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Transcrição:

Número do 1.0153.14.005867-5/001 Númeração 0058675- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Belizário de Lacerda Des.(a) Belizário de Lacerda 03/07/2018 09/07/2018 EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO - TRIBUTÁRIO - ICMS - REDUÇÃO DE ALÍQUOTA - ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE - SELETIVIDADE E ESSENCIALIDADE - FACULDADE CONSTITUCIONAL - RECURSO NÃO PROVIDO. - A competência para decidir sobre os critérios de imposição tributária cabe exclusivamente ao Administrador, sem qualquer possibilidade de ingerência do Judiciário por respeito ao princípio constitucional da separação dos Poderes. - Ainda que se admita que o fornecimento de energia elétrica é um serviço essencial, não se pode impor ao Estado que sua cobrança seja efetuada por alíquota seletiva, sob pena de se infirmar a faculdade constitucionalmente posta. APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0153.14.005867-5/001 - COMARCA DE CATAGUASES - APELANTE(S): APARECIDA FELICIANA PEREIRA DE OLIVEIRA, ALCINO JORGE DE SOUZA, MÁRIO LUIZ LIMA DA SILVA, LUIZ MANOEL SILVA DIAS, MARIA JOSÉLIA PEREIRA NARCISO E OUTRO(A)(S) - APELADO(A)(S): ESTADO DE MINAS GERAIS A C Ó R D Ã O Vistos etc., acorda, em Turma, a 7ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. 1

Belo Horizonte, 03 de Julho de 2018. DES. BELIZÁRIO DE LACERDA RELATOR. DES. BELIZÁRIO DE LACERDA (RELATOR) V O T O Cuida-se de recurso de apelação interposto em face da r. sentença de fls. 60/62, proferida pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Cataguases, Eduardo Rabelo Thebit Dolabela, o qual nos autos do presente Ação de Repetição de Indébito Tributário nº 0153.14.005867-5, rejeitou as preliminares arguidas e julgou improcedentes os pedidos iniciais, extinguindo o feito com base no art. 487, I, do CPC. Os apelantes em razões recursais de fls. 63/70 pugna preliminarmente pela inversão do ônus da prova. No mérito aduz ser inconstitucional a alíquota cobrada devendo ser aplicada a alíquota de 18%. Colacionou jurisprudência. Foram apresentadas contrarrazões pelo Estado de Minas Gerais às fls. 71/77. 2

CONHEÇO DO RECURSO, posto que satisfeitos os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade. PRELIMINAR - DA ILEGITIMIDADE ATIVA "AD CAUSAM" DOS AUTORES Sendo o valor do ICMS incidente sobre as operações de circulação de energia elétrica repassado pelas concessionárias de serviço público ao consumidor do seu serviço, manifesta é a sua legitimidade para figurar no polo ativo da presente ação de repetição do indébito, haja vista a sua condição de contribuinte de fato do mencionado tributo. Nesse sentido já decidiu este Sodalício: EMENTA: REEXAME NECESSÁRIO - TRIBUTÁRIO - PRELIMINAR - ILEGITIMIDADE ATIVA E INTERESSE DE AGIR - REJEIÇÃO - PRESCRIÇÃO - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - INÍCIO DO PRAZO COM O PAGAMENTO ANTECIPADO - ICMS - ENERGIA ELÉTRICA - DEMANDA CONTRATADA - INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA LIMITADA AOS VALORES CONSUMIDOS - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - IMPOSIÇÃO À PARTE SUCUMBENTE. 1 - Diante da peculiaridade da relação nas concessões do serviço público o consumidor final da energia elétrica tem legitimidade ativa para discutir a relação tributária entre o Estado e a concessionária de serviço público (REsp 1299303/SC, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, Primeira Seção, DJe 14/08/2012); 2 - A alteração legislativa não implica na ausência do interesse 3

