de capital (CK): juros que incidem sobre o valor em estoque. CC = CA + CK Onde: CC = custo de carregamento CA = custo de armazenagem CK = custo de capital = i x p (i = taxa de juros; p = valor do bem em estoque) Custos de Estoque Custos Independentes Custos de Estoque Custos Inversamente Proporcionais (ou custo de pedido) São custos fixos, que independem da quantidade média estocada. Também podem ser considerados custos de armazenagem!! Ex: aluguel de um armazém* São os custos que diminuem com o acréscimo da quantidade média de itens estocados. Ex: custo de pedido. Mesmo que o nível de estoque de uma organização seja zerado, sempre haverá custos independentes (de armazenagem) relacionados à gestão de estoques! 5

Custos de Estoque O Lote Econômico de Compra - LEC I. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 10. (CESPE / ANP / 2013) No modelo de lote econômico, a quantidade ótima de estoques que deve compor cada pedido de compra é aquela em que os valores dos custos dos pedidos são iguais aos dos custos de manutenção dos estoques. Custos de Estoques 11. (CESPE / DFTRANS / 2008) Capital investido, equipamentos, danos, obsolescência e deterioração são itens de custos relacionados à estocagem de materiais. Nessa situação, o custo total é mínimo. A assertiva está CERTA. Todos os custos listados podem ser classificados como custos de armazenagem. 6

Custos de Estoques 12. (CESPE / IFB / 2011) O custo de estoque é composto por vários custos: do item, de manutenção, de capital, de armazenamento, de riscos e de pedidos. Custos de Estoques 13. (CESPE / MPU / 2010) O custo do estoque de segurança deve ser calculado usando-se os juros correspondentes à imobilização do capital necessário para mantê-lo, sendo, nesse caso, desnecessário considerar custos de armazenagem, seguro, depreciação. Custo de riscos, na realidade, estariam inseridos dentro dos custos de armazenamento. No entanto, este fato não chega a ser uma incorreção do enunciado. O estoque de segurança (ou estoque mínimo) é uma quantidade adicional de itens de material, mantidas pela organização com a finalidade de preveni-la de problemas logísticos que fogem de sua competência (o atraso na entrega de um item por um fornecedor, por exemplo). No estoque de segurança, incorrem todos os custos dos demais estoques. 14. (CESPE / ANTAQ / 2014) Os fundamentos da gestão de estoques têm como principal objetivo a manutenção do equilíbrio entre estoque e consumo. Para isso, faz-se necessária a apresentação frequente, por meio de estudos, dos itens obsoletos e inservíveis que devem ser alienados. Custos de Estoques 15. (CESPE / ANATEL / 2009) Há relação diretamente proporcional entre o custo de armazenagem e a quantidade de produtos existente em estoque. No entanto, quando o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um mínimo de custo de armazenagem. Com essa prática, evita-se a majoração de itens em estoque impossibilitados de consumo, concorrendo para um menor custo de manutenção de estoques. Questão importante! Até mesmo quando o estoque for nulo, haverá despesas como aluguel de almoxarifados, salários de funcionários, iluminação, água etc. 7

Custos de Estoques 16. (CESPE / TSE / 2006) A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais em estoque e do tempo de permanência desses materiais no estoque. 17. (CESPE / MRE / 2008) Manter os estoques sem qualquer item armazenado é uma das estratégias para eliminar os custos de armazenamento. Custos de Estoques 18. (CESPE / UEPA / 2008) Considere que, devido aos altos custos de armazenagem de materiais, a direção de determinada organização solicitou ao administrador de materiais que apresentasse uma proposta para zerar esses custos em seis meses. Nessa situação, uma das alternativas para se solucionar o problema seria manter em zero as quantidades dos itens armazenados. É o mesmo entendimento da questão 15... As assertivas estão ERRADAS! ESTOQUE NULO NÃO IMPLICA A ELIMINAÇÃO DE CUSTOS DE ESTOQUE. A assertiva está ERRADA! Custos de Estoques 19. (CESPE / MPU / 2010) Considere que, em certa organização, serão estocadas, por um ano, 60.000 unidades de determinado item. Considere, ainda, que o preço de cada item seja igual a R$ 3,00 e que a taxa anual de armazenagem de cada item seja equivalente a 15% do seu preço. Nessa situação, o custo de armazenagem anual de todos esses itens será igual a R$ 30.000,00. Custos de Estoques 20. (CESPE / PGE PA / 2006) A ocorrência de custos de armazenagem independe da quantidade de materiais e do tempo de permanência destes em estoque. Custo de armazenagem anual (por item) = 0,15 3,00 = R$ 0,45/item Custo de armazenagem anual (total) = 0,45 60.000,00 = R$ 27.000,00 Custos de Armazenagem Custos diretamente proporcionais Custos independentes 8

