Manual. Horta Recíproco no Pré-Escolar. Manual de apoio ao conceito RECÍPROCO e da sua implementação no contexto pré-escolar.



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Transcrição:

Manual Horta Recíproco no Pré-Escolar Manual de apoio ao conceito RECÍPROCO e da sua implementação no contexto pré-escolar. Entidade executora: Entidade promotora: Financiado por:

Entidade Promotora: A ADL Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano foi constituída em Dezembro de 1994, a partir de um conjunto de entidades públicas e privadas com vista a potenciar o desenvolvimento sustentado dos cinco concelhos que compõem a sub-região do Litoral Alentejano (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira) e com a finalidade de valorizar as suas potencialidades num contexto de uma política global de dinamização do desenvolvimento rural. A ADL enquanto entidade gestora de programas comunitários e nacionais tem vindo a contribuir para o surgimento e modernização de iniciativas locais de natureza empresarial e institucional, permitindo a qualificação do território. Para além do apoio financeiro ao investimento, a ADL tem tido como preocupação a sustentabilidade dos projetos, através do apoio à comercialização, promoção e divulgação dos produtos e serviços. Para tal tem dinamizado actividades ao nível da promoção e marketing territorial. Neste âmbito surge o ebook sobre o conceito RECÍPROCO. Cofinanciamento:

Entidade Executora: A TAIPA, Crl. é uma entidade coletiva, privada de serviços, sem fins lucrativos. Surge, no ano 2000 com a perspectiva de que as coisas nascem porque fazem falta ao território, às pessoas e às instituições. Esta solução coletiva pretende ser um braço concretizador do desenvolvimento, tendo como membros um conjunto de entidades coletivas representativas dos mais variados sectores e individuais representativas da sociedade civil de Odemira. Pensar transversalmente e localmente de forma planeada e integrada, um território tão vasto e com tantas possibilidades de cooperação territorial, foi e continua a ser o grande desafio da TAIPA, que assim desenvolve projetos em diversas áreas tais como: formação, abandono escolar, animação comunitária, igualdade de género e violência doméstica, imigração, desenvolvimento económico, rural e das pescas. VISÃO Desenvolver e crescer Odemira para o mundo MISSÃO Potenciar o desenvolvimento pessoal e profissional dos habitantes do concelho de Odemira, com base nos recursos, costumes e tradições endógenos, para que estes sejam capazes de traçar caminhos melhores para si próprios e assim contribuir para o desenvolvimento do território. Apoiar e promover actividades económicas que sejam sustentáveis e potenciadoras de desenvolvimento.

Queremos agradecer ao Jardim de Infância Nossa Senhora da Piedade, ao Infantário Lápis de Cor, e a todas as crianças e pais que participaram no registo fotográfico. 1

ÍNDICE Índice... Introdução ao conceito RECÍPROCO... 3 4 Introdução ao Manual... 6 Objetivos... 7 Importância do conceito reciproco na idade pré escolar... 8 Como funciona o Manual... Plano Mensal de Atividades... Outubro... 9 11 11 Novembro... 14 Dezembro... 16 Janeiro... Fevereiro... Março... Abril... Maio... Junho... Julho, agosto e setembro... 19 20 22 25 27 29 30 Caderno de atividades... 32 Caderno de documentos associados a atividades... 86 Caderno de anexos... 106 Tabela de consociações... 107 Tabela de épocas de plantação... 109 Bibliografia... 110 Glossário de termos... 111 2

Introdução ao Conceito RECIPROCO O conceito RECÍPROCO (RElações de CIdadania entre PROdutores e COnsumidores), inspira-se numa prática que teve início no Japão, generalizando-se a outros países, tais como Alemanha e Suíça, nos anos 70, EUA nos anos 80 e Reino Unido, nos anos 90. Em 2004 existiam 1000 casos no Japão (Teikei), 1700 nos EUA, através da Community Sustainable Agriculture (CSA), 100 no Reino Unido, através da Community Sustainable Agriculture (CSA) e 150 em França, através da Association pour le Maintain d une Agriculture Paysanne en France (AMAP). Este conceito tem por base a criação de contratos locais diretos entre agricultores e consumidores das vilas e cidades próximas, acrescentando a esta ideia uma dimensão territorial, coletiva e social e tem tido um impacto bastante positivo, do ponto de vista social (com o estabelecimento de laços entre agricultores e consumidores), ambiental (com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, a redução dos transportes e do consumo de embalagens e a produção de outros desperdícios), de saúde (com o aumento do consumo de produtos frescos e de qualidade, com a administração reduzida de produtos de síntese), económico (com o aumento da segurança financeira para os agricultores, comercialização de produtos de qualidade a um preço acessível), patrimonial (com a revalorização das variedades locais) e pedagógico (com a sensibilização das populações para as questões do desenvolvimento rural). Para que estes contratos respondam aos objetivos procurados, devem ser baseados num comprometimento recíproco, ou seja, por um lado, o comprometimento dos consumidores 3

em comprar os produtos dos agricultores e, por outro lado, o comprometimento dos agricultores em fornecer produtos de qualidade e aplicar objetivos definidos em comum com os consumidores, como por exemplo a manutenção de um tipo de paisagem, a preservação e valorização de variedades locais e introdução de uma agricultura respeitadora do ambiente. Nos mercados locais encontram-se, cada vez mais, produtos alimentares provenientes de regiões distantes e vendidos a preços competitivos, num processo diretamente ligado à globalização dos mercados e ao avanço das técnicas de conservação de produtos. Os produtos alimentares percorrem, hoje em dia, uma média de 1500 km antes de chegarem ao consumidor e esta tendência, que se tem vindo a acentuar, tem consequências negativas para o tecido económico das regiões rurais, para a qualidade dos produtos vendidos e para a própria saúde dos consumidores. É também contraditório com o acordo de Quioto que prevê uma redução de emissão de gás carbónico a nível mundial. Para os produtos alimentares da agricultura intensiva que, percorreram longas distâncias até chegar ao prato dos consumidores, a emissão de gás carbónico é superior 100 vezes mais a produtos locais de uma agricultura sustentável. Por outro lado, sendo a comercialização cada vez mais controlada pelos intermediários, que exercem uma forte pressão sobre as receitas dos agricultores, não se evidencia a necessária e prudente redução dos preços da alimentação aos consumidores (RECÍPROCO - Guia Conceptual e Metodológico Relação de Cidadania entre Produtor e Consumidor Rede Portuguesa Leader +). Procurando quebrar esta lógica, cidadãos de diversas origens, desenvolveram novas formas de organização e consumo, que passam pela reconstrução de uma relação social mais próxima entre agricultores e consumidores. Para o efeito, constituíram-se parcerias locais e solidárias entre agricultores e consumidores, baseadas no compromisso mútuo, numa comercialização justa, e na partilha dos riscos e das vantagens. Este conceito foi introduzido em Portugal, em 2002, com a experiência piloto realizada na zona do Poceirão, tendo por base o quadro do projeto URGENTE (financiado pelo Interreg IIIB, implementado pela INDE, Intercooperação e Desenvolvimento) e em Odemira no âmbito da ação 8 do Agris, pela TAIPA Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira (2003) que desenvolveu a iniciativa Cabaz da Horta através do Projeto 4

