Relatório e Contas 2010



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Transcrição:

Relatório e Contas 2010

AdDP Águas AdDP do Douro - Águas e Paiva, do Douro SA e Paiva, S.A. Relatório e Contas 2010 Relatório e Contas 2010

Índice Mensagem do Presidente...04 A Empresa...06 Principais Acontecimentos...13 A Governo da Sociedade 1. Missão, Objectivos e Políticas...19 2. Regulamentos internos e externos...21 3. Informação sobre transacções relevantes...22 3.1. Informação sobre contratos de Prestação de Serviços... 22 4. Modelo de Governo...23 4.1. Órgãos Sociais... 23 4.2. Estrutura Organizacional... 28 4.2.1. Funcionamento / Organização...29 4.2.2. Relações com as partes interessadas...29 5. Remunerações e Outros Encargos...32 6. Análise de Sustentabilidade...35 7. Cumprimento dos Princípios do Bom Governo...36 8. Código de Conduta e Ética...40 9. Controlo de Risco...41 10. Prevenção de Conflitos de interesses...43 11. Divulgação de informação...44 12. Informação sintética sobre as iniciativas de publicidade institucional...45 13. Cumprimento das instruções, despachos e legislação diversa...47 14. Relatório dos Administradores não Executivos...48 B Actividade da Empresa 1. Introdução...53 2. Enquadramento macro económico...54 3. Enquadramento do sector...56 4. Cadeia de valor...58 5. Regulação...59 6. Carteira de participações...61 7. Adopção dos IFRS...62 8. Análise Económica e Financeira...63 9. Gestão do Capital Humano...68 10. Actividade Operacional...71 10.1. Produção e Distribuição de Água... 71 10.2. Sistemas de monitorização e telegestão... 77 10.3. Gestão Energética... 78 10.4. Qualidade da água distribuída... 80 10.5. I&D e Inovação... 81 11. Objectivos de gestão...83 12. Prazos médios de Pagamento e de Recebimento...84 13. Perspectivas para o futuro...85 14. Considerações Finais...87 15. Proposta de aplicação de resultados...88 16. Factos relevantes após o termo do exercício...88 17. Anexo ao relatório Estrutura Accionista...89 Contas do exercício de 2010...92 Relatório e parecer do fiscal único e certificação legal das contas...144 Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_2 3

Se tivesse que reduzir a um número apenas, neste Relatório e Contas de 2010, a intervenção que mais vai influenciar a performance da Águas do Douro e Paiva no futuro, escolheria os 28 km de conduta de aço que ligam o Reservatório de Ramalde ao Reservatório de Rans e que efectivou a obra de Interligação das Origens Douro e Paiva. Mensagem do Presidente Se tivesse que reduzir a um número apenas, neste Relatório e Contas de 2010, a intervenção que mais vai influenciar a performance da Águas do Douro e Paiva no futuro, escolheria os 28 km de conduta de aço que ligam o Reservatório de Ramalde ao Reservatório de Rans e que efectivou a obra de Interligação das Origens Douro e Paiva. Com esta opção, beneficiamos todos os Municípios que integram a AdDP, optimizamos todo o modo de funcionamento do sistema adutor e, consequentemente, reduzimos os custos operacionais, facto que vai de encontro ao momento difícil que vive o País. Temos sido, aliás, bastante estritos na nossa gestão financeira e muito criteriosos na escolha dos investimentos. A grande questão não é saber apenas o quanto fizemos de bem este ano, mas qual o nosso posicionamento de forma a atingir a performance desejada a longo prazo. A base para o futuro reside, essencialmente, nos níveis de qualidade da água que são praticamente de 100%; na tarifa, que é a mais baixa entre as empresas nacionais congéneres; nos projectos de redução de perdas implementados pelos Clientes; e na política de redução dos custos operacionais, de forma a continuar a fornecer um produto de qualidade com uma tarifa socialmente aceitável. No que se refere ao investimento em infra-estruturas do sistema de abastecimento, a AdDP aplicou cerca de 19,8 milhões de euros em 2010, em obras de melhoria de fiabilidade e operacionalidade do sistema. No total foram adjudicadas 14 empreitadas. De destacar os investimentos na interligação dos Subsistemas de Lever/Vale do Sousa, as intervenções em Oldrões e em Lever Montante, a inauguração do abastecimento de água à freguesia de Carregosa, em Oliveira de Azeméis e o Alargamento do abastecimento aos Municípios de Amarante e Baião. Em 2010 mantivemos o volume de negócios face ao ano anterior, e encerramos o exercício económico com um resultado líquido positivo de 2,176 milhões de euros. Se tivesse que realçar apenas um facto de 2010, neste Relatório, elegeria a certificação do sistema de gestão de responsabilidade social (SA8000) integrado no actual Sistema de Gestão Integrada (SGI), que se vem juntar a outras normas que regem o modelo de gestão da AdDP. Em 2010 concluiu-se também o processo de acreditação de vários métodos analíticos físico- -químicos e microbiológicos à água efectuados no Laboratório de Processo da AdDP, situado em Lever. Foi em meados de 2010 que a AdDP começou a fornecer energia, a partir de fontes renováveis, para o serviço público, em quantidades muito satisfatórias. Deu-se seguimento ao Programa Integrado de Educação Ambiental A Água e os Nossos Rios Projecto Mil Escolas, premiado a nível nacional por diversas vezes. Em matéria de distinções, este ano a AdDP foi premiada, pelo 2º ano consecutivo, com o Grande Prémio de Excelência em Comunicação pela APCE Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa pelo seu Relatório de Sustentabilidade, tendo sido distinguida entre um universo de 198 trabalhos concorrentes, das maiores empresas de referência e prestígio nacional e internacional. Dando continuidade ao objectivo de contribuir activamente para o desenvolvimento sustentado dos serviços de abastecimento de água, a AdDP continuou a investir em acções de I&D e Inovação, sendo de estacar em 2010 a realização de um estudo de pesquisa de compostos antibióticos nas águas de origem utilizadas pela empresa para produzir água para consumo humano. No que diz respeito ao futuro, 2011 será seguramente um ano difícil para o País e para a população em geral, o que se reflectirá por certo na actividade da AdDP. Este e os próximos serão anos de contenção, a que a empresa já se ajustou, tendo implementado no último trimestre de 2010 um plano de redução de custos operacionais. Mas a estratégia da empresa continuará assente em parâmetros sólidos, de determinação, de forma a minimizar os impactos da contenção na qualidade e no serviço da empresa e procurando aumentar a produtividade e garantindo que o valor das tarifas praticadas se mantenha em níveis socialmente aceitáveis. Em termos de investimentos de expansão do sistema adutor, contamos realizar intervenções no sistema municipal de Amarante, a Estação de Tratamento de Água de Pousada, em Baião e o fornecimento de água ao Município de Ovar, através do sistema adutor principal da AdDP. José Maria Martins Soares Presidente do Conselho de Administração Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_4 5

A Empresa Em 1996 a Águas do Douro e Paiva, SA (AdDP) celebrou um Contrato de Concessão com o Estado Português, tendo ficado concessionária, até ao ano 2026, do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto. Principais Indicadores Dimensão É responsabilidade da empresa a concepção, construção e gestão do sistema de captação, tratamento e adução de água em alta a 18 Municípios Accionistas e que representam cerca de 1,7 milhões de habitantes residentes em Arouca, Castelo de Paiva, Cinfães, Espinho, Felgueiras, Gondomar, Lousada, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Ovar, Paços de Ferreira, Paredes, Porto, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Valongo e Vila Nova de Gaia. Capital próprio milhares de De acordo com o Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal, elaborado pela ERSAR, Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, em 2010 a AdDP apresentava, entre empresas congéneres no sector do abastecimento de água, o 2º maior nível de actividade em Portugal, no que diz respeito ao volume de água facturado e o 4º em termos de volume de negócios. Organograma da empresa Imobilizado bruto milhares de 21.421 22.948 22.263 22.945 2008 2009 2009 2010 POC IFRS 374.654 388.513 388.513 408.408 Activo líquido total milhares de 2008 2009 2009 2010 POC IFRS 274.505 271.728 284.090 285.704 Volume de negócios milhares de 2008 2009 2009 2010 POC IFRS 33.099 35.581 35.544 2008 2009 2010 Investimento em infra-estruturas milhares de 19.755 12.840 11.283 2008 2009 2010 Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_6 7

N.º de colaboradores Principais Indicadores Eficiência e Produtividade Extensão da rede adutora km 140 139 139 2008 2009 2010 Tarifa aprovada / m 3 0.3241 0.3400 0.3400 417 419 454 2008 2009 2010 N.º de pontos de entrega 2008 2009 2010 Água não facturada % 104 104 105 2.2 3.0 2.8 Vendas Milhões de m 3 2008 2009 2010 Eficiência energética estações elevatórias KWh / m 3 / 100m 2008 2009 2010 102 105 105 0.36 0.36 0.36 Volume de água produzida Milhões de m 3 2008 2009 2010 Recursos humanos N.º/ milhões m 3 2008 2009 2010 103 107 106 1.5 1.5 1.5 2008 2009 2010 2008 2009 2010 VAB/Trabalhador milhares de / trabalhador 150 164 156 152 2008 2009 2009 2010 POC IFRS Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_8 9