Custos de Estoques 21. (CESPE / PREVIC / 2011) No procedimento de reposição de estoques, o princípio da eficiência deve ser observado, visto que se apresenta como princípio norteador dos processos administrativos de gestão; nesse sentido, deve-se buscar estabelecer o balanceamento entre custos relativos à manutenção e à solicitação de estoque. A postura descrita não só atende ao Princípio da Eficiência, mas também o da Economicidade. 22. (CESPE / BACEN / 2013) Para se calcular o custo de armazenagem de determinado material, pode-se utilizar a expressão custo de armazenagem = Q/2 T P I, em que Q = quantidade de material em estoque no tempo considerado, T = tempo considerado de armazenagem, P = preço unitário do material e I = taxa de armazenamento, que é expressa geralmente em termos de porcentagem do custo unitário. Estoque médio anual = (Q/2) = 200 itens/ano T = 1 ano P = R$ 4,00 I = 10% Custo de armazenagem = Q/2 x T x P x I = 200 itens/ano x 1 ano x R$ 4,00 x 10% Custo de armazenagem = R$ 80,00/ano A assertiva está CERTA. 23. (CESPE / DPU / 2016) O estabelecimento de uma política de estoques deve determinar o nível de flutuação dos montantes destinados ao atendimento das demandas. O ponto central na política de estoques é o custo de reposição. Encontram-se às vezes algumas situações em que o lucro sobre as vendas não supera a reposição do estoque. A administração deverá determinar ao departamento de materiais o programa de objetivos a serem atingidos, isto é, estabelecer certos padrões que sirvam de guia aos programadores e controladores e também de critérios para medir o desempenho do departamento. Essas políticas são diretrizes que, de maneira geral, são as seguintes: a) metas quanto a tempo de entrega dos produtos ao cliente; b) definição do número de depósitos e/ou de almoxarifados e da lista de materiais a serem estocados neles; c) até que níveis deverão flutuar os estoques para atender a uma alta ou baixa das vendas ou a uma alteração de consumo; d) até que ponto será permitido a especulação com estoques, fazendo compra antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior para obter desconto; e) definição da rotatividade dos estoques. (DIAS, 2009, p. 21) A assertiva está CERTA. A Curva ABC Trata-se de uma ferramenta de gestão de estoques, através da qual é possível a identificação dos itens de maior valor financeiro em estoque (ou maior valor de demanda), e sobre eles exercer uma gestão mais refinada. 9

A Curva ABC A Curva ABC Percentuais Aproximados A Curva ABC A Curva ABC Percentuais Aproximados CLASSE % do critério selecionado (geralmente é o valor (R$) de consumo) % Quantidade aproximada de consumo A 80 % 20 % B 15 % 30 % C 5 % 50 % A B C 24. (CESPE / STF / 2013) Na curva ABC de gerenciamento de estoques, que se baseia nas quantidades utilizadas e no seu valor, a definição das classes A itens mais importantes, B itens intermediários e C itens menos importantes obedece a critérios de bom senso e de conveniência dos controles a serem estabelecidos e, em geral, cerca de 20% dos itens são considerados de classe A, 30% de classe B e 50% de classe C. OK! Curva ABC Custos de Estoques 25. (CESPE / MPU / 2010) A classificação ABC, fundamentada nos estudos de Vilfredo Pareto, tem o objetivo de definir os itens de maior valor de demanda....apenas para reforçar a teoria. 10

