SACAVÉM, JANEIRO 2011



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A G R U P A M E N T O D E C E N T R O S D E S A Ú D E D A G R A N D E L I S B O A V I L O U R E S PLANO DE DESEMPENHO 2011 SACAVÉM, JANEIRO 2011

ACES VI LOURES PLANO DE DESEMPENHO ACES VI LOURES ÍNDICE 1. MENSAGEM DO DIRECTOR EXECUTIVO...3 MISSÃO VISÃO E VALORES... 3 PRINCIPAIS DESAFIOS PARA 2011... 4 METODOLOGIA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE ACTIVIDADES... 4 2. CARACTERIZAÇÃO DO ACES...5 3. ENQUADRAMENTO DO ACES...6 ANÁLISE DA ENVOLVENTE INTERNA... 6 ANÁLISE DA ENVOLVENTE EXTERNA... 6 PRINCIPAIS REALIZAÇÕES DO ANO 2010... 7 4. ACTIVIDADES PREVISTAS / PLANO DE ACTIVIDADE...8 PROPOSTA DE METAS PARA OS INDICADORES DO CONTRATO PROGRAMA 2011... 8 LINHAS ESTRATÉGICAS E OBJECTIVOS... 9 5. RECURSOS DISPONÍVEIS... 15 MAPA DE RECURSOS HUMANOS... 15 PLANO DE FORMAÇÃO... 17 MAPA DE EQUIPAMENTOS... 19 PLANO DE INVESTIMENTOS... 20 ORÇAMENTO ECONÓMICO... 23 2

PLANO DE DESEMPENHO 2011 1. MENSAGEM DO DIRECTOR EXECUTIVO O presente Plano de Actividades pretende reflectir as linhas orientadoras da ARSLVT, I.P. incorporando-as na realidade, missão e estratégia do ACES VI Loures, adiante designado por ACES. A actual legislação permite dar estabilidade à organização da prestação de cuidados de saúde primários, praticar uma gestão rigorosa, equilibrada, ciente das necessidades da população da área geográfica do ACES. A nomeação da Directora Executiva e o compromisso assumido na Carta de Missão, conduziram de imediato à reorganização da estrutura interna dos Centros de Saúde de Loures e Sacavém que constituem o ACES, tendo iniciado o seu funcionamento em Março de 2009. Alguns processos de reorganização foram logo implementados como é o caso da Unidade de Apoio à Gestão (UAG), do Conselho da Comunidade, que teve a sua primeira reunião a 18 de Maio de 2009, o Conselho Clínico, o Gabinete do Cidadão, a USP e outros implementados mais tarde como é o caso da constituição de novas USF, a URAP, as UCSP e a UCC Loures. O ACES pretende empenhar-se em optimizar os circuitos ao nível da comunicação e informação, gestão patrimonial e financeira, aprovisionamento, logística e em recursos humanos. Todo este esforço se encontra centrado na satisfação dos utentes do ACES, com vista à melhoria dos níveis de eficácia, eficiência e qualidade e à utilização dos recursos humanos, técnicos e financeiros, de forma ética e responsável, dando cumprimento aos objectivos previstos na Carta de Missão em consonância com os objectivos estratégicos previstos no QUAR da ARSLVT, I.P: 1. Melhorar a acessibilidade aos serviços de saúde; 2. Dar continuidade às medidas prioritárias previstas na Carta de Missão; 3. Rentabilizar os recursos financeiros e materiais; 4. Desenvolver sistemas de governação clínica; 5. Desenvolvimento dos profissionais; 6. Desenvolver sistemas de Informação e Comunicação; 7. Desenvolver uma política de Gestão do risco numa perspectiva de aprendizagem permanente. MISSÃO VISÃO E VALORES O ACES tem por missão garantir a prestação de cuidados de saúde primários à população do Concelho de Loures, numa área geográfica de 169 km 2, visando a obtenção de ganhos em saúde para a população. A visão da nossa instituição é algo que sabemos ser difícil de conseguir, mas acreditamos que não é impossível e cuja perspectiva é de tal forma fascinante que constituirá, certamente, um factor de mobilização, de entusiasmo e de energia para todos. A sua actividade é desenvolvida tendo como Visão melhorar a acessibilidade das populações aos cuidados de saúde. 3

