AFRICAN UNION UNION AFRICAINE COMISSÃO DO TRABALHO E DOS ASSUNTOS SOCIAIS DA UNIÃO AFRICANA 9ª SESSÃO ORDINÁRIA 8-12 DE ABRIL DE 2013 ADIS ABEBA, ETIÓPIA UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone: (251 11) 550 4988 Fax : (251 11) 550 4985 website : www. africa-union.org LSC/EXP/7(IX) Original: Inglês TEMA: Reforçar a Capacidade das Instituições do Mercado de Trabalho em África para responder aos Desafios Actuais e Futuros" PLATAFORMA DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTRA AFRICANA (IATCP) Melhorar a Governação do Mercado de Trabalho em África
Introdução/Antecedentes: LSC/EXP/7(IX) Pág. 1 1. Os Chefes de Estado e de Governo da União Africana dedicaram a Área de Prioridade Chave 6 do Plano de Acção de Ouagadougou de 2004 para o Emprego e Alívio da Pobreza à "Criação das capacidades humanas e institucionais das instituições públicas e privadas responsáveis pela promoção do emprego e alívio da pobreza, incluindo os parceiros sociais e outros intervenientes da sociedade civil". A este respeito, abordar as deficiências das instituições do mercado de trabalho é uma prioridade central dos países africanos, dado que o seu bom funcionamento é uma condição para a eficácia e a eficiência dos outros actores na implementação das Políticas de Trabalho e Emprego da UA, CER e Estados-membros. Isso também é necessário para alcançar o objectivo do Plano de Acção do Comércio Intra-Africano, que requer a criação de intercâmbios laborais em África. 2. A principal estratégia baseia-se na "Construção de capacidade institucional nos principais ministérios relevantes à criação de emprego e luta contra a pobreza, incluindo os Ministérios do Trabalho, Autoridades Locais bem como dos Empregadores, e organizações de trabalhadores e organizações baseadas na comunidade." Para este efeito, o Plano de Acção intitulado "Avaliar as necessidades de capacitação. Rever e ou desenvolver e implementar planos para fortalecer os intervenientes, incluindo os Ministérios do Trabalho, ONG, Organizações da Sociedade Civil, bem como Organizações de Empregadores e Trabalhadores". 3. Estas disposições estão em consonância com a Convenção Inter-africana que estabelece o Programa Africano de Cooperação Técnica (Kampala, 28 de Julho a 1 de Agosto de 1975). Os principais objectivos são (i) Permitir que os países africanos com suficiente pessoal qualificado os tornem disponíveis a outros países africanos que necessitem deles; e (ii) Criar e incentivar o espírito de cooperação e solidariedade entre países africanos. Destina-se a quadros superiores com formação universitária ou qualificações equivalentes, experiência profissional e pessoal Semiespecializado. Por outro lado, as Regras de Procedimento da Comissão dos Assuntos Sociais e do Trabalho da OUA (Regra 3, a) atribuem a Comissão a tarefa de "conseguir e desenvolver a cooperação entre países africanos nas áreas de trabalho e dos assuntos sociais". 4. Mais de cinquenta anos depois de seu acesso à soberania nacional, a maioria dos Estados-membros da UA acumularam conhecimentos valiosos em diversas áreas de governação do mercado de trabalho, nomeadamente em matéria de Serviços Público de Emprego, Inspecções de Trabalho, Segurança Social e Planificação de Políticas. Isto não se traduz numa adequada cooperação técnica entre os países africanos. Esta lacuna poderia ser preenchida com o estabelecimento de uma Plataforma de Cooperação Técnica Intra-africana (IATAP) para o Trabalho, Emprego e Migração. 5. Contudo, o Plano de Acção de Ouagadougou de 2004 sobre a Promoção do Emprego e Alívio da Pobreza reconheceu que a fraca capacidade institucional das instituições africanas do mercado de trabalho representa um constrangimento no que refere à prestação eficaz de serviços para os candidatos a emprego, bem como para o desenvolvimento do sector privado. Esta situação contribui para o elevado nível de
