A TECNOLOGIA UBÍQUA E SUA APLICAÇÃO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE. Nome do Aluno: José Roberto da Fonseca¹ Orientadora: Ieda Aparecida Carneiro²

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1 A TECNOLOGIA UBÍQUA E SUA APLICAÇÃO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE. Nome do Aluno: José Roberto da Fonseca¹ Orientadora: Ieda Aparecida Carneiro² 1. Especialista em Gestão em Saúde, Tecnólogo em Processos Gerenciais, Pós Graduado em Saúde Pública, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Universidade Cidade de São Paulo UNICID, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo (SP), Brasil., São Paulo (SP), Brasil. 2. Professor Doutor. Universidade Aberta do Brasil, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo (SP), Brasil. RESUMO Objetivo: Verificar quais as vantagens que a Tecnologia Ubíqua pode trazer em benefícios, através de suas utilizações e ferramentas, na assistência e monitoramentos de pacientes em seu domicílio ou leito. Método: Analisar as utilizações e tendências de forma exploratória, numa Revisão Integrativa Bibliográfica da literatura e artigos indexados em Base de dados internacionais e nacionais, sendo que a abrangência dos estudos seria entres os anos de 2006 a 2016 e realizar uma Avaliação de Tecnologias em Saúde, numa síntese do conhecimento produzido pelas implicações de forma positiva ou negativa, da utilização destas ferramentas na qualidade da assistência do paciente, seja em casa ou no hospital. Resultados: Ferramentas e aplicações que buscam, possibilitam e oferecem dados e informações rápidas e precisas aos profissionais de saúde destes pacientes. Conclusão: As aplicações das Tecnologias Ubíquas trazem um ganho enorme ao acompanhamento e tratamento contínuo na assistência do paciente em seu domicílio ou seu leito hospitalar. Descritores: Software, Monitorização Ambulatorial, Telefone Móvel, Tecnologia de Assistência Junto ao Leito, Internet 2.0, Tecnologia Aplicada à Assistência à Saúde. INTRODUÇÃO Neste mundo em que vivemos a tecnologia a cada instante nos apresenta uma novidade, como o smartphones, dispositivos, aplicativos, WIFI e a internet 4G que interagem e modificam o nosso cotidiano. Um avanço que vem se destacando é a

2 Tecnologia Ubíqua, que tem um único objetivo oferecer dispositivos computacionais para a população em seu trabalho, lazer, diversão ou até em sua saúde de forma imperceptível. Na área da saúde a Tecnologia Ubíqua vem oferecendo muitas novidades e possibilidades, como obter informações sobre dados clínicos de modo confiável, disponíveis a qualquer tempo e lugar, e realizar intervenções médicas de forma rápida. Portanto, este artigo busca responder a pergunta deste estudo: Quais as vantagens competitivas aos serviços de saúde, na aplicação da Tecnologia Ubíqua na Assistência ao Paciente? e tendo como objetivos verificar quais as vantagens que a Tecnologia Ubíqua pode trazer em benefícios, através de suas aplicações e ferramentas, na assistência e monitoramentos de pacientes em seu domicílio ou leito. E realizar uma Avaliação de Tecnologias em Saúde numa síntese do conhecimento produzido pelas as implicações da utilização da Tecnologia Ubíqua. Método Foi realizado um Estudo dos dados Secundários, através de uma Revisão Integrativa sobre Tecnologia Ubíqua aplicada aos cuidados do paciente e para uma analise das aplicações na área da Saúde, estaremos realizando um Estudo de Avaliação de Tecnologias em Saúde. De inicio foram selecionados artigos disponíveis em base de pesquisa como: LILACS, Medline, PubMed, BVS e SCIELO, sendo o período abrangido de 2006 a 2016, onde foram selecionados artigos com as seguintes palavras-chaves: Software, Monitorização Ambulatorial, Telefone Móvel, Tecnologia de Assistência Junto ao Leito, Internet 2.0, Tecnologia Aplicada à Assistência à Saúde. Posteriormente foi elaborada uma coleta de dados, composta pelas seguintes variáveis: Referência Completa do artigo; Nome do Periódico/Conferência; Ano de publicação; Conceito Central Abordado; Tema; Tecnologia Estudada; Método; Texto Completo, Principais Resultados. Cada artigo foi lido, analisado e os seus dados foram registrados, em uma planilha para a análise dos textos, para a posterior tabulação dos dados e conclusão dos pontos fortes e fracos.

