MATERIAL DO PROFESSOR CURSO DE RETA FINAL DE DEFENSORIA PÚBLICA - 2009 AULA 2 - DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES PROFESSOR ANDRÉ B. C.



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Transcrição:

RETA FINAL DEFENSORIAS Disciplina: Direito Civil Prof. André Barros Aula nº. 02 MATERIAL DO PROFESSOR CURSO DE RETA FINAL DE DEFENSORIA PÚBLICA - 2009 AULA 2 - DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES PROFESSOR ANDRÉ B. C. BARROS CASAMENTO 1. CONCEITO 2. NATUREZA JURÍDICA O casamento é civil e gratuita a sua celebração Art. 1512 (QUESTÃO 37 DEFENSORIA/MT 2006) Sobre o casamento, assinale a afirmativa correta. a) As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas por qualquer pessoa. b) Excepcionalmente, a lei permite o casamento dos afins em linha reta. c) O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos estabelecidos para o casamento civil. d) O casamento é civil e onerosa a sua celebração. e) A lei não considera válido o casamento contraído por menor que ainda não alcançou a idade nupcial. Gabarito Oficial: C 2. HABILITAÇÃO 2.1. CAPACIDADE MATRIMONIAL Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. 2.2. IMPEDIMENTOS Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante;

VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. (QUESTÃO 41 DEFENSORIA/MT 2006) É nulo o casamento a) contraído por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. b) do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento. c) contraído pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil. d) realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse que fora o mandato revogado. e) por incompetência da autoridade celebrante. Gabarito Oficial: C 2.3. CAUSAS SUSPENSIVAS Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. 3. CASAMENTO ANULÁVEL (QUESTÃO 42 DEFENSORIA/MT 2006) Analisando as afirmativas abaixo, acerca do casamento, é incorreto afirmar: a) Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, independente do regime patrimonial adotado pelo casal. b) O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, contado da data da celebração, é três anos, se houver coação. c) Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. d) Entre os deveres de ambos os cônjuges, previstos na legislação civil pátria, estão o respeito e a consideração mútuos. e) O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges. Gabarito Oficial: B DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO 1. DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL - ART. 1.571 I - pela morte de um dos cônjuges II - pela nulidade ou anulação do casamento;

III - pela separação judicial; IV - pelo divórcio; 2. DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO MATRIMONIAL - ART. 1.571, 1. I morte II divórcio + nulidade ou anulabilidade (QUESTÃO 39 DEFENSORIA/MT 2006) Acerca da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal, assinale a afirmativa correta. a) A conversão de separação judicial dos cônjuges em divórcio será decretada por sentença, na qual deverá constar referência à causa que a determinou. b) A sentença de separação judicial importa a separação de corpos e a partilha de bens. c) O divórcio poderá modificar os direitos e deveres dos pais em relação a seus filhos. d) Dissolvido o casamento pelo divórcio direto, não poderá o cônjuge manter o nome de casado. e) O divórcio não poderá ser concedido sem que haja prévia partilha de bens. Gabarito Oficial: B 3. SEPARAÇÃO JUDICIAL - Art. 1.571 a 1.578.(QUESTÃO n. 46 DEF.PÚBLICO-SP/2007 2º CONCURSO) Considere as afirmações: IV. O entendimento jurisprudencial dominante é no sentido de que a separação de fato não é suficiente para romper o estado condominial, entre os cônjuges, no que se refere aos bens e dívidas, persistindo a comunhão, especialmente no regime de comunhão universal. Gabarito: Incorreta 3.1. SEPARAÇÃO JUDICIAL AMIGÁVEL ou CONSENSUAL - Art. 1.574 3.2. SEPARAÇÃO JUDICIAL LITIGIOSA A) SEPARAÇÃO SANÇÃO - Art. 1.572 B) SEPARAÇÃO FALÊNCIA - Art. 1.572; 1 C) SEPARAÇÃO REMÉDIO - Art. 1.572, 2 QUESTÃO: PERSISTE EM NOSSO SISTEMA A CLÁUSULA DE DUREZA? 4. DIVÓRCIO - Art. 1.581 4.1. DIVÓRCO CONVERSÃO ou INDIRETO - Art. 1.580 4.2. DIVÓRCIO DIRETO - Art. 1580, 2 5. SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL QUESTÃO: QUAIS SÃO OS REQUISITOS IMPOSTOS PELA LEI PARA QUE SE REALIZE A SEPARAÇÃO PELA VIA EXTRAJUDICIAL? ART. 47 DA RESOLUÇÃO 35/CNJ: São requisitos para lavratura da escritura pública de separação consensual:

a) um ano de casamento; b) manifestação da vontade espontânea e isenta de vícios em não mais manter a sociedade conjugal e desejar a separação conforme as cláusulas ajustadas; c) ausência de filhos menores não emancipados ou incapazes do casal; e d) assistência das partes por advogado, que poderá ser comum. QUESTÃO: ESTANDO A ESPOSA GRÁVIDA É POSSÍVEL QUE UTILIZE DA VIA ADMINISTRATIVA PARA A SEPARAÇÃO? QUESTÃO: QUANDO PRESENTES OS REQUISITOS EXIGIDOS PELA LEI AS PARTES ESTÃO OBRIGADAS A REALIZAREM A SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO PELA VIA ADMINISTRATIVA? QUESTÃO: E COM RELAÇÃO ÀS AÇÕES QUE JÁ SE ENCONTRAM EM TRAMITAÇÃO PELO JUDICIÁRIO, É POSSÍVEL SUA DESISTÊNCIA E A REALIZAÇÃO PELA VIA EXTRAJUDICIAL? QUESTÃO: REALIZADO A SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO PELA VIA ADMINISTRATIVA, SERÁ LAVRADO UMA ESCRITURA PÚBLICA. O QUE DEVE CONSTAR NESTE ATO? E QUAL É A EFICÁCIA DESSA ESCRITURA? QUESTÃO: PODE HAVER ALTERAÇÃO POSTERIOR QUANTO AO NOME DE CASADO? QUESTÃO: É NECESSÁRIO QUE AS PARTES SEJAM ACOMPANHADAS POR ADVOGADO PARA A REALIZAÇÃO DA SEPARAÇÃO OU DO DIVÓRCIO PELA VIA ADMINISTRATIVA? E SE AS PARTES NÃO TIVEREM CONDIÇÕES DE CONTRATAR ADVOGADO? Art. 9º da Resolução 35 CNJ: É vedada ao tabelião a indicação de advogado às partes, que deverão comparecer para o ato notarial acompanhadas de profissional de sua confiança. Se as partes não dispuserem de condições econômicas para contratar advogado, o tabelião deverá recomendar-lhes a Defensoria Pública, onde houver, ou, na sua falta, a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. QUESTÃO: NO PROCEDIMENTO EXTRAJUDICIAL, HÁ PAGAMENTOS DE CUSTAS E EMOLUMENTOS? ART. 1.124 - A 3º / CPC: A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei. QUESTÃO: QUAL É O CARTÓRIO COMPETENTE PARA A LAVRATURA DA ESCRITURA PÚBLICA? QUESTÃO: A ESCRITURA PÚBLICA QUE DECRETA A SEPARAÇÃO/DIVORCIO POSSUI O MESMO SEGREDO DE JUSTIÇA QUE O PROCEDIMENTO REALIZADO EM JUÍZO? QUESTÃO: COMO FICA O ESTADO CIVIL DA PESSOA QUE SE SEPARA OU DIVORCIA PELA VIA ADMINISTRATIVA? QUESTÃO: SE AS PARTES NÃO ACORDAREM COM RELAÇÃO A PARTILHA DE BENS, DESEJANDO POSTERGAR SUA REALIZAÇÃO, ISSO IMPEDIRÁ A LAVRATURA DA ESCRITURA CONCEDENDO A DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL? QUESTÃO: SE A PRESTAÇÃO ALIMENTAR, ESTABELECIDA NA ESCRITURA PÚBLICA NÃO FOR CUMPRIDA, QUAL O PROCEDIMENTO PARA A SUA EXECUÇÃO? QUESTÃO: CABE PRISÃO CIVIL DO DEVEDOR CASO ESSE NÃO VENHA A PAGAR OS ALIMENTOS FIXADOS NA ESCRITURA PÚBLICA? QUESTÃO: É POSSÍVEL REALIZAR PELA VIA ADMINISTRATIVA A CONVERSÃO DA SEPARAÇÃO EM DIVÓRCIO?