Pág. 2 desemprego e o subemprego e para a governação limitada das instituições do mercado de trabalho, especialmente dos serviços de emprego públicos e as administrações laborais. Outras deficiências críticas estão relacionadas com os fracos sistemas de informação do mercado de trabalho e a fraca capacidade dos países africanos nas áreas de planificação de políticas de emprego e trabalho, especialmente em termos de monitorização e avaliação das políticas e programas, de acordo com uma pesquisa sobre o financiamento das políticas de emprego em África (AUC, 2010). 6. Em relação aos países Pós-Conflito, a 19ª Sessão Ordinária da Conferência da UA adoptou uma decisão relativa à iniciativa Africana de Solidariedade para Apoio à Reconstrução e Desenvolvimento Pós-conflito (PCRD) em África (Assembly/AU/Dec.425 (XIX)). O objectivo é consolidar a paz onde esta foi conseguida através do apoio aos países africanos emergentes de conflitos, consolidando e ampliando a cooperação intraafricana e auto-ajuda mútua, com a construção de capacidade, em espécie, bem como contribuições financeiras. 7. Neste contexto e determinada a enfrentar este desafio, a 8ª Sessão Ordinária da Conferência da UA dos Ministros Responsáveis pelo Trabalho solicitou que "a CUA facilite a prestação de assistência técnica aos Estados-membros" 1 (EX.CL (XIX), "Reforço da Capacidade e Modernização dos Serviços Públicos de Emprego e Administrações Laborais". A assistência seria coordenada através da criação de uma Plataforma Intra-africana de Cooperação Técnica para o Trabalho, Emprego e Migração (IATCP) I. Necessidades de Capacidade Técnica 8. A Comissão da União Africana levou a cabo uma série de reuniões consultivas e técnicas para estabelecer um entendimento comum sobre a realidade actual e sobre as estratégias propostas para atenuar de forma adequada a situação e melhorar a capacidade de resposta das instituições africanas do mercado de trabalho. Um Workshop foi organizado em Dezembro de 2009, em Adis Abeba "Harmonização e coordenação dos sistemas de informação de mercado de trabalho", e um segundo foi realizado em Dakar, em Julho de 2010, sobre o "Reforço da capacidade e modernização dos Serviços Públicos de Emprego e Administrações Laborais" 9. Existe a necessidade de desenvolver-se a capacidade das instituições do mercado de trabalho, particularmente os Serviços de Emprego Públicos e Administrações Laborais, para proporcionar apoio técnico e profissional valioso às PME e Microempresas, com o objectivo de libertar o seu potencial relativamente à criação de mais e melhores empregos para os jovens e mulheres. Isto irá colocar estas instituições em posição de responder às expectativas do sector privado. Em 2010, a CUA em colaboração com Confederação Panafricana de Empregadores realizou um levantamento sobre as expectativas dos 1 AU, Relatório da 8ª Sessão Ordinária da Comissão do Trabalho 4 Assuntos Sociais, Yaoundé, Abril 2011 (LSAC/MIN/REPORT (VIII): Aumento de Capacidade e Modernização dos Serviços Públicos de Emprego e Administração do Trabalho
Pág. 3 candidatos a emprego, as microempresas e PME em termos de serviços profissionais a que devem ser prestados pelos Serviços de Emprego Públicos (SPE) e as Inspecções de Trabalho. De acordo com os resultados da pesquisa, as expectativas foram priorizadas como se segue: (1) Programas de Formação e de Desenvolvimento de Competências, (2) Facilidade de transição da escola para o trabalho, incluindo a formação dupla e medidas que promovam o empreendedorismo, (3) Informação Laboral e Estatísticas, incluindo estudos e pesquisas em matéria de emprego nas PME e Micro empresas, (3 bis) apoiar o reforço das capacidades das unidades/serviços de gestão de recursos humanos existentes nas PME, (5) Análise das necessidades de aptidões, (5 bis) Programas de formação profissional, aprendizagem ao longo da vida e formação contínua no exercício das actividades e, (7) Apoio à criação de mecanismos de diálogo social nas PME, (7 bis) programas de auto-emprego e de microcrédito, (8) Serviços de saúde e segurança ocupacional para as PME e Unidades Económicas (8 bis) Apoio à criação de serviços ou unidades de saúde e segurança ocupacional para as PME, (10) Regimes de Protecção Social para os trabalhadores rurais e informais. Existe a necessidade de equipar as PES, e as Inspecções de Trabalho africanas com os serviços profissionais descritos acima, onde os alvos são as PME e as microempresas no lado da procura, e os candidatos a emprego e instituições de ensino e formação nos domínios técnico e profissional (TVET) no lado da oferta. Espera-se que estas tenham uma responsabilidade abrangente relativamente às questões de deficiência no âmbito das políticas de Mercado de trabalho. 10. No que se refere as necessidades e expectativas dos candidatos a emprego, o que se segue foi apresentado para o reforço das capacidades dos Serviços de Emprego Públicos e Administração Laboral: (i) Formação/Orientação profissional e serviços de assistência na procura de trabalho para facilitar o processo de transição do aluno da escola para o trabalho, (ii) informação ocupacional e educacional abrangente, (iii) programas intensivos de trabalho e serviços comunitários, (iv) subsídios de colocação e promoção do auto-emprego (v), registo de candidatos a emprego, (vi) maior acesso aos serviços através da melhor utilização das tecnologias da informação e comunicação, (vii) recolha e divulgação de informações sobre o mercado de trabalho, (viii) habilidades de procura de emprego e (ix) gestão de outras medidas especiais de emprego, advocacia para com os empregadores relativamente ao preenchimento de vagas. 