3 Definição A Computação Ubíqua, aonde termo Ubíquo, vem do Latim ubiquu - que significa esta ao mesmo tempo em toda a parte teve como pai, o cientista chefe do Centro de Pesquisa Xerox PARC, Sr. Mark Weiser, através de seu artigo de 1989 O Computador do Século 21 (The Computer for the 21st Century), previa uma explosão de finalidades e serviços para a população, mas sua visibilidade seria cada vez menor no dia a dia. Figura 1 - Mark D Weiser nasceu em 23 de julho de 1952, em Illinois nos Estados Unidos. Conhecido como o pai da Computação Ubíqua, fonte Google. Nos dias de hoje, depois da Internet e da Computação Distribuída, entramos na Era da Computação Ubíqua, e para compreender a Computação Ubíqua é necessário ter em mente alguns conceitos. Computação Móvel Capacidade de um dispositivo e os serviços serem móveis, permitindo mesmo em movimento, estarem conectados na internet, como exemplo temos os acessos à internet através de celulares. Computação Pervasiva Capacidade dos meios de computação de estar no ambiente de trabalho ou de casa dos usuários de forma visível ou invisível, onde poderia capitar e extrair dados e informações do ambiente, ajustando os serviços conforme a necessidade dos usuários, como exemplo a casa inteligente, onde são usados sensores para controlar a iluminação da casa.

4 Computação Ubíqua E a integração entre a Computação Móvel e Pervasiva, que na maioria das vezes é imperceptível e altamente integrada para a assistência dos usuários, como exemplo aplicativos para celulares que ajudam no controle de diabetes. Figura 2 Relação entre a Computação Ubíqua, Pervasiva e Móvel. RESULTADO A partir da busca nas bases de dados estabelecidas obtiveram-se 200 estudos. Foi realizada leitura de todos os títulos e resumos, respeitando-se os critérios de inclusão e exclusão, elegendo-se 8 estudos para análise detalhada, onde 2 foram selecionados para desenvolver e entender o conceito de Computação Ubíqua. Os demais 6 estudos foram selecionados para uma melhor avaliação da utilização da Computação Ubíqua na assistência ao paciente, se baseamos nos níveis de atenção a Saúde do SUS, onde acreditamos que poderíamos responder a nossa pergunta: Quais as vantagens competitivas aos serviços de saúde, na aplicação da Tecnologia Ubíqua na Assistência ao Paciente, de forma completa e integral, desta forma temos os seguintes estudos: Tabela 1 Artigos localizados nas bases de LILACS, Medline, PubMed, BVS e SCIELO (2006 a 2016), sobre a Tecnologia Ubíqua. Título Objetivo Resultados Tecnologias de informação móveis, sem fio e ubíquas: definições, estadoda-arte e oportunidades de pesquisa. (1) Saúde Móvel: novas perspectivas para a oferta de serviços Realizar um levantamento das Tecnologias distintas sem um estudo definições sobre as Tecnologias aprofundado em suas especificações de Informação Móveis, Sem Fio técnicas e teóricas, em relações as e Ubíquas, para indicar questões sociais e comportamentais do oportunidades. usuário. Revisar e discutir as novas Nesta tecnologia Sistemas automatizados perspectivas para a oferta de podemos capturar, analisar e enviar serviços em saúde decorrentes dados de pacientes aos profissionais de

