INVENTÁRIO PARA A AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL EM ADOLESCENTES.



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Transcrição:

INVENTÁRIO PARA A AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL EM ADOLESCENTES. Josiane Cecília LUZIA 1 Lucilla Maria Moreira CAMARGO 2 Julio Cesar Velásquez ZAPATA 3 Universidade Estadual de Londrina UEL Londrina/PR 1,2 Univesidad de Salamanca USAL Salamanca/Espanha 3 Estudos epidemiológicos em todo o mundo têm mostrado que o transtorno de ansiedade social ou fobia social é um dos transtornos psicológicos mais prevalentes na atualidade. Este transtorno é de difícil diagnóstico e os instrumentos de avaliação disponíveis não estão adequados, nem validados para a população brasileira. Assim, esta investigação teve como objetivos construir e avaliar algumas propriedades psicométricas de uma escala construída para medir o Transtorno de Ansiedade Social em adolescentes. Participaram 208 jovens com idades entre 17 e 19 anos, alfabetizados, de ambos os sexos. Utilizou-se um questionário composto de 58 itens. Para a medição das respostas foi utilizado o programa Winsteps v. 3.64.0, que desenhou um mapa dos sujeitos e dos itens em um contínuo de ansiedade social. Os resultados mostraram que a maioria dos sujeitos se localiza abaixo da média dos itens, ficando apenas sete indivíduos acima dessa média. Um resultado que era de se esperar, já que a amostra provém da população geral. Isso significa que a maior parte dos entrevistados, por exemplo, ficam nervosos, ansiosos, em maior ou menor intensidade, quando tem que apresentar um discurso. Conclui-se que o transtorno de ansiedade social é caracterizado por um conjunto de respostas fisiológicas, cognitivas e comportamentais, não por uma reação isolada a um evento, e quanto mais cedo for detectada essa predisposição e tratada menos prejuízo o individuo terá e melhor será a sua qualidade de vida. Palavras-Chave: Transtorno de ansiedade social, inventário, avaliação.

Introdução A definição de fobia social está baseada no medo persistente, irracional e acentuado relacionados com situações sociais ou desempenhos em público por temor que lhe seja humilhante e /ou embaraçoso (Tillfors, 2002, Beidel e Turner, 2007). A exposição a estes estímulos produz geralmente uma resposta imediata de ansiedade e esta resposta pode conduzir a uma crise de angústia relacionada com a situação (Organización Mundial de la Salud, 1992; Gauer, Picon, Vasconcellos, Turner e Beidel, 2005; Stein, Isper e van Balkom, 2006). O diagnóstico de fobia social ou transtorno de ansiedade social (TAS) é realizado quando os comportamentos de medo ou evitação interferem de uma forma muito exagerada na rotina das pessoas, seja na sua vida profissional, acadêmica, nas relações pessoais ou gera um mal-estar clinicamente significativo. Assim, uma pessoa que tem medo de falar em público não será diagnosticada com TAS se suas atividades cotidianas não exigirem o comportamento habitual de discursos e se ela não se sentir incomodada com este tema. O medo de que certas situações sociais sejam embaraçosas é freqüente, no entanto, o grau de mal-estar e as restrições que este provoca na rotina dos individuos será um diferencial para o diagnóstico de TAS (Manfro e cols. 2003). Diagnósticar a fobia social ou TAS foi um dos fatores que estimulou o desenvolvimento de instrumentos para avaliar este transtorno. No entanto, Osorio, Crippa e Loureiro (2005) mencionaram que existem limitações nos estudos de validação de tais instrumentos, por exemplo, a adoção de diversos padrões de medição, amostras com ausência de critérios claros e uso de amostras não clínicas, fato que dificulta o uso de testes para rastrear a população geral. As escalas, geralmente, são construídas e validadas utilizando-se análises psicométricas tradicionais, baseadas na Teoria Clássica de Testes (TCT). Este método clássico, que se utiliza de forma rotineira, tem limitações e entre elas destacam-se: a impossibilidade de analisar a interação entre os itens e as pessoas e a dificuldade para detectar padrões de respostas aberrantes. Além disso, não são freqüentes que se cumpram as condições necessárias para medir em nível de intervalo: normalidade do atributo e das

