Perfil de Resultados Proficiência Clínica



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3 - Introdução. gestão hospitalar? 8 - Indicadores clínicos Indicadores operacionais Indicadores financeiros.

Transcrição:

Tema Elaboradora MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA DE EQUIPAMENTOS Shélica Colonhezi Castro. Biomédica do Hospital São Paulo Unifesp e Pós-Graduada em Gestão em Saúde. Análise das respostas e comentários dos participantes Questão 1: A resposta é a opção 4. Segundo o Vocabulário de Metrologia Legal (INMETRO) seguem algumas definições: Aferição é o conjunto de operações que estabelece, em condições específicas, a correspondência entre os valores indicados por um instrumento de medir, ou por um sistema de medição ou por uma medida materializada e os valores verdadeiros convencionais correspondentes da grandeza medida. O resultado de uma aferição permite determinar os erros de indicação de um instrumento de medir, sistema de medição ou medida materializada. Uma aferição, também pode, através de ensaios determinar outras propriedades metrológicas. Ainda, o resultado de uma aferição pode ser registrado em um documento chamado certificado ou relatório de aferição. Calibração é o conjunto de operações que estabelece, em condições específicas, a correspondência entre o estímulo e a resposta de um instrumento de medir, sistema de medição ou transdutor de medição. O resultado de uma calibração pode permitir a determinação de um ou mais parâmetros da curva característica que relaciona o estímulo à resposta ou valores de grandezas correspondentes às divisões de escalas indefinidas de um instrumento de medir. Questão 3: A resposta é a opção 3. Segundo as boas práticas de gestão, um sistema de medição organizacional deve ser estruturado em diferentes níveis de hierarquia e aplicação. Em geral, três níveis devem ser utilizados: estratégico, tático/gerencial e operacional. Indicadores estratégicos focam no objetivo de alto nível de organização, frequentemente relacionados a aspectos de mercado, avaliando as condições da empresa em competir no mesmo. Indicadores táticos ou gerenciais avaliam aspectos internos da organização, mais fortemente ligados às operações e a utilização dos recursos da empresa. Por sua vez, os indicadores operacionais estão focados no desempenho dos processos, monitorando a capacidade destes em atender os requisitos exigidos pelos clientes e demais partes interessadas. Mesmo para indicadores táticos ou operacionais, existe a necessidade de que os mesmos estejam alinhados estrategicamente aos objetivos de desempenho da organização para que efetivamente gerem informações pertinentes para a gestão da empresa. Assim, é possível que qualquer indicador de desempenho seja proposto, planejado, padronizado e implantado a partir dos objetivos estratégicos da organização. Todas as condições referentes ao alinhamento estratégico e monitoramento de forma balanceada de indicadores são aplicáveis ao laboratório clínico e, igualmente para as métricas de desempenho relacionadas à fase analítica do processo de análises clínicas. Isto é, quando do planejamento dos indicadores para a fase analítica do laboratório, mesmo que sempre pensando em termos de eficácia e eficiência dos processos analíticos, deve-se ampliar os horizontes não apenas das dimensões como qualidade, tempo e custos (conforme indicadores propostos no livro I desta série), é possível ampliar esta visão de avaliação de desempenho para dimensões como: utilização de recurso (recursos naturais, humanos, TI, equipamentos, etc.), confiabilidade de processo, segurança, flexibilidade de processos, etc. Com esta visão mais sistêmica do desempenho do processo analítico, o laboratório estará completando o monitoramento de atendimento dos requisitos de outras partes interessadas e não apenas de clientes/pacientes e acionistas/empresas. Por exemplo, ao monitorar o desempenho de um processo analítico, em termos de otimização em termos de recursos naturais ou geração de resíduos que impactam o meio ambiente, avalia-se requisitos da parte interessada - comunidade. Questão 4: A resposta é a opção 3. O indicador de produtividade técnica está relacionado à utilização de infraestrutura. Tem o objetivo de avaliar a área física, já que a utilização de uma maior ou menor área construída tem grande impacto no setor financeiro. Em um laboratório clínico, onde as margens são escassas e a competitividade de mercado é crescentemente mais intensa, os custos com infraestrutura não são desprezíveis e o aluguel e o espaço físico onde são alocados os processos técnicos do laboratório (área técnica) pode ter impacto financeiro importante. Portanto, a forma eficiente e otimizada com que os processos técnicos utilizam e exigem área física deve ser alvo de análise contínua dos gestores, o que justifica um indicador de produtividade de área construída. Esse indicador pode ser obtido a partir do volume de exames realizados em relação à área física ocupada por uma determinada área técnica. Ele pode ser geral e estratificado para demonstrar a relação de ocupação e produtividade das áreas. A métrica é exames por metro quadrado. Ex: A imunoquímica de um laboratório ocupa uma área de 100m 2 e realizou 120.000 exames num mês. A produtividade da área construída é 1.200 exames/m 2. Questão 5: A resposta é a opção 4. Pode-se definir um indicador como uma informação de natureza qualitativa ou quantitativa, associada a um evento, processo ou resultado, sendo possível avaliar as mudanças durante o tempo e verificar ou definir objetivos ou utilizá-lo para a tomada de decisões ou escolhas. O objetivo dos indicadores não é prover respostas, mas indicar problemas potenciais que necessitam de ações preventivas. Para definir um indicador ideal para cada serviço/estabelecimento devemos levar em consideração a complexidade e o tamanho da organização, assim como a missão e os objetivos do serviço. Os indicadores devem refletir a realidade de cada laboratório, por isso é muito difícil encontrarmos literatura especificando a quantidade e os tipos de indicadores que cada laboratório deve ter e monitorar, pois cada laboratório possui uma realidade. Página 1/5