QUESTÃO: É ADMISSÍVEL A RECONCILIAÇÃO? UNIÃO ESTÁVEL 1. CONCEITO: Art. 1.723/CC. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. QUESTÃO: QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DE UMA UNIÃO ESTÁVEL? QUESTÃO: A EXCLUSIVIDADE É UM REQUISITO PARA A CARACTERIZAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL? QUESTÃO: SE UM HOMEM MANTÉM CONVÍVIO COM VÁRIAS MULHERES, PORÉM, EM CIDADES DIFERENTES, DEMONSTRANDO EM CADA REGIÃO O CONVÍVIO DURADOURO, CONTÍNUO, CONVIVÊNCIA PÚBLICA E COM OBJETIVO DE CONSTITUIR FAMÍLIA MULHERES, FICARÁ CARACTERIZADA A UNIÃO ESTÁVEL PERANTE TODAS AS MULHERES (UNIÕES PLÚRIMAS)? Para essa questão há três correntes: 1ª CORRENTE: 2ª CORRENTE: QUESTÃO: OS IMPEDIMENTOS PARA O CASAMENTO SÃO APLICÁVEISÀ UNIÃO ESTÁVEL? QUESTÃO: AS CAUSAS SUSPENSIVAS AO CASAMENTO TAMBÉM SÃO APLICADAS A UNIÃO ESTÁVEL? QUESTÃO: A REGRA PRESENTE NO ARTIGO 1.641, II CC (É OBRIGATÓRIO O REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS NO CASAMENTO: II - PARA PESSOAS MAIORES DE 60 ANOS) SE APLICA À UNIÃO ESTÁVEL? QUESTÃO: COMO O CC/02 NÃO FEZ QUALQUER MENÇÃO SOBRE O DIREITO REAL DE HABITAÇÃO, ESSE AINDA PERMANECE SENDO UM DIREITO DO COMPANHEIRO? ENUNCIADO 117/CJF: O direito real de habitação deve ser estendido ao companheiro, seja por não ter sido revogada a previsão da Lei 9.278/96, seja em razão da interpretação analógica do art. 1.831, informado pelo art. 6º, caput, da CF/88. 2. O NOME NA UNIÃO ESTÁVEL: QUESTÃO: É POSSÍVEL AO COMPANHEIRO ACRESCER AO SEU NOME O SOBRENOME DO OUTRO? Artigo 57, 2º, LRP: A mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva com homem solteiro, desquitado ou viúvo, excepcionalmente e havendo motivo ponderável, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o patronímico de seu companheiro, sem prejuízo dos apelidos próprios, de família, desde que haja impedimento legal para o casamento, decorrente do estado civil de qualquer das partes ou de ambas. 3. DEVERES E DIREITOS NA UNIÃO ESTÁVEL: QUESTÃO: OS COMPANHEIROS TÊM OS MESMOS DEVERES DOS CÔNJUGES?

ART. 1.724/CC: As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. QUESTÃO: É POSSÍVEL, DIANTE DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL VIR A DISCUTIR CULPA IDENTIFICANDO ASSIM A RESPONSABILIDADE DE UM DOS COMPANHEIROS? (QUESTÃO 41 DEFENSORIA/SP 2007 FCC) Na união estável, com relação aos conviventes, é correto afirmar que a) estão incluídos na ordem de vocação hereditária, com todos os direitos e garantias deferidos aos cônjuges. b) há presunção júris et de jure de que os bens adquiridos de forma onerosa na constância da união são frutos do esforço comum. c) a Lei no 8.971/94 não quantificou prazo de convivência e fixou a competência das varas de família para o julgamento dos litígios entre eles. d) o direito aos alimentos foi regulamentado pela Lei no 9.278/96. e) é assegurado o direito real de habitação pelo Código Civil de 2003, ao sobrevivente, quando houver a morte do companheiro. Gabarito oficial: B FAMÍLIA HOMOAFETIVA 1. CONCEITO: QUESTÃO: A UNIÃO HOMOAFETIVA FORMA UMA ENTIDADE FAMILIAR? 1ª CORRENTE: 2ª CORRENTE: QUESTÃO: QUAL NOMENCLATURA DEVE SER USADA EM CONCURSO PÚBLICO: HOMOSSEXUALISMO OU HOMOSSEXUALIDADE? QUESTÃO: COM A OMISSÃO LEGISLATIVA, A UNIÃO HOMOSSEXUAL É REGULADA DE QUE FORMA? EMENTA: UNIÃO HOMOAFETIVA. POSSIBILIDADE JURÍDICA. Observância dos princípios da igualdade e dignidade da pessoa humana. Pela dissolução da união havida, caberá a cada convivente a meação dos bens onerosamente amealhados durante a convivência. Falecendo a companheira sem deixar ascendentes ou descendentes caberá à sobrevivente a totalidade da herança. Aplicação analógica das leis nº 8.871/94 e 9.278/96. POR MAIORIA, NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O REVISOR. (TJRS. Ap. Civ. 70006844153, 8ª Câm. Rel. Dês.: Catarina Rita Krieger Martins, j. 18/12/2003). 2. AVANÇOS DA JURISPRUDÊNCIA: QUESTÃO: E O INSS VEM ACOMPANHANDO OS AVANÇOS DAS DECISÕES JUDICIAIS, RECONHECENDO BENEFÍCIOS AOS CONVIVENTES EM UNIÕES HOMOAFETIVAS? Art. 2º Da Portaria 25/2000 do INSS: As pensões requeridas por companheiro ou companheira homossexual, reger-se-ão pelas rotinas disciplinadas no Capítulo XII da IN INSS/DC n 20, de 18.05.2000, relativas à pensão por morte. QUESTÃO: É DIREITO DO COMPANHEIRO TER SEU NOME INCLUSO NO PLANO DE SAÚDE DA PESSOA COM QUEM