Principais Indicadores Qualidade do Serviço Principais Indicadores Rendibilidade Qualidade da água fornecida % VAB milhares de 99.90% 99.98% 99.94% 20.963 22.790 21.658 21.128 2008 2009 2010 2008 2009 2009 2010 Avarias em condutas N.º/100km/ano Meios libertos milhares de POC IFRS 1 2 2 10.428 13.043 13.043 11.185 2008 2009 2010 Resposta a reclamações escritas % EBITDA milhares de 2008 2009 2009 2010 POC IFRS 100% 100% 100% 16.436 17.906 17.325 16.722 2008 2009 2010 Prazo médio de recebimentos (PMR) dias Rendibilidade das vendas % 2008 2009 2009 2010 POC IFRS 46 39 42 2008 2009 2010 6.98% 6.89% 6.12% 0.19% Rendibilidade dos capitais próprios % 2008 2009 2009 2010 POC IFRS 11.60% 11.80% 9.78% 0.28% 2008 2009 2009 2010 POC IFRS Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_10 11

Principais Acontecimentos Matosinhos Porto Maia rio Douro Vila Nova de Gaia Lagoa Valongo Gondomar Jovim ETA de Lever ETA do Ferreira rio Sousa Paços de Ferreira Paredes rio Douro Castelo de Paiva Lousada Penafiel ETA de Castelo de Paiva Felgueiras rio Tâmega ETA do Ferro Marco de Canaveses rio Douro Cinfães Amarante ETA de Baião Baião O ano de 2010, à semelhança do que vem acontecendo desde o início da actividade da empresa, decorreu com normalidade no que se refere ao abastecimento de água aos nossos clientes, sem qualquer interrupção ao abastecimento e com níveis de qualidade da água de praticamente 100%. Tendo iniciado a actividade de abastecimento de água há mais de uma década, hoje a Águas do Douro e Paiva, SA (AdDP) encontra-se a laborar em ritmo de cruzeiro, tendo atingido um elevado nível de maturidade operacional. No que se refere à gestão da empresa, e conforme pode consultar-se no ponto 12 do presente relatório, a AdDP atingiu na maior parte dos casos os objectivos propostos para os indicadores de gestão, tendo desenvolvido durante o ano todas as actividades a que se propôs e que se resumem nos parágrafos seguintes. 2010 constitui o primeiro dos três anos 2010, 2011, 2012 nos quais vigorará o orçamento e plano de actividades plurianuais aprovado pelo Concedente em Fevereiro/10, com uma tarifa de 0,34 /m 3 a preços constantes de 2010. Esta tarifa é a mais baixa entre as empresas nacionais congéneres. em meados de 2010. De destacar os investimentos orientados para a melhoria do desempenho global do sistema adutor, nomeadamente as obras de interligação entre os Subsistemas de Lever e do Vale do Sousa, e as intervenções em Oldrões, em Lever Montante e em Carregosa, aumentando assim a fiabilidade e a operacionalidade de todo o sistema. Efectivamente, em 2010 ficou concluída a obra de Interligação das Origens Douro e Paiva, permitindo ligar os Subsistemas de Lever e Vale do Sousa, beneficiando todos os municípios que integram a AdDP. Trata-se de uma intervenção relevante, que permitirá optimizar todo o modo de funcionamento do sistema adutor da AdDP, o que se reflectirá numa redução dos custos operacionais correspondentes. Este empreendimento compreende uma conduta adutora em aço, com cerca de 28km de extensão entre o reservatório de Ramalde (origem Douro) e o reservatório de Portela de Rans (origem Paiva), bem como uma estação elevatória, localizada em Ramalde, tornando, assim, o sistema reversível. O investimento total situou- -se em cerca de 16 milhões de euros. A entrada em funcionamento desta ligação teve lugar em Dezembro/2010. Espinho St a M a da Feira Arouca rio Paiva Em termos globais foi produzido um volume total de água de cerca de 106,4 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a uma média diária de água tratada exportada de 286 mil metros cúbicos. Foi também inaugurado o abastecimento de água à freguesia de Carregosa, em Oliveira de Azeméis, num investimento de cerca de 413 mil euros. Ovar S. João da Madeira Oliveira de Azeméis Estação de Tratamento de Água (ETA) Reservatório Subsistema de Abastecimento Autónomo de Baião (a construir) Sistema de Abastecimento de Amarante (a construir) Sistema de Abastecimento da AdDP Conduta a construir Conduta Municipal Municípios Clientes Vale de Cambra O volume de água produzida diminuiu 0,2% em comparação com o ano anterior, contrariando a subida verificada em 2009, ano em que se registou um acréscimo de 3% em relação a 2008. De referir que, à excepção de 2009, nos últimos anos têm sido registados decréscimos na produção de água, mercê dos projectos de redução de perdas implementados pelos Clientes. A AdDP tem prestado apoio a estes projectos, através da disponibilização, via internet, de informação relativa a caudais e pressões nos pontos de entrega, actualizada de 30 em 30 minutos. Tendo em vista a promover a sustentabilidade e ecoeficiência que caracterizam a actividade da AdDP, foi dada continuidade à política de redução dos custos operacionais, de forma a continuar a fornecer um produto de qualidade com uma tarifa socialmente aceitável. No que se refere ao investimento em infra-estruturas do sistema abastecimento, a AdDP investiu cerca de 20 milhões de euros em 2010, em obras de melhoria de fiabilidade e operacionalidade do sistema. No total foram adjudicadas 14 empreitadas. Salienta-se que este valor do investimento foi inferior ao previsto, em resultado das medidas de contenção já decididas Dando seguimento às indicações do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, durante o ano de 2010 deu-se continuidade aos investimentos previstos relativos ao Alargamento aos Municípios de Amarante e Baião, com a execução das seguintes empreitadas: Abastecimento de Água a Amarante - Margem Direita que permitirá à AdDP fornecer a totalidade dos volumes requeridos pelas populações de Amarante, com garantia de qualidade e quantidade. Estima-se que o valor da obra atinja os 4 milhões de euros; Abastecimento de Água a Baião - Zona Poente, com um valor de obra de cerca de 3 milhões de euros, permitirá o abastecimento de água a cerca de 60% da população do Município de Baião. No âmbito deste processo de alargamento do Sistema Municipal foram contratadas as seguintes empreitadas, que serão executadas em 2011: Inversão do Sistema Municipal de Amarante, diz respeito a intervenções nas câmaras de manobras de 5 reservatórios municipais, alterando os circuitos de entrada e de saída e à instalação de conduta adutora em DN250mm. Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_12 13