ACES VI LOURES Toda a sua estrutura orgânica e funcional rege-se, na sua administração e gestão, pelos Valores da Responsabilidade, Acessibilidade, Satisfação, Qualidade, Criatividade/Inovação e Competência, procurando assegurar as condições necessárias para uma atitude de permanente inovação assistencial, científica e tecnológica, e promovendo uma estreita ligação entre as suas actividades e a comunidade em que se integra. PRINCIPAIS DESAFIOS PARA 2011 Os principais desafios identificados para 2011 integram-se, essencialmente, em dois grandes grupos: 1. A prestação de cuidados de saúde. 2. A estrutura organizativa do ACES. Em termos da prestação de cuidados de saúde, foram identificados os seguintes desafios, em síntese: Consolidação das 19 Unidades Funcionais existentes no ACES, sendo 7 USF em pleno funcionamento, 1 com candidatura já aprovada (a aguardar obras nas instalações) e 1 à espera de aprovação da sua candidatura, 7 UCSP, 1 CATUS, 2 UCC, 1 USP e 1 URAP; Proporcionar as condições necessárias à criação de mais USF; Assegurar que as UCSP tenham melhores condições de funcionamento para que estas evoluam progressivamente para USF like ; Garantir o pleno funcionamento da UCC de Loures, aprovada em Dezembro de 2009 cuja actividade se iniciou em Janeiro de 2010, embora parcialmente, dada a falta de recursos informáticas; Garantir, igualmente, o pleno funcionamento da UCC de Sacavém ainda em fase de candidatura; Garantir o funcionamento efectivo da USP e da URAP. Relativamente à estrutura organizativa, foram identificados os seguintes desafios, em síntese: Proporcionar condições para a elaboração do regulamento interno de cada unidade funcional, uma vez que o Regulamento Interno do ACES VI Loures já foi publicado em Diário da República; Efectuar a contratualização interna com as todas as USF e UCSP; Aumentar em cerca de 9 % a cobertura assistencial em USF à população do ACES, sendo que, actualmente, cerca de 45% da população encontra-se em USF; Reduzir em 5% a percentagem de utentes sem médico de família atribuído até ao valor máximo de 15%. METODOLOGIA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE ACTIVIDADES Como metodologia do processo de elaboração do Plano de Actividades, procedeu-se à análise da envolvente interna e externa como fundamento para a estratégia a desenvolver em 2011, em alinhamento com a estratégia da ARSLVT, I.P. que se encontra no QUAR, com objectivos traduzidos nos indicadores das USF, Carta de Missão e SIADAP. A partir da estratégia da ARSLVT, I.P. procurou-se integrar a responsabilidade dos órgãos, serviços e Unidades do ACES, quer individual, quer partilhada, recorrendo aos instrumentos disponibilizados pelas diferentes legislações. 4

PLANO DE DESEMPENHO 2011 2. CARACTERIZAÇÃO DO AC ES O Agrupamento dos Centros de Saúde de Grande Lisboa VI Loures é constituído pelos Centros de Saúde de Loures e Sacavém e iniciou a sua actividade em Março de 2009. O ACES VI Loures, como é designado, tem uma área geográfica de 169 km 2 e presta cuidados de saúde a 18 freguesias: Apelação, Bobadela, Bucelas, Camarate, Fanhões, Frielas, Loures, Lousa, Moscavide, Portela, Prior Velho, Sacavém, Santa Iria de Azóia, Santo Antão do Tojal, Santo António dos Cavaleiros, São João da Talha, São Julião do Tojal e Unhos, com uma população de 199 059 habitantes (Censos de 2001). O ACES VI Loures é composto por 7 UCSP e 7 USF, em funcionamento, que constituem as Unidades Funcionais e que garantem o primeiro acesso dos cidadãos à prestação de cuidados de saúde, assumindo importantes funções de promoção da saúde e prevenção da doença, prestação de cuidados na doença e ligação a outros serviços para a continuidade dos cuidados. Existem candidaturas para a constituição de mais 2 USF, a USF do Prior Velho com candidatura já aprovada, a aguardar obras nas suas instalações para iniciar funções e a USF Valflores, em Santa Iria de Azóia, a aguardar aprovação da sua candidatura. A 1 de Fevereiro estão inscritos neste ACES 221.420 utentes, estando 178.579 inscritos com médico de família atribuído e cerca de 42.974 sem médico de família. No ACES VI Loures encontram-se em pleno funcionamento os Órgãos de Administração, Conselho Clínico e o Conselho da Comunidade que é presidido pelo Presidente da Câmara Municipal de Loures, os Serviços de Apoio, Gabinete do Cidadão e a Unidade de Apoio à Gestão e todas as Unidades Funcionais previstas no Decreto-Lei n.º 18/2008, de 22 de Fevereiro. 5

ACES VI LOURES 3. ENQUADRAM ENTO DO ACES Na elaboração da estratégia do ACES, alinhada com a estratégia da ARSLVT, procedeu-se à análise da envolvente na perspectiva interna e externa. ANÁLISE DA ENVOLVENTE INTERNA Os recursos internos, ainda que possam não estar, em relação aos indicadores disponíveis, longe da realidade regional e nacional, certo é que são nitidamente insuficientes para chegar eficazmente a uma população que tem as características e grandes carências identificadas. Ainda que o ACES tenha bons equipamentos, tem também equipamentos muito deficientes e principalmente localizados nos bairros mais problemáticos, que dificilmente constituem uma atracção para novos profissionais, quer médicos quer enfermeiros. A constituição de modernas Unidades de Saúde - USF, que actualmente abrangem aproximadamente 45% da população inscrita no ACES foi um factor preponderante na atracção de jovens médicos que procuram novos métodos de trabalho com remunerações associadas a qualidade e quantidade. No entanto, estes acabam por prestar cuidados, globalmente, a populações de zonas menos afectadas pela pobreza e pelos problemas descritos, anteriormente. A publicação da Deliberação n.º 1837/2010, de 13 de Outubro, que contém o Regulamento Interno do ACES, permitiu a constituição formal das Unidades Funcionais, a nomeação dos seus coordenadores e criou condições para o trabalho com as UCSP tendo em vista a prestação de melhores cuidados a estes grupos populacionais mais problemáticos. ANÁLISE DA ENVOLVENTE EXTERNA Uma das características do Concelho de Loures é ser detentor de uma grande densidade populacional com populações de características rurais a residirem em pequenas localidades e populações vinculadamente urbanas a residirem em grandes aglomerados populacionais, alguns deles verdadeiros dormitórios. Existem vários bairros de realojamento, que albergam pessoas de vários grupos étnico cultural, dos quais se pode tomar como exemplo, por ser mais mediatizado ultimamente, a Quinta da Fonte cujos moradores são 40% de origem africana (a maioria de Cabo Verde, mas muitos da Guiné, de Angola e S. Tomé); 40% de portugueses de etnia cigana e 20% de cidadãos nacionais. Vários factores (culturais, emocionais, de sociabilização, de dificuldades escolares, económicos, psicológicos, de emprego, etc.) contribuem para que haja grande instabilidade nestas populações, que condicionam o seu nível de saúde. Também a imigração de outros grupos, difícil compreensão e controlo, nomeadamente, os asiáticos, tornam difícil a comunicação e a influência dos serviços de saúde. A entrada em funcionamento do Hospital Beatriz Ângelo prevista para 2012, aumentará a oferta de cuidados de saúde diferenciados na área de influência do ACES, permitindo o aumento da oferta de serviços de proximidade às populações. 6