5 em saúde. (2) Sistema de computação ubíqua na assistência domiciliar à saúde. (3) Impacto do sistema de monitorização contínua da glicose em pacientes diabéticos (4) Sistematização do atendimento clínico especializado baseado em Paradigmas da computação ubíqua. (5) Um modelo para monitoramento de sinais vitais do coração baseado em ciência da situação e computação ubíqua. (6) Modelo arquitetural para geração de alertas aplicado ao monitoramento. (7) do desenvolvimento da saúde móvel e dos dispositivos vestíveis inteligentes. Concepção de um sistema computacional inteligente para interligar o paciente em sua casa e os profissionais de saúde, por meio da integração de diversos serviços relacionados ao monitoramento remoto da saúde do paciente. Monitorar pacientes com Doenças Crônicas Não Transmissíveis através da Computação Ubíqua. Disponibilizar uma ferramenta de apoio à sistematização do atendimento clínico em todas as especialidades médicas utilizando tecnologia da informação móvel, pervasiva e ubíqua, para auxiliar no cadastro/pesquisa diretamente no leito do paciente. O emprego de cuidados ubíquos, usando sensores e wearables, pode reduzir o número de readmissões hospitalares. Otimizar o processo de comunicação de alertas de anomalias de pacientes na UTI a equipe médica. saúde, e deste modo agilizar o atendimento ou decidir o tratamento/procedimento. Oferece situações de alerta, através do desenvolvimento de um sistema inteligente de apoio à decisão. Análise de dados do paciente e o envio de alertas podem auxiliar profissional de saúde, a prevenir um risco de vida ao paciente. Realização de monitoramento confiável e baixo custo em vários pacientes. A adoção desta solução tecnológica contribui para sistematizar/uniformizar os dados coletados nas fichas clínicas, auxiliar no raciocínio médico sobre hipóteses diagnósticas, facilitar o tratamento de emergência e monitoração dos pacientes e a otimização da aquisição, armazenamento, busca e uso das informações do paciente. A utilização do modelo de monitoramento foi satisfatória, diminuindo a necessidade de readmissões. Comunicação e envio dos alertas de forma rápida e perfeita dos pacientes a equipe médica. Computação Ubíqua - definição e exemplos (8) Demonstrar exemplos de Demonstração de eficácia e eficiência no aplicações da Computação tratamento e diagnóstico de doenças. Ubíqua

6 Realizando uma analise detalhada, com o objetivo de apontar os Pontos Fortes e Pontos Fracos em relação à assistência do paciente no seu cuidado, considerando os 3 níveis de atenção temos o seguinte quadro: Tabela 2 Pontos fortes e fracos dos exemplos citados. ATENÇÃO EXEMPLO PONTOS FORTES PONTOS FRACOS Primária Monitoramento Precisão na coleta de dados. Investimento alto. remoto da saúde Participação do paciente no Treinamento da do paciente em tratamento. equipe e do usuário. casa. (3) Reabilitação em longo prazo. Falta de segurança da tecnologia. Monitoramento de Precisão na coleta de dados. Treinamento da pacientes Rapidez na assistência ao equipe. diabéticos. (4) paciente. Falta de segurança Otimização do serviço da tecnologia. médicos. Secundária Gerenciamento dos Diminuição do tempo de Investimento alto. dados coletados atendimento do paciente no leito. Treinamento da nas fichas clínicas Troca de informação entre as equipe. do paciente no equipes médicas. leito. (5) Diminuição de custo hospitalar, devido ao menor tempo de internação. Monitoramento Diminuição das situações Investimento alto. remoto de riscos de saúde ao paciente. Treinamento da pacientes com Rapidez na assistência ao equipe. problemas cardíacos. (6) paciente. Tratamento em longo prazo. Falta de segurança da tecnologia. Terciária Monitoramento de Rápida tomada de decisão em Treinamento da pacientes com caso de urgências. equipe. doenças cardíacas Precisão na coleta de dados. na UTI. (7) Utilização de Diminuição de procedimentos Investimento alto. sensores no evasivos. Treinamento da tratamento e Tratamento médico mais equipe. cirurgias Pílula Inteligente. (8) eficiente e eficaz. Rápida tomada de decisão em caso de urgências

