PONTO 1: União estável PONTO 2: Alimentos. 1. União estável:
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- Renato Sanches Varejão
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1 1 PONTO 1: União estável PONTO 2: Alimentos 1. União estável: - Leis 8971/94 e 9278/96. - Lei /2002 e art e seguintes. - Art. 226, 3 1, CF. União entre homem e mulher pública (notoriedade), contínua (sem solução de continuidade) e duradoura (não há fixação de prazo mínimo para configuração). Requisito maior: ânimo de constituir família. 2. Alimentos: Direito fundamental (previsto constitucionalmente) É uma cláusula pétrea, sendo dever do estado com o cidadão. O ideal seria que todas as pessoas teriam condições de se manter. Assim, o estado teria o dever de alcançar condições de saúde, alimentação aqueles que não condição de prover. Porém, o estado delega aos familiares. Caso estes não tenham condição o estado intervirá. Os alimentos são divididos no nosso ordenamento: - Alimentos naturais: essenciais a sobrevivência do cidadão. Há referencia no art , CC entendendo que seria aplicável aos alimentos naturais. 1 Art. 226, 3 - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 2 Art O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa, enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor.
2 2 - Alimentos civis: também chamados de intuito personae, instituídos atendendo as necessidades pessoais daquela pessoa. Art , CC. Devem obedecer a regra do art. 1694, 1º 4, CC respeitando o binômio necessidade/possibilidade. Quanto a origem: Podem advir de lei, de uma toa de vontade ou caráter indenizatório que seria me decorrência da indenização de um ato ilícito. Ex: acidente de trânsito que tira a vida de uma pessoa que era responsável pelo sustento da família, terei que pagar alimentos para a família. Binômio necessidade e possibilidade: Deve ser analisada a possibilidade, independente de quanto ganha e a necessidade dos filhos. O valor percentual de 30% vem sendo tomado como percentual básico para os casos mais comuns, mas não vincula nenhum Juiz e nem algum pretendendo. possibilidades. O pai e a mãe devem responder pelo sustento do filho menor, nos limites de suas Obrigação alimentar: se estende aos parentes em geral, independente da idade em que se encontrem os necessitados. Necessidade dos filhos menores é presumida, não havendo necessidade do menor fazer prova da necessidade dos alimentos. Atingida a maioridade civil não cessa pelo simples fato de ter sido atingida, se continua a necessitar, podendo os pais alcançarem alimentos, continuará no mesmo patamar. Porém, modifica a natureza da obrigação, não é mais presumida, deve se fazer prova da necessidade, sendo alimentos do art. 1694, CC, devidas entre ascendentes e descendentes. Pode pleitear alimentos na extensão da vida, não há limitador de idade. 3 Art Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 4 Art , 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
3 3 O direito aos alimentos é imprescritível, desde que provados e preenchidos os requisitos do art. 1694, 1º do CC. Porém, o debito alimentar prescreve em dois anos, conforme art. 206, 2º 5, CC. O débito decorrente de uma condenação que prescreve. Características: art personalíssimo; - recíproco; - inalienável; - transmissível; - irrepetível; - irrenunciável; - não é passível de cessão; -imprescritível; - divisível. terceiros. 1) personalíssimo: é para aquela pessoa em especial, não podendo ser igual para 2) Recíproca: art , CC. 3) Alienáveis e impenhorável: São essências para a sobrevivência, por isso não podem ser objeto de penhora ou alienação. Nota-se que o bem residencial não é impenhorável para pagar divida de alimentos. 4) Transmissível - art , CC: No CC/16, no art. 402, que dizia que a obrigação alimentar não se transmite. A lei do divórcio trouxe em seu art. 23 que a obrigação alimentar se transmitia. Este tema foi muito 5 Art Prescreve: 2 o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. 6 Art O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. 7 Art A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art
4 4 debatido na doutrina, restado pacificado que apenas seria objeto da transmissão o débito alimentar constituído e não honrado. O CC/02 traz a transmissão da obrigação, tendo os herdeiros que responder. O art menciona que terminado o direito de herança não tem que os herdeiros que pagar com patrimônio pessoal. Na prática se entende que se ele é um co-herdeiro irá receber apenas o quinhão dele. Caso não sobreviva apenas com quinhão, há possibilidade de entrar com ação de alimentos contra os irmãos. Caso não seja co-herdeiro, apenas recebe alimentos a título indenizatório, os herdeiros deverão continuar pagando nas forças da herança. Ex: João é casado com Maria, se divorciam, com pagamento de pensão para esta. Casase novamente com Ana, porém falece. Ana deverá continuar pagamento à Maria. 5) Irrepetível: Quem recebeu para suas necessidades não tem que devolver. verdadeiro pai. Com relação ao alimentando é absoluta. Porém, pode ser buscado uma indenização ao Nas ações de investigação de paternidade são provisionais, pois não tenho prova préconstituída da paternidade, não tendo caráter de tutela antecipada. A recente lei dos alimentos gravídicos que fixa alimentos, desde logo, com base em meros indícios. Terminada a gestação os alimentos são automaticamente transformados em provisórios até o exame de DNA. 8 Art O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou for aberto ou dilacerado com seu consentimento, haver-se-á como revogado.