PLANO DE DESEMPENHO 2011 Aumentar a formação contínua de nossos profissionais e aumentar dentro do possível o número de Estágios com alunos de enfermagem, medicina, psicologia, serviço social, saude oral, saude ambiental e serviço social e Internatos Médicos (actualmente 23 internos dos vários anos e especialidades) de modo a tornar o ACES VI Loures num modelo de referência para os novos profissionais. Manter o bom relacionamento com a Câmara Municipal de Loures, concretizada com a nomeação do Presidente da Câmara para Presidente do Conselho da Comunidade. PRINCIPAIS REALIZAÇÕES DO ANO 2010 Tendo como orientação primordial para a actividade desenvolvida pelo ACES a Carta de Missão assinada pela Directora Executiva, foram consideradas como medidas prioritárias o plano de actividades durante o ano de 2010 as medidas aí previstas e respeitar calendarização das mesmas. Deu-se continuidade à reorganização dos Centros de Saúde, na vertente da prestação de cuidados, de acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro, nomeadamente: 1. Foram apresentadas e aprovadas mais 2 candidaturas a USF, a USF Travessa da Saúde e USF Tejo que se vieram juntar às cinco já existentes no ACES, a USF LoureSaúdável, USF Ars Médica, USF Parque Cidade, USF Magnólia e USF São João da Talha; 2. Constituíram-se as UCSP de Apelação e Unhos, UCSP Bobadela e UCSP de Moscavide; 3. Foi apresentada e aprovada a candidatura da UCC de Sacavém. A actividade desenvolvida pela estrutura organizativa do ACES, órgãos e serviços de apoio, ano de 2010 foi efectuado de acordo com as competências previstas no Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro. Esta evolução do sistema de CSP levou a novos desenhos organizacionais, interdependências, dependências hierarquizadas, novas formas de organização dos serviços de saúde, por vezes sem a dotação em recursos humanos necessários à actividade a desenvolver. 7

ACES VI LOURES 4. ACTIVIDADES PREVISTAS / PLANO DE ACTIVIDAD E Como metodologia do processo de elaboração do Plano de Actividades, procedeu-se à análise da envolvente interna e externa como fundamento para a estratégia a desenvolver em 2011, em alinhamento com a estratégia da ARSLVT, I.P. que se encontra no QUAR, com objectivos traduzidos nos indicadores das USF, Carta de Missão e SIADAP. A partir da estratégia da ARSLVT, I.P. procurou-se integrar a responsabilidade dos órgãos, serviços e Unidades do ACES, quer individual, quer partilhada, recorrendo aos instrumentos disponibilizados pelas diferentes legislações. Os objectivos e as linhas estratégicas de actuação pensadas para o ACES encontram-se alinhados com o QUAR da ARSLVT, I.P. e com os indicadores do Contrato Programa ao nível nacional, regional e local. PROPOSTA DE METAS PARA OS INDICADORES DO CONTRATO PROGRAMA 2011 Indicadores do Contrato Programa 2010 Meta 2011 Objectivos Nacionais de CSP - Eixo Nacional Taxa de utilização global de consultas médicas 58 % Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar 21 % Percentagem de recém-nascidos, de termo, com baixo peso (1.000 nadosvivos) 8 40 Percentagem de primeiras consultas na vida efectuadas até aos 28 dias 55 % Percentagem de utentes com PN Vacinação actualizado aos 13 anos 98 % Percentagem de inscritos entre os 50-74 anos com rastreio de cancro colorectal efectuado Incidência de amputações em diabéticos na população residente (10.000 residentes) Incidência de acidentes vasculares cerebrais na população residente (10.000 residentes) Consumo de medicamentos ansioliticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos no mercado do SNS em ambulatório (Dose Diária Definida/1000 habitantes) Nº de episódios agudos que deram origem a codificação de episódio (ICPC2) / nº total de episódios Percentagem de utilizadores satisfeitos e muito satisfeitos - Percentagem de consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos 13 % 2 34 100-25 % Custo médio de medicamentos facturados por utilizador 177 Custo médio de MCDT facturados por utilizador 66