COMPROVE QUE VIVE UMA UNIÃO HOMOAFETIVA? EMENTA: PROCESSO CIVIL E CIVIL - PREQUESTIONAMENTO - AUSÊNCIA SÚMULA 282/STF UNIÃO HOMOAFETIVA - INSCRIÇÃO DE PARCEIRO EM PLANO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - POSSIBILIDADE - DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO-CONFIGURADA. - Se o dispositivo legal supostamente violado não foi discutido na formação do acórdão, não se conhece do recurso especial, à míngua de prequestionamento. - A relação homoafetiva gera direitos e, analogicamente à união estável, permite a inclusão do companheiro dependente em plano de assistência médica. - O homossexual não é cidadão de segunda categoria. A opção ou condição sexual não diminui direitos e, muito menos, a dignidade da pessoa humana. - Para configuração da divergência jurisprudencial é necessário confronto analítico, para evidenciar semelhança e simetria entre os arestos confrontados. Simples transcrição de ementas não basta. (STJ, REsp. 238715/RS, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j. 07/03/2006). QUESTÃO: O SEGURO DPVAT PODE SER DEFERIDO AO CONVIVENTE SOBREVIVO? CIRCULAR Nº 257/2004 DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS: Regulamenta o direito do companheiro ou companheira homossexual à percepção de indenização em caso de morte do outro, na condição de dependente preferencial da mesma classe dos companheiros heterossexuais, como beneficiário do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não - Seguro DPVAT. O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP, em cumprimento à antecipação de tutela concedida pelo Juízo da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo (Proc. 2003.61.00.026530-7), nos autos da AÇÃO CIVIL PÚBLICA, movida pelo Ministério Público Federal em face da SUSEP e tendo em vista o disposto no Processo SUSEP nº 15414.004252/2003-74, resolve: Art. 1º Tornar público que, por força de decisão judicial, o companheiro ou companheira homossexual fica equiparado ao companheiro ou companheira heterossexual na condição de dependente preferencial da mesma classe, com direito à percepção da indenização referente ao seguro DPVAT, em caso de morte do outro, aplicando-se o disposto no art. 4, 1, da lei 6.194, de 19 de dezembro de 1.974, com a redação determinada pela lei n 8.441, de 13 de julho de 1.992. Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. QUESTÃO: E NO ÂMBITO ELEITORAL, APLICAM-SE ÀS UNIÕES HOMOAFETIVAS AS NORMAS REFERENTES A INELEGIBILIDADE (ART. 14, 7º CF)? EMENTA: Registro de candidato. Candidata ao cargo de prefeito. Relação estável homossexual com a prefeita reeleita do município. Inelegibilidade (CF 14 7º). Os sujeitos de uma relação estável homossexual, à semelhança do que ocorre com os de relação estável, de concubinato e de casamento, submetem-se à regra de inelegibilidade prevista no art. 14, 7º, da CF. Recurso a que se dá provimento (TSE, Resp. Eleitoral 24564/Viseu-PA, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 01.10.2004). QUESTÃO: É APLICÁVEL A LEI MARIA DA PENHA ÀS UNIÕES HOMOAFETIVAS? ARTIGO 2º: TODA MULHER, INDEPENDENTEMENTE DE CLASSE, RAÇA, ETNIA, ORIENTAÇÃO SEXUAL, RENDA, CULTURA, NÍVEL EDUCACIONAL, IDADE E RELIGIÃO, GOZA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS INERENTES À PESSOA HUMANA, SENDO-LHE ASSEGURADAS AS OPORTUNIDADES E FACILIDADES PARA VIVER SEM VIOLÊNCIA, PRESERVAR SUA SAÚDE FÍSICA E MENTAL E SEU APERFEIÇOAMENTO MORAL, INTELECTUAL E SOCIAL. ARTIGO 5 O PARA OS EFEITOS DESTA LEI, CONFIGURA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER QUALQUER AÇÃO OU OMISSÃO BASEADA NO GÊNERO QUE LHE CAUSE MORTE, LESÃO, SOFRIMENTO FÍSICO, SEXUAL OU PSICOLÓGICO E DANO MORAL OU PATRIMONIAL: PARÁGRAFO ÚNICO: AS RELAÇÕES PESSOAIS ENUNCIADAS NESTE ARTIGO INDEPENDEM DE ORIENTAÇÃO

