ESTÁGIO DE REGÊNCIA NO ENSINO MÉDIO: ALGUMAS REFLEXÕES

Documentos relacionados
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DO LICENCIADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III NA FORMAÇÃO DOCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

A IMPORTÂNCIA DA OBSERVAÇÃO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA II

RELATO DE OBSERVAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA CELSO RAMOS

FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE FÍSICA NO IFRN/CAMPUS CAICÓ: O ESTÁGIO DOCENTE EM PERSPECTIVA

APRENDENDO E ENSINANDO NO ESTAGIO SUPERVISIONADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO PROFESSOR NA SALA DE AULA. ANDRADE, Calebe Martes¹; OLIVEIRA, Claudimary Moreira Silva²

SKYPE: FERRAMENTA PEDAGÓGICA USADA COMO APRENDIZAGEM COLABORATIVA NOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS

Plano de Ensino Docente

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DOCENTE EM MÚSICA

UMA REFLEXÃO SOBRE AS CONCEPÇÕES DE ESTÁGIO CURRICULAR E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O FUTURO LICENCIADO EM CIÊNCIAS AGRÍCOLAS.

PRÁTICA DE ENSINO E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DESENVOLVIMENTO DE ATITUDES INVESTIGATIVAS PARA A DOCÊNCIA

PROJETO DE EXTENSÃO ALFABETIZAÇÃO EM FOCO NO PERCURSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA

Estágio Supervisionado no Núcleo de Educação da Infância NEI/CAp UFRN: contribuições para a formação docente na educação infantil

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos. Prática Pedagógica. Aprendizagem. Castanhal-Pa.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DOCENTE: ALESSANDRA ASSIS DISCENTE: SILVIA ELAINE ALMEIDA LIMA DISCIPLINA: ESTÁGIO 2 QUARTO SEMESTRE PEDAGOGIA

ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) FORMAÇÃO INICIAL DE UM DOCENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE FORMAÇÃO DE TECNÓLOGOS COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

PLANO DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO (PAE) ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

ALUNOS E ESTAGIÁRIOS: UMA RELAÇÃO DESAFIADORA DE APRENDIZAGEM

A FORMAÇÃO DOCENTE: PIBID E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO: AULA DE CONTRATURNO COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM

CONSTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE

ESTÁGIO DOCENTE: UMA ATIVIDADE DE FORMAÇÃO CONTINUADA E DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO PROGRAD CENTRO DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

OS CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS NO ENSINO MÉDIO: OUTRAS POSSIBILIDADES PARA A PRÁTICA DO PROFESSOR

ANEXO A REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAPITULO I DA REGULAMENTACAO CAPITULO II

INTRODUÇÃO

CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A UTILIZAÇÃO DAS TIC COMO RECURSO PEDAGÓGICO: EXPLORANDO LITERATURA INFANTIL NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

INSTRUÇÃO NORMATIVA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUIMICA SECÃO I

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

OFICINA TEMÁTICA NO CAMPO DE ESTÁGIO: MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MATERIAIS E SUAS RELAÇÕES COM A SOCIEDADE. Apresentação: Pôster

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

ESTÁGIO DOCENTE SUPERVISIONADO III PROF. CAIO VASCONCELOS PINHEIRO DA COSTA O QUE DIZEM OS DOCUMENTOS

PLANO DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO (PAE) ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

A DIFERENÇA ENTRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E O PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Formulário de Aprovação de Curso e Autorização da Oferta

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

RELATO DE EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO DE CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE-PB.

