Página 62 de 121 ficha 08: Edificação à estrada Barra/Mogiano km 4,5. Vista geral da fachada da edificação. Lateral direita da edificação. Fachada posterior da edificação. 1. Município: Delfim Moreira. 3. Designação: Edificação à estrada Barra/Mogiano km 4,5. 5. Propriedade: Privada particular - herdeiros de Júlia Amaro Guimarães. 7. Situação de ocupação: Próprio. 2. Distrito / Povoado: Sede / Mogiano. 4. Endereço: Estrada Barra/Mogiano Km 4,5 Mogiano. 6. Responsável: Sebastião Amaro Sobrinho. 8. Uso atual: Residência.
Página 63 de 121 9. Proteção legal existente: Nenhuma. 10. Proteção legal proposta: Inventário. 11. Histórico: A residência está localizada no Km 4,5 da estrada que liga os bairros rurais da Barra- Mogiano, e fica a 22,5 km do distrito sede de Delfim Moreira, no bairro denominado Mogiano, um pequeno povoado que se formou no intuito de abastecer a região. O bairro possui poucas residências e sua produção agrícola se baseia no cultivo do milho e fumo, sendo esta última o principal produto de fonte de renda da localidade. A área rural de Delfim Moreira possui sua economia fundamentada na pecuária, incluindo a produção de derivados do leite e na pequena produção agrícola, principalmente da cultura de subsistência de batata-inglesa, tomate, banana, milho e fumo. A comercialização destes produtos tem relevância apenas local, mas de fundamental importância para o desenvolvimento da economia e do comércio na região. A casa foi construída por Antônio Amaro no final da década de 1930, que morou no imóvel até seu falecimento no ano de 1979, deixando a casa como herança para sua esposa Dona Julia Amaro Guimarães. Dez anos depois, em 1989, Dona Julia veio a falecer, e a casa ficou como herança para sua filha Alaíde Gonçalves Campos, e esta deixou a propriedade para seus filhos: João Amaro, José Amaro, Tarcísio Amaro, Hilton Amaro, Dilícia Amaro (que mora em Piracicaba, estado de São Paulo) e Sebastião Amaro Sobrinho, que reside atualmente na residência que fora de seu avô, Antônio Amaro. Segundo Sebastião Amaro Sobrinho, o terreno do imóvel possui ½ alqueire de terra, onde se cultiva uma pequena produção de milho para subsistência, mas antigamente, chegou a produzir mais culturas como fumo, milho e feijão. Nos fundos da casa encontram-se vestígios materiais de um antigo monjolo e moinho usado pela família, mas que há 15 anos está desativado. O imóvel não passou por grandes reformas desde sua construção, apenas por pequenos reparos em sua estrutura. Em 04 de setembro de 1999, data que está inscrita na parte externa da casa, foi reformado o banheiro para sua melhor utilização e na mesma data foi trocado todo o forro e o telhado da casa, que não estava mais em boas condições de segurança e uso. Atualmente o imóvel passa por um moroso processo de inventário da divisão dos bens entre os herdeiros, que está em andamento desde o início da década de 1990.