Multifuncionalidade Rural - 266. Acreditamos que a metodologia de relações RECIPROCO - é uma das formas de contrariar a tendência para o consumo de produtos massificados, a falta de ética alimentar, o desaparecimento das pequenas explorações e o abandono do meio rural, por isso é nosso entender que municípios, associações, agricultores, consumidores e educadores, devem juntar-se a este movimento que diz respeito a todos para um desenvolvimento sustentável dos nossos territórios. Introdução ao Manual Este plano de trabalho (Manual Reciproco-Horta no Pré-escolar ) proporciona a aplicação à linguagem oral e abordagem à escrita, à Matemática, expressão e comunicação, assim como a formação pessoal e social e conhecimento do mundo, permitindo um trabalho integrado com a componente letiva curricular. A sociedade encontra-se cada vez mais urbanizada, consumista e distante dos meios rurais e suas gentes e saberes. A relação da comunidade escolar em harmonia com a sociedade e a natureza desenvolve naturalmente conceitos de cidadania nas crianças. A sensibilização das crianças para as questões ambientais, de saúde, desenvolvimento sustentável, desenvolvimento social, económico, patrimonial e pedagógico são muito importantes para a consolidação de conceitos de cidadania. Construindo as bases para cidadãos responsáveis e conscientes do seu papel na sociedade. A importância do conhecimento do mundo rural e a sua aproximação com os centros urbanos através de um trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo em que as crianças possam planear e cuidar de uma horta, chamando para este projeto a figura do agricultor, que deve participar de forma a transmitir às crianças a importância da sua atividade para que cheguem produtos de qualidade à mesa de todas as famílias. A base de conceitos a ser transmitida assentará essencialmente no respeito pelos vários equilíbrios ambientais, poupança de recursos naturais e energéticos, de saúde através da 5

valorização do equilíbrio a manter na nossa alimentação, evitando e prevenindo distúrbios como a obesidade, diabetes e outros efeitos negativos da alimentação industrializada, vulgarmente denominada fast food. A base pedagógica proporcionando a aquisição de competências e conhecimentos através de atividades práticas e impulsionadoras do despertar do conceito de desenvolvimento social. A questão da manutenção do património natural (recorrendo sempre que possível a variedades locais permitindo assim assegurar a sobrevivência das plantas). Trabalhando também a questão económica (valorizando os produtos oriundos da agricultura tradicional, incentivando a comercialização direta entre o agricultor e o consumidor, na perspetiva da atribuição do preço justo pelos produtos que tanto trabalho e tempo levam a ser produzidos ). Educadores/as e crianças têm que ser aliados deste conceito, porque esta ideia tem subjacente o princípio de que todos somos responsáveis pelos estragos e benefícios que fizermos e pela consciência e envolvimento ativo na mudança de atitudes e comportamentos face ao planeta em que vivemos. 6

Objetivos Estimular e desenvolver o conceito de relação direta entre agricultor e consumidor, valorização dos produtos hortícolas que estão na base de uma alimentação saudável e que em simultâneo contribui para a manutenção das práticas agrícolas tradicionais da região; Oferecer ajudas práticas para o desenvolvimento de atividades que fomentam a criação e desenvolvimento de uma horta em meio escolar; Contribuir para a criação e manutenção de hábitos e escolhas alimentares tanto saudáveis como conscientes; Incentivar a relação com o meio ambiente, sensibilizando para práticas ambientais equilibradoras e de sustentabilidade; Envolver as crianças na criação de laços com o agricultor, a terra e os produtos que dela resultam; Reconhecer a capacidade de criar um lugar de beleza e importância ecológica. 7

Importância do conceito RECÍPROCO na idade pré-escolar Transmite valores de relações de cidadania e responsabilidade social nas crianças, sendo nesta etapa que assimilam e se familiarizam com o seu lugar na sociedade; Promove a interação entre o meio rural e o urbano transmitindo valores e conhecimentos que nos ligam à terra e sua importância; Transmite a preocupação com a preservação da paisagem rural; Fomenta a relação entre a família, escola e agricultores, envolvendo os pais e restante família em atividades conjuntas. Como funciona o Manual? Este Manual está estruturado de forma a ser um guia orientador de atividades distribuídas por meses, durante todo o ano letivo; Inicia com o planeamento para o mês de outubro pois o mês de setembro destina-se à integração da criança e do educador no meio escolar; As atividades propostas podem ser executadas na íntegra ou selecionadas de acordo com o projeto curricular que se pretende pôr em prática nesse ano letivo; As atividades podem ter sequência para o ano letivo seguinte, ou ser iniciadas a cada início 8

de ano; Para cada atividade, junto com os seus objetivos encontram-se informações complementares e, para algumas atividades, fichas de registo (podendo ser utilizadas/criadas outras que as substituam e/ou complementem); As atividades propostas estão sucintamente descritas ao longo do manual por sequência mensal, esta informação está resumida sob a forma de uma tabela onde se encontra o nome da atividade, o procedimento com a descrição da atividade (sempre que se justifique) e as propostas de documentos de apoio associados à atividade (fichas de registo, figuras, etc.); Para todas as atividades realizadas pode ser feito um registo fotográfico ou filmado, para que no final do ano possa existir um vídeo ou powerpoint RECÍPROCO na minha escola resumo de todo o trabalho realizado ao longo do ano; Este manual contém dois vídeos que são importantes ferramentas de trabalho para a divulgação do conceito RECÍPROCO. Reproduzir o vídeo RECÍPROCO CABAZ DA HORTA Reproduzir o vídeo RECÍPROCO NO PRÉ-ESCOLAR 9