Estação de Tratamento de Água de Pousada, em Baião engloba os trabalhos necessários à execução de uma nova estação de tratamento com capacidade de 1.440 m3/dia, que permitirá servir uma população estimada de 7.000 habitantes. Em 2010 a AdDP adquiriu o sistema de captação e tratamento de água do Carregal ao município de Ovar, o que permitirá que o fornecimento de água a este Município passe ser integralmente assegurado a partir do sistema adutor principal da AdDP. Em resultado desta aquisição, estima-se aumentar significativamente as vendas a este Município em 2011. O modelo de gestão da AdDP cumpre, desde 2003, com os requisitos de normas reconhecidas internacionalmente, como é o caso da ISO 9001 na área da qualidade, da ISO 14001 na área do ambiente, e da OHSAS 18001 na segurança. Em 2010 conclui-se o processo de acreditação de vários métodos analíticos físico-químicos e microbiológicos à água efectuados no Laboratório de Processo da AdDP (NP EN ISO/IEC 17025), situado em Lever. Foi também em 2010 que foi concedida à AdDP a certificação do sistema de gestão de responsabilidade social (SA8000) integrado no actual sistema de gestão integrada (SGI). No âmbito da responsabilidade social, e no sentido da promoção e garantia do bem-estar da população servida pela AdDP, bem como dos seus colaboradores, deu-se continuidade a acções já iniciadas em 2009: a oferta do Cabaz de Berço para celebrar o nascimento dos filhos dos colaboradores da AdDP; e a participação de colaboradores da AdDP nas recolhas do Banco Alimentar Contra a Fome. Resultado da preocupação da AdDP com as questões ambientais deu-se continuidade ao projecto Frota CarbonoZero, com o qual a AdDP compensou o ambiente pelas emissões gasosas da sua frota, através do sequestro de CO2 em área de nova floresta autóctone em Portugal, anulando, assim, o efeito das emissões no clima. Pelo 2º ano consecutivo, a Assembleia Geral de Accionistas constituiu um evento CarbonoZero. Sempre com o intuito da melhoria contínua dos processos e por forma a prevenir acidentes, afecções da saúde e impactes ambientais a AdDP realizou dois exercícios de acidentes simulados de incêndio nas ETA de Castelo de Paiva e de Paços de Ferreira. Com mais estes testes da prontidão da resposta a emergências foi possível preparar a revisão de todos os Planos de Controlo de Emergência com vista à aprovação pela ANPC - Autoridade Nacional de Protecção Civil das condições de auto-protecção, conforme requisitos do Decreto-Lei 220/2008 e Portaria 1532/2008. Desde meados de 2010, a AdDP fornece energia, a partir de fontes renováveis, para o serviço público, em quantidades muito satisfatórias. Estão já disponíveis painéis fotovoltaicos em 13 instalações, sendo que 11 já se encontram a produzir energia para a Rede Eléctrica Nacional e 2 estão em fase de certificação. A AdDP, mantendo a sua aposta na educação ambiental como estratégia de promoção do desenvolvimento sustentável e da melhoria da qualidade de vida das populações, deu continuidade ao Programa Integrado de Educação Ambiental A Água e os Nossos Rios Projecto Mil Escolas, nas instituições de educação e ensino da sua área de influência. Dirigido a alunos e professores do 1º e 2º ciclos do ensino básico, trata-se de um projecto inteiramente dedicado à temática da preservação da água e dos ecossistemas ribeirinhos. Dois anos depois de ter sido criado, o Portal www.aguaonline. net da AdDP, atingiu 220 mil visitas e foi distinguido no Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento com o 3º lugar na categoria de Melhor Sítio na Internet, constituindo um novo canal de comunicação do Programa Integrado de Educação Ambiental - A Água e os Nossos Rios - Projecto Mil Escolas. Este projecto nasceu em Outubro de 2008, com o objectivo de ser um portal de interesse público, de referência em Portugal nas temáticas da água, ambiente e dos programas integrados de educação ambiental. Igualmente na área da Educação Ambiental, o Centro de Educação Ambiental (CEA) provou ser um sucesso com cerca de 7.300 visitantes e 66.500 participantes em actividades e acções de educação ambiental. Localizado no Complexo de Lever e aberto em Junho de 2007, o CEA promoveu inúmeras acções tendo em vista a sensibilização dos cidadãos para as questões ambientais e o envolvimento do público mais jovem na protecção do ambiente. Tendo em vista a melhoria contínua dos seus processos e procurando contribuir activamente para o desenvolvimento sustentado dos serviços de abastecimento de água, a AdDP continuou a investir em acções de I&D e Inovação, através de parcerias com a comunidade científica da região. Nesta matéria foi realizado um estudo de pesquisa de compostos antibióticos nas águas de origem utilizadas pela empresa para produzir água para consumo humano, que se revelou de grande interesse. Dada a importância da comunicação com a comunidade em que se insere, publicou-se pela quinta vez o Relatório de Sustentabilidade, seguindo as normas da Global Reporting Initiative (GRI), verificado por auditor independente, ao qual foi atribuído o nível de aplicação A+, o mais elevado. Nesta matéria, em 2010 a AdDP foi novamente premiada com o Grande Prémio de Excelência em Comunicação pela APCE Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa pelo seu Relatório de Sustentabilidade. Tendo sido distinguida entre um universo de 198 trabalhos concorrentes, distribuídos por 20 categorias, propostos por 52 empresas de maior referência e prestígio nacional e internacional. Esta foi a 2ª vez que a AdDP foi premiada nesta categoria, uma vez que já em 2007 a empresa arrecadou este prémio. No quadro da partilha das comunicações com os Clientes e no âmbito da NETDOURO, empresa totalmente detida pela AdDP e encarregue da gestão da rede de fibra óptica, destaca- -se que no final do ano se encontravam activas 7 ligações (Castelo de Paiva, Lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira, Paredes, Associação Vale do Sousa Digital, Associação Porto Digital), permitindo o acesso a serviços de comunicações, nomeadamente Internet, de grande capacidade. Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_14 15

A GOVERNO DA SOCIEDADE

A GOVERNO DA SOCIEDADE 1. Missão, Objectivos e Políticas Missão Conceber, construir e gerir o sistema de captação, tratamento e adução de água em alta do Grande Porto Sul, garantindo aos Municípios aderentes o fornecimento das quantidades necessárias de um produto de qualidade através de processos de produção eficientes e respeitadores dos valores sociais e ambientais mais elevados. Visão Ser uma empresa de referência no sector da indústria da água e um instrumento eficaz para o desenvolvimento da região em que se insere. Política A Águas do Douro e Paiva, SA, assumindo o compromisso de contribuir activamente para o desenvolvimento sustentado dos serviços do abastecimento de água e para a concretização das metas estabelecidas para o sector, coloca o seu empenho no cumprimento das obrigações e responsabilidades sociais para com os accionistas, clientes, colaboradores, concedente, fornecedores e comunidade. Consciente do seu papel como instrumento de desenvolvimento da região em que se insere, a empresa assume ainda a promoção da protecção do meio ambiente e a sua valorização junto da comunidade. Neste contexto, a AdDP aplica uma estratégia de negócio assente nos seguintes princípios: Satisfação do Cliente Manter a satisfação do cliente, antecipando e correspondendo às suas necessidades e expectativas, e estabelecer parcerias, com vista à melhoria do serviço prestado aos consumidores; Motivação dos Colaboradores Promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos Colaboradores, através da adequação de competências, sensibilização, formação e melhoria das condições de trabalho, fomentando o seu envolvimento, responsabilidade individual e criatividade; Gestão Responsável dos Processos Assegurar a optimização dos processos procurando garantir a qualidade e segurança do produto, a continuidade do fornecimento, o uso eficiente e sustentável dos recursos, a minimização dos impactes ambientais e riscos de segurança, bem como a prevenção da poluição, dos acidentes graves com substâncias perigosas utilizadas, das lesões, dos ferimentos e dos danos para a saúde dos colaboradores, ou outros que trabalhem em nome ou ao serviço da AdDP, e da comunidade envolvente; Respeitar integralmente todos os requisitos da legislação aplicável, das normas ISO9001, NP4397/OH- SAS18001, ISO14001, NP EN ISO/IEC 17025 e SA8000, e outros que a AdDP subscreva; Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_18 19

Melhoria Contínua e Inovação Apostar na aprendizagem permanente e no aprofundamento do conhecimento, como forma de assegurar a investigação, o desenvolvimento e a inovação imprescindíveis à melhoria contínua do Sistema de Gestão Integrada da AdDP; Comunicação de Desempenho Adoptar uma postura de transparência partilhando, com as partes interessadas, a política empresarial, os objectivos estabelecidos e o desempenho atingido nas diferentes vertentes do desenvolvimento sustentável: económica, social e ambiental. Objectivos estratégicos Considerando, quer a Missão e a Política Empresarial, quer a Visão apresentadas, assim como as orientações corporativas do Grupo AdP, a AdDP prosseguirá a sua função estruturante no sector do ambiente, contribuindo para a gestão dos recursos disponíveis na região. Assume-se como princípio incontornável a criação de condições para a cobertura integral dos custos do serviço, como forma de garantir a sustentabilidade do sector enquanto obrigação imperiosa perante as gerações futuras, pelo que se pretende optimizar a gestão e a eco-eficiência, numa perspectiva de racionalização dos custos. Assim, a AdDP, consciente das suas responsabilidades no cumprimento das metas nacionais e comunitárias estabelecidas pelo Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR), prosseguirá com a sua missão de conceber, construir e gerir as infra-estruturas do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de água à Área Sul do Grande Porto, visando: - Assegurar a sustentabilidade económica e financeira do Sistema Multimunicipal - Contribuir para a prossecução das políticas públicas e objectivos nacionais do domínio do ambiente - Desenvolver a cultura de grupo na empresa concessionária do Sistema Multimunicipal 2. Regulamentos Internos e Externos De acordo com os compromissos patentes nas suas política, missão e visão, a AdDP tem implementado um Sistema de Gestão Integrada (SGI) de acordo com os seguintes referenciais: Referencial Cumprimento dos requisitos ISO 9001 Gestão da Qualidade Certificado desde 2003 ISO 14001 Gestão Ambiental Certificado desde 2003 OHSAS 18001 / NP 4397 Gestão da Segurança Certificado desde 2003 SA8000 Responsabilidade Social Certificado desde 2010 NP EN ISO/IEC 17025 Competência para laboratórios de ensaio Acreditação desde 2010 Na óptica da segurança da água, desde 2006 a AdDP tem implementado um Plano de Segurança da Água, segundo as orientações da Organização Mundial de Saúde, como forma de mais eficazmente garantir um abastecimento seguro de água para consumo humano, aplicando uma metodologia de gestão de risco desde a captação ao consumidor final. Para manter a conformidade deste sistema de gestão e identificar áreas de melhoria, em termos de eficácia e eficiência, a AdDP mantém um Programa Anual de Auditorias, internas e externas realizadas por entidades independentes. Anualmente, é ainda realizada uma revisão ao sistema de gestão, onde se analisa o desempenho dos vários processos e se estabelecem novos objectivos e metas. De modo a garantir o cumprimento dos diversos requisitos e assegurar que o planeamento, operação, controlo e melhoria contínua são eficazes, o sistema de gestão integrada encontra-se documentado num conjunto de políticas, manuais, procedimentos e regulamentos. De notar que os regulamentos externos (legislação aplicável, normas, recomendações do sector, orientações do Grupo AdP, entre outros) necessários ao planeamento e operação do SGI são convertidos em documentos internos do SGI. A título de exemplo, na figura seguinte referem-se alguns dos mais importantes documentos do SGI: Visão Missão Procedimentos Política Código de Conduta PRO 4910 Planeamento e Controlo do Sistema de Produção PRO 0801 Gestão da Manutenção e Calibrações PRO 0910 Manual de Contratação de Empreitadas e de Aquisição de Bens e Serviços PRO 1001 Gestão de Empreendimentos PRO 0331 Gestão de Projectos de I&D PRO 0321 Análise de Aspectos e Riscos Ambientais e Segurança PSA 0301 Gestão do Plano de Segurança da Água PRO 1511 Auditorias ao Sistema de Gestão Integrada Especificações Mapa da Estratégia Sistema Gestão Integrada ETC 0101 Manual de Funções ETC 1129 Entidades Externas Regras em Trabalhos de Construção e Manutenção ETC 1701 Mapa Operacional de Resíduos ETC 1321 Regulamento dos Horários de Trabalho Manual de Gestão e Organização Manual de Gestão dos Laboratórios de Processo Instruções de Trabalho ITR 0508 Lavagem e desinfecção de Reservatórios e Condutas ITR 1120 Programa de Controlo de Fontes de Energia ITR 1161 Programa de Controlo de Entrada em Espaços Confinados ITR 1190 Manual de Ambiente e Segurança do Laboratório Planos de Controlo POPER 0401 Plano de Controlo de Operação da ETA de Lever PCEL 1100 Plano de Controlo de Emergência Geral PGRC Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas Sistema de Gestão Integrada Principais documentos Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_20 21