11. Outras intervenções oferecem a oportunidade de realizarem-se análises aprofundadas sobre a necessidade de cooperação técnica na Gestão Organizacional e Gestão de Qualidade nos Serviços de Emprego Públicos e Administrações Laborais, Gestão dos Sistemas de Informação do Mercado de Trabalho dos Fluxos de Migração Laboral pelos PES e Administrações Laborais, Sistemas Operacionais e Recursos Humanos. 12. Existe ainda a necessidade de prosseguir a cooperação internacional com os parceiros internacionais noutras regiões do mundo. Na verdade, até mesmo as instituições mais avançadas de mercado de trabalho no continente necessitam de expandir os seus conhecimentos e capacidade técnica. Da mesma forma existem novos desafios que África necessita de enfrentar de forma a eliminar as suas lacunas de capacidade, tais como a área da economia verde, trabalho/competências ecológicas e gestão de fluxos de migratórios.
II. Prestação de Assistência Técnica: LSC/EXP/7(IX) Pág. 4 13. Parece que as instituições do mercado de trabalho estão em diferentes estágios de desenvolvimento de um país para outro. Entretanto, observa-se que a maioria do apoio técnico na área da capacitação e aperfeiçoamento foi prestado dos países Europeus para os países africanos, principalmente por meio da cooperação bilateral, por países como a França e a Suécia. Pouca cooperação técnica existe tal como entre a Agência Nacional de Emprego e Auto-emprego da Tunísia e o Djibuti com o apoio do governo da Suíça. Esta situação prevalece apesar dos países africanos terem desenvolvido fortes competências técnicas em várias áreas da governação do mercado de trabalho, mais de cinquenta (50) após seu acesso à soberania internacional. Portanto, existe a oportunidade de reconhecer e aproveitar o factor acima referido nas instituições do mercado de trabalho Africano e desse modo facilitar a cooperação técnica entre os países africanos. 14. É importante mencionar que vários Estados-membros da UA têm uma política de cooperação técnica que é implementada por Agências de Cooperação com um bom funcionamento. Este é o caso de, entre outros, Nigéria, África do Sul, Argélia e Egipto. 15. A nível multilateral, o WAPES inclui no seu de programa anual assistência técnica para as suas organizações africanas membros e patrocinadores e também o apoio de organizações europeias. O Centro da OIT de Turim é um provedor global de assistência técnica. O Banco Mundial também tem a sua própria estratégia de assistência técnica que cobre o emprego, o trabalho e os sectores de protecção social. Esta instituição utiliza instalações de uma rede de ensino à distância para expedir os seus programas de formação. O ECA está a desenvolver um programa de apoio para acesso do PES às TIC. III. Capacidade Africana de Formação no Trabalho e no Emprego 16. A capacidade de formação nas áreas de Trabalho e Emprego é oferecida por duas instituições principais: Centros Africanos Regionais de Administração de Trabalho (ARLAC) 2-20 Estados membros) em Harare e o Centro Regional Africano de Administração do Trabalho (CRADAT) 3-18 Estados-membros) em Yaoundé, na Línguas Inglesa e Francesa respectivamente Além das actividades orientadas para a política, o ARLAC oferece um vasta gama de seminários regionais, workshops, e cursos cujo objectivo é aumentar a competência técnica das Administrações de Trabalho em diversas áreas funcionais, incluindo a inspecção do trabalho, segurança e saúde laboral, normas internacionais do trabalho, relações industriais, sistemas de gestão da informação, desenvolvimento de recursos humanos, desenvolvimento de competências e formação profissional, género, VIH/SIDA e questões de trabalho infantil, protecção social e bem- 2 Botsuana, Egipto, Etiópia, Gana, Quénia, Libéria, Lesoto, Malawi, Maurícias, Namíbia, Nigéria, Seychelles, Sierra Leone, África do Sul, Somália, Sudão, Suazilândia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe 3 Bénin, Burquina - Faso, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Côte d Ivoire, Djibuti, República do Congo, República Democrática do Congo, Gabão, Guiné, Mali, Mauritânia, Níger, Ruanda, Senegal, Chade e Togo.