Plano mensal de Atividades OUTUBRO A melancolia causada pelo Inverno que avança é neste mês aliviada pelo incrível espetáculo oferecido pela Natureza e que, mais do que um adeus, é um festivo até à vista. Quase todas as folhas, antes de caírem, adquirem cores lindíssimas que, disfarçadas no Verão pela verde clorofila, explodem agora em infinitas tonalidades compreendidas na gama do amarelo, do vermelho e da cor da ferrugem. Enquanto a maior parte das plantas está prestes a repousar, o agricultor trabalha sem parar sob o aguilhão dos dias que diminuem e da temperatura que desce bruscamente. Se o ritmo sazonal for favorável, muitos dos grandes trabalhos do outubro podem ser adiados até meados de novembro e até mais, especialmente nas zonas de clima ameno. Não nos deixemos porém enganar pelo céu ainda límpido e pelo sol tépido e verifiquemos diariamente as amplitudes térmicas muito mais marcadas neste mês do que nos outros e particularmente nocivas às plantas ainda ativas. É altura de fazer a planificação anual das atividades, preparemos desde os primeiros dias de outubro os locais destinados a receber as plantas. Semeia-se: Espinafres, alfaces, cebola, rabanetes, salsa e couves. Planta-se: Couves. Com a vinha em outubro, come a cabra, engorda o boi e ganha o dono Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer Em outubro centeio rubro Em outubro pega tudo 10

Outubro quente traz o diabo no ventre Outubro sisudo recolhe tudo Por S. Simão, favas no chão Por S. Simão, semear, sim; navegar, não Quem planta no Outono, leva um ano de abono Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local Visualizar o vídeo do RECÍPROCO no Pré-Escolar ATIVIDADE 1 Livre Dia Mundial da Alimentação 16 de outubro ATIVIDADE 2 Sala Visita à horta de um agricultor ATIVIDADE 3 Exterior Exploração de Histórias, canções ou lendas - A casinha do Sr. Vento ATIVIDADE 4 Sala Conhecer o solo ATIVIDADE 5 Horta/sala Escolher Padrinho da Horta Batizado da Horta ATIVIDADE 6 Sala Outubro Visita do agricultor/agrónomo à horta da escola ATIVIDADE 7 Horta ATIVIDADE 8 Criação da horta Horta DOCUMENTO 1 Delimitação do espaço da horta ATIVIDADE 9 Horta/sala Criação de regras para a exploração da horta ATIVIDADE 10 Sala Preparação da terra ATIVIDADE 11 Horta Preparação de estacas para identificação das culturas ATIVIDADE 12 Sala 11

Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local ATIVIDADE 13 Realização de um compostor Horta/sala DOCUMENTO 2 Outubro Visita de um familiar ou profissional que faça compostagem ATIVIDADE 14 Horta/sala ATIVIDADE 15 Experiencia queda das folhas Sala DOCUMENTO 3 Visualizar o vídeo do RECÍPROCO no Pré-Escolar; Este vídeo é uma abordagem ao RECÍPROCO com testemunhos de crianças que já participaram ativamente no contato com a horta e o agricultor em contexto pré-escolar. Nesta época podem ser recolhidas sementes de abóbora para a atividade Dia da Mãe a realizar em maio - ATIVIDADE 44 12

NOVEMBRO No calendário ainda é outono, mas daqui por diante a paisagem é invernal. Desaparecidas com as últimas folhas as cores berrantes, apercebemo-nos de que faltam nos pomares e jardins, ou são poucas ou mal distribuídas, as espécies de folha persistente e damo-nos conta da insubstituível função ornamental que estas desempenham com a sua constante presença. Novembro é em quase toda a parte chuvoso ou pelo menos rico em humidade atmosférica que as baixas temperaturas transformam em neblina. As plantas regem-se por si e habituam-se gradualmente à nova situação, entrando na fase de repouso que, além de ser uma defesa, é uma pausa necessária. Mas, quando a mudança sazonal é brusca provoca um inevitável stress que nos cabe atenuar. Enquanto o terreno não estiver endurecido pelo frio, novembro é um mês de importantes trabalhos relativos sobretudo à plantação de alho, espinafres, favas, ervilhas e morangueiros. Semeiam-se coentros e salsa. Mas é especialmente o mês em que se prepara e conclui o programa de defesa da horta, que deve envolver todas as plantas, em todos os climas. Deve-se garantir um sistema de drenagem eficaz para evitar alagamentos em culturas ao ar livre. Semeia-se: Alfaces, coentros, tomate, nabiças, cebola, salsa e couves. Planta-se: Couves. Em novembro prova o vinho e planta o cebolinho Em novembro poe tudo a secar pode o sol não voltar Cava fundo em novembro para plantares em janeiro No dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho 13

No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho Novembro à porta, geada na horta Pelo S. Martinho, semeia fava e linho Pelo S. Martinho, semeia o teu cebolinho Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local Conhecer os diferentes tipos de culturas (sequeiro, regadio e estufa) ATIVIDADE 16 Sala Pesquisar sobre as técnicas de semear/plantar ATIVIDADE 17 DOCUMENTO 5 Sala Observação/exploração dos diferentes tipos de sementes ATIVIDADE 18 DOCUMENTO 6 Sala Exploração do Borda D água ATIVIDADE 19 Sala Novembro Exploração das fases da lua ATIVIDADE 20 Sala Construção de estufas ATIVIDADE 21 Sala/horta Realização de sementeiras ATIVIDADE 22 DOCUMENTO 7 Horta Recolha da batata para grelar ATIVIDADE 23 Sala Exploração de relações da família com agricultores da região ATIVIDADE 24 Sala 14

DEZEMBRO Estamos agora em pleno Inverno, mas em todo o caso, o gelo só chega no período em que os dias muito curtos e o sol baixo no horizonte induzem na maioria das plantas uma profunda paragem vegetativa que as torna praticamente insensíveis às severidades meteorológicas. Existem zonas particularmente favorecidas pelo clima em que é possível dedicar-se a trabalhos de horticultura, como plantar, podar e transplantar, mas é preferível limitar-se às operações inerentes à verificação do estado das plantas (limpar as folhas secas) das cercas e muros de sustentação, do sistema hídrico e das coberturas. É portanto tempo de monda, poda e desfolha de culturas existentes. A rega de culturas ao ar livre torna-se necessária quando existem longos períodos sem chuva. Quando existem culturas em estufa, devem ser regadas. Semeia-se: Cenouras, couves, nabiças, pimento, tomate. Planta-se: Couves, alface e couves. Dezembro molhado, janeiro geado Em dezembro chuva, em agosto uva O alho pelo Natal já deve ter bico de pardal Ande o frio por onde andar pelo Natal há-de chegar Depois que o menino nasceu tudo cresceu Em dezembro descansa, em janeiro trabalha Pelo Natal, sacha o faval Se queres bom alhal, semeia-o pelo Natal Vinho, azeite e amigo sempre do mais antigo 15

Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local ATIVIDADE 25 Manutenção da horta Horta DOCUMENTO 8 Dezembro Realização de sementeiras ATIVIDADE 22 DOCUMENTO 7 Horta Visita a pomares e hortas para exploração de diferentes culturas ATIVIDADE 26 Exterior 16

JANEIRO Novembro e dezembro a paisagem mantém-se semelhante um pouco por todo o lado. Nos locais onde o clima foi mais benéfico, pensou-se na curta duração do dia para manter as plantas em repouso, mas, em janeiro, mais uma hora de luz e o sol mais alto fazem aumentar ligeiramente a temperatura e muitas plantas acordam, a fim de se prepararem para o desabrochar de fevereiro. Há que proceder a arranjos o mais depressa possível e, sobretudo, há que restabelecer as coberturas, aproveitando horas de sol tépido. Neste mês espera-se precipitação intensa e geadas nos dias mais frios nas zonas mais do interior. É altura de fertilização orgânica (estrume/chorume) e arranjar a terra destinada à sementeira de primavera. Semeia-se: Cenouras, couves, nabiças, abóbora, tomate. Planta-se: Cebola, couves, alface, couves e tomate. Janeiro geado Boa noite após mau tempo, traz depressa chuva ou vento Bons dias em janeiro vêm a pagar-se em fevereiro Quando a sapo salta, água não falta Se queres ser bom ervilheiro, semeia no crescente de janeiro 17

Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local ATIVIDADE 25 Manutenção da horta Horta DOCUMENTO 8 ATIVIDADE 27 Plantação de batata Horta Janeiro DOCUMENTO 9 Realização de sementeiras ATIVIDADE 22 Horta Construção de um herbário - 1ª fase Construção de um herbário - 2ª fase ATIVIDADE 28 ATIVIDADE 29 Sala Sala 18

FEVEREIRO O dia prolonga-se visivelmente e, com o céu sereno, os raios de sol, já não tão inclinados no horizonte, começam a aquecer. É talvez neste mês que se verificam as maiores disparidades climatéricas do nosso país. Enquanto ao norte e nas zonas interiores do centro pouco ou nada mudou na paisagem relativamente a janeiro, no sul o desabrochar de algumas plantas são sinais evidentes de uma Primavera precoce. Também no ambiente limitado das hortas se nota neste período um comportamento muito diverso da vegetação: enquanto quase tudo em redor dorme num nicho abrigado por uma sebe ao pé de um muro exposto ao meio-dia, sob as coberturas ou em locais mais abrigados, as plantas despertam prematuramente. Isto pode ser perigoso devido às variações térmicas ainda sensíveis e a um possível regresso às condições típicas do Inverno com a queda de nova camada de geada. Vigiemos, pois, estas plantas e, quando necessário, protejamo-las melhor. É necessário verificar diariamente a temperatura e arejar nas horas mais quentes as plantas abrigadas, de modo a evitar que a condensação da água que se formou durante o dia, recaia de noite sobre as folhas sob a forma de geada. Deve-se revolver as terras para arejamento. Semeia-se: Cenouras, couves, nabiças, abóbora, feijão (quando se semear feijão propõe 19

realizar-se a atividade 35 no mesmo mês), tomate, pimento, ervilhas. Planta-se: Cebola, couves, alface, couves e tomate. ATIVIDADE 35 Aveia de fevereiro enche o celeiro Neve de fevereiro, presságio de mau celeiro Quando não chove em fevereiro, nem bom prado nem bom celeiro Por S. Matias, começam as enxertias Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local ATIVIDADE 25 Manutenção da terra Horta DOCUMENTO 8 Realização de sementeiras ATIVIDADE 22 Horta Preparação da terra (fertilização) ATIVIDADE 11 Horta Fevereiro Colheita de produtos ATIVIDADE 30 Horta Preparar o Carnaval ATIVIDADE 31 Sala Exploração de histórias, canções ou lendas - O Nabo gigante/heróis da horta ATIVIDADE 4 Sala Exploração/construção de um pluviómetro e respetivo registo ATIVIDADE 32 DOCUMENTO 10 Sala/horta 20

MARÇO Entre o Inverno e a Primavera, março seria o mês adequado aos grandes trabalhos da horta. Graças às temperaturas agora mais amenas, a terra trabalha-se bem e as plantas, excetuando algumas que preferem desenvolver-se com o frio, ainda não despertaram. Mas, além das inesperadas mudanças de tempo que provocam marcadas oscilações térmicas, este mês é chamado tradicionalmente doidinho, também por causa das possíveis geadas tardias, que destroem literalmente as pequenas plantas que desabrocharam. Cuidado pois, para não pôr demasiado a descoberto as plantas da horta. Se o ritmo climatérico se mantém dentro das normas, as chuvas repetidas facilitam o enraizamento das plantas que são plantadas pouco a pouco, assegurando a necessária humidade que, embora por vezes excessiva, é neste período contrabalançada por uma evaporação mais ativa. São espectáveis geadas tardias na região do litoral, sacham-se, limpam-se e regam-se as hortas. Semeia-se: Abóbora, tomate, batata, cebolinho, couves, ervilhas, favas, feijão, melancia, melão. Planta-se: Couves, alface, morango, pimento, tomate. Março marçagão, de manhã Inverno, de tarde Verão Março ventoso, abril chuvoso Se queres bom cabaço, semeia em março 21

Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local Dia do Pai 19 de março O que quero / gosto de comer com o pai (que o pai coma comigo) ATIVIDADE 33 Livre Dia da Árvore - 21 de março ATIVIDADE 34 Exterior Realização de sementeiras ATIVIDADE 22 Horta Plantação de cebolinho Plantação de couves DOCUMENTO 12 Horta Recolha de estacas/canas para suporte de feijão (Varas) ATIVIDADE 35 Exterior/horta ATIVIDADE 36 Medições de plantas Horta/sala Março DOCUMENTO 11 Construção de espantalhos ATIVIDADE 37 Sala Exploração de histórias, canções ou lendas - canção da sementinha ATIVIDADE 4 DOCUMENTO 4 Sala Exploração de histórias, canções ou lendas - João Pé de Feijão Realização de jogos de contagens e associação com sementes Exploração de histórias, canções ou lendas - Ainda nada! ATIVIDADE 4 ATIVIDADE 38 ATIVIDADE 4 Livre Sala Sala 22