3. Informação sobre Transacções Relevantes Procedimentos adoptados em matéria de aquisição de bens e serviços A empresa, durante o ano de 2010, aplicou os procedimentos decorrentes da legislação em vigor sobre a matéria. Universo das transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado Não aplicável. Lista de fornecedores que representam mais de 5% dos Fornecimentos e Serviços Externos Ao nível dos Fornecimentos e Serviços Externos, apresenta-se de seguida a lista dos fornecedores que representam mais de um milhão de euros (sem IVA) durante o ano de 2010 ou mais de 5% do universo dos FSE s da empresa. Fornecedor Valor Com IVA Sem IVA % FSET EDP 4.791.630 4.541.829 34,31 Union Fenosa 1.033.535 979.654 7,40 Siemens 860.441 714.059 5,39 No quadro seguinte listam-se os fornecedores de imobilizado que, no ano em análise, representaram mais de um milhão de euros (sem IVA), bem como a respectiva percentagem comparativamente ao volume total de investimento da empresa no ano de 2010. Fornecedor Valor Com IVA Sem IVA % Inv Total Socopul 2.378.100 2.378.100 12,35 Conduril 6.759.934 6.759.934 35,11 Manuel Francisco de Almeida 1.216.623 1.216.623 3,32 Camilo de Sousa Mota 6.932.534 6.932.534 36,01 3.1. Informação sobre contratos de Prestação de Serviços Em matéria de contratação pública, cumpre assinalar que na actividade desenvolvida pela Águas do Douro e Paiva, SA foi implementada a orientação vertida no Despacho nº 438/10 - SETF, de 10 de Maio de 2010, transmitida pelo Conselho de Administração da AdDP, em cumprimento do estabelecido no Ofício Circular nº 6132, da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, de 6 de Agosto de 2010, que determina que nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a 125.000 (cento e vinte e cinco mil euros) devem ser cumpridas as seguintes formalidades: - A adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como da explicitação dos objectivos que se pretende alcançar; - Os resultados obtidos sejam objecto de avaliação; - Os desvios quanto à realização temporal e financeira sejam justificados. Para além do exposto, nos procedimentos desenvolvidos no ano de 2010 para a formação de contratos abrangidos pelo Código dos Contratos Públicos pela AdDP foram observadas as normas de contratação pública consagradas no Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro, com a redacção conferida pela Lei nº 59/2008, de 11 de Setembro, pelo Decreto-Lei nº 278/2009, de 2 de Outubro e pela Lei nº 3/2010, de 27 de Abril. Em cumprimento do disposto no artigo 472.º, nº 2, do Código dos Contratos Públicos, até 31 de Março de 2011 será submetido à Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E., o reporte estatístico relativo aos contratos de aquisição e locação de bens e de aquisição de serviços abrangidos pelo Código dos Contratos Públicos celebrados pela AdDP no ano de 2010. 4. Modelo de Governo O modelo de governo da AdDP tem como enquadramento os Estatutos da Sociedade, aprovados pelo Decreto-Lei nº 116/95 de 29 de Maio, o Estatuto do Gestor Público (EGP), aprovado pelo Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de Março, e os Princípios de Bom Governo (PBG) das empresas do Estado, estabelecidos pela Resolução do Conselho de Ministros (RCM) nº 49/2007, de 28 de Março, bem como o Código das Sociedades Comerciais. Não persistem dúvidas, nos dias de hoje, sobre a importância de as empresas serem geridas por práticas correctas e transparentes, devendo para tal ser instituídos mecanismos de tomada de decisão, de divulgação de informação e de fiscalização dessas decisões adequados e conducentes a uma utilização eficiente dos recursos disponíveis. Com o actual modelo de governo societário pretende, também, contribuir-se para a difusão das boas práticas, procurando atingir elevados níveis de desempenho, conjuntamente com a adopção de estratégias concertadas de sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental. Assim, os órgãos de administração e de fiscalização do actual modelo de governo estão ajustados à dimensão e à complexidade da empresa, tendo em vista a necessidade de assegurar eficácia no processo de tomada de decisões e de garantir uma efectiva capacidade de supervisão. Essa estrutura social inclui os seguintes órgãos: - Assembleia Geral - Conselho de Administração - Fiscal Único 4.1. Órgãos Sociais Os Órgãos Sociais, eleitos para o Triénio 2010/2012 em Assembleia Geral de Accionistas realizada no dia 10 de Março de 2010, apresentam a seguinte composição: Mesa da Assembleia Geral Presidente Arménio da Assunção Pereira Vice-Presidente Carlos Jorge Teixeira Secretário Paulo Manuel Marques Fernandes Conselho de Administração Presidente José Maria Martins Soares Vogal José Paulo Mendonça Silva Carvalho Vogal Joaquim Sérgio Hora Lopes Vogal Orlando de Barros Gaspar Vogal António Gonçalves Bragança Fernandes Fiscal Único Efectivo Representado por Suplente Ernst & Young, Audit & Associados, SROC, SA Rui Abel Serra Martins João Carlos Miguel Alves Comissão de Vencimentos Presidente Pedro Eduardo Passos Cunha Serra Vogal Jorge Manuel Fernandes Malheiro de Magalhães Vogal Paulo Jorge Pinto da Silva Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_22 23