PLANO DE DESEMPENHO 2011 Objectivos Nacionais de CSP Eixo Regional Percentagem de mulheres entre os 25-64 anos com colpocitologia actualizada (uma em 3 anos) Percentagem de mulheres entre os 50-69 anos com mamografia registada nos últimos 2 anos Percentagem de devoluções aos CSP por falta de informação clínica e administrativa Percentagem de consumo de quinolonas no consumo total de antibióticos em ambulatório Objectivos Nacionais de CSP Eixo Local 25 % 35 % 9 % 10 % 5.10 M -Percentagem de hipertensos com registo de PA em cada semestre 60 % 6.9 M Percentagem de 1ªas consultas no 1º trimestre de gravidez 75 % LINHAS ESTRATÉGICAS E OBJECTIVOS Com o objectivo de realizar a missão, foram estabelecidas quatro linhas estratégicas, em alinhamento com as três linhas estratégicas da ARSLVT, I.P. designadas no seu QUAR. As linhas estratégicas do ACES são: 1. Melhorar a acessibilidade aos serviços de saúde; 2. Dar continuidade às medidas prioritárias previstas na Carta de Missão; 3. Rentabilizar os recursos financeiros e materiais, 4. Desenvolver sistemas de governação clínica. Para operacionalizar a estratégia, propomos a monitorização especial dos objectivos de eficácia, de eficiência e de qualidade através dos indicadores directamente relacionados, como indicado no esquema seguinte, em correlação com os objectivos da ARSLVT, I.P. Tipo de objectivos Objectivos de eficácia. Objectivos da ARSLVT Implementar as Unidades Funcionais dos Agrupamentos dos Centros de Saúde (OO1). Aumentar a oferta de lugares de Cuidados Continuados Integrados (OO2). Alargar a cobertura assistencial em USF (OO3). Garantir o acesso de todos os trabalhadores à formação (OO6). Objectivos do ACES 1 Consolidação de novas unidades funcionais e assegurar o seu pleno funcionamento. 2 Aumentar a capacidade de resposta aos utentes referenciados para a ECCI. 3 Aumentar a população abrangida por USF. 4 Desenvolver o Plano Anual de Formação dirigido a todos os grupos profissionais. 5 Organizar as Jornadas do ACES. Indicadores 9

ACES VI LOURES Número de unidades funcionais em funcionamento (1). ESTRATÉGIA: Assegurar o regular funcionamento das19 Unidades Funcionais. Garantir as condições de funcionamento das UCSP e USF. Percentagem de unidades com regulamento interno de funcionamento (1). ESTRATÉGIA: Garantir que as equipas multiprofissionais de todas as unidades elaborem o seu regulamento interno Garantir as condições de funcionamento das UCC de Loures e Sacavém (2). ESTRATÉGIA: Motivar os profissionais para dinamizar as equipas multiprofissionais. Assegurar os meios operacionais adequados ao funcionamento das UCC. Criação de mais 2 USF e assegurar as condições de funcionamento das sete já existentes (3). Assegurar a criação de mais 2 USF com candidaturas já efectuadas, aumentando a cobertura da população para um valor acima dos 50 %. Percentagem de profissionais com frequência de acções de formação internas e externas (4 e 5) Diagnosticar as necessidades de formação interna do ACES VI Loures através de um inquérito a todos os profissionais. Identificar as áreas de intervenção com base na avaliação dos inquéritos. Definir planos de formação dirigidos a todos os profissionais, com base nas necessidades diagnosticadas e nos indicadores do Contrato Programa. Tipo de objectivos Objectivos de eficiência. Objectivos da ARSLVT Reduzir o custo dos medicamentos e MCDT nos Cuidados de Saúde Primários (OO7). Implementar o Sistema de Informação em Saúde Pública (SISP) em todas as Unidades de Saúde Pública da Região (OO8). Reduzir tempo de pagamento a fornecedores (OO9). Objectivos do ACES 6 Reduzir o custo dos medicamentos e MCDT no ACES VI Loures. 7 Implementação do Sistema de Informação em Saúde Pública (SISP) na USP do ACES. 8 Reduzir o prazo de pagamento aos fornecedores do ACES para 45 dias. 9 Assegurar a eficiência económico-financeira. Indicadores Custo médio de medicamentos facturados por utilizador (6). Instituir boas práticas na prescrição de medicamentos. Não prescrever medicamentos sem comprovada eficácia. Não ceder, prescrevendo sem estar de acordo medicamentos receitados por médicos privados. Custo médio de MCDT facturados por utilizador (6). Instituir boas práticas na prescrição de MCDT. Sensibilizar os médicos para a prescrição de MCDT da medicina privada e Hospitais. Verificar se houve pedidos recentes e cujo resultado se desconhece. Verificar a eficácia dos tratamentos de reabilitação. 10

PLANO DE DESEMPENHO 2011 Verificar os perfis de prescrição e tratar os desvios em relação às boas práticas. Percentagem de consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (6). Promover a prescrição de genéricos. Respeitar a vontade e a capacidade económica dos doentes. Implementação da aplicação SISP (7). Instalação dos novos postos de trabalho (PC) a adquirir pela ARSLVT, I.P. Garantir o prazo médio de pagamentos em 45 dias (8). Elaborar o Manual de Normas e Procedimentos de Aprovisionamento e Contabilidade. Assegurar o cumprimento dos Orçamentos de Funcionamento e Investimento (9). Manter o regular funcionamento dos ACES VI Loures, cumprindo o valor do Orçamento atribuído. Tipo de objectivos Objectivos de qualidade. Objectivos da ARSLVT Alargar o programa de rastreio de base populacional (OO1O). Realizar projectos de investigação em Governação Clínica e em saúde das populações (OO11) Monitorizar o nível de satisfação dos utentes dos Cuidados de Saúde Primários (OO12) Monitorizar os indicadores das unidades homogéneas (ACES) no âmbito do sistema de Indicadores de Desempenho aprovado pelo CD (OO13) Objectivos do ACES 10 Acompanhar o desenvolvimento de programas de saúde prioritários. 11 Desenvolver uma cultura de Boas Práticas, tendo por base as orientações técnicas referentes aos vários programas básicos de saúde. 12 Desenvolver uma metodologia de avaliação de satisfação dos utentes. 13 Assegurar a contratualização do Plano de Desempenho. 14 Aumentar a acessibilidade nos cuidados de saúde primários. 15 Melhorar o modelo de contratualização interna. Indicadores Percentagem de mulheres entre os 25-64 anos com colpocitologia actualizada (uma em 3 anos) (10). Envolver toda a equipa para trabalhar esta área. Adaptar os espaços existentes às necessidades. Alocar horas para a actividade. Promover disponibilidade para eventuais rastreios oportunísticos. Criar meios de divulgação para utentes e comunidade através de informação directa, afixada e folhetos. Manter a actualização permanente do ficheiro e registar todos os resultados das utentes em falta. 11