7 No objetivo de realizar uma avaliação tecnológica dos exemplos de Tecnologias Ubíquas, utilizamos como ferramenta de análise a Escala Gráfica, que teve como parâmetros os conceitos de promoção à saúde: a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação em longo prazo; e os de estruturação: mecanismos de segurança, procedimento eficaz e a implantação economicamente atrativa. A cada avaliação recebendo uma pontuação num nível de Atenção conforme sua assistência, sendo assim, positiva recebe 2 pontos, parcial recebe 1 ponto e negativa recebe 0. Desta forma, poderemos avaliar o grau desempenho em relação a cada nível de Atenção. Tabela 3 Tabela Escala Gráfica, demonstrando desempenho das tecnologias. ATENÇÃO PRIMÁRIA ATENÇÃO SECUNDÁRIA ATENÇÃO TERCERIZADA TECNOLOGIA Monitoramento Monitoramento Gerenciamento Monitoramento Monitoramento Utilização de remoto da dos dados de pacientes remoto de de pacientes sensores no coletados nas tratamento e saúde do pacientes com com doenças diabéticos da fichas clínicas do cirurgias paciente em paciente no leito. problemas cardíacas na Pílula casa. (3) glicose. (4) (5) cardíacos. (6) UTI. (7) Inteligente. (8) PREVENÇÃO 2 2 2 2 2 2 DIAGNÓSTICO 2 2 2 2 2 2 TRATAMENTO 2 2 2 2 2 2 REABILITAÇÃO EM LONGO PRAZO 2 2 2 2 2 1 SUBTOTAL 8 8 8 8 8 7 SEGURANÇA 1 1 2 1 2 2 EFICAZ 2 2 2 2 2 2 ECOMICAMENTE ATRAENTE 1 2 1 1 2 1 SUBTOTAL 4 5 5 4 6 5 TOTAL 12 13 13 12 14 12 TOTAL DE DESEMPENHO 86% 93% 93% 86% 100% 86% POSITIVO=2 PARCIAL=1 NEGATIVO=0 DISCUSSÃO As Tecnologias Ubíquas está entre as tecnologias atualmente mais discutidas na área da saúde. Diante do artigo de Amarolinda Zanela Saccol e Nicolau Reinhard (1), traz um estudo de vários caminhos da Tecnologia Ubíqua, como a Computação Móvel (Mobile), Computação Sem Fio (wireless), Comércio Móvel (m-commerce) e Negócios Móveis (m-business), demonstrando muitas oportunidades para a área da Saúde.

8 Observando-se o alto custo crescente na Saúde tanto no serviço, quanto nos equipamentos médico-hospitalares, lemos no artigo (2) Saúde Móvel: novas perspectivas para a oferta de serviços em saúde, um relato sobre o surgimento cada vez mais forte de um segmento da Tecnologia Ubíqua, a Saúde Móvel, onde segunda a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como a oferta de serviços médicos e/ou de Saúde Pública que se valem do apoio tecnológico de dispositivos móveis, como telefones celulares, sensores e outros equipamentos vestíveis (em outras palavras, dispositivos diretamente conectados ao usuário). Portanto o Sistema Único de Saúde (SUS) que é fragmentado e organizado por níveis de atenção, onde cada um desses níveis corresponde a um determinado conjunto de serviços assistenciais disponibilizados aos usuários. Foi selecionados 6 estudos, que ofereciam serviços a cada nível de atenção. Atenção Primária No nível de atenção que compreender as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que procuram promover políticas de saúde tanto na prevenção de doenças como à preservação do bem-estar da população nos bairros, onde temos como exemplos a divulgação de programa de higiene pessoal, a conscientização da vacinação das crianças e a realização de pré-natal das mães. Temos o artigo (3) que apresenta a concepção de um sistema de monitoramento remoto, que interliga o paciente em sua casa e os profissionais de saúde, por meio da integração dos diversos serviços em relação à saúde do paciente. E o artigo (4) que apresenta um sistema de monitoramento da glicose de pacientes diabéticos. Os artigos na Tabela (3) - Escala Gráfica apresentaram uma porcentagem alta de desempenho sendo um com 85% e outro 92%. Atenção Secundária No nível de atenção à saúde que participam as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os Ambulatórios Médico de Especialidades (AME), e os hospitais. Nestas unidades os casos encaminhados pela atenção primária, serão atendidos por uma equipe de profissionais multidisciplinar e terão a disposição equipamentos médico-hospitalares. Na assistência à saúde prestada aos usuários no nível secundário também estão presentes os serviços de urgência e emergência.