ABRIL Daqui por diante a temperatura já não desce abaixo dos 10ºC nem mesmo de noite, exceto nas zonas e nos anos mais desafortunados. Já não estamos no tempo dos grandes trabalhos em curso, e os necessários devem ser executados e completados rapidamente, um por um. Abril é um dos meses em que a advertência último prazo para que reaparece com maior frequência e insistência: último prazo para plantar, podar, mondar as infestantes que já florescem. O trabalho de manutenção é intenso, especialmente nas hortas que tiveram de sofrer os rigores de um Inverno prolongado: ancinhar, sachar e recolher as folhas estragadas. Semeia-se: Batata, cebolinho, couves, feijão, melancia, melão, nabiças e brócolos. Planta-se: Couves, morango e pimento. Em abril cada lua dá mil É próprio do mês de abril as águas serem às mil Em abril, abre a porta à vaca e deixa-a ir Em abril, águas mil Em tempos de cuco, de manhã molhado, à tarde enxuto Inverno de março e seca de abril deixam o lavrador a pedir 23

Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local Realização de sementeiras ATIVIDADE 22 Horta Recolha de animais da horta (caracóis, minhocas, Lagartas, formigas, escaravelhos, grilos) para observação ATIVIDADE 39 Horta Projetos de estudo sobre os animais ATIVIDADE 40 Sala Abril Construção de viveiros para os animais (terrário de minhocas) ATIVIDADE 41 Sala Exploração /registo de percursos de caracóis sobre uma cartolina preta ATIVIDADE 42 Sala Cheiros e cheirinhos - Identificar plantas aromáticas através do olfato e tato ATIVIDADE 43 DOCUMENTO 13 Sala 24

MAIO Se o mês de abril teve um decurso normal, maio deveria ser o verdadeiro prelúdio do Verão. A horta funciona plenamente em todas as suas componentes. Cada categoria de plantas está, em suma, presente e em viva atividade. Em contrapartida, o agricultor que trabalhou bem anteriormente, fracionando racionalmente as várias intervenções, pode finalmente descansar um pouco e deter-se a admirar os resultados da sua habilidade. Mais do que outra coisa, maio requer, de facto, trabalhos de manutenção da horta e de normal assistência às plantas. É certamente necessário regar as espécies anuais e as espécies plantadas recentemente e que ainda não formaram um sistema radicular suficiente para as tornar autónomas. Mas, ainda que faltemos umas vezes, nada de grave acontece. O que mais trabalho dá é a luta contra as infestantes vindas de longe e, como sempre, trazidas pelo vento, pela chuva e pelos pássaros. Apesar dos tratamentos invernais, é sempre maciço o assalto dos parasitas, em particular dos afídios sobre as tenras plantas. Enquanto são poucos, retiramo-los à mão pouco a pouco ou fazemo-los cair com um jato de água, e já não serão capazes de voltar a subir a menos que os transportem as formigas. Combatamos, pois, também estas, desalojando-as com insistência. Semeia-se: Couves, melão e nabiças, agrião, espinafre, melancia, feijão. Planta-se: Couves, pimento e alface. Água de maio, pão todo ano Em maio verás a água com que regarás Favas, maio as dá, maio as leva Maio chuvoso faz o ano formoso 25

Maio claro e ventoso faz ano rendoso Maio frio, junho quente, bom pão e vinho valente Maio hortelão, muita palha e pouco pão Trovoada de maio, depressa passa Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local Dia da Mãe ATIVIDADE 44 Sala Exploração da técnica do mondar ATIVIDADE 45 Horta/sala Realização de sementeiras ATIVIDADE 22 Horta Exploração de histórias canções e lendas - lenda da Sopa de Pedra ATIVIDADE 4 Sala Maio Recolha de produtos da horta para a confeção da ementa do dia da alimentação da horta ATIVIDADE 46 Horta ATIVIDADE 47 Piquenique com legumes e frutas da horta Exterior DOCUMENTO 14 Visita de um nutricionista ATIVIDADE 48 Livre 26

JUNHO Segundo o calendário oficial, durante as primeiras três semanas, ainda é Primavera, mas o clima a sul já é quente. Nos finais do mês a situação equilibra-se e a vaga do desabrochar das plantas, invade todo o país. A horta requer um grande empenho, tendo em conta a convivência das espécies mais diversas nas diferentes fases do ciclo vital. Todas as plantas têm sede. O sol vai alto e, se não chove, cabe-nos a nós opormo-nos aos efeitos desidratantes, recordando que os horários para a irrigação são agora os estivais (regas de curta duração nas horas de menor calor manhã e final da tarde). Semeia-se: Couves e nabiças. Planta-se: Couves. Ande o Verão por onde andar no S. João há-de chegar Galinhas de S. João pelo Natal poedeiras são Lavra por S. João se queres ter pão Pintos de S. João pela Páscoa ovos dão Quando o vento ronda o mar, na noite de S. João não há Verão Sardinha de S. João já pinga no pão Se o vento bailar na noite de S. João tarda o Verão Sol de junho madruga muito 27

Mês Atividades Atividades / Documentos / registos associados Local Junho Exploração de noções matemáticas Introdução à Produção Integrada e produção Intensiva ATIVIDADE 49 ATIVIDADE 50 Horta Exterior/sala Nos meses de julho, agosto e setembro são dadas informações úteis do que se pode fazer na horta uma vez que não são previstas atividades com as crianças devido à pausa para férias. É no entanto um período muito produtivo pois as temperaturas e horas de sol favorecem o crescimento das plantas. 28

JULHO As regas são de grande importância neste período, devem ser efectuadas à tarde e conforme as necessidades das plantas. Semeia-se: Couves e nabiças. Planta-se: Couves. A abelha perto do monte, com fonte e casa abrigada, produz mel e cera dobrada Julho quente, seco e ventoso trabalho sem repouso Pela palha se conhece a espiga AGOSTO Neste mês é tempo de preparar o terreno para as sementeiras e plantações do próximo Outono. Deve-se regar pela fresca e sachar. Recolha de muitas sementes. Semeia-se: Couves, coentros, salsa e nabiças. Planta-se: Couves. Em agosto toda a fruta tem seu gosto Agosto madura, setembro vindima Cava e esterca de agosto ao lavrador alegra o rosto Em agosto dá o sol pelo rosto Em agosto secam os montes e em setembro as fontes 29