superveniente do autor se não demonstrada a alteração na relação material que originou a propositura da ação; 3 - Aplica-se o art. 3º da Lei Complementar nº 118/2005 às demandas ajuizadas após a sua vigência (9 de junho de 2005), iniciando-se o prazo prescricional para o contribuinte pleitear a repetição do indébito tributário a partir do pagamento antecipado de que trata o art. 150, 1º, do Código Tributário Nacional; 4 - É vedada a incidência de ICMS sobre a demanda de energia elétrica contratada e não consumida, tendo em vista que o fato gerador do tributo é a entrega da energia elétrica; 5 - Definida a sucumbência do Estado, que deu causa à demanda ao determinar a incidência do ICMS de forma indevida, impõe-se a sua condenação ao pagamento dos honorários de sucumbência. (TJMG - Ap Cível/Reex Necessário 1.0145.07.418545-8/001, Relator(a): Des.(a) Renato Dresch, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 25/02/0016, publicação da súmula em 02/03/2016) Rejeito a preliminar aventada. PRELIMINAR - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA Conforme muito bem asseverado pelo d. magistrado singular, a concessionária (CEMIG) não é parte no presente feito, bem como ser possível a obtenção de segundas-vias das faturas, não tendo sido preenchido, assim, os requisitos para a inversão do ônus probatório. Oportuno ressaltar que referidos documentos não são "documentos indispensáveis à propositura da ação", na forma do artigo 320 do CPC. A rigor, são documentos necessários à prova do direito dos autores, ora apelantes, que podem ou não ser 4

apresentados em Juízo, sem que isso leve à extinção prematura do processo. Por outro lado, é certo que aos autores incumbe, por força do artigo 373, I do CPC, fazer prova quanto ao fato constitutivo do seu direito. Assim, se os apelantes pretenderam a repetição de indébito dos valores pagos a título de ICMS incidente sobre a energia elétrica, a apresentação das respectivas faturas, são indispensáveis para a prova do alegado, podendo eles próprios, ou por seus advogados, diligenciar no sentido de obtê-los junto à Administração ou mesmo pela internet, não havendo qualquer "hipossuficiência" que justificasse a delegação deste encargo ao Estado de Minas Gerais. Convém destacar, ademais, que não é razoável que se intime a Fazenda Pública para trazer aos autos cópia de documentos constitutivos do direito do autor, sob pena de obrigá-la a produzir prova contra si mesma. Rejeito, portanto, a preliminar suscitada. MÉRITO O núcleo da controvérsia reside na alegação de inconstitucionalidade da alíquota fixada para a prestação de serviços de energia elétrica, sob o enfoque dos princípios da seletividade e essencialidade do ICMS. 5

Tratando-se de ICMS, o princípio da seletividade está previsto no art. 155, 2.º, III, da Constituição Federal: "Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;". Trata-se, pois, de uma faculdade do ente estatal que, de acordo com a sua conveniência, pode ou não graduar as alíquotas do imposto em razão de sua essencialidade. No caso específico dos autos, ainda que se admita que o fornecimento de energia elétrica é um serviço essencial, não se pode impor ao Estado que sua cobrança seja efetuada por alíquota seletiva, sob pena de se infirmar a faculdade constitucionalmente posta. Não se olvide que a tributação pelo critério da seletividade proporcionaria melhor aplicação do princípio da capacidade contributiva, especialmente diante da indispensabilidade da energia elétrica. Contudo, a competência para decidir sobre os critérios de imposição tributária cabe exclusivamente ao Administrador, sem qualquer possibilidade de ingerência do Judiciário, por respeito ao princípio constitucional da separação dos Poderes. 6

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO. Condeno os apelantes em honorários advocatícios recursais que ora fixo em R$200,00. Custas recursais pela parte apelante, respeitada a gratuidade de justiça concedida. DES. PEIXOTO HENRIQUES - De acordo com o(a) Relator(a). DES. WILSON BENEVIDES - De acordo com o(a) Relator(a). SÚMULA: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO" 7