O importante é fazer com que os indicadores praticados sejam importantes efetivamente no processo e não sirvam apenas para ficar em uma pasta esquecida e apresentada apenas em auditorias. Seguindo esse pensamento de que cada laboratório deve definir quais são os indicadores primordiais para seu processo, um deles é o indicador de manutenção corretiva. Interrupções de funcionamento inesperadas dos sistemas analíticos podem representar perdas importantes para os processos técnicos. A necessidade de manutenções corretivas, resultante dessas paradas não planejadas, relacionada às manutenções esperadas (preventivas), pode sinalizar para problemas crônicos com essas automações que devem ser solucionados para ampliar a eficiência na utilização de equipamentos pelos processos técnicos. Ou, por outro lado, pode sinalizar para um planejamento equivocado e insuficiente dos intervalos entre manutenções preventivas. Essa métrica pode ser estimada com uma relação entre o número de eventos de manutenção corretiva e o numero de manutenções preventivas planejadas para o período. O índice ideal esperado para essa métrica é zero. Questão 6: A resposta é a opção 2. O Indicador de utilização de equipamento é uma métrica que monitora o grau de adequação da demanda frente à capacidade instalada de equipamentos. Para isso, deve-se fazer uma relação entre o numero de exames realizados por determinado equipamento (ou pela soma de equipamentos de um processo técnico) com capacidade nominal ou efetiva/real do processamento de exames desse mesmo equipamento (ou grupo de equipamentos), como apresentado abaixo: Um equipamento de bioquímica com capacidade de processar 700 exames por hora, permanece disponível por 7 horas diárias e realizou em 1 mês 85.300 exames em 22 dias de operação. Dados: Capacidade: 700 exames/h Disponibilidade: 7 h/dia Quantidade de exames: 85.300 exames/mês Operação: 22 dias Cálculo da capacidade de processamento: 7 horas X 22 dias X 700 exames = 107.800 exames/mês Cálculo da utilização de equipamento: (Qtde exames realizados Capacidade de processamento) X 100 = (85.300 107.800) x100 = 79% (79,12%) Questão 7: Anulada. Esta questão foi anulada por não apresentar uma alternativa de resposta correta. A seguir, apresentam-se os cálculos que mosram o resultado esperado de 21% (21,22%). Dados: Disponibilidade: 7h/dia Operação: 22 dias Interrupção: 8 horas Indisponibilidade prevista: 25 horas Cálculo do tempo de uso planejado: Disponibilidade x operação = 7x 22 = 154 horas Indisponibilidade de equipamento: (Interrupção + Indisponibilidade prevista) Tempo de uso planejado X 100 = (8+25) 154 X 100 = 21% (21,22%) Questão 10: A resposta é a opção 4. A manutenção não pode ser definida como algo que apenas se encarrega de consertar o que está quebrado, mas zelar para manter funcionando adequadamente. São todas as ações necessárias para que um item conservado ou restaurado, de modo a poder permanecer de acordo com uma condição específica. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ANBT) definiu Manutenção Corretiva como aquela efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em condições de executar uma função referida. A manutenção preventiva, também conhecida como periódica, compreende ações destinadas a prevenir a ocorrência de falhas, para evitar futuras quebras, provocadas pelo desgaste natural de peças, proporcionar um maior rendimento e durabilidade e contribuir também para o prolongamento da vida útil dos equipamentos. A realização deste tipo de manutenção possibilita ao gestor do setor ter ideia das condições de confiabilidade e disponibilidade operacional do equipamento. Página 2/5