ACES VI LOURES Informar os utentes da importância do rastreio e solicitar os resultados se já fizeram a análise. Sensibilizar os médicos de medicina geral e familiar para a importância deste indicador. Percentagem de mulheres entre os 50-69 anos com mamografia registada nos últimos 2 anos (10). Ter em atenção a idade da doente que procura consulta independentemente do motivo, para de forma oportunística fazer o rastreio. Manter a actualização permanente do ficheiro e registar todos os resultados. Sensibilizar as mulheres para virem mostrar os resultados dos exames, criando acessibilidade. Ter em atenção as mulheres que apesar de informadas das vantagens, recusam (anotar para justificar). Envolver toda a equipa nas avaliações periódicas e entrar em contacto com as mulheres que não regressaram com os resultados. Sensibilizar os médicos de medicina geral e familiar para a importância deste indicador. Percentagem de inscritos entre os 50-74 anos com rastreio de cancro colo-rectal efectuado (10). Ter em atenção a idade dos doentes que procuram consulta independentemente do motivo, para, de forma oportunista, fazer o rastreio. Informar os utentes da importância do rastreio e solicitar os resultados se já fizeram a análise. Promover o contacto com os hospitais de referência no sentido de dar continuidade de estudos aos casos que o justifique. Sensibilizar os médicos de medicina geral e familiar para a importância deste indicador. Número de directivas e instruções do conselho clínico (11). Reactivar e actualizar o Manual de Boas Práticas recorrendo a suportes informáticos: intranet. Inquérito de avaliação de satisfação dos utentes (12). Afectar um profissional do Programa de Estágios Profissionais na Administração Pública à realização do inquérito de satisfação. Percentagem de metas atingidas, no total das metas contratualizadas no Plano de Desempenho (13). Considerando que alguns indicadores são de difícil realização, no entanto todos os esforços serão efectuados, nomeadamente a motivação das equipas multiprofissionais, dando-lhes conhecimento dos objectivos e metas constantes do Plano de Actividades nas reuniões mensais de coordenadores, de forma a atingir a realização de 60% das metas propostas para os Indicadores do Contrato Programa. Taxa de utilização global de consultas médicas (14). ESTRATÉGIA: Este valor está dentro dos valores SINUS. Aumentar a acessibilidade para consultas de 1ª vez. Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar (15). Constituir equipas multiprofissionais. Alocar horas em função das necessidades para atingir as metas. Adaptar os espaços existentes às necessidades. Criar meios de divulgação para utentes e comunidade, através de informação directa, afixada e distribuição de folhetos. Criar novas estratégias para marcação de consulta de Planeamento Familiar, orientando as utentes nas consultas de CG, SI, SM e RP. 12

PLANO DE DESEMPENHO 2011 Rever o processo de registos corrigindo os registos em SINUS, através do controlo do RAC nas consultas. Percentagem de recém-nascidos, de termo, com baixo peso (1.000 nados-vivos) (15). Há factores externos que estão na base do problema Fazer a análise dos casos referentes aos anos anteriores e averiguar as suas causas. Trabalhar com as Unidades e UCC os nichos problemáticos encontrados. Aumentar a oferta em Saúde Materna. Investir na consulta pré concepcional. Percentagem de primeiras consultas na vida efectuadas até aos 28 dias (15). Ter acessibilidade imediata para todos os RN em todas as unidades. Combinar com a mãe na última consulta de SM que deverá marcar consulta RN (independentemente de outras marcações fora do CS). Agendar consulta de RN aquando de diagnósticos precoces (TSHPKU), pela equipa de enfermagem. Sensibilizar as famílias de etnias diferentes para a necessidade de vigilância do RN, que são necessidades, muitas vezes, não sentidas. Ter em atenção as famílias que optam pelo pediatra (privado), (anotar para justificar). Trabalhar com a UCF no sentido de que as notícias de nascimento cheguem atempadamente ao CS e tratá-las de imediato, chegando à convocatória se necessário. Envolver os administrativos neste processo em relação a todos os utentes que venham marcar o"teste do pezinho. Percentagem de utentes com PN Vacinação actualizado aos 13 anos (15). Programar e realizar o exame global dos 11-13 anos. Monitorizar mensalmente em SINUS as primeiras inscrições para o grupo etário dos 13 anos. Aplicar o fluxograma de convocações: Telefonar; enviar carta; fazer VD se não houver resposta; se resposta negativa, activar normas de exclusão de SINUS, em termos de vacinação. Aproveitar todas as oportunidades de vacinação. Articular com a equipa de saúde escolar, no âmbito da vacinação. Envolver os profissionais administrativos para avisar os familiares das crianças em falta em relação à vacinação, em todos os contactos. Incidência de amputações em diabéticos na população residente (10.000 residentes) (15). Entre 2007 e 2008 houve uma redução de 0,0071 percentual ou 0,71 por 10000. Terá um significado persistente? Não temos a tendência. A convicção de atingir o resultado é escassa porque são resultados de impacto a médio-longo prazo. Envolver as equipas no controlo da TA e da Diabetes, bem como das dislipidémias e do tabagismo. Delinear projecto na área do controlo da diabetes, nomeadamente implementar a vigilância do pé diabético pela enfermagem. Incidência de acidentes vasculares cerebrais na população residente (10.000 residentes) (15). Entre 2007 e 2008 houve uma redução de 0,0272 percentual ou 2,72 por 10000. Não temos tendência. A convicção de atingir o resultado é escassa porque são resultados de impacto a médio-longo prazo. Envolver as equipas no controlo da TA e da Diabetes, bem como das dislipidémias e do tabagismo. 13