pontuações do teste (Bond e Fox, 2001). A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é um dos campos de maior projeção dentro do âmbito da medição psicológica e educativa. Lord (1980) descreve que a TRI não contradiz os fundamentos da TCT, mais adiciona conhecimentos que permitem responder questões inacessíveis para a TCT. A TRI é um campo em que se integram uma grande variedade de modelos de medida, entre eles destaca-se a família derivada do Modelo de Rasch (1960). Em 1960 o matemático George Rasch propôs um modelo que permite solucionar as deficiências da TCT, de modo que se possa construir testes mais adequados. O modelo proposto inicialmente por Rasch (1960) é aplicável a itens dicotômicos, em que existem duas modalidades de respostas (sim/não, etc). Adicionalmente propuseram extensões para itens politômicos (testes tipo Likert). Tem-se utilizado várias escalas para a avaliação do transtorno de ansiedade social no mundo, entretanto, a maioria das investigações está centralizada em populações Norte Americana e Européia. Portanto, realizar um estudo para o desenvolvimento e validação de um teste de transtorno de fobia social, medo de ser observado e ansiedade de interação social torna-se fundamental devido ao fato de existirem poucos instrumentos de auto-preenchimento para a avaliação do transtorno de ansiedade social validados para a população brasileira. É importante ainda abordar sua construção desde outra metodologia diferente da tradicional, como é o caso da Teoria de Resposta ao Item e, especificamente, desde o Modelo de Rasch. A medição conjunta das pessoas e dos itens, que permeiam os fundamentos do modelo utilizado neste estudo permite avaliar o construto teórico em que se baseiam o teste, permite a medição objetiva da ansiedade social, o escalonamento de cada um dos itens na variável medida e estabelece se existe funcionamento diferencial dos itens associado ao sexo, com o fim de detectar indicadores específicos para cada sexo e construir escalas de validação generalizada.

Objetivo Geral Avaliar algumas propriedades psicométricas de uma escala construída para medir o Transtorno de Ansiedade Social em adolescentes. Método Participaram 208 jovens com idades entre 17 e 19 anos, alfabetizados, de ambos os sexos, da zona urbana da cidade de Londrina, estado do Paraná. Utilizou-se um questionário composto de 58 itens relacionados à fobia social, em que os itens se referem aos aspectos cognitivos, comportamentais e fisiológicos do transtorno. Para a medição das respostas foi utilizado o programa Winsteps v. 3.64.0, que desenhou um mapa dos sujeitos e dos itens em um contínuo de ansiedade social. Resultados O mapa de distribuição dos itens mostrou que a maioria dos sujeitos se localiza abaixo da média destes, ficando apenas sete indivíduos acima dessa média. Um resultado que era de se esperar, já que a amostra provém da população geral. Isso significa que a maior parte dos entrevistados, por exemplo, fica nervoso, ansioso, em maior ou menor intensidade, quando tem que apresentar um seminário, um testemunho, uma palestra, por exemplo, o que é esperado, se não for uma atividade rotineira. Considerações finais Nota-se que, transtorno de ansiedade social é caracterizado por um conjunto de respostas fisiológicas, cognitivas e comportamentais, não por uma reação isolada a um evento. Desenvolver instrumentos sensíveis para avaliar o continuum que parece existir neste constructo é essencial para o auxilio na detecção e intervenção deste transtorno psiquiátrico que pode conduzir as pessoas a graves dificuldades nas suas atividades diárias se não for tratado.

Referências Beidel, D. C., Turner, S. M., Young, B. J., Ammerman, R. T., Sallee, R. F., & Crosby, L. (2007). Psychopathology of adolescent social phobia. Journal of Psychopathology and Behavioral Assessment, 29, 47-54. Bond, T. G. & Fox, C. M. (2001). Applying the Rasch model: fundamental measurement in the human sciences. Lawrence Erlbaum Associates, Publishers. Mahwah, New Jersey. Manfro, G. G., Isolan, L., Blaya, C., Maltz, S., Heldt, E., & Pollack, M. H. (2003). Relationship between adult social phobia and childhood anxiety. Revista Braileira de Psiquiatria, 25(2), 96-99. Organización Mundial de la salud (1992). CIE10 Trastornos mentales y del comportamiento: descripciones clínicas y pautas para el diagnóstico. Meditor: Madrid. Organización Panamericana de la Salud. EPIDAT. Washington, D.C. web: http://ais.paho.org/ Osorio, F. L., Crippa, J. A. S., & Loureiro, S. R. (2005). Instrumentos de avalacao do transtorno de ansiedade social. Revista de Psiquiatria Clínica, 32 (2), 73-83. Rasch, G. (1960). Probabilistic models for some intelligence and attainment test. Copenhague: The Danish Institute for Educational Research Tillfors, M., Furmark, T., Marteinsdottir, I., & Fredrikson, M. (2002). Cerebral blood flow during anticipation of public speaking in social phobia: A PET study. Biological Psychiatry, 52, 1113-1119.