Custos de Estoques 26. (CESPE / SERPRO/ 2010) No método ABC para o gerenciamento de estoques, a classificação típica nos grupos de classe A contempla materiais que possuem alto valor de demanda ou de consumo no período considerado....apenas para reforçar a teoria. MAIOR VALOR DE DEMANDA CLASSIFICAÇÃO ABC! Custos de Estoques 27. (CESPE / TJ AL / 2012) Ao se classificar um almoxarifado com base na classificação ABC, os itens mais volumosos e que agregam pouco resultado para a organização devem ser incluídos na(s) classe(s): a) A e C. b) B e C. c) A. d) B. e) C. Trata-se de itens incluídos na classe C. Resposta: E. Custos de Estoques 28. (CESPE / TJDF / 2008) É correto utilizar a curva ABC para classificar materiais em função do valor e da quantidade de consumo. VALOR (R$) X QTDE. DE CONSUMO = VALOR DE DEMANDA! (CESPE / ABIN / 2010) Com base na figura acima, representativa de uma curva ABC de estoque, julgue os itens subsequentes. 29. Para a classificação dos itens de estoque nas seções I, II ou III da figura, considera-se o valor unitário de cada um desses itens. 30. Os itens pertencentes à seção III da figura exigem controle mais apurado de movimentação e menor tolerância a erros de inventário. 31. Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo a redução dos custos dos estoques deve priorizar a redução dos lotes de compra dos itens alocados na seção I da figura. 11

29. (Resolução) Vejamos um exemplo: Item Descrição Consumo Valor unitário (R$) Valor do consumo (R$) % do consumo % acumulado 1 Impressora 1 1.300,00 1.300,00 65% 65% 2 Borracha 300 1,00 300,00 15% 80% 3 Lapiseira 20 10,00 200,00 10% 90% 4 Lápis 1.000 0,20 200,00 10% 100% O critério para a definição das categorias A, B ou C é o valor total consumido. Veja que o valor unitário de uma borracha é bem menor do que de uma lapiseira. Mas ao calcularmos o valor total do consumo, vemos que apenas a borracha (juntamente com a impressora) é um item A. 30. (Resolução) À seção III da figura acima correspondem os itens classificados na categoria C. São itens mais numerosos, com menor valor de demanda, dispensando, assim, menor controle por parte dos gestores de estoque. Os itens que exigem controle mais apurado são os pertencentes à seção I os chamados itens A, geralmente menos numerosos, mas com alto valor relativo de demanda. 31. (Resolução) Devemos entender que os itens A inseridos na seção I da figura respondem por grande parte do comportamento do estoque. Assim, caso o gestor queira minimizar os gastos em itens em estoque, não haverá resultados significativos ao focar-se nos itens C, por exemplo. Estes itens, apesar de geralmente numerosos, são pouco onerosos à organização. (implicam menores custos de aquisição e de capital). (CESPE / SESA ES / 2011) A tabela acima refere-se ao consumo médio mensal e ao custo unitário de dez itens farmacêuticos no hospital Boa Saúde, que utiliza o sistema ABC para gestão de seu estoque de medicamentos e trabalha com os seguintes parâmetros: classe A equivale a 10% dos itens em estoque, o que corresponde a 70% do valor financeiro do consumo; classe C equivale a 70% dos itens em estoque, o que corresponde a 10% do valor financeiro do consumo. Considerando a tabela e as informações acima, julgue os itens que se seguem. 32. Os itens III e IX são de classe B na curva ABC desse hospital. 33. Segundo o sistema ABC, o item IV é aquele que merece controle mais acirrado por apresentar custo unitário mais elevado, R$ 613,00. 34. No sistema ABC, o estoque de segurança projetado para os itens de classe A deve ser inferior, em meses de consumo, ao estoque de segurança dos itens de classe B. 12

32. (Resolução) Curva ABC 1º PASSO: verificação do valor total de consumo, por item: Item Consumo Valor unitário (R$) Valor do consumo (R$) I 25 52,09 1.302,25 II 108.110 1,30 140.543,00 III 93.000 0,12 11.160,00 IV 9 613,00 5.517,00 V 110 15,07 1.657,70 VI 90 23,30 2.097,00 VII 45 96,00 4.320,00 VIII 240 5,20 1.248,00 IX 18.200 1,59 28.938,00 X 80 45,23 3.618,40 Curva ABC 32. (Resolução) 2º PASSO: disposição dos itens de maneira decrescente, com relação ao valor total. Item Consumo Valor unitário (R$) Valor do consumo (R$) II 108.110 1,30 140.543,00 IX 18.200 1,59 28.938,00 III 93.000 0,12 11.160,00 IV 9 613,00 5.517,00 VII 45 96,00 4.320,00 X 80 45,23 3.618,40 VI 90 23,30 2.097,00 V 110 15,07 1.657,70 I 25 52,09 1.302,25 VIII 240 5,20 1.248,00 Valor Total 200.401,35 32. (Resolução) 3º PASSO: verificação do percentual do valor de consumo, por item Item Consumo Valor unitário (R$) Valor do consumo (R$) % do consumo (=Valor do consumo/200.40 1,35 * 100%) % acumulado II 108.110 1,30 140.543,00 70,13 70,13 A IX 18.200 1,59 28.938,00 14,44 84,57 B III 93.000 0,12 11.160,00 5,57 90,14 B IV 9 613,00 5.517,00 2,75 92,89 C VII 45 96,00 4.320,00 2,16 95,05 C X 80 45,23 3.618,40 1,81 96,86 C VI 90 23,30 2.097,00 1,05 97,91 C V 110 15,07 1.657,70 0,83 98,74 C I 25 52,09 1.302,25 0,65 99,39 C VIII 240 5,20 1.248,00 0,61 100,00 C 33. (Resolução) O critério para a classificação de um item nas classes A, B ou C é o valor total de consumo e não o seu custo unitário. Há de se considerar, pois, a demanda efetiva (números de unidades consumidas) do item de material. 13