ACES VI LOURES Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos no mercado do SNS em ambulatório (Dose Diária Definida/1000 habitantes) (15). Estudar a progressão de prescrição deste tipo de medicamentos. Investir em ter mais tempo com os utentes com problemas da área da Saúde mental. Trabalhar estas questões com os psiquiatras que apoiam os nossos doentes. Sensibilizar os médicos de medicina geral e familiar para a importância deste indicador. Percentagem de devoluções aos CSP por falta de informação clínica e administrativa (15) ESTRATÉGIA: Promover a correcta utilização do ALERT para referenciação. Percentagem de consumo de quinolonas no consumo total de antibióticos em ambulatório (15). ESTRATÉGIA: Instituir boas práticas na prescrição de Antibiótico. Percentagem de 1ªas consultas no 1º trimestre de gravidez (15). Promover a consulta pré-concepcional. Sensibilizar as mulheres nas consultas de PF para a importância da vigilância desde as primeiras semanas de gravidez, explicando as razões dessa necessidade. Sensibilizar as famílias de etnias diferentes para a necessidade de vigilância da gravidez (que são muitas vezes, necessidades não sentidas). Procurar, através das boas práticas, captar a confiança das mulheres em idade de concepção, na comunidade. Envolver os profissionais administrativos neste processo, em relação às utentes grávidas quando solicitam isenção no início de gravidez. Ter em atenção as grávidas que optam por ser seguidas no obstetra privado, anotar para justificar. Percentagem de hipertensos com registo de PA em cada semestre (15) Promover a boa prática de medir a PA nas consultas médicas e de enfermagem. Fazer medição de forma oportunística. Fazer plano de vigilância com intervalos inferiores a 6 meses. Nos pedidos de medicação crónica verificar registos e marcar consultas antes de passar a medicação. Promover junto do utente a importância da vigilância e adesão à terapêutica da hipertensão. 14

PLANO DE DESEMPENHO 2011 5. RECURSOS DISPONÍVEIS MAPA DE RECURSOS HUMANOS Os recursos humanos afectos à actividade do ACES, são manifestamente escassos, em todos os grupos profissionais, para a prestação de cuidados expectável pelas populações da sua área de influência. Vários factores têm vindo a contribuir para esta situação, reformas antecipadas, mobilidades internas, cessação de contratos de trabalho a termo resolutivo (CTTR) pelos próprios, aos quais se vem juntar como factor preponderante a ausência de recrutamento externo, para os lugares deixados vagos no Mapa de Pessoal do ACES. A abertura de 12 procedimentos concursais, na segunda metade do ano 2010, para consolidação de mobilidades internas e cedências de interesse público e regularização de contratos de trabalho a tempo certo, para os profissionais de diferentes áreas de actividade que já se encontram a exercer funções, não vêm colmatar as necessidades sentidas pelo ACES. Acresce ainda que o número de vagas postas a concurso é inferior às necessidades existentes. Esta carência de recursos humanos dificulta a concretização da totalidade das actividades planeadas, impossibilitando a obtenção dos resultados desejados, acarretando um esforço adicional por parte dos profissionais em exercício de funções, o que poderá dar origem à diminuição da motivação e empenho dos profissionais. A criação de 7 USF e a entrada em funcionamento, a curto prazo de mais 2 USF, diminuiu número de profissionais disponíveis para exercer as actividades noutras Unidades e Serviços de Apoio. A publicação da Portaria n.º 276/2009, de 18 de Março, previa 412 profissionais para o ACES e vem colocar em evidência o que já era a realidade diária, a falta de recursos humanos em todas os grupos profissionais. Posteriormente à aprovação do Mapa de Pessoal do ACES, pela Tutela, evidenciou-se ainda mais esta realidade, ao prever para o ACES 500 profissionais, mais 88 profissionais que os previstos na Portaria supra referida. A 1 de Fevereiro do corrente o ACES era constituído por 386 profissionais, número manifestamente inferior aos 500 profissionais, constantes do mapa de pessoal aprovado (números que incluem profissionais em formação), o que demonstra que as reais necessidades não têm o correspondente reflexo no mapa de pessoal do ACES. Nestes números não estão contabilizados os profissionais em formação. Á data o ACES dispõe de aquisições de serviços a empresas, 100 horas médicas semanais, 10 enfermeiros, 20 assistentes técnicos, 9 assistentes operacionais. No entanto, o recurso a estes serviços não possibilita o incremento de um clima de confiança em toda a organização e uma cultura de contratualidade e de responsabilidade, visando uma nova cultura organizacional e uma nova gestão Pública 1. 1 Carta de Missão da Directora Executiva do ACES. 15