Pág. 5 estar, promoção do emprego e serviços de emprego. Estes seminários envolvem participantes em atribuições individuais e os objectivos dos mesmos é reforçar a sua competência técnica, bem como as suas relações humanas e habilidades interpessoais. As instituições de formação africanas mencionadas contribuem para a divulgação e defesa das Convenções e Normas da OIT, bem como suas políticas e programas. Esta intervenção é fundamental na capacitação dos países africanos no que diz respeito à integração das normas e políticas da OIT nas actividades de planificação de políticas nacionais. 17. A NEPAD está disposta a participar numa plataforma de assistência técnica intraafricana e apoiar através da mobilização de recursos financeiros necessários e criar a ponte técnica. A NEPAD está a colaborar com o ARLAC através de um Memorando de Entendimento assinado em Fevereiro de 2012, centrado na agricultura. Além disso, em consonância com as suas responsabilidades gerais na capacitação e mobilização de recursos, a NEPAD poderia alargar o seu apoio aos Centros Africanos Regionais de Administração de Trabalho de modo a melhorar a sua capacidade de implementar os instrumentos e programas de política de UA na área dos assuntos sociais, especialmente no trabalho, emprego, migração e bem-estar social. IV. Objectivos, Resultados e Rendimento IV.1.O objectivo: 18. O objectivo é reconhecer o valor da competência técnica africana nas áreas do trabalho, emprego, e protecção social e maximizar o benefício deste activo a fim de reforçar a capacidade das instituições do mercado de trabalho em África. As instituições do mercado de trabalho devem ser tecnicamente capazes de desempenhar o seu papel de agentes de desenvolvimento económico, especialmente através da prestação de serviços profissionais de qualidade ao sector privado, especialmente às PME e sistemas de ensino e formação nos domínios técnico e profissional (TVET). IV.2. O resultado pretendido conforme indicado na Área Prioritária Chave 6 do Plano de Acção de Ouagadougou de 2004 para a Promoção do Emprego e Alívio da pobreza: Criada a capacidade humana e institucional, para instituições públicas e privadas, responsáveis pela promoção do emprego e alívio da pobreza, incluindo os parceiros sociais e outros intervenientes relevantes da sociedade civil. 19. O objectivo é aumentar a capacidade dos Estados-membros de implementar os Programas e Políticas Regionais e Nacionais da UA sobre a promoção de emprego e o alívio da pobreza. Objectivos Específicos: a. Criada uma Plataforma de Cooperação Técnica Africana sobre a governação do mercado de trabalho.