SETEMBRO Continuar a fazer a preparação da terra. Devem ser eliminadas algumas folhas das plantas para que toda a energia da planta se concentre nos frutos. Este é o melhor momento para retirar da terra algumas plantas preparando o terreno para novas culturas. Semeia-se: Couves, alface, cenoura e nabiças. Planta-se: Couves. Deus dá nozes a quem não tem dentes Em setembro ou secam as fontes ou alargam açudes e pontes Em setembro, planta, colhe e cava, que é mês para tudo Quem planta no Outono, leva um ano de abono Setembro molhado, figo estragado Descarregar o manual AQUI! 30

CADERNO DE ATIVIDADES 31

ATIVIDADE 1 Visualizar o Vídeo do RECÍPROCO no Pré-Escolar Objetivos Introduzir o conceito RECÍPROCO; Despertar o interesse pelo contato com a terra e a agricultura. Procedimentos Questionar as crianças sobre a vontade delas em ter a sua horta e produzir os seus alimentos; Visualizar o filme; Abrir a discussão, como fazer, que tipo de horta. (construção de uma horta -Documento 1); Registar opiniões das crianças. Ir para Documento 1 Recursos Filme; Videoprojector; Computador; Documento 1. Reproduzir o vídeo RECÍPROCO NO PRÉ-ESCOLAR 32

ATIVIDADE 2 Dia Mundial da Alimentação 16 de outubro Objetivos Alertar para os problemas dos erros mais comuns da alimentação das crianças; As crianças devem compreender a importância dos vegetais na alimentação. Procedimentos Questionar as crianças sobre os erros mais comuns da alimentação e como os evitar; Implementar um dia de Lanche equilibrado. 33

ATIVIDADE 3 Visita à horta de um agricultor Objetivos Conhecer uma horta de um agricultor (pode ser um familiar ou o padrinho da horta). Procedimentos As crianças tomam contacto com uma horta real; Recolhem sementes ou podas de plantas para colocarem na sua horta; Questionam o agricultor do que existe, para que serve, quem trabalha na horta, que instrumentos utilizam; Questionam o agricultor como devem fazer para cuidar da sua horta; Em sala devem ser registados os resultados, bem como outros aspetos de interesse que as crianças considerem importante. Recursos Galochas; Bonés/Chapéus. 34

ATIVIDADE 4 Exploração de histórias, canções ou lendas Objetivos Explorar através das histórias, canções ou lendas os temas que vão sendo tratados nas atividades ao longo dos meses. História Autores A casinha do Sr. Vento Maria do Céu Nogueira O Nabo Gigante Aleksei Tolstói Heróis da Horta Ulf Stark Recursos Canção A sementinha Ana Maria Ferrão (ver documento 4) Ir para Documento 4 João Pé de Feijão Ingrid Biesemeyer Bellinghausen Ainda Nada Christian Voltz Lenda Sopa de Pedra - História da Planta (poesia infantil) Ofélia e Narbal Fontes Estas Histórias podem ser facilmente encontradas na internet. 35

ATIVIDADE 5 Conhecer o Solo Objetivos As crianças devem descobrir que o solo é constituído por diferentes materiais: orgânicos (plantas e animais), minerais (pedras), água e ar e que possui propriedades específicas importantes para o cultivo das plantas; As crianças devem entender que todos os constituintes do solo são importantes para fornecer alimento para as plantas; Explorar a cor e textura da terra. Procedimentos Colocar um pouco da amostra de solo colhida na bancada em cima de um jornal; Separar os componentes iguais ou semelhantes (pedras, pauzinhos, ervas secas, grãos de terra e colocá-los num recipiente que, posteriormente poderá ser identificado; Abrir a discussão e escrever o que as crianças vão dizendo sobre os materiais encontrados; Levar as crianças a categorizar todos os materiais que separaram, e a descobrir quais os que constituem matéria orgânica (restos de plantas mortas, pauzinhos, animais ou restos de animais, e os que são matéria mineral (pedras e grãos de terra); Explorar textura e cor da terra. Recursos Amostra de solo; Jornal; Copos ou pratos de plástico; Galochas; Luvas; Bonés/Chapéus. 36

ATIVIDADE 6 Escolha de um Padrinho para a Horta Batizado da Horta Objetivos Criar o sentido de pertença da horta por parte das crianças. Procedimentos As crianças devem escolher uma pessoa para ser o padrinho da horta, que tenha conhecimentos sobre agricultura e possa acompanhar os trabalhos; As crianças devem escolher um nome para a sua horta e fazer o Batizado colocar uma placa - na presença do padrinho. Recursos Material para execução da placa com o nome da horta. 37

ATIVIDADE 7 Visita do agricultor/agrónomo à horta da escola Objetivos Explicar como deve ser a horta; Perceber com o agricultor/agrónomo as capacidades do espaço destinado à horta; Entender a importância da fertilização da terra. Procedimentos As crianças questionam o agricultor/agrónomo sobre o espaço que pensaram para construção da horta; O agricultor/agrónomo dá a sua opinião sobre que produtos devem ser cultivados e quando; O agricultor explica porque se deve fertilizar a terra (fertilizante orgânico). Recursos Galochas; Bonés/Chapéus. 38

ATIVIDADE 8 Criação da Horta Objetivos Criar a horta. Procedimentos As crianças devem dar forma ao espaço destinado à horta; Vêr sugestões do Documento 1. Ir para Documento 1 Recursos Documento 1; Galochas; Bonés/Chapéus. 39

ATIVIDADE 9 Delimitação do espaço da horta Objetivos Delimitar o espaço da horta; As crianças devem fazer um projeto da horta e na própria planta fazer as delimitações. Procedimentos Fazer uma planta da horta, com delimitações do espaço; Colocar as delimitações conforme a planta. Recursos Pedras; Cascas de árvores ou outros materiais; Galochas; Luvas; Bonés/Chapéus. 40