5 5 6) Irrenunciável: Os filhos não podem renunciar. Porém, atualmente, atinge também aos cônjuges e companheiros. Não é mais válida a cláusula de renúncia quanto aos alimentos em separação ou divórcio. Pode-se deixar de exercer esse direito, mas não pode renunciar. 7) Não é passível de cessão: art , CC. 8) Imprescritível. 9) Divisível: Os alimentos em regra são divisíveis. Apenas no estatuto do idoso que se tem a transformação da obrigação de divisível em solidária, ou seja, aquele idoso pode demandar filho ou neto na integralidade de suas necessidades. Alimentos provisórios: são fundados na Lei 5478/68. Se h[a pedido de alimentos para um filho já reconhecido, pois já uma prova préconstituída da relação, os alimentos não são cautelares e sim a titulo de tutela antecipada, nos termos do art do CPC. Nas ações de divórcio, anulação de casamento e investigação de paternidade, são pedidos os alimentos provisionais, ou seja, alimentos mínimos para garantia de sustento para que está pleiteando durante o tramite da ação. Não há prova pré-constituída. O Juiz fixa cautelarmente. 9 Art Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide. 10 Art O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
6 6 Aspectos processuais: tanto ação de alimentos proposta pelo requerente quanto ação de revisão proposta pelo alimentante tem foro privilegiado o foro do alimentado - art , CPC. Nas ações de alimentos tem que fixar o valor da causa sempre o valor de uma anuidade, seja para revisão ou exoneração. Não pode colocar valor de alçada. A lei 5478/68 e a previsão das formas desse débito alimentar: Esta lei trata sobre execução de alimentos e sua forma de pretensão. Essa forma de execução pode ser por prisão ou pedido de penhora. A prisão tem por objeto apenas os três últimos meses, agregando no futuro todas as parcelas chamadas de vincendas. Para ingressar com ação com pedido prisão (art do CPC), necessitará que não estejam vencidos os meses superiores a três. Não pode cumular com já vencidos a mais tempo. Não há necessidade de estarem os três meses vencidos, basta um mês inadimplido, não pode é superar o numero de três meses. Posso transformar prisão em penhora. Mas jamais a penhora em prisão. A escolha do meio executivo é exclusiva do credor. provisórios. Essa prisão pelo artigo 733, CPC, pode pedir tanto dos alimentos provisionais, quanto O prazo da prisão não pode ultrapassar 60 dias. A prisão é cumprida no regime de albergue (pernoite e final de semana). É um meio coercitivo para o pagamento. Não satisfativo do credor. O recurso cabível da decisão que decreta a prisão não é o Habeas Corpus (cabe de prisão ilegal, esta prisão é legal), é o Agravo de instrumento, sem efeito suspensivo. 11 Art É competente o foro: II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos. 12 Art Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos provisionais, o juiz mandará citar o devedor para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
7 7 O Juiz não poderia decretar de ofício a prisão. Forma de execução dos alimentos, sob pena de penhora art do CPC: de sentença. Há duvida na doutrina se a execução é pelo art. 732 ou de acordo com o cumprimento Art A execução de sentença, que condena ao pagamento de prestação alimentícia, far-se-á conforme o disposto no Capítulo IV deste Título. Porém, nota-se que não há mais o capitulo IV deste titulo, nhá havendo mais como executar pelo art. 732 do CPC. O certo seria pelo cumprimento de sentença. Mas se já estiver arquivado, tem se aceito pede o desarquivamento e, ainda, distribui como cumprimento de sentença. É pacifico que pode executar o devedor de alimentos se tiver sentença judicial ou acordo homologado, bem como com acordo não homologado no caso de penhora. Mas a prisão só com base em sentença ou acordo homologado em juízo. Art CC: Art Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo. Ações revisionais de alimentos têm sido rechaçadas, a prova de modificação fática do devedor é muito complexa. O fato novo a ensejar a modificação pode ser perda de emprego ou diminuição do salário, ainda, considera-se. Mas apenas o fato de não conseguir suportar é improcedente. O filho a mais não é mais motivo para redução, pois se entende que se teve mais um filho é porque tem condições de arcar com isso. Na exoneração só se a pessoa consegue se sustentar. 13 Art A execução de sentença, que condena ao pagamento de prestação alimentícia, far-se-á conforme o disposto no Capítulo IV deste Título.
8 8 O Tribunal é rígido quanto a modificação ou exoneração dos alimentos. Se a exoneração fica impagável, o filho menor não pode abrir mão do crédito, quando atingir a maioridade poderá. nunca cobre. Entre ascendente e descendente não corre a prescrição. Caso a representante legal Os alimentos não precisam ser dados in natura ou espécie, podendo dar em substituição a hospedagem quando há bens imóveis. Não sendo devedor. Art , CC. Os alimentos não devem ser fixados em salário mínimo, a partir de 2008, o índice de correção é o IGPM. 14 Art A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando, ou dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário à sua educação, quando menor.
A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida.
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