34. (Resolução) Estoque de segurança é um estoque adicional, capaz de cobrir eventuais situações que fujam do alcance do Gestor de Materiais. Na classificação ABC, como os itens de classe A são mais onerosos (mais caros), e, como estoque significa desperdício de dinheiro, o ideal é mantermos o mínimo de estoque de segurança dos itens da classe A. Curva ABC 35. (CESPE / TJ AL / 2012) A respeito da curva ABC, assinale a opção correta: a) Os itens da classe C devem receber atenção antes dos demais. b) Os itens da classe B são os de menor importância. c) Os itens da classe A são os mais numerosos. d) A última ação a ser tomada na montagem da curva ABC é a divisão dos itens em classes A, B e C. e) A utilização da curva ABC reduz as imobilizações em estoque, porém prejudica a segurança. Resposta: D. Curva ABC 36. (CESPE / MPE PI / 2012) A curva ABC é importante instrumento para o administrador, porque permite controlar a entrada e a saída de bens do almoxarifado, de modo que os materiais mais antigos ou perecíveis sejam consumidos primeiramente. A questão refere-se, na realidade, ao método PEPS de avaliação de estoque. A assertiva está ERRADA. 37. (CESPE / MPE PI / 2012) Considere que, em determinado estoque haja 100.000 caixas do item B e que a empresa proprietária desse estoque prime pela maior utilização cúbica de sua área, de forma que cada posição possui um empilhamento de 3 paletes. A capacidade máxima de armazenamento do item B em cada palete é de 50 caixas. Com base nessas informações, julgue os itens subsequentes. Suponha que a empresa utilize a classificação ABC para determinar a frequência de contagens dos diversos itens estocados por ela, e que o item B, em particular, pertença ao grupo A. Nessa situação, a frequência de contagem do item B, relativamente aos demais itens, é menor. Classe A justifica métodos de controle mais intensivos (por exemplo, contagens mais frequentes, em inventários). A assertiva está ERRADA. 14

38. 39. (CESPE / ANP / 2013) O método da curva ABC baseia-se no diagrama de Ishikawa para criar uma graduação que prioriza o controle dos itens mais significativos do estoque. Diagrama de Ishikawa causa e efeito CERTA A assertiva está ERRADA. 40. (CESPE / BACEN / 2013) A curva ABC, embasada no princípio de Pareto, divide os materiais em três grupos. O grupo A compreende grande quantidade de itens de pouco valor monetário e de menor importância. O grupo B constitui-se de poucos itens com grande valor, peso e volume. O grupo C abrange os itens de importância intermediária. 41. (Inédita) A Curva 1 é representativa de uma situação de maior concentração da demanda, implicando maior facilidade de priorização, em termos econômicos, da gestão de itens consumidos em determinado período. De modo geral: Classe A: itens pouco numerosos, e de grade valor agregado; Classe B: itens de importância intermediária; Classe C: itens muito numerosos, e de pouco valor agregado. A assertiva está ERRADA. 15