Pág. 6 b. Facilitada a prestação de assistência técnica aos Estados-membros da UA através da Plataforma de Cooperação Técnica; Promover a cooperação a nível africano; c. Capacidade e Competência Técnica dos Serviços de Emprego Públicos e das Administrações de Trabalho reforçada e modernizada; d. Promovida a Advocacia, Conscientização e o Reforço das Capacidades dos instrumentos de política da AU sobre o trabalho, emprego e bem-estar social; V. Resultados/Actividades: Resultado 1: Criação de uma Plataforma de Assistência Técnica Intra-africana sobre a governação do mercado de trabalho 20. A criação de uma Plataforma de Assistência Técnica Intra-Africana sobre a governação do mercado de trabalho será facilitada através das seguintes actividades: i. Mapeamento de competências técnicas (Questionário Simplificado). Um questionário será enviado aos Estados-membros para identificar áreas onde estes possuem experiência comprovada que pode ser útil para outros Estados-membros interessados em criar e/ou reforçar a capacidade das suas instituições do mercado de trabalho em áreas de interesse dos mesmos. Criação de uma Lista de Peritos A lista conterá informações sobre os altos funcionários avaliados relativamente ao seu perfil de competência, de acordo com um conjunto de critérios que garantam a credibilidade da plataforma. A lista será segmentada com base em categorias de competências. Esta incluirá informações sobre a disponibilidade dos peritos e será actualizada trimestralmente. A lista terá uma versão electrónica e um gestor será designado para geri-la. i Identificação e avaliação das instituições do mercado de trabalho com capacidade para participar na plataforma A prioridade é criar um sistema de desenvolvimento de competências baseado nas instituições de formação existentes. A este respeito, os três Centros Africanos Regionais de Administração de Trabalho, ARLAC em Harare, CRADAT em Yaoundé e o terceiro em Túnis, serão avaliados relativamente aos seus pontos fortes e áreas que podem ser melhoradas, seu potencial para entrar na plataforma e
Pág. 7 desempenhar um papel activo. Além de prestar assistência técnica aos Estados-membros, estas instituições oferecem a oportunidade de defender as políticas de trabalho, emprego e assuntos sociais da UA e alargar consciência dos Estados-membros, CER destas políticas, enquanto ao mesmo tempo criam as suas capacidades na implementação, monitorização e avaliação harmonizada. iv. Criação de uma plataforma electrónica para agrupamentos do PES, Inspecções de Trabalho, Observatórios de Emprego e Fundo de Desenvolvimento de Formação, Sítos em rede de Agências de Segurança A rede irá apoiar e acelerar a troca de experiência entre os Estadosmembros da UA e ligar-se a outros sítios relevantes, como parceiros da plataforma. Os membros são os sítios dos PES dos Estadosmembros da UA, Inspecções de Trabalho, Organizações Sociais, etc. v. Plataforma de Ensino à distância em conjunto com parceiros internacionais A plataforma utilizará instrumentos de aprendizagem electrónica para ampliar o seu alcance, a custo competitivo, com serviço de alta qualidade. Para este efeito, instalações de ensino à distância disponíveis para a plataforma serão identificadas com objectivo de formar uma rede, com as suas próprias regras. Os parceiros chave para esta actividade são a OIT, o Banco Mundial, o PNUD, para além dos Estados-membros e das CER. Será procurado apoio do programa de TIC da UA apoiado pela Noruega. vi. Geminação entre organismos africanos e da UE O objectivo é construir uma cooperação técnica bilateral com os Serviços de Emprego Público dos Estados-membros da UE, no âmbito da parceria estratégica África-UE. A geminação irá proporcionar uma cooperação de médio a longo prazo para os PES dos Estados-membros e outras instituições do mercado de trabalho. Resultado 2: Modernizada e Reforçada a Capacidade Técnica e a Competência dos Serviços de Emprego Público e das Administrações de Trabalho i. O objectivo é reforçar os conhecimentos e a capacidade organizacional das instituições do mercado de trabalho, a fim de permitir que estas participem eficazmente na plataforma, quer como provedores de assistência técnica ou como beneficiários. Existe a necessidade de desenvolver e reforçar as competências e know-how africanas nas áreas prioritárias identificadas de modo a apoiar as Micro Empresas e as PME, de acordo com os resultados