SEXUAL. QUESTÃO: HÁ POSSIBILIDADE DE ADOÇÃO POR CASAL HOMOSSEXUAL? EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. ADOÇÃO. CASAL FORMADO POR DUAS PESSOAS DE MESMO SEXO. POSSIBILIDADE. Reconhecida como entidade familiar, merecedora da proteção estatal, a união formada por pessoas do mesmo sexo, com características de duração, publicidade, continuidade e intenção de constituir família, decorrência inafastável é a possibilidade de que seus componentes possam adotar. Os estudos especializados não apontam qualquer inconveniente em que crianças sejam adotadas por casais homossexuais, mais importando a qualidade do vínculo e do afeto que permeia o meio familiar em que serão inseridas e que as liga aos seus cuidadores. É hora de abandonar de vez preconceitos e atitudes hipócritas desprovidas de base científica, adotando-se uma postura de firme defesa da absoluta prioridade que constitucionalmente é assegurada aos direitos das crianças e dos adolescentes (art. 227 da Constituição Federal). Caso em que o laudo especializado comprova o saudável vínculo existente entre as crianças e as adotantes. NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (SEGREDO DE JUSTIÇA) (TJRS, Ap. Civ. 70013801592, 7ª Cãm., Rel. Dês.: Luiz Felipe Brasil Santos, j. 05/04/2006). GUARDA DOS FILHOS 1. CONCEITO: QUESTÃO: AINDA TEM IMPORTÂNCIA A DISCUSSÃO DA CULPA NA SEPARAÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DA GUARDA DOS FILHOS? QUESTÃO: A GUARDA TEM QUE NECESSARIAMENTE FICAR COM UM DOS GENITORES OU PODERÁ SER DEFERIDA A TERCEIRA PESSOA? ART. 1.584, 5º do CC: Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade. QUESTÃO: SE OS PAIS ACORDAREM COM RELAÇÃO A GUARDA E A VISITA, ESSE ACORDO NECESSITA DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL? 2. GUARDA COMPARTILHADA: QUESTÃO: O QUE VEM A SER ANINHAMENTO? QUESTÃO: QUEM DETERMINA A GUARDA COMPARTILHADA? QUESTÃO: SE A GUARDA FOI DEFERIDA DE FORMA UNILATERAL, ANTES DO ADVENTO DA LEI QUE INSTITUIU A GUARDA COMPARTILHADA É POSSÍVEL SUA ALTERAÇÃO? QUESTÃO: SE AMBOS OS PAIS NÃO DESEJAM ADOTAR A MODALIDADE DE GUARDA COMPARTILHADA, ESSA SERÁ IMPOSTA MESMO ASSIM? QUESTÃO: DEFERIDA A GUARDA COMPARTILHADA COMO FICA A QUESTÃO DOS ALIMENTOS? QUESTÃO: GUARDA COMPARTILHADA É O MESMO QUE GUARDA ALTERNADA?