ATIVIDADE 10 Criação de regras para a exploração da horta Objetivos Definir as regras a cumprir na horta, de segurança, de respeito pela natureza e regras de trabalho. Procedimentos As crianças devem contribuir com a sua opinião para formar as regras na horta, por exemplo: Respeitar as indicações do Educador; Andar sempre pelos trilhos e não pisar as plantas; Respeitar as plantas e os animais da horta; Utilizar os utensílios com cuidado; No final do Trabalho arrumar os utensílios; Utilizar sempre os equipamentos de proteção recomendados (ex: botas, luvas, chapéus, galochas, etc.). Devem ser enumeradas também, se necessário, a sequência das tarefas das crianças na horta. Registar através de desenhos legendados num cartaz a afixar na sala ou próximo da horta. Recursos Cartolina; Imagens, fotografias ou desenhos ilustrativos; Marcadores. 41

ATIVIDADE 11 Preparação da terra Objetivos As crianças devem compreender porque deve existir uma preparação da terra antes de colocarmos as sementes ou plantas; As crianças devem entender a necessidade de fertilizar o solo. Procedimentos Afofar a terra A maioria dos hortícolas têm raízes frágeis, que não conseguem crescer em solos compactados. Assim, deve-se afofar a terra com um sacho. Só deve ser feito este trabalho com a terra seca ou pouco húmida para que a terra não fique compactada depois desta mobilização. Dar forma aos canteiros Em espaços maiores, é preferível que sejam feitos canteiros elevados. Eles servem principalmente para podermos caminhar entre as plantas sem esmagar o solo utilizado pela planta, e também para evitar o empoçamento de água. Em espaços muitos pequenos não é necessário. Fertilizar o solo Para preparar o solo para receber as plantas este deve ser fertilizado com estrume curtido (estrume já misturado com palha e deixado ao ar uns dias), húmus de minhoca ou terra vegetal. Misture-os bem no solo até uma camada de uns 10cm de profundidade, nas proporções de uma parte de fertilizante para duas partes de terra. Nunca devemos exagerar na fertilização, o excesso pode matar a planta. Depois da fertilização, é recomendável que aguardemos um período de 10 a 15 dias para que o fertilizante entre em equilíbrio com o solo, evitando assim futuros problemas (toxicidade para a planta). Recursos Sacho; Ancinho; Pá; Fertilizante; Balde; Chapéus; Galochas. 42

ATIVIDADE 12 Preparação de estacas para identificação das culturas Objetivos As crianças devem compreender que é necessário identificar os canteiros para sabermos que plantas temos em cada um. Procedimentos 1. Escrever o nome e/ou uma imagem da planta na cartolina; 2. Colocar o plástico autocolante para proteger a placa da ação do sol e da chuva; 3. Fixar a placa às canas com cordel, cola ou outro material; 4. Colocar perto de cada canteiro. Recursos Canas, paus ou outro material para fixar as placas; cartolina; Cordel ou cola; Marcadores; Plástico autocolante. 43

ATIVIDADE 13 Realização de um compostor Objetivos As crianças devem compreender o que é um compostor, para que serve, como se constrói e quais os benefícios da utilização de um compostor na vida da horta; Fazer um compostor para obter fertilizante orgânico para colocar na terra, reaproveitando restos orgânicos domésticos e da própria horta. A compostagem é um processo de reciclagem de matéria orgânica (restos de comida, folhas, pauzinhos, etc. Ver documento 2) através do qual os microrganismos e insectos decompõem os resíduos, dentro de um recipiente (compostor), numa substância homogénea com aspeto de terra: o Composto Para realizar o compostor 1. Retire o fundo ao balde e amarre a grelha com o arame; 2. Quando o balde estiver com a grelha coloque o balde em cima dos tijolos, de modo a ficar uma abertura. Ir para Documento 2 Procedimentos Procedimento para realizar a compostagem 1. Corte os resíduos castanhos e verdes em pequenos pedaços; 2. No fundo do compostor coloque aleatoriamente ramos grossos; 3. Adicione uma camada de 5 a 10 cm de resíduos castanhos; 4. Adicione no máximo uma mão cheia de terra; 5. Adicione uma camada de resíduos verdes; 6. Cubra com outra camada de resíduos castanhos; 7. Regue cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado. ou seja, se ao espremer uma pequena quantidade de material da pilha, ficar com a mão húmida mas não a pingar, a humidade é a adequada; 8. Repita este processo até obter cerca de 1 m de altura. As camadas podem ser adicionadas todas de uma vez ou à medida que os materiais vão ficando disponíveis; 9. A última camada a adicionar deve ser sempre de resíduos castanhos, para diminuir os problemas de odores e a proliferação de insetos e outros animais indesejáveis. 44

ATIVIDADE 13 (cont.) Realização de um compostor Recursos Documento 2; 1 balde do lixo grande (1mx50cm); 1 grelha do diâmetro do balde; Arame para amarrar a grelha; 3 tijolos; Alicate. Ir para Documento 2 45

ATIVIDADE 14 Visita de um familiar ou profissional que faça compostagem Objetivos Comparar o que se fez com o que faz o visitante Procedimentos Questionar os benefícios da compostagem; Comparar o compostor da escola com o do visitante. 46

ATIVIDADE 15 Experiência queda das folhas Objetivos Perceber o efeito do frio nas plantas Furar os copos na base com o pionés e enchê-los com terra. Colocar um deles no congelador durante um dia e outro num local morno na sala. No dia seguinte colocar água nas chávenas e despejar cada uma num dos copos com terra, seguidamente registar com as crianças qual dos copos deixou escorrer mais água e qual deixou escorrer a água mais rapidamente. Procedimentos Explicação da experiência: A Terra fria impede que a água escorra mais facilmente. E com o frio, as raízes das árvores têm mais dificuldade em absorver a água e, por isso, perdem as folhas. Recursos 2 copos de plásticos finos; 1 Pionés; 2 medidas iguais de terra de vaso; 2 guardanapos de cor (para colocar debaixo de cada copo); 2 chávenas de café com água; Documento 3. Ir para Documento 3 47

ATIVIDADE 16 Conhecer os diferentes tipos de culturas Objetivos Perceber que existem culturas de sequeiro, de regadio e de estufa. Procedimentos Explicar que existem diferentes tipos de culturas: As crianças podem trazer produtos resultantes dos diferentes tipos de culturas e separá-los por cada tipo: sequeiro, regadio e estufa. Culturas de sequeiro : não são regadas (ex: trigo e cevada, oliveiras, amendoeiras, favas, a vinha). Culturas de regadio: tem necessidade de ser regadas : hortícolas, milho, arroz. Culturas ao ar livre: resistentes ao clima: couves, alfaces no verão, tomate. Culturas em estufa: são protegidas do ambiente exterior (geadas), na estufa aumenta a temperatura alfaces no inverno, tomate, várias hortícolas. 48