Vantagens Preventiva Aumenta a confiabilidade do equipamento Proporciona maior rendimento e durabilidade Pode ser programada Prolonga a vida útil dos equipamentos Proporciona redução no estoque de peças sobressalentes Corretiva Não exige acompanhamento e inspeções periódicas nos equipamentos Substituição das peças ao final da sua vida útil Desvantagens Substituição de peças antes do fim da vida útil Maior número de interferências, consequentemente maior probabilidade de erro humano Devido à alta frequência de interferências pode provocar outras avarias Redução da vida útil Necessidade de elevado estoque de peças sobressalentes Aumenta o risco de acidentes Proporciona ociosidade de mão de obra devido a paralisação do equipamento Na maioria das vezes não pode ser programada Paradas inconvenientes e demoradas Questão 12: A resposta é a opção 3. O modelo da pirâmide sugere que para manutenção, a maior porcentagem dos equipamentos médicos existem em um EAS (Estabelecimento Assistencial de Saúde), a estratégia é ter técnicos com formação consolidada, aptos para atuar em um determinado nível de tecnologia. Os equipamentos de alta tecnologia, que necessitam de pessoas com alta qualificação e treinamentos no exterior (por exemplo, PET-CT ou ressonância magnética) passam a ser atendidos pelo fabricante ou seu representante. Os treinamentos podem ser obtidos do fabricante no momento da aquisição (proposta de venda com cláusula inclusa de treinamento técnico). Para equipamentos de alta complexidade, é sugerido que o técnico receba um treinamento para primeiro atendimento (identificar falhas de operacionais). Uma solução que pode unir as vantagens dos dois itens acima é que seja oferecido um treinamento para a equipe interna (visando à resolução de problemas operacionais ou simples, e a correta descrição de erros complexos), e que quando aplicável, exista a possibilidade de receber um equipamento reserva até o reparo do defeituoso. Tudo é uma questão de negociação do contrato de manutenção e do custo de qualidade, relativa à efetividade do reparo. Questão 13: A resposta é a opção 1. A Engenharia de Confiabilidade apresenta alguns indicadores com os quais é possível detectar problemas na manutenção ou de projetos em equipamentos. É importante ressaltar que os resultados de indicadores de confiabilidade devem ser comparados somente entre equipamentos do mesmo tipo, e que operam sob condições semelhantes. Antes de comentar os principais indicadores utilizados em manutenção, vamos observar algumas definições fornecidas pela ABNT: Atraso Logístico: Tempo acumulado durante o qual uma ação de manutenção não pode ser executada em virtude da necessidade de se obterem os recursos necessários, excluindo-se qualquer atraso administrativo. Confiabilidade: Capacidade de um item desempenhar uma função requerida, sob as condições específicas, durante um dado intervalo de tempo. Observação: A confiabilidade pode ser estendida às falhas devido às influências das pessoas, não somente às falhas de equipamentos e sistemas. Defeito: Qualquer desvio em relação a uma característica de um item aos seus requisitos. Defeito de Fabricação: defeito de um item devido a não conformidade da fabricação com o projeto ou com os processos de fabricação especificados. Disponibilidade: Capacidade de um item estar em condições de executar certa função em um dado instante ou durante um intervalo de tempo determinado, levando-se em conta os aspectos combinados de sua confiabilidade, mantenabilidade e suporte de manutenção, supondo que os recursos externos requeridos estejam assegurados. O grande desafio na gestão da manutenção é encontrar o ponto ótimo de disponibilidade em que o custo da manutenção proporciona um nível de disponibilidade capaz de gerar máximo lucro à operação. A busca desse ponto ótimo deve ser diferenciada para cada tipo de equipamento, levando em consideração a importância do equipamento para o processo, o custo do equipamento e de sua reparação, as condições da falha do equipamento no processo, o ritmo de produção e etc. Erro: Diferença entre um valor ou uma condição observada, ou medida, e a correspondente condição ou valor verdadeiro especificado ou teórico. Página 3/5