Quanto mais a curva se aproximar de uma reta de inclinação 45º, com início na origem do plano cartesiano, menos concentração haverá na curva ABC. No limite ou seja, quando a curva efetivamente assumir a forma dessa reta, estaremos diante de uma situação em que não há concentração, não sendo possível fazer distinção entre itens das classes A,B ou C. Na questão proposta, a curva 1 é mais concentrada que a curva 2, ou seja, inicialmente, um número menor de itens respondem por maior valor de demanda. Nessa situação, é mais saliente a distinção das classes, em especial a classe A, o que acarreta maior facilidade de priorização econômica de itens de material, para fins de gestão. Métodos de Previsão da Demanda Essencial para que possamos estabelecer um nível de estoque satisfatório. Visa-se a evitar: Acentuação de custos de estoque; e Custos de falta de estoque. A assertiva está CERTA. Métodos de Previsão da Demanda Natureza das Informações Empregadas na Previsão da Demanda Métodos de Previsão da Demanda Técnicas de Previsão da Demanda Qualitativas = informações provenientes de especialistas sobre fatores que podem afetar a demanda (opiniões, pesquisas de mercado etc.). Quantitativas = fatores quantitativos que se relacionam com a demanda, tais como crescimento populacional, ou análises matemáticas de tendências de consumo de períodos anteriores. 16

Métodos de Previsão da Demanda 42. (CESPE / ICMBIO / 2014) Os estudos sobre estoques dependem da previsão do consumo dos itens necessários ao funcionamento da organização. Projeção e explicação são algumas das formas de classificar técnicas de previsão de consumo. Métodos de Previsão da Demanda 43. (CESPE / ANCINE / 2006) Entre as técnicas nãomatemáticas de previsão de consumo, a projeção que admite que o futuro será repetição do passado e a explicação que relaciona os quantitativos com alguma variável cuja evolução é conhecida ou previsível são as mais utilizadas. Projeção, explicação e predileção são categorias em que se enquadram técnicas de previsão de demanda. Projeção e Explicação técnicas quantitativas. Predileção técnica qualitativa. Métodos de Previsão da Demanda 44. (CESPE / ANCINE / 2006) Entre as técnicas matemáticas de previsão de consumo, a conhecida como predileção, em que empregados experientes estabelecem a evolução de quantitativos futuros, é a mais utilizada. Métodos de Previsão da Demanda Tipos de Evolução da Demanda Tipo Características Representação Evolução de Consumo Constante Não há variações significativas da demanda ao longo do tempo. Não se pode dizer que há uma técnica de previsão de consumo mais (o menos) utilizada. Ainda, a predileção é uma técnica qualitativa. Evolução de Consumo Sazonal Evolução de Consumo de Tendência Há variação periódica e significativa da demanda. Há variação abrupta e não periódica da demanda. (Ex: disquete, 17

Métodos de Previsão da Demanda 45. (CESPE / ICMBIO / 2014) Consumo é definido como a quantidade de material requisitado pelas unidades organizacionais para uso em seu processo produtivo. Entre as várias classificações de consumo, o sazonal se caracteriza pela utilização de materiais em quantidades aleatórias em intervalos irregulares de tempo. Métodos de Previsão da Demanda Método Último Período Média Aritmética ou Média Móvel Métodos de Previsão da Demanda Características A previsão de consumo para o próximo período é exatamente o consumo realizado no período anterior. A previsão para o próximo período é obtida a partir da média aritmética dos consumos dos períodos anteriores. O consumo sazonal é marcado por variações significativas na demanda, que ocorrem em intervalos de tempo regulares. Média Ponderada Média Móvel Exponencialmente Ponderada (MMEP) Média dos Mínimos Quadrados A previsão para o próximo período é obtida a partir da média aritmética dos consumos dos períodos anteriores. Peso maior é atribuído aos períodos anteriores mais recentes. Também conhecido como Método da Média com Suavização Exponencial (MMSE), procura eliminar asvariações acentuadasqueocorreram em períodos anteriores. Faz-se uma regressão linear a partir dos dados de consumo dos períodos anteriores. A equação da reta obtida passa a ser a lei da demanda. 46. (Resolução) 46) O gráfico apresentado permite a aplicação de técnicas intrínsecas, que, associadas ao monitoramento dos estoques, orientam o ritmo de produção. 47) Verifica-se tendência crescente de demanda ao longo de um período de três anos, sendo 2.500 unidades a média trimestral de demanda do primeiro ano. O gráfico de demanda retratado na questão apresenta uma evolução crescente de consumo, combinada com expressiva sazonalidade. Vemos que há um pico de consumo sempre no 3º trimestre de cada ano, bem com uma baixa no 1º trimestre. Várias são os métodos passíveis de uso que visam a estimar o consumo para os próximos períodos. Destaca-se a possibilidade do uso do Método dos Mínimos Quadrados, por exemplo, capaz de obter a equação de uma reta a partir dos dados de consumo de períodos anteriores. Esta equação passa a ser a lei da demanda. A questão está, portanto, CERTA. 18