OFICINA DE PRODUÇÃO DE MAPAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

OFICINAS PEDAGOGICAS: COMO FORMA DE AUXILIO NO APRENDIZADO DOS EDUCANDOS NAS AULAS DE GEOGRAFIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DMAT

FÍSICA ELÉTRICA, CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O ENSINO DE ELETROQUÍMICA

2. RESULTADOS E DISCUSSÕES

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PRÁTICA TRANSFORMADORA NO ESPAÇO ESCOLAR

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal Catarinense - Campus Sombrio

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO. SEMESTRE ou ANO DA TURMA: 5º semestre

REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS UNICRUZ - UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS CURRICULARES

ANÁLISE REFLEXIVA DA RELIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONDO NO ENSINO FUNDAMENTAL: A INFLUÊNCIA DO PIBID NESTE PROCESSO

OS DESAFIOS DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA OFERECIDO PELA PLATAFORMA FREIRE, NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS DA LAPA BA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO DOCENTE PARA OS CURSOS DE LICENCIATURAS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II- OBSERVAÇÃO EM ESPAÇOS ESCOLAR E NÃO ESCOLAR

O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DOCENTE. CARDOZO, Luciana Pereira 1. PINTO, Dra. Maria das Graças C. S. M. G. 2

PORTFÓLIO - DO CONCEITO À PRÁTICA UNIVERSITÁRIA: UMA VIVÊNCIA CONSTRUTIVA

O ESTUDO DE CASO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO SOBRE EQUILÍBRIO QUÍMICO E VALORIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO CRÍTICO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO

Discutindo o trabalho docente aliado às novas tendências educacionais De 25 à 29 de Maio de 2009 Vitória da Conquista - Bahia

PROJETO PROLICEN: VIVÊNCIAS, OPORTUNIDADE E CONTRIBUIÇÕES A FORMAÇÃO ACADÊMICA.

EXPERIÊNCIAS DE PRÁTICA ENQUANTO COMPONENTE CURRICULAR NO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

A UTILIZAÇÃO DA PLATAFORMA MOODLE NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O PROCESSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE LICECIATURA EM PEDAGOGIA

Nádia de Sousa Silva 1 Poliana Machado da Silva Moreira 2 INTRODUÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL NO PROCESSO DO ENSINO DE BIOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE ATITUDES FRENTE O APRENDER E A ESCOLA DE ESTUDANTES DO ENSINO BÁSICO FEIJÓ, T. V. ¹, BARLETTE, V. E.

Uma Nova Descoberta: Estágio Supervisionado

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE TEOLOGIA E HUMANIDADES CURSO DE FILOSOFIA

Pró-Reitoria de Graduação. Plano de Ensino 1º Quadrimestre de 2012

Profa. Dra. Daniela Guimarães Professor Adjunto Departamento de Didática Faculdade de Educação da UFRJ Coordenadora de Estágio do Curso de Pedagogia

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ENSINO EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO COM ALUNOS DO EJA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

Didática das Ciências Naturais

Desenvolvendo o Pensamento Matemático em Diversos Espaços Educativos

O PRIMEIRO ESTÁGIO: CONHECENDO O AMBIENTE ESCOLAR

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DO LICENCIANDO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ANSEIOS E DIFICULDADES

Complexo de Formação de Professores Termo de Referência Versão considerada definitiva em reunião de 09/03/2018, com instituições parceiras

Caracterização do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação CEPAE/ PROGRAD/ UFG

INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS IFG

MONITORIA ACADÊMICA NO PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

PRODOCÊNCIA UEPB: PROFISSÃO DOCENTE, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO CONSTRUINDO A PRÁXIS DOCENTE

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO OPORTUNIDADE DE PRÁXIS DOCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADO PELOS LICENCIANDOS EM QUÍMICA DO IFCE CAMPUS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO E SUA IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO FUTURO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

A ATUAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONCEPÇÃO DOS DISCENTES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DOS LICENCIANDO EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

ALFABETIZAÇÃO E TECNOLOGIA NAS SÉRIES INICIAIS: EXPLORANDO O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

A experiência do Projeto de Iniciação a Docência na Escola Vilma Brito Sarmento: as implicações na formação do professor supervisor

Regulamentação do Estágio Supervisionado Curso de Licenciatura em História UFRRJ/Seropédica

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DE LEITORES EM MATEMÁTICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: A UTILIZAÇÃO DO GOOGLE DRIVE ATRAVES DO TABLET EM SALA DE AULA

A REFLEXÃO COMO NÚCLEO ESSENCIAL DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