Falha: definida pela ABNT como o término da capacidade de um item de realizar sua função específica (parada do equipamento). Falha Aleatória: Qualquer falha cuja a causa ou mecanismo faça com que seu instante de ocorrência se torne imprevisível, a não ser no sentido probabilístico ou estatístico. Falha por uso incorreto: falha devida à aplicação de solicitações além dos limites especificados ou a erros de instalação ou operação. Falha por manuseio: Falha causada por manuseio ou falha de cuidado com o item. Falha por deteriorização:: falha que resulta de mecanismos de deteriorização inerente ao item, os quais determinam uma taxa de falha instantânea, crescente ao longo do tempo. Mantenabilidade: Capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas e mediante procedimentos e meios prescritos. Manutenção: combinação de todas condições técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar, um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida. Uma observação feita por Marconi et al., é que, a partir do ponto ótimo em investimento com manutenção preventiva,mais investimentos trazem poucos benefícios para redução dos custos da falha e acabem elevando o custo total. A quantidade de preventivas nem sempre significa maior disponibilidade. Reparo: Parte da manutenção corretiva na qual são efetuadas as ações de manutenção efetiva sobre o item, incluindo os atrasos técnicos. Serviço: Conjunto de funções oferecidas a um usuário por uma organização. Referências Bibliográficas Gestão de Manutenção em Serviços de Saúde. Alexandre Ferreli Souza et al. São Paulo: Blucher, 2010. Sistemas da Qualidade em Laboratórios de Ensaio. Felix Julio Rosenberg e Ana Beatriz Moraes da Silva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. Gestão da Fase Analítica do Laboratório. Control Lab 1ª edição, Volume I, 2010 Gestão da Fase Analítica do Laboratório. Control Lab 1ª edição, Volume II, 2011 Gestão da Fase Analítica do Laboratório. Control Lab 1ª edição, Volume III, 2012 Norma PALC 2010 A utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos. Kella Furtado Vieira et al. J Bras Patol Med Lab, v 47, n 3, p 201-210. Junho-2011. Gestão da manutenção de equipamentos de laboratório: uma estratégia para melhoria do desempenho da atividade de pesquisa em uma instituição de C&T em saúde. Roni Dias Vinhas. Fundação Oswaldo Cruz, 2007. Página 4/5

Respostas dos Participantes Opções (%) Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Resultado(s) aceito(s) Questão 1 64.5% 4.6% 8.0% 22.8% 4 Questão 2 0.9% 1.9% 96.0% 1.2% 3 Questão 3 43.5% 11.1% 40.1% 4.9% 3 Questão 4 5.2% 17.9% 69.1% 6.8% 3 Questão 5 3.4% 1.5% 30.6% 64.2% 4 Questão 6 7.1% 84.6% 3.4% 4.3% 2 Questão 7 11.4% 22.2% 33.3% 25.3% Anulada Questão 8 86.4% 4.3% 4.0% 4.9% 1 Questão 9 4.9% 88.6% 1.2% 4.9% 2 Questão 10 6.2% 9.0% 7.1% 77.5% 4 Questão 11-1.5% 96.3% 1.2% 3 Questão 12 7.4% 9.0% 78.4% 4.0% 3 Questão 13 42.9% 6.5% 33.6% 16.0% 1 Questão 14 2.8% 89.2% 1.5% 6.2% 2 Questão 15 1.2% 1.5% 0.9% 96.0% 4 Questionários Respondidos 324 Página 5/5