47. (Resolução) A média trimestral é obtida a partir dos valores de demanda de cada trimestre, extraídos do gráfico: Com esses valores, obtemos a média aritmética da demanda trimestral do primeiro ano: Trimestre Demada 1º 1.000 2º 3.000 3º 4.000 4º 2.000 Métodos de Previsão da Demanda 48. (CESPE / TJDFT / 2008) Considere o consumo de determinado material apresentado a seguir. Nessa situação, a previsão de consumo para julho será superior a 310 unidades, se for empregado o método do último período para previsão de consumo. Pelo método do último período, a previsão de consumo para julho é de exatamente 310 unidades. Métodos de Previsão da Demanda 49. (CESPE / MPU / 2010) Métodos de previsão de estoque, embasados em média móvel, além de apresentarem formulação excessivamente complexa, constituem procedimento que prioriza os dados mais recentes em detrimento dos mais antigos. Métodos de Previsão da Demanda 50. (CESPE / TRT 10ª Região / 2006) Para uma adequada gestão de estoques, é fundamental estabelecer a previsão de consumo para os períodos seguintes. Entre os métodos de previsão de consumo, o denominado método da média móvel tem a vantagem de reduzir a influência dos valores extremos no resultado final. Média móvel não é método de previsão de estoque (e sim de demanda); Média Móvel não é um método complexo: basta calcular a média aritmética simples dos períodos anteriores; Não há priorização de dados recentes: todos os dados de consumo de períodos anteriores têm o mesmo peso. Tendo em vista que, no método da média móvel, todos os dados de consumo de períodos anteriores têm o mesmo peso, eventuais valores extremos irão afetar o resultado final. Eis uma desvantagem deste método! Para minimizar a influência de valores extremos, o ideal é utilizarmos o método da MMEP. 19

Métodos de Previsão da Demanda 51. (CESPE / GDF / 2004) A tabela abaixo mostra a previsão de consumo de determinado material nos 6 primeiros meses de 2005. Considerando-se que todo o estudo de estoques tem seu início na previsão do consumo de material e utilizando-se o método da média móvel para 5 períodos, é correto concluir que o consumo previsto para o mês de julho é de 61 unidades. MÊS Consumo material UNIDADE Janeiro 53 Fevereiro 59 Março 70 Abril 58 Maio 65 Junho 63 Métodos de Previsão da Demanda 51. (Resolução) Método da média móvel para 5 períodos consideram-se, apenas, os 5 meses finais: Previsão de consumo para julho = 63+65+58+70+59 = 63 5 Métodos de Previsão da Demanda 52. (Inédita) Considere a seguinte situação relativa ao consumo de canetas marca-texto nos últimos três meses. MÊS CONSUMO (unidades) Dezembro 40 Janeiro 48 Fevereiro 35 Métodos de Previsão da Demanda Métodos da Média Móvel e da Média Móvel Ponderada A estimativa de consumo para o mês de março, pelo método da média ponderada, é de 40 unidades. (considere pesos de 0,5 / 0,3 / 0,2) Previsão = 0,5*35 + 0,3*48 + 0,2*40 = 39,9 40 unidades 20

53. (CESPE / CADE / 2014) O estudo de estoques é realizado com base na previsão do consumo, que pode ser estimado pelo método da média aritmética, cuja principal vantagem é a inexistência de diferentes pesos entre os valores mais antigos e os valores mais recentes. A inexistência de ponderação é, especialmente nos casos de haver valores aleatórios discrepantes, uma séria desvantagem. A assertiva está ERRADA. Métodos de Previsão da Demanda Método da Média com Ponderação Exponencial VANTAGENS: melhor tratamento das informações passadas; atribui maior valor aos dados recentes; pouca quantidade de dados a serem manipulados; elimina a influência de valores aleatórios. Métodos de Previsão da Demanda Método da Média com Ponderação Exponencial APENAS 3 DADOS NECESSÁRIOS!!! a previsão de demanda do último período; o consumo real do último período; o valor do coeficiente de ajuste (β). Métodos de Previsão da Demanda 54. (FCC / TRE PI / 2002) Ao trabalhar com a média móvel exponencialmente ponderada (MMEP), valorizam-se os dados mais recentes e há menor manuseio de informações passadas. Três fatores são necessários para gerar a previsão do próximo período. Além da demanda (ou consumo) ocorrida no último período e da constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes, é necessária a: a) previsão do último período b) previsão do próximo período c) previsão de três últimos períodos d) previsão de três próximos períodos e) demanda (consumo) ocorrida nos três últimos períodos Resposta: A 21