DIALOGANDO SOBRE O ESTÁGIO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL E EXPRESSÃO DO SOFRIMENTO PSÍQUICO

4 Ano Curso Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem

REGULAMENTO DE ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS DOS CURSOS SUPERIORES DE LICENCIATURA

A PRÁTICA DA REGÊNCIA DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: EMPREGO DE JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

O LABORATÓRIO DE ENSINO DE MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE UMA LICENCIANDA EM MATEMÁTICA 1

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia

NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: UMA PERSPECTIVA A PARTIR DO OLHAR DO FUTURO PROFESSOR

Universidade Pública na Formação de Professores: ensino, pesquisa e extensão. São Carlos, 23 e 24 de outubro de ISBN:

Transcrição:

ESTÁGIO DE REGÊNCIA NO ENSINO MÉDIO: ALGUMAS REFLEXÕES José Marcos Nascimento dos Santos (1); Júlio Pereira da Silva (2) Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) E-mail: josemsbbol@hotmail.com (1); Universidade Estadual da Paraíba E-mail: juliopereira86@yahoo.com.br (2). Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) E-mail: mari.felix.silva@gmail.com (3); RESUMO Este artigo científico é baseado em uma temática na formação inicial do professor de Matemática, o Estágio Supervisionado. O Estágio Supervisionado pode oferecer aos licenciandos uma conexão entre a teoria e a prática, já que ele é uma das atividades acadêmicas indispensáveis na formação do licenciando. Dessa forma, podemos acentuar que esse trabalho acadêmico tem como foco relatar a experiência vivenciada durante o Estágio Supervisionado III, oferecida aos graduandos no 9 período do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual da Paraíba, Campus VII, Patos, PB. Essa produção científica se caracteriza como pesquisa qualitativa na modalidade pesquisa participante. A metodologia seguiu os seguintes passos: discussão, em sala de aula da universidade, sobre o Estágio Supervisionado e sua importância na formação inicial do professor de Matemática; depois vista ao campo de estágio a fim de conhecer a realidade escolar, por fim o exercício da docência no Ensino Médio. O Estágio Supervisionado se configura em um campo de pesquisa, cuja reflexão sobre o contexto social que a escola está situada, as interações em sala de aula, os processos ensino e aprendizagem em Matemática, como também as metodologias utilizadas pelos professores são variáveis que precisam ser analisadas. Mostra a importância do Estágio Supervisionado III, regência no Ensino Médio, na formação inicial e suas implicações pedagógicas. Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Matemática. Implicações Pedagógicas. Introdução O presente artigo foi realizado com informações obtidas através da disciplina de Estágio Supervisionado III, regência no Ensino Médio, no curso de licenciatura em Matemática da UEPB campus VII, Patos, PB, junto com a escola campo onde foram realizadas as atividades práticas pelos estagiários, sob a orientação do docente da disciplina O Estágio Supervisionado III é a último estágio na formação profissional, inicial, do discente do curso de licenciatura em Matemática, sendo indispensável na busca do entendimento de como será a realidade que o mesmo irá encontrar. No processo de formação docente, a academia oferece diferentes atividades que possibilitam aos licenciando construir saberes, conhecer a realidade educacional de uma instituição escolar, vivenciar e praticar o exercício da docência. No Estágio Supervisionado III, por exemplo, atividade acadêmica obrigatória na formação do professor de Matemática oferece ao discente a oportunidade de adentrar à escola e ministrar as aulas de Matemática. A prática, por sua vez, passa a ser o