Conselho de Administração A estrutura de governação da AdDP está de acordo com o Código das Sociedades Comerciais e os estatutos da empresa, aprovados em diploma legal de 29 de Maio de 1995 (Decreto-Lei nº 116/95). Nos termos do nº 1 do artigo 18º dos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração é composto por três ou cinco membros, sendo um Presidente e os restantes Vogais. O Conselho de Administração é eleito pela Assembleia Geral que designa, também, o seu Presidente de entre os Administradores eleitos. O Conselho de Administração, eleito para o triénio 2010/2012 na Assembleia Geral de 10 de Março de 2010, é composto por cinco membros. Ao Conselho de Administração compete deliberar, nos termos do Código das Sociedades Comerciais, sobre qualquer assunto da administração da sociedade reunindo este órgão mensalmente. A Comissão Executiva detém a competência que lhe foi delegada pelo Conselho de Administração e é igualmente presidida pelo Eng. José Maria Martins Soares. Fiscalização Nos termos legais, a fiscalização da gestão da sociedade é assegurada por um Fiscal Único, que é simultaneamente Revisor Oficial de Contas. Assembleia Geral Tendo em conta o estipulado no nº 1 do artigo 14º dos Estatutos da Sociedade, a Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. A Assembleia Geral é convocada e dirigida pelo Presidente da Mesa ou, na sua ausência ou impedimento, pelo Vice-Presidente. Todos os membros são eleitos por um período de três anos, em Assembleia Geral. Auditor Externo Ernst & Young, Audit & Associados, SROC, SA Curricula Vitae dos Administradores José Maria Martins Soares Nasceu em Moçambique a 15 de Novembro de 1960 Habilitações Académicas Licenciatura e Mestrado em Engenharia Metalomecânica pela Universidade do Minho Conselho de Administração Comissão Executiva O Conselho de Administração deliberou, por unanimidade, a criação de uma Comissão Executiva com vista à execução da gestão corrente da sociedade nos termos dos nºs 3 e 4, do artigo 407º do Código das Sociedades Comerciais e do artigo 20º dos Estatutos anexos ao Decreto-Lei nº 116/95, de 29 de Maio, constituída pelos seguintes membros do Conselho de Administração: Constituição actual da Comissão Executiva: José Maria Martins Soares José Paulo Mendonça da Silva Carvalho Joaquim Sérgio Hora Lopes Carreira Profissional Monitor, Assistente Estagiário e Assistente do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho da Universidade do Minho, de Outubro de 1984 a Setembro de 1997. Assessor da Associação de Municípios do Vale do Ave para a Estação de Tratamentos de Resíduos Sólidos Urbanos do Vale do Ave, de Junho de 1995 a Setembro de 1997. Administrador Delegado da Associação de Municípios do Vale do Ave, de Outubro de 1997 a Maio de 2002. Administrador Delegado da Águas do Ave, SA, de Maio de 2002 a Maio de 2005. Administrador da Trofáguas, Serviço Ambientais EM, empresa municipal responsável pelo abastecimento de água, saneamento e resíduos do Município da Trofa, de Dezembro de 2002 a Junho de 2005. Administrador do Avepark Parque de Ciência e Tecnologia, SA, de Maio de 2004 a Junho de 2005, Coordenador do Grupo de Trabalho responsável pela definição da Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-pecuários e Agro-industriais. Presidente do conselho de Administração da Águas do Cávado, SA, Águas do Minho e Lima e Águas do Ave, SA, até 4 de Junho de 2010. Funções Actuais É Vogal do Conselho de Administração da AdP Águas de Portugal, SGPS, SA e preside aos Conselhos de Administração das empresas Águas do Douro e Paiva, SA, NetDouro, SA, Águas do Noroeste, SA e da SIMDOURO, SA. Coordena a UNA-PD (Unidade de Água Produção e Depuração) onde se integram as 19 empresas gestoras dos Sistemas Multimunicipais e das parcerias públicas Estado Autarquias de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais e a Área de Sustentabilidade e Responsabilidade Empresarial do Grupo Águas de Portugal. Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_24 25

José Paulo Mendonça da Silva Carvalho Nasceu no Porto a 30 de Janeiro de 1954 Habilitações Académicas Licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa em Outubro de 1977, com curso de pós-licenciatura sobre Mercados e Comercialização Agrícola pelo Centro de Estudos de Economia Agrária do Instituto Gulbenkian de Ciência (1979). Carreira Profissional Iniciou a carreira profissional, em 1979, em Lisboa, na Divisão de Integração Europeia do Ministério da Agricultura onde, até 1986, teve responsabilidades activas no processo de negociação para a adesão à Comunidade Económica Europeia e de assessoria directa nesta área ao respectivo Ministro. Entre 1981 e 1984, integrou o grupo de Assessoria ao M.A.P., Policy and Economics Studies Team do Projecto Procalfer, tendo trabalhado no Department of Agriculture Economics da Universidade de Arizona, Tucson, e no Food Research Institute da Universidade de Standford, S. Francisco, tendo publicado um trabalho na revista Economic Development and Cultural Change da Universidade de Chicago. Em Janeiro de 1986 foi nomeado Conselheiro Principal da Representação Permanente de Portugal em Bruxelas, onde exerceu os cargos de Conselheiro Agrícola (1986/90), Conselheiro para as Relações Externas, Cooperação e Desenvolvimento (1991/92) e Conselheiro para o Ambiente (1993/96). Nestas áreas exerceu uma actividade de coordenação nas posições dos diferentes Ministérios e de auscultação dos interesses privados para construção da posição Nacional e posterior defesa e negociação da mesma junto dos parceiros comunitários. Integrou, neste período, as Delegações Nacionais aos Conselhos de Ministros Europeus das respectivas áreas. De Setembro de 1996 a Março de 2002 assume, pelo Grupo Águas de Portugal, o cargo de Administrador executivo na empresa Águas do Douro e Paiva, SA e de Administrador não executivo na Águas do Cávado, SA. Em Março de 2002 é nomeado Administrador das empresas do Grupo Águas de Portugal no Brasil, Prolagos (Director Vice-Presidente) e Águas do Brasil. Funções actuais Desde Setembro de 2004 exerce a função de Administrador Executivo na Águas do Douro e Paiva, SA. Desde Janeiro de 2010 exerce idêntica função na SIMDOURO, SA. Joaquim Sérgio Hora Lopes Nasceu em Matosinhos a 10 de Outubro de 1951 Habilitações Académicas Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1975) Carreira Profissional Desde 1974 tem exercido actividades docentes em diversas escolas do ensino superior, nomeadamente na Faculdade de Economia do Porto, no ISSSP e no ISAG. Desde 1997 tem leccionado disciplinas em cursos de licenciatura, nas áreas da economia e gestão, do ambiente e da sustentabilidade, na Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica Portuguesa e da EGE - Escola de Gestão Empresarial, onde concebeu e dirigiu a Pós-graduação Gestão das Organizações e Desenvolvimento Sustentável. Entre 1982 e 1996 exerceu funções nos SMAS de Matosinhos onde exerceu, entre 1994 e 1996, o cargo de Director-Delegado. Entre Abril de 1996/98 exerceu o cargo de Gestor do Programa Operacional do Ambiente e Interlocutor Sectorial do Ambiente para o Fundo de Coesão. Desde 1998 tem exercido funções como administrador de várias empresas do grupo Águas de Portugal: Águas do Douro e Paiva, Águas do Cávado, Águas do Mondego, Águas do Zêzere e Côa, SIMLIS, SIMRIA e Águas da Região de Aveiro. Funções Actuais Desde Março 2010 exerce a função de Administrador Executivo na Águas do Douro e Paiva, SA e na NETDOURO Gestão de Infra-Estruturas e Telecomunicações, SA. Outros Publicou vários trabalhos em revistas da especialidade sobre planeamento, integração europeia e fundos comunitários, economia do ambiente e da água bem como sobre a governação dos Serviços de Interesse Geral e Gestão de empresas da indústria da água. Colaborou nas seguintes publicações: - Abastecimento de Água em Portugal O Mercado e os Preços da Comissão Especializada de Legislação e Economia da APDA, Edição da APDA, Lisboa, 2004; - Lo público y lo Privado en la Gestión del Agua Ediciones del Oriente y del Mediterráneo, Junio de 2005, Madrid; - Água e Saneamento em Portugal O Mercado e os Preços da Comissão Especializada de Legislação e Economia da APDA, Lisboa, 2006; - Água e Saneamento em Portugal O Mercado e os Preços da Comissão Especializada de Legislação e Economia da APDA, Edição da APDA, Lisboa 2008. É Presidente do Conselho Fiscal e membro da Comissão de Legislação e Economia da APDA. Orlando de Barros Gaspar Natural de S. Mamede de Ribatua, Alijó 9 de Janeiro de 1932 Habilitações Académicas Diplomado em Engenharia Civil e Minas Carreira Profissional Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos do Ministério da Economia, entre Maio de 1954 a Outubro de 1965 CAVEL (empresa privada), entre Novembro 1965 e 28 de Junho de 1966 Serviços Municipalizados da Câmara Municipal do Porto como Inspector, entre 28 Junho 1966 e Agosto de 1992 Funções Actuais Vogal do Conselho de Administração da empresa Águas Douro e Paiva, SA, desde 1995, tendo sido Membro da Comissão Instaladora da empresa Outras funções/actividades já exercidas - Presidente da Assembleia Municipal de Alijó - Mandato de 1977 a 1979 (1º Mandato para a Autarquia) Assessor do Governador Civil de Vila Real, Camilo Botelho no ano de 1977 Vereador da Câmara Municipal de Alijó - Mandato de 1983 a 1985 Vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia - Mandato de 1986 a 1989 e Administrador dos SMAS de Gaia Vereador da Câmara Municipal do Porto, com o Pelouro do Ambiente - Mandato de 1990 a 2001 e Vice-Presidente Vogal do Conselho de Administração dos SMAS - Porto - Mandato de 1990 até 1992 Presidente do Conselho de Administração dos SMAS - Porto - Mandato de 1992 até 2001 Vogal do Conselho de Administração da Lipor - com início em 1990 até 2001 Vereador na oposição da Câmara Municipal do Porto - Mandato de 2002 a 2005 Foi Membro da Comissão Directiva da Associação para o Desenvolvimento Regional (ADR), sócio fundador e Vice-Presidente da Assembleia Geral Outros Publicação de um ensaio sobre Animação Cultural e Desenvolvimento Comunitário - Nov. 1976 Trabalhos publicados para a área do Saneamento Básico (Manual de Saneamento da Cidade do Porto 1970. 2ª Edição Maio de 1983) Livro Um Porto Socialista, Porto Dez.2003 Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_26 27