Métodos de Previsão da Demanda 55. (Inédita) Considere a seguinte situação relativa ao consumo de canetas marca-texto nos últimos três meses. MÊS A estimativa de consumo para o mês de março, pelo método da média com ponderação exponencial, é de 40 unidades. (considere β = 0,15; e previsão de consumo para fevereiro igual a 43 unidades) Previsão = β*consumo_real_anterior + (1-β)*Previsão_anterior Previsão = 0,15*35 + (1-0,15)*43 = 41,8 = 42 unidades! CONSUMO (unidades) Dezembro 40 Janeiro 48 Fevereiro 35 56. (CESGRANRIO / BNDES / 2013) Uma empresa inicia suas atividades de Planejamento e Controle da Produção pela previsão de vendas. A Tabela abaixo apresenta os dados de vendas de um dos seus produtos nos quatro primeiros meses de 2012: Considere que a empresa utilize Amortecimento Exponencial Simples, com a = 0,2, como método de previsão e que Fjaneiro = Djaneiro. Qual seria a projeção de vendas para maio de 2012? a) 9.888 b) 10.000 c) 10.500 d) 10.992 e) 13.000 O método de amortecimento exponencial é usualmente conhecido por método da suavização exponencial, ou MMEP. Ainda, a, conforme informado pelo enunciado, é o coeficiente de ajuste (β). A fórmula do cálculo da previsão de consumo pelo MMEP é a que segue: Previsão = a Consumo_real_anterior + 1 a Previsão_anterior Note que não temos, de imediato, a previsão de consumo para o mês de abril. Para calculá-lo, devemos partir de janeiro, calculando a previsão para os meses seguintes. Com os dados do enunciado, teremos: Previsão_fevereiro = 0,2 12.000 + 1 0,20 12.000 = 12.000 unidades Previsão_março = 0,2 11.000+ 1 0,20 12.000 = 11.800 unidades Previsão_abril = 0,2 9.000 + 1 0,20 11.800 = 11.240 unidades Previsão_maio = 0,2 10.000 + 1 0,20 11.240 = 10.992 unidades A alternativa D, portanto, está correta. 57. (CESPE / STF / 2013) A média com suavização exponencial é uma técnica para previsão de demanda de curto prazo adaptável, ou seja, se autocorrige de acordo com as alterações no comportamento das vendas. Uma vez fixado o coeficiente de ajuste, podemos dizer que a ponderação fixa produz uma espécie de autocorreção conforme as alterações (aleatórias ou de tendência) da demanda. A assertiva está CERTA. 22

58. (CESPE / BACEN / 2013) A previsão da demanda é a base para o planejamento estratégico de produção, vendas e finanças de uma empresa. A previsão em longo prazo inclui a utilização operacional do sistema produtivo, ao passo que a previsão em curto prazo compreende o planejamento do sistema produtivo como um todo. 59. (CESPE / MPOG / 2015) Ao se considerar a inclusão de itens no estoque para que sua gestão seja eficaz, a previsão de demanda deverá ser elaborada pelo usuário, o qual é responsável pelo setor solicitante da empresa, apenas sob a supervisão e interlocução do gestor de estoques. A questão apresenta características invertidas. - A previsão em curto prazo não tem tempo hábil para planejar o sistema produtivo. Restringe-se, assim, à mera utilização operacional desse sistema; - Já a previsão em logo prazo pode (e deve) contemplar o planejamento do sistema produtivo como um todo. A assertiva está ERRADA. Trata-se de uma questão que devemos ter em mente apenas para estudar o CESPE. Quem faz o planejamento dos bens de estoque é o próprio setor de estoques. Os usuários podem estar dispersos na organização. Quem é o usuário de material de expediente? Toda a organização. E quem planeja sua reposição? O setor de estoques. A assertiva está CERTA (de acordo com a banca). 23