exercício da docência tendo como base teórica as leituras e reflexões de estudiosos que focam nessa temática. É através do Estágio Supervisionado que o aluno em formação começa a conhecer o seu futuro lugar de trabalho como também começa a adquirir experiência com relação ao ensino em sala de aula. Para Barreiro e Gebran (2006), O estágio curricular pode se constituir no locus de reflexão e formação da identidade ao proporcionar embates no decorrer das ações vivenciadas pelos alunos, desenvolvidas numa perspectiva reflexiva e crítica, desde que efetivado com essa finalidade. O processo curricular não pode ser unilateral, ele demanda proposições reflexivas do curso formador, dos docentes e dos alunos. Dessa forma, a identidade que o curso pretende legitimar deverá ser explicita nos paradigmas formativos e vivenciada na prática formativa. Isso exige um exercício constante de reflexão a respeito da problemática relação entre teoria e prática e na busca de alternativas para equacioná-la (BARREIRO e GEBRAN, 2006, p. 20). Portanto, mais que uma atividade acadêmica o Estágio Supervisionado é uma oportunidade de reflexão na qual a identidade docente é construída. São reflexões que permitem o licenciando perceber o aluno, a escola, o processo de ensino e aprendizagem como elementos complexos que precisam a todo tempo estar sob investigação a fim de que seja gerada uma prática pedagógica transformadora. Metodologia Os aspectos metodológicos do trabalho seguiram por alguns passos: Primeiro foi discutido junto com o orientador de estágio algumas obras que abordaram o Estágio Supervisionado III, como fonte de reflexões teórica do trabalho de campo. Caracteriza-se como qualitativa, valendo-se das contribuições da pesquisa participativa. Segundo Demo (2000, p. 21) a pesquisa participativa é ligada à práxis, ou seja, á prática histórica em termos de usar conhecimento científico para fins explícitos de intervenção; nesse sentido, não esconde sua ideologia, sem com isso necessariamente perder de vista o rigor metodológico. A regência foi ofertada em uma escola do município de Patos, sertão da Paraíba. Foram discutidos temas e metodologias nas quais se adequaram aos conteúdos abordados na disciplina de Matemática das turmas no segundo ano do Ensino Médio.

Procurar investigar algo que nos possibilite o conhecimento a uma prática na qual contribua para a formação em pesquisa era exercer um papel extraordinário na articulação entre o conhecimento adquirido ou construído e a prática docente (MACIEL, 2004, p. 100). Isso caracteriza algo bastante interessante e importante na vida de um estagiário que de certa forma começa a perceber as diferenças que a teoria tem com relação à prática e, contudo essa experiência é válida e essencial para a sua futura formação. Resultados e discussão O planejamento tem papel fundamental e indispensavel na vida do docente e traz como objetivo nortear as ideias formuladas pelo professor. A partir dele é onde serão discutidas e avaliadas as metodologias nas quais devem ser aplicadas, ou seja, como os conteúdos abordados vão ser transmitidos. Planejamento é um processo de tomada de decisão sobre uma ação. Processo que num planejamento coletivo (que é nossa meta) envolve busca de informações, elaboração de propostas, encontro de discussões, reunião de decisão, avaliação permanente (MST, 1995, p. 5 apud LARCHERT, p. 59 ). No Estagio Supervisionado III o planejamento ocorreu de forma dialogica emocratica por parte dos integrantes da equipe juntamente com o auxilio da professora orientadora, e foram realizados semanalmente nas terças feira horário noturno no periodo da regência. Cada componente apresentava uma proposta de aula onde a mesma era discutida de forma clara e objetiva com o intuito de formular uma boa metodologia. Assim, surgiu uma ideia de trazer uma aula diferente e dinâmica em que trouxesse uma maior interação entre aluno e professor tendo como consequência a maior absorção do conteudo apresentado. A busca de novos mecanismos tem sido uma ferramenta bem ultilizada pelo professor de matemática, atraves de jogos e oficinas sobre o conteúdo que estava sendo abordado, mas por outro lado, houveram alguns dificuldades pelo fato dos conteudos trabalhados, uma vez que conhecimentos de outros conteúdos eram necessários. Reforçamos que o planejamento das aulas no Estagio Supervisionado III tem um papel indispensável e, sem sombra de dúvidas, tendo grande contribuição no processo de metodologias a