António Gonçalves Bragança Fernandes Natural de Águas Santas, Maia 9 de Setembro de 1948 Habilitações Académicas Curso de Engenharia Civil, Cardiff, País de Gales Membro do Institution of Civil Engineers M.I.C.E. Membro do Institution of Incorporated Engineers M.I.H.I.E. Fellow do Institution of Highways and Transportation F.I.H.T. Carreira Profissional Companhia Sir Robert McAlpine & Son, Ltd País de Gales, em Cardiff (1972); firma Sir Alfred McAlpine, Ltd. (1974 1983); Nomeado Administrador da Firma Costa Lima, Lda., subsidiária em Portugal da Sir Alfred McAlpine & Son, Ltd, em 1983; Responsável pelo Pelouro das Obras Municipais, Trânsito e Transportes (1989); Administrador dos Serviços Municipalizados da Maia e, substituto do Presidente da Câmara, na Administração da Metro do Porto, bem como membro da Assembleia Intermunicipal da Lipor; Director do F. C. Porto durante 6 anos; Eleito Vereador para os mandatos de 1994 a 2005 tendo sido Vice-Presidente da Câmara Municipal até ao falecimento do Dr. José Vieira de Carvalho em 2002, data em que foi eleito Presidente; Foi Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Metro do Porto; Foi Administrador da Águas do Cávado, dos SMAS da Maia, da Municípia e da Portgás; Foi Conselheiro Nacional do PSD, Membro da Mesa da Assembleia Distrital do Porto do PSD e Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD da Maia durante 2 mandatos. Funções Actuais Presidente da Câmara Municipal da Maia; Presidente do Conselho de Administração dos SMAS da Maia; Presidente do Conselho de Administração do Tecmaia Parque da Ciência e Tecnologia da Maia; Presidente do Conselho de Fundadores da Fundação do Desporto; Administrador não Executivo da Águas do Douro e Paiva; Administrador não Executivo da Águas do Noroeste; Administrador não Executivo da NETDOURO - Gestão de Infra-Estruturas e Telecomunicações, SA; Presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia da Maia e de diversas Colectividades dos Concelho; Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Distrital do Porto do PSD; Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD. 4.2. Estrutura Organizacional A estrutura organizacional actual da empresa está representada no organograma apresentado na página 5. As funções das várias Direcções e Áreas de Apoio são as seguintes: Direcção Administrativa e Financeira Garantir o funcionamento global das funções financeiras e administrativas e assegurar o apoio à Administração da Empresa, em matérias de gestão económica e financeira e controlo da política de recursos humanos. Direcção de Distribuição Assegurar a gestão do processo de distribuição de água tratada ao cliente, de acordo com os requisitos de qualidade e quantidade. Direcção de Produção Assegurar a gestão dos processos de captação e tratamento, de forma a garantir a entrega de água, em quantidade e qualidade, à Distribuição. Direcção de Engenharia Assegurar e controlar a concepção e a execução das infra-estruturas do sistema necessárias para a remodelação ou ampliação do sistema. Direcção de Suporte Operacional Assegurar a gestão da manutenção e dos aprovisionamentos da empresa. Área de Apoio de Responsabilidade Empresarial Assegurar o cumprimento dos procedimentos internos, realizar processo de investigação e desenvolvimento e promover a melhoria contínua dos processos operacionais da empresa assim como assegurar a implementação de sistemas da qualidade, do ambiente, da segurança e de responsabilidade social de acordo com as respectivas normas internacionais. Área de Apoio de Qualidade da Água Assegurar o controlo da qualidade do produto entregue, de acordo com os requisitos legais, do processo de distribuição, do cliente e normativos aplicáveis, bem como assegurar a implementação do Plano de Segurança da Água. Área de Apoio de Comunicação e Imagem Assegurar a coordenação e implementação da Política de Comunicação da empresa, dinamizando os fluxos de informação com os diversos públicos, contribuindo para a melhoria da Imagem da empresa e para a disseminação dos seus valores. Área de Apoio de Tecnologias de Informação e Comunicações Definir e implementar a estratégia global de sistemas de informação, assegurando informação integrada, fidedigna e atempada a todos os níveis de decisão. Área de Apoio de Assessoria Jurídica Assegurar a assessoria ao Conselho de Administração e o acompanhamento jurídico à empresa. Área de Apoio de Planeamento e Controlo Empresarial Controlar a actividade empresarial e gestão da informação. Coordenar e elaborar os documentos de planeamento estratégico empresarial. Área de Apoio de Centro de Educação Ambiental Assegurar a Implementação do Programa de Educação Ambiental e a gestão do Centro de Educação Ambiental. 4.2.1. Funcionamento / Organização As instalações da empresa são operadas integralmente por colaboradores da AdDP, incluindo a manutenção de primeiro nível. A manutenção especializada é executada por entidades externas, contratadas e supervisionadas por uma equipa da AdDP. Todas as análises da qualidade da água tratada distribuída aos clientes são realizadas externamente. No que respeita às análises de água bruta, de processo e à saída das ETA, algumas são realizadas externamente e outras no Laboratório de Processo da AdDP. São também externalizados os serviços de recolha e encaminhamento para destino final de resíduos, os serviços de projecto, assim como a construção dos empreendimentos que a empresa promove. 4.2.2. Relações com as Partes Interessadas A AdDP, consciente da importância do diálogo com as partes interessadas, estruturou vários processos na área da comunicação, para além dos já previstos na legislação, com o objectivo de estabelecer uma relação de transparência e confiança com o universo de stakeholders, nomeadamente, accionistas, clientes, colaboradores, comunidade, Concedente (Estado Português), empresas do Grupo Águas de Portugal, entidades reguladoras e fiscalizadoras, financiadores e fornecedores. A AdDP cumpre todas as obrigações legais e estatutárias em matéria de divulgação de informação, tendo criado diversos mecanismos de comunicação com os stakeholders, entre os quais se destacam: os inquéritos de satisfação e as reuniões periódicas com os Clientes, o sistema de tratamento e resposta a pedidos de informação e reclamações, as acções de comunicação e educação ambiental, incluindo a visita de instituições de ensino às instalações da empresa e o boletim periódico que publica. Através do sítio da empresa na Internet www.addp.pt é possível consultar informação sobre a actividade e o desempenho da Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_28 29

AdDP, informação ambiental e diversas publicações da empresa. É também possível consultar informação, actualizada de meia em meia hora, sobre os consumos e pressões em cada ponto de entrega da AdDP para cada um dos Municípios. Em 2010 este sítio da Internet recebeu 93.750 visitas. Em funcionamento desde Outubro de 2008, o Portal da Água na internet (www.aguaonline.net) assume-se como um endereço de referência no que respeita às temáticas da Água, Ambiente e Programas de Educação Ambiental. Em finais de 2010 atingiu os 220 mil visitantes. - Em Outubro decorreu na Fundação Cupertino Miranda, no Porto, o 14.º Encontro Nacional de Saneamento Básico (ENaSB)/14.º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (SILUBESA). O evento teve como tema principal Adaptação e sustentabilidade de serviços de abastecimento de água e de águas residuais e como temas secundários: o abastecimento de água; águas residuais e pluviais; resíduos urbanos e sistemas de informação, qualidade de serviço, desempenho e certificação, que serão debatidos por conceituados especialistas da área. A AdDP associou-se como patrocinadora e organizadora deste evento, tendo sido apresentados 3 comunicações e um painel da autoria de colaboradores da AdDP. Depois de ter estado presente em 14 municípios accionistas através de uma campanha de meios, em 2010 a Campanha de Sensibilização da Água da Torneira para Consumo Humano continuou a constituir o pano de fundo para uma série de acções realizadas pela AdDP. Estas acções contribuíram para mobilizar parceiros, instituições e municípios accionistas, o que se revelou de grande importância, atendendo à estratégia de promoção implementada pela empresa. O facto de a AdDP ser hoje uma empresa reconhecida pela generalidade dos cidadãos da região que abastece, contribui para que seja convidada a colaborar em acções externas, organizadas por diferentes entidades, através de presença efectiva em exposições e seminários ou da concessão de patrocínios. Em 2010 são, assim, de salientar as seguintes actividades: - Em Março, um Grupo de colaboradores da AdDP participou em acções da iniciativa Limpar Portugal. Estes voluntários associaram-se ao grupo de Gondomar e intervieram nas lixeiras existentes na freguesia de Medas, concelho de Gondomar. Inspirada num projecto desenvolvido na Estónia em 2008, o Limpar Portugal foi lançado com o objectivo de reunir num só dia 100.000 voluntários para recolher o lixo de florestas e zonas verdes de todo o País. - Em Abril cerca de 1.400 atletas participaram no II Grande Prémio de Atletismo promovido pelo Clube de Pessoal da Águas de Gaia, tendo percorrido 10 km de extensão, ligando várias artérias da cidade de Vila Nova de Gaia. A AdDP associou-se a este evento desportivo, através da promoção do consumo de água da torneira realizada por vários aguadeiros que saciaram a sede aos 1.400 atletas e restantes espectadores e sensibilizaram o público para esta prática. - Em Agosto a AdDP patrocinou a II edição do concerto Sons da Água, iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Arouca, ADRIMAG e Casa do Povo de Sta. Cruz de Alvarenga que decorreu no verão, num palco montado sobre o rio Paiva, no lugar de Paradinha, Alvarenga, protagonizado pela Orquestra de Câmara de Lisboa, dirigida pelo Maestro António Costa, com a participação especial do tenor Carlos Guilherme. A AdDP aproveitou a iniciativa, para uma vez mais, promover o consumo de água da torneira, enquanto produto de excelência pela qualidade, através de aguadeiros que distribuíram água da torneira e ofereceram brindes alusivos a mais de um milhar de espectadores. - A AdDP participou na 3ª edição do GreenFest que decorreu entre os dias 10 e 17 de Setembro no Centro de Congressos do Estoril, com uma comunicação sobre a promoção da água da torneira. O GreenFest é considerado o maior evento de sustentabilidade do País e, em 2010, contou com cerca de 20 mil visitantes. A participação da AdDP neste evento teve por objectivo promover a discussão e sensibilizar paras as questões da ecologia, da justiça social e do desenvolvimento sustentável, através da apresentação da Campanha de Sensibilização para o consumo de Água da Torneira. - Realizaram-se diversas actividades no Dia Mundial da Água e do Ambiente no Centro Comercial Dolce Vita Porto, que se tornou o palco destas iniciativas em Março e Junho, respectivamente. Acções de Educação Ambiental realizadas com por uma técnica do CEA e acções de sensibilização no âmbito da campanha de sensibilização para o consumo de água da torneira levaram a mensagem a mais de 20.000 visitantes do Centro Comercial. Estas acções estenderam-se ainda a cerca de 800 alunos das Escolas Secundária Infante D. Henrique, no Porto, EB2/3 de Baguim do Monte, EB 2/3 Castêlo da Maia e Escola 2/3 da Torrinha. Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_30 31