ACES VI LOURES Portaria n.º 276/2009, 18 de Março Mapa de Pessoal Aprovado Efectivos a 1 de Fevereiro de 2010 (1) Défice de profissionais Carreiras (A) (B) ( C)=(A)-(B) Director Executivo 1 1 1 0 Pessoal Médico 125 135 116 19 Pessoal de 33 Enfermagem 115 145 112 Técnico Diagnóstico 2 e Terapêutica 10 13 11 Técnico Superior 18 27 13 14 Assistente Técnico 100 120 80 40 Assistente 25 Operacional 41 56 31 Informáticos 2 3 2 1 Em formação pré carreira 17 23 TOTAL 412 500 389 133 (1) Fonte: Aplicação informática RHV a 1 de Fevereiro de 2011. 16

PLANO DE DESEMPENHO 2011 PLANO DE FORMAÇÃO Designação da Formação Prioridade * Grupo Profissional Nº Profissionais Saúde da Mulher e do Recém-Nascido 2 1ª Médicos, Enfermeiros, Técnicos Medicina Física e Reabilitação Plano Nacional de Vacinação 1ª 1ª Médicos, Enfermeiros, Técnicos 70 50 Enfermeiros 25 SAPE Acesso à Saúde por Cidadãos Estrangeiros O Exercício da Cidadania: Práticas e Procedimentos no Aces VI Loures GEADAP Urologia 3 Reumatologia 2 A arte do diagnóstico diferencial 2 Insuficiência Cardíaca 2 1ª 1ª 1ª 1ª 1ª 1ª 1ª 1ª Enfermeiros 25 Assistentes Técnicos 20 Assistentes Técnicos 25 Coordenadores das Unidades Funcionais 25 Médicos 15 Médicos 15 Médicos 15 Médicos 15 A abordagem do doente com HBP: A terapêutica de associação em foco 4 Psoríase: Diagnóstico e Tratamento 3 Manifestações atópicas na criança 3 Hipertensão e Terapêuticas associadas 3 2ª Médicos 15 2ª Médicos 15 Enfermeiros 2ª Médicos 15 Enfermeiros 2ª Médicos 15 2 Formação realizada em pareceria com a Unidade Coordenadora Funcional da MAC 3 Formação realizada no âmbito da Unidade A (Aces II Oriental; Aces V Odivelas; Aces VI Loures e CHLN) 4 Formação Paralela: Organizada e promovida pela indústria farmacêutica 17

ACES VI LOURES * Prioridade: 1ª Prioridade 2ª Prioridade O Núcleo de Formação promove, anualmente, com a colaboração de vários profissionais (internos e externos) e entidades públicas e privadas, formação interna dirigida a todas as categorias profissionais. Com a constituição dos Agrupamentos de Centros de Saúde e a implementação de Unidades de Saúde Funcionais e de Cuidados Personalizados, pretende-se alargar horizontes e melhorar a intervenção do Núcleo de Formação junto dos profissionais do ACES, numa perspectiva de melhor qualidade, melhor eficácia e melhor eficiência profissional. É certo que a melhoria da qualidade dos serviços de saúde e a prestação de cuidados de saúde à população, assenta primordialmente na qualificação e modernização dos serviços de saúde. Assim, este ano o Núcleo de Formação destaca quatro objectivos essenciais: Organizar as Jornadas de Saúde do ACES; Promover formação interna adequada á prática profissional dos recursos humanos do ACES VI Loures; Promover a articulação dos planos de formação sectoriais, das diferentes Unidades de Saúde (USF, UCSP, USP, URAP, UAG); Adaptar o logótipo do Núcleo de Formação á nova realidade do ACES VI Loures. Propomos ainda manter a realização de sessões clínicas em parceria com a Indústria Farmacêutica, na perspectiva de actualização de conhecimentos. 18

PLANO DE DESEMPENHO 2011 MAPA DE EQUIPAMENTOS Atendendo à dimensão deste Mapa o mesmo consta dos anexos. 19

ACES VI LOURES PLANO DE INVESTIMENTOS Anexamos a proposta de Plano de Investimentos a submeter à aprovação do Conselho Directivo da ARSLVT, I.P. onde se prevê que o valor total ascenda a 130.000,00, valor que contem 30.000,00, respeitantes a uma verba de Mecenato arrecadada pelo Centro de Saúde de Sacavém e entregue na ARSLVT, I.P. em 2006. Código de Contas Desenvolvimento da Classe 4 - Imobilizações Designação Unidade Euro Orçamento Ordinário Parcial Total 41 Imobilizações financeiras 42 Imobilizações corpóreas 421 07.01.01 Terrenos e Recursos naturais 422 07.01.03 Edificios e outras construções 15.000,00 15.000,00 423 Equipamento Básico 4231 07.01.10 Médico-cirúrgico 31.500,00 4232 07.01.10 Imagiologia 4233 07.01.10 Laboratório 4234 07.01.10 Mobiliário hospitalar 15.000,00 4235 07.01.10 Desinfecção e esterilização 9.000,00 4236 07.01.10 Hotelaria * 29.074,98 84.574,98 4239 07.01.10 Outros 424 07.01.06 Equipamento de transporte 425 07.01.11 Ferramentas e utensílios 426 Equipamento administrativo 4261 07.01.09 Equipamento administrativo 30.425,02 4262 Equipamento Informático 42621 07.01.07 Hardware 42622 07.01.08 Software 30.425,02 429 07.01.15 Outras imobilizações corpóreas * Verba em poder da ARSLVT, I.P. desde 2006, respeitante a mecenato. TOTAL 130.000,00 Os investimentos previstos no Plano de Investimentos 2011 destinam-se essencialmente a finalizar a reestruturação iniciada em 2009, com a entrada em funcionamento do ACES VI Loures. A entrada em funcionamento, no ano transacto, de mais 2 USF (USF Tejo e USF Travessa da Saúde) e a criação das UCSP do Centro de Saúde de Sacavém, exigiu a readaptação de espaços com vista à criação de estruturas físicas capazes de responder à exigência de Unidades de Saúde. As UCSP do 20