serem abordadas em sala de aula pelo professor, enaltecendo o foco de que a teoria assimilada a novas conjucturas abre uma grande reflexão na prática docente. Segundo Carvalho (2012, p. 65), existe várias maneiras de se realizar os Estágios de Regência, que vão desde a coparticipação junto com o professor da classe que recebe o estagiário até a regência autônoma, quando este é responsável por uma sequência de ensino [...]. Portanto, independentemente das variáveis formas que possamos desenvolver essa atividade, a autora comenta o seguinte: Um dos principais objetivos desse tipo de estágio é fazer com que nossos alunos aproveitem os estágios para testar, como professores, as inovações que discutiram teoricamente na universidade e/ou observaram com os bons professores da escola básica. (CARVALHO, 2012, p.66). Assim, podemos aproveitar o Estágio de regência para articular todo o conhecimento que adquirimos na parte teórica e desenvolver na prática metodologias fazendo com que a escola caminhe em novos patamares de desenvolvimento deixando um pouco aquele modelo de escola tradicional e assim construir um modelo de ensino que os alunos passem a gostarem da disciplina de Matemática e principalmente consigam realmente absolver o conhecimento. Dessa forma, ele pode estabelecer uma conexão entre a teoria e a prática possibilitando assim uma vasta experiência para a construção de uma aprendizagem real e significativa. Segundo Flemmimg (2009) não basta olhar o Ensino Médio como a última etapa básica, pois é necessário identificar as possibilidades formativas socioculturais e econômicas que ampliam os direitos da cidadania. Quando o estagiário começa a estagiar no Ensino Médio ele precisa saber fazer o planejamento das aulas que o professor geralmente está trabalhando em sala de aula como também o plano de aula que é muito importante para o profissional que está se formando. Sendo assim, a observação e as estratégias pedagógicas acerca da Matemática são indispensáveis e fazem com que o discente crie e desenvolva um novo olhar enquanto ao ensino desta ciência. Esse fato nos leva a perceber a importância em ofertar a utilização de novos mecanismos para facilitar e estabelecer uma interação do aluno com o professor em sala de aula, tendo como consequência uma melhor compreensão dos conteúdos abordados gerando uma aprendizagem significativa.

No dia 29/03/2017, deram início as atividadesde de regência realizadas nas aulas de Matemática na escola campo no município de Patos PB, com o objetivo da prática docente e formulação de conhecimento através de experiências compartilhadas com os alunos do 2 ano do ensino médio e dessa forma foram apresentados uma parte introdutória dos conteúdos de Matrizes que por sua vez teve-se início as 19:00 horas e seu termino as 20:00 horas. Como planejado na aula foi de mareira expositiva dialogada tendo uma boa desevoltura e a interação dos docentes com a turma, proporcionando um ambiente ideial onde o aluno possa adquirir uma aprendizagem significativa. Os estagiários tinham o domínio do conteúdo a ser abordado em sala, deste modo tornou-se fácil aplicá-lo. Como alguns já tinham experiências como professores não sentiram dificuldades em ministrar a aula, tendo em vista que os mesmos também passaram pelos Estágios I e II sendo de observação e regência respectivamente, em outras escolas do município de Patos PB, onde as turmas eram mais intimidadoras. O maior desafio era tornar o ambiente agradável e com a colaboração dos alunos, deu-se andamento na aula que ocorreu naturalmente, conclui-se o conteúdo que o professor de campo sugeriu e foram tiradas as dúvidas dos alunos quando estas surgiam. Dessa forma, houve a participação plena dos alunos e como estagiários, mostramos que somos capazes e estamos no caminho certo para sermos futuros professores na área de Matemática. Sabemos que existem realidades diferentes quando nos referimos ao ensino, independente do que foi passado em sala de aula onde a teoria foi bem sincronizada com a prática, existem outros ambientes em sala de aula que podem ser totalmente diferentes na qual muitas dificuldades vão existir por partes dos professores e que é nessa hora tem que valer a sua formação, os seus estudos ao longo dos estágios em que passou e com isso tentar aplicar em sala de aula algo que possa conduzir essas dificuldades e assim tentar transforma-las em condições em que possa existir o aprendizado. Os Estágios I, II e III tem um papel importante para os discentes de licenciatura em Matemática, todas as aulas desde a parte teórica e principalmente a prática contribuem em suas formações acadêmicas. O envolvimento com os alunos é um dos momentos que os estagiários enfrentam os desafios de suas convicções, onde alguns desistem por perceberem que não tem vocação em lecionar, contudo os Estágios são uma das bases do alicerce a formação acadêmica dos futuros docentes.