5. Remunerações e Outros Encargos Nos termos do nº 4 do artigo 18º dos Estatutos da Sociedade, é à Assembleia Geral que compete, especialmente, deliberar sobre as remunerações dos membros dos Órgãos Sociais, podendo, para o efeito, designar uma Comissão de Vencimentos. Na Assembleia Geral de 10 de Março de 2010 foi eleita a Comissão de Vencimentos composta por um Presidente e dois Vogais. Esta Comissão de Vencimentos reuniu a 1 de Setembro de 2010, tendo fixado as remunerações dos Órgão Sociais nomeados para o triénio 2010/2012. A atribuição da componente variável, no que se refere aos anos de 2010 e 2011, está sujeita à aplicação do Despacho nº 5696- A/2010 do Senhor Ministro de Estado e Finanças, bem como a legislação e orientações posteriores a que esteja obrigado o Sector Empresarial do Estado. Por conseguinte, em 2010 foi suspenso o pagamento da componente variável da remuneração dos Administradores Executivos. De acordo com a Lei nº 12-A/2010, a partir de 1 de Junho de 2010 a remuneração fixa mensal ilíquida dos Administradores, Executivos e Não Executivos, foi reduzida a título excepcional em 5%. O montante total de remunerações e custos suportados com os membros do órgão de administração da Sociedade, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, foi o seguinte: Mandato 2007/2009 Mandato [2007-2009] Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice- Presidente Secretário Paulo Ramalheira Teixeira Carlos Jorge Teixeira Paulo Manuel Marques Fernandes (1) 2010 2010 1.1. Senhas de presença 591 443 295 Mandato [2007-2009] Conselho de Administração Presidente Vogal executivo Vogal executivo Vogal não executivo José Maria Martins Soares (1) José Paulo Silva Carvalho Arménio da Assunção Pereira (2) Orlando de Barros Gaspar Vogal não executivo António Gonçalves Bragança Fernandes (3) 2010 2010 2010 2010 2010 1. Remuneração 1.1. Remuneração fixa 18.375 16.807-1.600 2.324 1.2. Redução por aplicação da Lei nº 12-A/2010, de 30 de Junho 0 0-0 0 1.3. Remuneração fixa efectiva (1.1. - 1.2.) 18.375 16.807-1.600 2.324 1.4. Senhas de presença 0 0-0 0 1.5. Acumulação de funções de gestão 0 0-0 0 1.6. Remuneração variável (Prémios de gestão) 0 0-0 0 1.7. IHT (Isenção de horário de trabalho) 0 0-0 0 2. Outras regalias e compensações 2.1. Gastos na utilização de telefones - 174 85 - - 2.2. Subsídio de deslocação 0 0-0 0 2.3. Subsídio de refeição - 289 - - - 2.4. Outros 0 0-0 0 3. Encargos com benefícios sociais 3.1. Regime convencionado - 3.571-215 356 3.2. Regime convencionado 3.2.1. Segurança Social (s/n) - S S S S 3.2.2. Outro (s/n) - - - - - 3.3. Seguro de Saúde - 196 309 - - 3.4. Seguro de Vida - 411 617 - - 3.5. Outros - - - - - 4. Viatura de serviço 4.1. Marca da viatura de serviço - Mercedes Volkswagen - - 4.2. Modelo da viatura de serviço - C 180 Passat - - 4.3. Matrícula da viatura de serviço - 93-70-Z J 00-FA-01 - - 4.4. Valor da viatura de serviço 4.4.1. Valor de PVP da viatura em regime de AOV - - 38.188 - - 4.4.2. Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço - 35.000 - - - 4.5. Valor suportado das rendas da viatura de serviço - - 1,135 - - 4.6. Nº de prestações contratualizadas/liquidadas no período - - 36/2 - - 4.7. Ano de matrícula da viatura de serviço - 2005 2007 - - 4.8. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço - 795 716 - - 4.9. Tributação, em IRS, da viatura de serviço (S/N) - S S - - 5. Informações Adicionais 5.1. Opção pelo vencimento de origem (s/n) - N - - - 5.2. Exercício de funções remuneradas fora grupo (s/n) - N - N S 5.3. Outras - - - - - Un Mandato [2007-2009] Fiscal Único PriceWaterHouse Coopers 2010 0 (1) - Valores facturados pela Águas de Portugal, SGPS, SA (2) - No caso do administrador Arménio Pereira não foi liquidado, no exercício de 2010, qualquer valor relativo a remunerações, uma vez que se encontra aposentado (3) - Valor referente a 2009 Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_32 33

Mandato 2010/2012 Mandato [2007-2009] Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice- Presidente Secretário Arménio Pereira Carlos Jorge Teixeira 2010 2010 Paulo Manuel Marques Fernandes (1) 1.1. Senhas de presença - - - 1. Remuneração Mandato [2010-2012] Conselho de Administração Presidente Vogal executivo Vogal executivo Vogal não executivo José Maria Martins Soares (1) José Paulo Silva Carvalho Sérgio Hora Lopes Orlando de Barros Gaspar Vogal não executivo António Gonçalves Bragança Fernandes 2010 2010 2010 2010 2010 1.1. Remuneração fixa 91.875 84.035 81.760 6.803 0 1.2. Redução por aplicação da Lei nº 12-A/2010, de 30 de Junho -3.544-3.241-3.104-270 0 1.3. Remuneração fixa efectiva (1.1. - 1.2.) 88.331 80.794 78.656 6.533 0 1.4. Senhas de presença 0 0 0 0 0 1.5. Acumulação de funções de gestão 0 0 0 0 0 1.6. Remuneração variável (Prémios de gestão) 0 0 0 0 0 1.7. IHT (Isenção de horário de trabalho) 0 0 0 0 0 2. Outras regalias e compensações 2.1. Gastos na utilização de telefones - 1.008 746 (1) - - 2.2. Subsídio de deslocação 0 0 0 0 0 2.3. Subsídio de refeição - 1.314 1.314 - - 2.4. Outros 0 0 0 0 0 3. Encargos com benefícios sociais 3.1. Regime convencionado - 17.169 12.828 1.030-3.2. Regime convencionado 3.2.1. Segurança Social (s/n) - S S S - 3.2.2. Outro (s/n) - - - - - 3.3. Seguro de Saúde - 981 810 - - 3.4. Seguro de Vida - 2.057 3.230 - - 3.5. Outros - - - - - 4. Viatura de serviço 4.1. Marca - BMW Lexus - - 4.2. Modelo - 318 D IS 220 D - - 4.3. Matrícula - 81-JP-96 39-GZ-46 - - 4.4. Valor da viatura 4.4.1. Valor de PVP da viatura em regime a AOV - 40,216 40,228 - - 4.4.2. Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço - - - - - 4.5. Valor suportados das rendas da viatura de serviço - 2.567 5.804 (1) - - 4.6. Nº de prestações contratualizadas/liquidadas no período - 36/5 36/10 - - 4.7. Ano de matrícula da viatura de serviço - 2010 2008 - - 4.8. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço - 3.543 2.459 (1) - - 4.9. Tributação, em IRS, da viatura de serviço (S/N) - S S - - 5. Informações Adicionais 5.1. Opção pelo vencimento de origem (S/N) - N N - - 5.2. Exercício de funções remuneradas fora grupo (S/N) - N N N S 5.3. Outras - - - - - Un 6. Análise de Sustentabilidade A AdDP, consciente das suas responsabilidades enquanto gestora de um sistema de abastecimento a cerca de 1,7 milhões de habitantes residentes nos Municípios Clientes, procura, desde sempre, efectuar a gestão eficiente dos seus recursos visando a eficiência económica e financeira, sem descurar as mais elevadas normas de qualidade e respeitando os mais altos valores sociais e ambientais, na senda de um desenvolvimento sustentável, tal como está patente na política empresarial da AdDP. Na sua gestão operacional, com vista à minimização dos impactos ambientais, a empresa tem dado especial relevância à redução do consumo de recursos e de energia. Outros impactos ambientais que têm merecido destaque são a produção de resíduos e a emissão de gases de efeito de estufa (GEE). Na perspectiva social, a empresa tem dado ênfase à motivação e estabilidade dos seus colaboradores, à qualidade do produto entregue e ao seu papel como instrumento de desenvolvimento da região em que se insere, nomeadamente através da promoção dos conceitos de protecção e valorização do ambiente junto da comunidade. Fruto da sua preocupação com a sustentabilidade, e assumindo o princípio da transparência, desde 2006 a AdDP tem vindo a elaborar anualmente um Relatório de Sustentabilidade, para divulgar, junto da comunidade e demais partes interessadas, os aspectos relevantes relacionados com o seu desempenho nas vertentes económica, ambiental e social. Em 2010 foi publicado o Relatório de Sustentabilidade 2009, o qual, à semelhança de anos anteriores, foi sujeito a verificação por entidade externa e independente, tendo-lhe sido atribuído o nível A+ de aplicação das directrizes da GRI Global Reporting Initiative. Trata-se da classificação mais elevada segundo este referencial. Este relatório recebeu o Grande Prémio de Excelência em Comunicação pela APCE - Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa. De referir que a AdDP tem marcado a diferença na forma como tem publicado os seus Relatórios de Sustentabilidade. Já o fez em formato de revista, de agenda e em suporte CD-ROM. Sugere-se a consulta do Relatório de Sustentabilidade 2010 para desenvolvimento deste tema. Mandato [2010-2012] Fiscal Único Ernst & Young Audit & Associados - SROC, SA 2010 0 (1) - Valores facturados pela Águas de Portugal, SGPS, SA Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_34 35