9 Os artigos tiveram uma porcentagem alta de desempenho na Tabela (3) - Escala Gráfica, sendo o artigo (5) que demonstra uma ferramenta de apoio à sistematização do atendimento clínico em todas as especialidades médicas do paciente no leito, que teve 92 %. E o artigo (6) relata o emprego de sensores e wearables, no acompanhamento de pacientes com problemas cardíacos, teve 85%. Atenção Terciária No nível terciário de atenção à saúde, estão os hospitais de alta complexidade, normalmente de responsabilidade dos governos estaduais ou federais, onde buscar procedimentos de alta envergadura, nos casos que os pacientes necessitam de suporte para a preservação de sua vida. Por último os artigos nesta Atenção tiveram a maior porcentagem Tabela (3) - Escala Gráfica, sendo o artigo (7) que obteve o resultado de 100%, onde apresenta um monitoramento que otimiza e agiliza o atendimento no processo de comunicação de alertas de anomalias de pacientes na UTI a equipe médica. E o artigo (8) que apresenta a utilização de um sensor ou dispositivo a Pílula Inteligente, onde auxilia no tratamento médico levando medicamentos precisamente no local doente ou em cirurgias transmitindo através de vídeo informações interna do corpo do paciente, obteve 85%. Analisando a Tabela (2), onde relata os Pontos Fortes ou Pontos Fracos dos artigos estudados, demonstram que em todos os níveis de Atenções temos muitos Pontos Fortes como: a integração do paciente em seu tratamento, rapidez na assistência ao paciente, otimização do serviço médicos e diminuição do tempo de internação. E no caso dos Pontos Fracos os artigos apresentaram poucos pontos como: alto investimento e treinamentos para as equipes. CONCLUSÃO Neste estudo foram apresentados exemplos de Tecnologia Ubíqua, onde os estudos selecionados têm como objetivo serem avaliados na assistência de pacientes no âmbito ambulatorial ou hospitalar nos serviços do SUS. Portanto, Quais as vantagens competitivas aos serviços de saúde, na aplicação da Tecnologia Ubíqua na Assistência ao Paciente?, isto é, quais as vantagens que esta Tecnologia pode trazer em benefícios, aplicações ou serviços, na assistência do paciente ambulatorial ou hospitalar.