3. GUARDA UNILATERAL: QUESTÃO: DIANTE DA DISSOLUÇÃO DE UMA FAMÍLIA HOMOAFETIVA, APENAS UM DOS CONVIVENTES PERMANECEU COM A GUARDA, É DIREITO DO OUTRO, MESMO QUE SEU NOME NÃO CONSTE NO REGISTRO DE NASCIMENTO, TER RECONHECIDO O DIREITO DE VISITA? EMENTA: FILIAÇÃO HOMOPARENTAL. DIREITO DE VISITAS. Incontroverso que as partes viveram em união homoafetiva por mais de 12 anos. Embora conste no registro de nascimento do infante apenas o nome da mãe biológica, a filiação foi planejada por ambas, tendo a agravada acompanhado o filho desde o nascimento, desempenhando ela todas as funções de maternagem. Ninguém mais questiona que a afetividade é uma realidade digna de tutela, não podendo o Poder Judiciário afastar-se da realidade dos fatos. Sendo notório o estado de filiação existente entre a recorrida e o infante, imperioso que seja assegurado o direito de visitação, que é mais um direito do filho do que da própria mãe. Assim, é de ser mantida a decisão liminar que fixou as visitas. Agravo desprovido. (SEGREDO DE JUSTIÇA) (TJRS, AI. 70018249631, 7ª Câm., Rel. Dês.: Maria Berenice Dias, j. 11/04/2007). QUESTÃO: É CABÍVEL AÇÃO DE INDENIZAÇÃO MORAL QUANDO O GENITOR QUE NÃO PERMANECEU COM A GUARDA DO MENOR, ACABA SE AFASTANDO SEM PROPORCIONAR O CONVÍVIO OU A ASSISTÊNCIA MORAL A ELE IMPOSTA? EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. ABANDONO MORAL. REPARAÇÃO. DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A indenização por dano moral pressupõe a prática de ato ilícito, não rendendo ensejo à aplicabilidade da norma do art. 159 do Código Civil de 1916 o abandono afetivo, incapaz de reparação pecuniária. 2. Recurso especial conhecido e provido. (STJ, 4ª Turma, REsp. 757.711/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves, j. 29.11.05) 4. SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL OU FALSAS MEMÓRIAS: QUESTÃO: O QUE VEM A SER A SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL OU FALSAS MEMÓRIAS? RECONHECIMENTO DOS FILHOS 1. RECONHECIMENTO DOS FILHOS: (QUESTÃO 38 DEFENSORIA/MT 2006) Assinale a afirmativa incorreta, no que diz respeito à filiação e ao reconhecimento dos filhos. a) O reconhecimento dos filhos poderá ser revogado quando feito em testamento. b) Ao marido é cabível o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível. c) Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga. d) A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade. e) O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. Gabarito Oficial: A QUESTÃO: É NECESSÁRIO O CONSENTIMENTO DO FILHO?

Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação 2. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE:. QUESTÃO: A AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE TEM PRAZO DE PRESCRIÇÃO? SÚMULA 149/STF: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança. QUESTÃO: SE O SUPOSTO PAI VIER A NEGAR, NA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE, A REALIZAR EXAME DE DNA QUAL É A CONCLUSÃO DESSA NEGATÓRIA? SÚMULA 301/STJ: Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade. QUESTÃO: O QUE SE COMPREENDE POR RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA DIANTE DA INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE? ENUNCIADO 109/CJF: A restrição da coisa julgada oriunda de demandas reputadas improcedentes por insuficiência de prova não deve prevalecer para inibir a busca da identidade genética pelo investigado. QUESTÃO: SE O FILHO SE ENCONTRA REGISTRADO NO NOME DE OUTRA PESSOA, ESSE FATOR É CAUSA PARA IMPEDIR O INGRESSO DA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE? QUESTÃO: É POSSÍVEL OCORRER LITISCONSÓRCIO PASSIVO, QUANDO O FILHO NÃO TEM CERTEZA DE QUEM PODE SER SEU VERDADEIRO PAI? SUCESSÕES - INTRODUÇÃO 1. CONCEITO 2. SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL 3. SUCESSÃO A TÍTULO SINGULAR 4. ABERTURA DA SUCESSÃO 4.1. PRINCÍPIO DA SAISINE 4.2. LEI APLICÁVEL DIREITO CIVIL DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO PROCESSUAL CIVIL

5. ACEITAÇÃO EXPRESSA TÁCITA PRESUMIDA 5.1. PROIBIÇÕES: Aceitação parcial da herança; Aceitação sob ou condição do termo. 6. RENÚNCIA RENÚNCIA ABDICATIVA x TRANSLATIVA IMPOSTO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO SUCESSÃO LEGÍTIMA 1. SUCESSÃO LEGÍTIMA (ou ab intestato art. 1.788): É considerada subsidiária pois somente ocorre nas seguintes hipóteses: - inexistência de testamento válido (quando houver herdeiros necessários); - testamento caduco; - testamento nulo; - testamento que não abranja todos os bens. 2. ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA ART. 1.829/CC. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. 3. SUCESSÃO - COMPANHEIRO ART. 1.790/CC. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.