Apesar das vivencias adquiridas, não podemos considerar totalmente que todas essas experiências adquiridas acerca do estagio não só de regência mais dos outros anteriores vão ser suficientes para a vida acadêmica, jamais devemos considerar prontos para a convivência em sala de aula, temos que está sempre aprendendo e se inventando como docentes, lembrando que estamos em uma formação continuada mesmo como formos futuros professores. Considerações finais Por sua vez o Estagio Supervisionado III no curso de Matemática da Universidade Estadual da Paraíba campus VII Patos, tem grande parcela de contribuição na formação do docente, sendo perceptível tamanha importância direta na prática. Concede aos Estagiários a oportunidade de planejar e lecionar as aulas nas turmas do ensino médio, na busca intensiva de absorção de conhecimentos através do compartilhamento de temas e assuntos da disciplina. Sobretudo o Estagio Supervisionado III possibilita a aquisição dos saberes da experiência em sala de aula. Em suma, abrange uma ampla reflexão sobre teoria relacionada à prática e questionamentos a serem discutidos. Revelam-nos as dificuldades encontradas no ambiente escolar, e faz perceber a realidade da educação pública. Portanto, foi de suma importância do Estágio Supervisionado III, uma vez que no proporcionou articular teoria e pratica vivenciar o exercício da docência, além de mostrar a realidade do Ensino Médio de uma escola pública. A vivência evidenciou os desafios enfrentados pelos professores, uma vez que alunos com dificuldades de aprendizagem, muitos desmotivados. A falta de uma estrutura física que possibilitem um ambiente favorável, desvalorização e a falta de apoio humano e pedagógico, são alguns obstáculos que encontramos na escola campo de estágio. Dessa forma, enquanto estudantes em formação, futuros professores de Matemática, podemos concluir que esta atividade acadêmica vai além de exercer a docência, é uma oportunidade de fazer uma autoavaliação, autorreflexão, ao mesmo tempo, que, mostra que ser professor demanda busca constante pelo conhecimento, porque novos são os desafios do cotidiano escolar, da sala de aula. Assim, corroboramos autores ao afirmarem que o estágio é um espaço de construção da identidade do professor, nesse caso professor de Matemática. Por fim, entendemos que não basta apenas chegar à sala de aula e ministrar aulas, é necessário conhecer a função da escola além de

sempre estar atentos para as funções sociais e políticas que o professor de Matemática, embora ainda muitos considerem uma disciplina difícil e não veem como trabalhar os conteúdos dessas disciplinas numa perspectiva cidadã. Nessa perceptiva, o campo da Educação Matemática por meio de seus pesquisadores e pesquisas comprova que é possível educador por meio da Matemática, basta entender como uma disciplina cujo conhecimento não é acabado, mas construindo ao longo da história da humanidade, e foi avançando de acordo com as necessidades humanas. Referências BARREIRO, I. Marques de Freitas e GEBRAN, Raimundo Abou. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: AVERCAMP Editora, 2006. (p.20). BARREIRO, Iraíde. Marques de Freitas e GEBRAN, Raimundo Abou. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: AVERCAMP Editora, 2006. CARVALHO, A. N. P. Os Estágios nos Cursos de Licenciatura. São Paulo: Cengage Learning, 2012. DEMO, P. Pesquisa e construção do conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. FLEMMING, D. M. Manual do estágio supervisionado em matemática. Curso de graduação em matemática: modalidade a distância. 2 ed. rev. e atual. Palhoça: UnisulVirtual, 2009. Larchert, Jeanes Martins. O planejamento pedagógico e a organização do trabalho docente. Disponível em: http://www.uepg.br/formped/disciplinas/organizacaotrabalho/didatica.pdf Acesso em: jul. 2017.

MACIEL, L. S. B. A formação do professor pela pesquisa: ações e reflexões. In: MACIEL, L. S. B.; SHIGUNOV NETO, A. (Orgs). Formação de professores: passado, presente e futuro. São Paulo: Cortez, 2004.