Pág. 8 do inquérito acima mencionado, realizado em colaboração com a Confederação Pan-Africana de Empregadores. i A actividade terá como base a cooperação activa a nível bilateral com as instituições do mercado de trabalho dos países desenvolvidos (França, EUA, Bélgica, Suécia, Itália, Reino Unido, etc.) e com organizações internacionais (OIT, Banco Mundial, WAPES, etc.). O WAPES está a apoiar os países africanos membros através do seu fundo de cooperação. Além disso, a cooperação Sul-Sul deve ser explorada, em particular com a China, Brasil, etc. A CUA irá facilitar a cooperação técnica para um grupo de Estados- Membros, através das instituições de formação Africanas (ARLAC, CRADAT, etc.) e em colaboração com as CER, no que respeita os Estados- Membros. iv. O Resultado será alcançado através das seguintes actividades: 1. Desenvolvimento de um Programa de Capacitação Profissional para as áreas do Trabalho, Emprego e Migração, centrada nas competências e conhecimentos prioritárias identificadas e visando candidatos a emprego, SMEs, TVETs e Autoridades Locais. 2. Implementação de um Programa de Capacitação Profissional Resultado 3. Reforçada a Cooperação técnica entre as Unidades de Trabalho e Emprego das Comunidades Económicas Regionais i. As CER desenvolveram competências técnicas e organizacionais em diferentes áreas como base de vantagem competitiva. Esta diversidade de know-how técnico a nível regional permite a promoção de uma cooperação inter-regional frutífera para o desenvolvimento das capacidades. Um questionário será usado para avaliar as vantagens competitivas técnicas e organizacionais das CER, e identificar áreas para a aprendizagem multidisciplinar e melhorar a eficiência e eficácia das CER no cumprimento das suas funções e responsabilidades como pedras angulares da integração dos mercados de trabalho regionais. i iv. A Comissão promoverá reuniões temáticas Inter-CER. As CER reforçarão a sua cooperação através de actividades dos seus Secretariados e Fóruns Ministeriais. O Resultado será alcançado através das seguintes actividades: Criar um banco de dados das competências técnicas e know-how das CER
Pág. 9 v. Apoiar a assistência técnica entre as CER através de missões de Peritos, visitas, workshops de Reforço de Capacidades e troca de experiências, publicação sobre boas práticas e reuniões intra-cer a nível ministerial e de peritos. VI. Sistema de Execução: Processo de Prestação de assistência técnica: i. A assistência técnica é providenciada a pedido dos Estados-membros. Os pedidos são recebidos e registados pela CUA, conforme as disposições do Mecanismo de Seguimento de Ouagadougou de 2004. A assistência técnica poderia ser prestada através de missões de Peritos, aferição comparativa, sinergia, formação em grupo, geminação, visitas, ensino à distância, serviços de apoio e aconselhamento através da internet, publicações de melhores práticas, revisão pelos pares e práticas comunitárias através de um website. i Os Estados-membros ou CER podem apoiar a plataforma através do envio de peritos, contribuições financeiras ou em espécie. O país ou organização beneficiária pode indicar os tipos de contribuição está disposta a trazer para o projecto de cooperação Um conjunto de formulários está disponível e será usado em o apoio ao processo de execução de serviços de cooperação técnica. VII. Código de Conduta i. O Código de Conduta estabelece regras deontológicas, que visam garantir a qualidade dos serviços de assistência técnica prestados aos Estados-membros beneficiários, a credibilidade e o desempenho da Plataforma. Criará igualmente fiabilidade e credibilidade para os peritos e para as organizações provedoras de competências. O Código de Conduta garante valor acrescentado ao país/organização benificiário, e a sustentabilidade dos resultados produzidos, através de um seguimento activo do provedor da competência. A Plataforma terá o seu próprio regime/plano/abordagem, que reconhece os sucessos e os progressos realizados pelo país/organização beneficiário, e pelo provedor de assistência técnica (formulário de classificação electrónico+ equipa de classificação/avaliação on-line) i O país/organização requerente deve empenhar-se em fazer o seguimento, elaborar relatórios, dar apoio logístico, RH e partilhar a sua experiência participando na Comunidade das Práticas. VIII. Monitorização e Avaliação i. A Plataforma usará um conjunto de formulários de avaliação para avaliar os serviços de cooperação técnica prestados pelas organizações beneficiárias. A
Pág. 10 avaliação será realizada pela CUA, peritos independentes e também pela organização beneficiária. i iv. O Perito irá apresentar um relatório de missão, indicando a probabilidade da intervenção ser totalmente e harmoniosamente integrada nos processos da organização beneficiária. Um mecanismo de Avaliação pelos Pares também será usado. A CUA irá avaliar os processos usados para a implementação da Plataforma. IX. Disposições Institucionais e Financeiras i. A Plataforma está sob responsabilidade do Departamento dos Assuntos Sociais da CUA. A Mesa da Comissão do Trabalho e Assuntos Sociais irá supervisionar a implementação da Plataforma e realizará, pelo menos, uma reunião antes de sua sessão ordinária. Este órgão fornece orientação e directrizes.