ATIVIDADE 17 Pesquisar sobre as técnicas de semear/plantar Objetivos As crianças devem perceber as diferenças entre semear e plantar Procedimentos Explicar a diferença entre semear e plantar: Semear Deitar a semente na terra para crescer a planta. Ex: abóboras, acelgas, alface, alho-francês, beterraba, cebolas, cenouras, coentros, couve-flor serôdia, couve-de-grelos, espargos, ervilhas, espinafres. Plantar Enterrar a parte subterrânea de uma planta para que possa viver e desenvolver mais raízes para se fixar à terra. Ex: Alecrim, alface, tomateiro. Registar no documento 5 Ir para Documento 5 Recursos Documento 5. 49

ATIVIDADE 18 Observação/exploração dos diferentes tipos de sementes Objetivos Perceber as diferenças entre as sementes de várias plantas Procedimentos Colocar sementes de salsa e de coentros (ou usar sementes de diferentes tamanhos e texturas) em cima de papel; Verificar que são diferentes Registo no Documento 6 Ir para Documento 6 Recursos sementes de salsa; sementes de coentros; Documento 6. 50

ATIVIDADE 19 Exploração do Borda Dágua Objetivos Verificar as informações úteis ao agricultor no Borda Dágua Procedimentos Ver a publicação com as crianças e ver informações sobre: O tempo; O que devemos semear e plantar em cada mês; Cuidados que devemos ter. Recursos Publicação Borda Dágua 51

ATIVIDADE 20 Exploração das fases da lua Objetivos Verificar que existem 4 fases da lua Procedimentos Explicar cada fase da lua às crianças. 52

ATIVIDADE 21 Construção de Estufas Objetivos As crianças devem compreender o que é uma estufa e para que serve; Participar na elaboração de uma estufa. Uma estufa é uma cobertura de plástico transparente para deixar entrar a luz e o calor do sol. Geralmente tem a forma de túnel e serve para proteger as plantas dos ventos frios, da baixa de temperatura e formação de geadas que danificam as plantas. Como fazer: Colocar os paus ou canas de modo a dar uma forma à estufa num local onde obtenha máxima exposição solar ou sobre a plantação já existente e que queira proteger; Utilizar o arame para fixar os vários elementos; Procedimentos Depois da estrutura feita, colocar o plástico em cima, colocar arame em alguns pontos para que este não se solte com o vento ou chuva; Deixar o plástico colocado de um dos lados pelo menos, de forma a poder ser aberto. Algumas formas possíveis de estufa: Recursos Canas, paus; Plástico grosso e transparente; Arames; Pá; Martelo. 53

ATIVIDADE 22 Realização de sementeiras Objetivos Realizar a sementeira. Procedimentos Recomendações para realizar sementeiras: As sementeiras nas épocas mais frias vão germinar mais tardiamente. Podem-se semear todas as espécies recomendadas para esta época dentro da estufa, se for fora da estufa deve-se semear espécies mais resistentes como salsa e coentros. Proceder à sementeira: Fazer um orifício de cerca de 3 cm de profundidade (para sementes de pequenas dimensões) e ir adaptando a profundidade do buraco à dimensão da semente; Colocar a semente (várias sementes se forem pequenas) no orifício e tapar com terra; Identificar a plantação; Documento 7 Ir para Documento 7 Recursos Sacho; Balde; Sementes; Placas de identificação; Chapéus; Galochas; Luvas; Documento 7. 54

ATIVIDADE 23 Recolha de batata para grelar Objetivos Conhecer o processo de plantação da batata; Envolver os familiares na atividade das crianças. Procedimentos Para acelerar o crescimento da planta, deve-se plantar a batata já germinada. As crianças devem pedir a um familiar batatas (também conhecido por batata de semente) para pôr a grelar; Colocar as batatas num local com luz; Deve ser observado o desenvolvimento deste processo com as crianças; Quando as batatas começarem a grelar (emitir rebento ou grelo), cortar as batatas em partes (cada parte deve ter um grelo) para posteriormente serem plantadas O corte das batatas só deve ser feito na altura de as semear (Ver atividade 28 prevista para janeiro); Ir para Atividade 28 Recursos Batatas. 55

ATIVIDADE 24 Exploração de relações da família com agricultores da região Objetivos Dar a conhecer o RECÍPROCO CABAZ DA HORTA; Dar a conhecer às crianças que existem pequenos agricultores na região que podem vender diretamente aos pais das crianças os produtos da sua horta; Promover essa relação direta entre quem produz e quem consome. Procedimentos Questionar as crianças se conhecem alguns agricultores que possam vender os seus produtos aos pais, perceber junto dos pais se este habito já existe; Das informações recolhidas, fazer chegar a informação aos pais sobre que produtos podem comprar localmente e as vantagens para o agricultor, para a família e para a criança. Reproduzir o vídeo RECÍPROCO CABAZ DA HORTA 56

ATIVIDADE 25 Manutenção da Horta Objetivos As crianças devem conhecer e executar os trabalhos necessários à manutenção da horta. Procedimentos Questionar as crianças sobre o que devem fazer para manter as culturas confortáveis na terra; Mondar e sachar a Horta; Registar o que observaram Documento 8. Ir para Documento 8 Recursos Sacho; Balde; Chapéus; Galochas; Luvas; Documento 8. 57

ATIVIDADE 26 Visita a pomares e hortas para exploração de diferentes culturas Objetivos Visitar outra horta e explorar outras culturas. Procedimentos As crianças devem fazer uma visita a uma horta onde possam ver as culturas existentes, e verificar se é possível fazer na Horta da escola. Recursos Chapéus; Galochas. 58

ATIVIDADE 27 Plantação da Batata Objetivos As crianças devem receber a visita de um familiar entendido para explicar o processo de corte pelo brulho para posterior plantação da batata. Procedimentos O familiar experiente na plantação de batatas deve verificar as batatas que as crianças recolheram em novembro e explicar como deve ser feito o corte ver atividade 23 - e a plantação; De seguida as crianças devem fazer a plantação das batatas, seguindo as indicações dadas pelo familiar (compassos entre cada batata e outros cuidados); Esta atividade deve ser feita mais para final do mês de janeiro; Registar no documento 9 Ir para Documento 9 Recursos Faca; Sacho; Balde; Chapéus; Galochas; Documento 9. 59