7. Cumprimento dos Príncipios do Bom Governo A governação da Águas do Douro e Paiva, SA respeita os Princípios de Bom Governo das empresas do Sector Empresarial do Estado aprovados pela Resolução do Conselho de Ministros (RCM) nº 49/2007, de 28 de Março. No Quadro seguinte é efectuada uma avaliação do grau de cumprimento dos Princípios do Bom Governo a que se encontram sujeitas as empresas que integram o Sector Empresarial do Estado. Missão, objectivos e princípios gerais de actuação Princípios Grau de cumprimento Fundamentação As empresas detidas pelo Estado devem: Cumprir a missão e os objectivos que tenham sido determinados para a empresa, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade, procurando salvaguardar e expandir a sua competitividade, respeitando os princípios de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, serviço público e satisfação das necessidades da colectividade que lhe hajam sido fixados Total A AdDP cumpre a sua missão e os objectivos fixados de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente. Anualmente, é apresentado no Relatório e Contas uma avaliação da actividade desenvolvida. Proceder à enunciação e divulgação da sua missão, dos seus objectivos e das políticas para si e para as participadas que controla. Elaborar planos de actividades e orçamentos adequados aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta o cumprimento da missão e dos objectivos definidos. Definir estratégias de sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental, estabelecendo os objectivos a atingir e os respectivos instrumentos de planeamento, execução e controlo. Adoptar planos de igualdade, após diagnóstico da situação, de forma a alcançar uma efectiva igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres, a eliminar as discriminações e a permitir a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional. Informar anualmente os membros do Governo, a tutela e o público em geral de como foi prosseguida a missão, do grau de cumprimento dos objectivos, de como foi cumprida a política de responsabilidade social, de desenvolvimento sustentável e os termos do serviço público, e de como foi salvaguardada a sua competitividade. Cumprir a legislação e a regulamentação em vigor, devendo o seu comportamento ser eticamente irrepreensível no que respeita à aplicação de normas de natureza fiscal, de branqueamento de capitais, de concorrência, de protecção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral, nomeadamente relativas à não discriminação e à promoção da igualdade entre homens e mulheres. Total Total Total Total Total A divulgação da missão da AdDP, dos seus objectivos e das políticas desenvolvidas é realizada através do seu Relatório e Contas anual, do sítio da empresa na internet, e do Portal do Colaborador. A AdDP elabora anualmente o seu plano de actividades e orçamento de acordo com os recursos e fontes de financiamento disponíveis e considerando a sua missão e objectivos fixados. O Grupo AdP, e por consequência a AdDP, definiu de forma organizada a estratégia e os princípios para alcançar a posição de um actor principal no palco da sustentabilidade. A estratégia de sustentabilidade da AdDP encontra-se disponível no seu Relatório e Contas anual, no sítio da empresa na internet e do Portal do Colaborador. O Grupo AdP, e por consequência a AdDP preconiza a diversidade garantindo a igualdade de oportunidades aos seus colaboradores e promovendo a integração de pessoas com deficiência. A AdDP foi das primeiras empresas portuguesas a subscrever o Código de Conduta de Empresas e VIH. A AdDP cumpre na íntegra as obrigações de reporte de informação anual e ao público em geral e à AdP, SGPS, cabendo a esta o reporte de informação anual consolidada à tutela. Anualmente, é apresentado no Relatório e Contas uma avaliação da actividade desenvolvida. Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores, contribuindo para a sua valorização profissional. Tratar com equidade todos os clientes, fornecedores e demais titulares de direitos legítimos. Estabelecer e divulgar os procedimentos adoptados no que se refere à aquisição de bens e serviços e adoptar critérios de adjudicação, assegurando a eficiência das transacções realizadas e a igualdade de oportunidades para todos os interessados habilitados para o efeito. Divulgar anualmente as transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado, bem como uma lista dos fornecedores que representem mais de 5% do total dos fornecimentos e serviços externos, se esta percentagem corresponder a mais de um milhão de euros. Conduzir com integridade os negócios da empresa, devendo ser adequadamente formalizados, não podendo ser praticadas despesas confidenciais ou não documentadas. Ter ou aderir a um código de ética, que contemple exigentes comportamentos éticos e deontológicos, divulgando aos colaboradores, clientes, fornecedores e público em geral. Total Total Total Total Total O Grupo AdP e a AdDP apostam na formação dos seus colaboradores, desenvolvendo as suas competências e potenciando novos desafios e oportunidades profissionais internas. A AdDP possui também um Regulamento de Valorização Profissional, através do qual permite aos seus colaboradores alargarem o seu portefólio de conhecimentos e competências através da frequência de programas avançados de formação. A AdDP aderiu ao Programa Novas Oportunidades enquadrado no seu plano de Valorização Profissional. A AdDP tem em vigor um Sistema de Gestão do Desempenho que é utilizado numa perspectiva desenvolvimentista e positivista. A AdDP respeita toda a legislação vigente referente à matéria de aquisição de bens e serviços e tem implementado um conjunto de boas práticas internas orientadas por princípios de economia, eficácia e de igualdade de oportunidades e com vista à salvaguarda da transparência, publicidade e concorrência. A AdDP divulga anualmente as transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado, bem como uma lista dos fornecedores que representem mais de 5% do total dos fornecimentos e serviços externos, se esta percentagem corresponder a mais de um milhão de euros, através do seu Relatório e Contas anual e no sítio da empresa na internet. O Grupo AdP pauta a sua actuação por uma conduta íntegra na realização dos negócios, refutando veementemente práticas menos éticas. O Código de Conduta e Ética da AdDP expressa o seu compromisso com uma conduta ética e transparente nos seus relacionamentos internos e externos, tendo como objectivo o reforço dos padrões éticos aplicáveis a todos os agentes e contribuindo para um desenvolvimento sustentável consolidado. Adicionalmente, foi elaborado o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas da AdDP, o qual visa reforçar o compromisso individual de cada colaborador com as boas práticas no que respeita a relações com terceiros. A AdDP desenvolveu a sua avaliação do cumprimento dos Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas 2010, através do preenchimento de questionário desenvolvido e realizado sob a responsabilidade da Auditoria Interna e Controlo de Risco, órgão funcional da AdP, SGPS. O Código de Conduta e Ética da AdDP encontra-se disponível no sítio da empresa na internet e no Portal do Colaborador. Total Toda a actividade do Grupo AdP e da AdDP é norteada pelo cumprimento rigoroso das normas legais, regulamentares, éticas, deontológicas e boas práticas. Neste contexto, a AdDP adopta um comportamento eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza fiscal, de branqueamento de capitais, de concorrência, de protecção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral. Águas do Douro e Paiva_R&C 2010_36 37