PLANO DE DESEMPENHO 2011 Centro de Saúde de Sacavém, todas sem excepção, a funcionarem em estruturas físicas frágeis, que necessitam de obras de manutenção, nas quais é urgente substituir vários equipamentos, por motivos relacionados com obsolescência técnica, fiabilidade dos resultados e manutenção da qualidade da prestação de cuidados. No entanto, ainda não foi possível satisfazer todas as necessidades existentes, pelo que o presente Plano de Investimentos se destina à finalização da reforma iniciada em 2009. Durante o ano transacto foram ainda apresentadas e aprovadas as candidaturas de mais duas USF s, USF Prior Velho e USF Vale Flor, que se prevê entrarem em funcionamento no corrente ano. A instalação da USF Vale Flor, em monoblocos possivelmente acarretará algum investimento por parte do ACES VI Loures. Designação do Investimento Prioridade * Justificação da necessidade Valor estimado ( ) 1 Equipamento dos serviços do Balanças ACES, UCSP eusf 4.000,00 Brocas para máquina de podologia 1 Equipamento dos serviços do 2.000,00 ACES, UCSP eusf Cadeiras para tratamento de podologia 1 Equipamento dos serviços do ACES, UCSP eusf 5.000,00 Catres infantis 1 Equipamento dos serviços do 1.000,00 ACES, UCSP eusf Cortinas para salas médicas e clinicas 1 Equipamento dos serviços do ACES, UCSP eusf 5.000,00 1 Equipamento dos serviços do 10.000,00 Dispositivos médicos ACES, UCSP eusf Doppler fetal com visor e contagem de 1 Equipamento dos serviços do 5.000,00 batidas ACES, UCSP eusf Equipamentos vários para fisioterapia 1 Equipamento das UCC 5.000,00 Esfignomanometro digital com memória com 1 Equipamento dos serviços do 4.000,00 braçadeiras ACES, UCSP eusf Estojo de reanimação de adulto e pediatrico 1 Equipamento dos serviços do 2.000,00 em silicone autoclavavel com vavula de segurança ACES, UCSP eusf Fotocopiadoras 1 Várias extensões do ACES 15.000,00 Frigoríficos de vacinas 500l e 750l * 1 Substituição de frigorificos 29.074,98 domesticos onde se guardam vacinas Maquinas para esterilização 1 Centralização do serviço de 5.000,00 esterilização no CS Sacavém Redutores de pressão de oxigénio com copo 1 Equipamento dos serviços do 1.000,00 manometro e fluxo ajustável ACES, UCSP eusf Tina ultrasóica 1 Centralização do serviço de esterilização no CS Sacavém 4.000,00 Armários embutidos (USF's Loures) 2 Extensão da Mealhada 10.000,00 Diverso material de escritório 2 Várias extensões do ACES 10.425,02 Estores para gabinete médicos 2 Equipamento dos serviços do 5.000,00 ACES, UCSP eusf Nebulizador U17 ultrasonico profissional 2 Equipamento dos serviços do 2.500,00 ACES, UCSP eusf Sinalética (USF Magnólia e UCSP Moscavide) 2 Finalização da reformulação 5.000,00 de várias extensões do ACES. TOTAL 130.000,00 21

ACES VI LOURES Para as UCSP s que entraram em funcionamento no ano transacto ainda são necessários alguns investimentos, nomeadamente, equipamentos básicos, classificados como prioridade 1. Os equipamentos cuja aquisição se encontra prevista no plano de investimentos do ACES decorrem, dos processos de reestruturação, atrás referidos, destinam-se a manter os níveis de qualidade da actividade e à concretização dos objectivos previstos na Carta de Missão assinada pela Directora Executiva do ACES, contribuindo para a realização dos objectivos estratégicos do QUAR da ARSLVT, I.P.. 22

PLANO DE DESEMPENHO 2011 ORÇAMENTO ECONÓMICO A concretização das medidas prioritárias e plano de actividades para 2011 pressupõe a afectação e disponibilização de adequados recursos financeiros. O Orçamento Económico atribuído no ano de 2010 no valor de 42.538.342,00, foi subdividido em 4 grandes áreas: Pessoal; Medicamentos; Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica; Outros. Até à data o ACES VI Loures não dispõe dos dados finais respeitantes à execução orçamental. No entanto somos em crer ter respeitado o montante global atribuído. De acordo com as orientações emanadas pela ARSLVT, I.P. para o corrente ano, o Orçamento Económico sofre uma redução de 6 pontos percentuais. Deste modo o ACES VI Loures reafectou o valor do Orçamento Económico 39.986.041,48 às 4 grandes áreas: Pessoal; Medicamentos; Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica; Outros, conforme a seguir se apresenta. DECOMPOSIÇÃO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO PARA 2011 14.000.000,00 13.524.564,90 13.247.492,38 12.000.000,00 10.000.000,00 8.000.000,00 6.000.000,00 7.614.797,12 5.602.007,08 4.000.000,00 2.000.000,00 - Medicamentos MCDT Pessoal Consumos 23

ACES VI LOURES ANEXOS C ACES Caracterização Anual 2011 C1C ACES Mapa Anual de Investimentos C2C ACES Custos e Perdas Orçamento Anual 2011 C3C ACES Proveitos e Ganhos Orçamento Anual 2011 C4 ACES Infra-estruturas e Equipamentos C5 ACES Mapa de Recursos Humanos 24