10 A Tecnologia Ubíqua no final deste estudo, através dos artigos comprovaram a tendência na Saúde, onde a computação Ubíqua realmente apresenta-se como uma excelente alternativa no serviço assistência na saúde. Porém as tecnologias preveem alguns aspectos que em longo prazo deverão ser tratados com uma melhor atenção. A Segurança desta tecnologia, devido a uma alta conecção dos dispositivos, antivírus e firewalls deverão ser implantadas de forma completas a fim de proteger os usuários de acessos não autorizados. A Privacidade é outro ponto de atenção no uso da tecnologia, pois devido o uso de sensores e bancos de dados, para o armazenamento das informações sobre os usuários, precisamos discutir como proteger estes dados e como os usuários poderão se proteger de sensores e o tráfego de informações pessoais. Apesar do destes aspectos negativos e o número reduzidos de trabalhos desenvolvidos no Brasil com esta temática, vê-se um crescimento contínuo ao longo dos anos analisados. Entende-se que o desenvolvimento de tecnologias ubíquas relacionados a pesquisas científicas é importante, pois os conteúdos tendem a ser analisados e testados por profissionais que conhecem as reais necessidades dos usuários finais. Acreditamos que a Tecnologia Ubíqua mesmo possuindo alguns pontos falhos como a segurança e a privacidade dos dados de pacientes, possuem muitos pontos de grande valor na Assistência a Saúde, que demonstra claramente que se trata de uma tecnologia que veio para ficar, e não uma tecnologia de modismo passageiro. Desta forma, demonstramos as seguintes vantagens competitivas na Assistência a Saúde: Utilização eficiente e eficaz dos recursos humanos e financeiros; Integração de equipes multidisciplinares; Agilidade na coleta de dados; Auxilio nas decisões em ocorrências médicas; Redução do tempo de internação; Diminuição da procura dos serviços secundários, como hospitais; Rapidez no atendimento ou tratamento de pacientes;

11 Concluímos que a Tecnologia Ubíqua é sem duvida uma alternativa de desenvolvimento e crescimento do SUS de forma impar, levando a um novo patamar os Serviços de Saúde na Assistência ao Paciente. Referências 1. Zanela A, Reinhard N. Tecnologias de informação móveis, sem fio e ubíquas: definições, estadoda-arte e oportunidades de pesquisa. Curitiba: Revista de Administração Contemporânea, Dezembro 2007. 11 (4): 175 198. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1415-65552007000400009&lang=pt 2. Rocha TAH, Fachini LA, Thumé E, Silva NC, Barbosa ACQ, Carmo M, Rodrigues JM. Saúde Móvel: novas perspectivas para a oferta de serviços em saúde. Brasília: Epidemiologia e Serviços de Saúde. Março 2016. 25 (1): 159 170. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s2237-96222016000100159&lang=pt 3. Filho STC, Copetti A, Filho OGL. Sistema de computação ubíqua na assistência domiciliar à saúde. Journal of Health Informatics. Junho 2011. 3 (2): 51-7. Disponível em: http://www.jhi-sbis.saude.ws/ojs-jhi/index.php/jhi-sbis/article/view/147/61. 4. Maia FFR, Araújo LR. Impacto do sistema de monitorização contínua da glicose em pacientes diabéticos. São Paulo: Revista da Associação Médica Brasileira, Dezembro 2006. 52 (6): 395-400. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0104-42302006000600017 5. César HV; Pinheiro KMK; Basílio JHC; Guimarães RN. Sistematização do atendimento clínico especializado baseado em paradigmas da computação ubíqua. Journal of Health Informatics, Junho 2013. 5 920; 67-74 Disponível em: http://www.jhi-sbis.saude.ws/ojs-jhi/index.php/jhi-sbis/article/view/244/169. 6. Rocha CCL, Costa CA, Righi RR. Um modelo para monitoramento de sinais vitais do coração baseado em ciência da situação e computação ubíqua. SBCUP - VII Simpósio Brasileiro de Computação Ubíqua e Pervasiva 2016. Disponível em: uhospital.unisinos.br/papers/ubheart_submetido.pdf 7. Araújo BG; Valentim RAM; Lacerda JMT; Carvalho DR; Dantas MCR; Diniz JJ. Modelo arquitetural para geração de alertas aplicado ao monitoramento de pacientes em ambiente hospitalar. Rio de janeiro: Revista Brasileira de Engenharia Biomédica. Junho 2012. 28 (2): 169-178. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1517-31512012000200007

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