Página 64 de 121 12. Análise de entorno: A edificação está localizada no bairro Mogiano, na área rural do município de Delfim Moreira, situada a 4,5 km do sub-distrito da Barra, na estrada que liga Barra à Mogiano. A estrada sem pavimentação, acompanha o percurso do Rio Lourenço Velho e possui abundante vegetação nos arredores. Observa-se um trânsito leve caracterizado pelo reduzido movimento de veículos pequenos, bicicletas, motocicletas e animais. Região assinalada por colinas, o relevo ondulado exibe farta vegetação com predomínio de pastagens, pomares e hortas de médio e grande porte, estes para subsistência em sua maioria. A área não apresenta tendência ao adensamento, mas há uma crescente modificação e reconstrução das habitações. 13. Descrição: O imóvel de uso residencial, volumetria térrea e partido em L, encontra-se implantado em terreno com ligeiro declive, abaixo do nível da via de acesso e fechado por cerca. Localizado na zona rural, não faz referências construtivas quanto a alinhamentos e afastamentos. Seu entorno imediato possui vegetação de médio e grande porte, ocupados por hortas, jardins, lavagem/secagem de roupas e à esquerda da edificação, com benfeitorias como paiol, garagem e quarto de despejos. A fachada principal possui uma porta e quatro janelas, com enquadramento em madeira, vergas retas, vedação em madeira e sistema de abertura de abrir de duas folhas. Todos os vãos possuem as esquadrias destacadas pela coloração diferenciada da alvenaria e pela moldura em relevo na massa, encimada por pequeno elemento ornamental. Falsos cunhais marcados em argamassa saliente à superfície delimitam o plano da fachada, junto com o embasamento chapiscado. O acesso principal acontece através de um alpendre destacado da edificação, localizado na extremidade direita da fachada frontal, com guarda-corpo em argamassa trabalhada, vazadas com ornamentos que imitam colunas e arcos góticos. O alpendre é acessado por um lance de escada, disposta lateralmente à esquerda do mesmo. Possui cobertura independente de telha francesa com três águas e coroamento em beiral simples, desprovido de forro e piso cerâmico. Pelo alpendre acessa-se a sala de visitas, desta, acessa-se um quarto e outra sala, que se divide em quatro quartos (à esquerda) e cozinha, despensa e banheiro (à direita). Toda a residência possui forro de lambri em madeira, salas e quartos com piso de tabuado largo, cozinha (esta desprovida de forro) e despensa com piso cimentado cinza e o piso do banheiro em cimentado vermelho.
Página 65 de 121 A cobertura do imóvel é composta por seis águas, provido de telha francesa e coroamento frontal e lateral em guarda-pó, em réguas de madeira. Na cobertura não consta nenhum elemento de ornamentação. O sistema construtivo adotado é autoportante em tijolo maciço. 14. Intervenções: O imóvel não passou por grandes reformas desde sua construção, apenas por pequenos reparos em sua estrutura. Em 1999, foi reformado o banheiro para sua melhor utilização e na mesma data foi trocado todo o forro e o telhado da casa, que não estava mais em boas condições de segurança e uso. 15. Estado de conservação: Bom. 16. Análise do estado de conservação: Mesmo em bom estado de conservação, o imóvel apresenta em seu interior, pequenas sujidades e desgastes na pintura, fiação elétrica aparente em alguns cômodos, madeira atacada por cupins, desgaste da madeira do enquadramento dos vãos e trincas na alvenaria. Externamente, apresenta manchas de umidade no embasamento e desgaste/descolamento da pintura em alguns pontos da fachada. A edificação mantém sua integridade física e estrutural desempenhando bem suas funções, não há risco de comprometimento da edificação. 17. Fatores de degradação: Os principais fatores de degradação do imóvel são causados por ação de cupins e outros insetos xilófagos, umidade no embasamento, intempéries, falta de barreira contra a entrada de umidade pela cobertura e não conservação do imóvel. 18. Medidas de Conservação: Manutenção periódica dos aspectos físicos, estruturais e compositivos da edificação; Contratação de um técnico especialista em caso de alterações estruturais e/ ou compositivas, assim como de ligações elétricas; Instalação de sistema de combate e prevenção contra incêndios, mantendo-o sempre em perfeito funcionamento; Providenciar tratamento e limpeza de elementos com apodrecimento ou presença de mofo e infestação de cupim; Imunizar todo madeiramento; Pintura geral das paredes, com recomposição do reboco em alguns pontos;
Página 66 de 121 19. Referências: BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS MEMÓRIA ARQUITETURA. Plano de Inventário de Delfim Moreira. Prefeitura Municipal de Delfim Moreira, 2006. ORAIS Sebastião Amaro Sobrinho. Entrevista, jan/2009. 20. Informações complementares: Sem referências. 21. Ficha técnica: Levantamento (Jan/2009): Nívea Guarçoni (estagiária de arquitetura), Rafael Teixeira (Turismólogo), Ricardo Ferreira (Historiador) e Luiz Antônio Magalhães Silva (Secretário Municipal de Turismo). Elaboração (Fev e Mar/2009): Nívea Guarçoni (estagiária de arquitetura), Rafael Teixeira (Turismólogo) e Ricardo Ferreira (Historiador) Revisão (Mar/2009): Memória Arquitetura.