Conjuntura e Perspectivas do Setor Sucroenergético Artur Yabe Milanez, Gerente do Departamento de Biocombustíveis, BNDES IV Workshop Infosucro Rio de Janeiro, 28/11/2011 1
Agenda 1. Histórico recente do Setor Sucroenergético 2. Aumento da ociosidade industrial 3. Redução dos investimentos em novas usinas 4. O que se pode fazer para reverter o quadro?
Agenda 1. Histórico recente do Setor Sucroenergético 2. Aumento da ociosidade industrial 3. Redução dos investimentos em novas usinas 4. O que se pode fazer para reverter o quadro?
R$ / litro Em mil unidades Em bilhões de litros A equação recente do etanol... 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 1 2 30 25 20 15 10 5-2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: ANFAVEA 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: MAPA e EPE 1,1 1 0,9 3 1 11% de crescimento médio anual das vendas de veículos flex nos últimos 3 anos + 0,8 0,7 2 Oferta estagnada nos últimos 3 anos 0,6 6/7 7/8 8/9 9/10 10/11 H A Fonte: CEPEA/ESALQ e UNICA 3 Aumento significativo dos preços médios nas últimas 3 safras
Desembolsos do BNDES (R$ mil) 8.000 7.575 7.000 6.500 6.000 6.394 5.000 4.986 4.000 3.582 3.000 1.975 2.000 1.000 358 686 723 605 1.098 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Agrícola Industrial (açúcar e etanol) Cogeração TOTAL
Agenda 1. Histórico recente do Setor Sucroenergético 2. Aumento da ociosidade industrial 3. Redução dos investimentos em novas usinas 4. O que se pode fazer para reverter o quadro?
Menor oferta de cana e ATR...
Em % abr/11 jan/11 out/10 jul/10 abr/10 jan/10 out/09 jul/09 abr/09 jan/09 out/08 jul/08 abr/08 jan/08 out/07 jul/07 abr/07 jan/07 out/06 jul/06 abr/06 jan/06 Açúcar remunera melhor... Remuneração do açúcar em relação ao etanol hidratado 160 140 120 100 80 60 40 20 0-20 -40 Remuneração relativa do açúcar Mix de açúcar Fonte: CEPEA/ESALQ
... ociosidade na moagem e na destilaria Menor oferta de matéria-prima + Maior produção de açúcar Base Safra 10/11 Moagem Etanol Açúcar Capacidade Instalada 691 36 39 Produção efetiva 560 25 34 Ociosidade 19% 30% 13% Fonte: BNDES Estimativa de ociosidade industrial no Centro-Sul a partir de informações dos grupos apoiados pelo BNDES
Agenda 1. Histórico recente do Setor Sucroenergético 2. Aumento da ociosidade industrial 3. Redução dos investimentos em novas usinas 4. O que se pode fazer para reverter o quadro?
Hidratado: custo crescente vs preço teto 1,5 1,4 1,3 P (teto) = P (gas C bomba)*70% Margens (etanol) Impostos (etanol) (Base SP) Em R$ por litro 1,2 Média Preço Teto = R$ 1,1 1,1 1 0,9 R$ 1,0 (RE) 0,8 0,7 0,6 Média Preço Real = R$ 0,83 0,5 mai/07 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 Fonte: ESALQ e ANP Preço real Custo ESALQ Preço teto
R$/TC Preferência por aquisições Consolidação vs greenfields Lembrar da opção da fábrica de açúcar Custos de investimento em greenfield x peços Múltiplos Ano F&A Greenfield Expansão Mundial 81 negociados dez/05 81 em F&A 75 Corona 100 fev/06 100 75 300 Bom Retiro 88 abr/06 88 75 Tavares de Melo 188 fev/07 188 106 250 Santa Luiza 175 abr/07 175 106 Andrade 198 jun/07 198 106 200 Alcidia 191 jul/07 191 106 Vale do Rosário 179 jul/07 179 106 150 Dedini 214 ago/07 214 106 100 Benalco 112 fev/08 112 114 Nova América 147 mar/09 147 186 108 50 Tonon 164 fev/10 164 210 115 Guarani 267 abr/10 267 210 115 0 Mandu 172 mai/10 172 210 115 Paraíso 144 set/10 144 210 115 Zanin 127 fev/11 127 241 120 dez/05 fev/06 abr/06 fev/07 abr/07 jun/07 jul/07 jul/07 ago/07 fev/08 mar/09 fev/10 abr/10 mai/10 set/10 fev/11 F&A Greenfield Fonte: BNDES; Banco Itaú; FGAgro; Fundo Terra Viva; Dedini; Mídia
Redução de novos investimentos Rentabilidade limitada de projetos dedicados + Preferência por aquisições de usinas no Centro-Sul + Fatores geradores de incerteza relativos ao Centro-Oeste: i) maior dificuldade logística para escoamento de açúcar, ii) inexistência de variedades próprias, iii) escassez de mãode-obra técnica e iv) arrendamento desvinculado à cana. Diminuição do investimento em novas unidades
Novas unidades e Carteira BNDES 30 18 19 19 10 4 3 0 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 * Novas usinas em operação Projetos de novas usinas contratados pelo BNDES * Estimativas Fonte: UNICA e BNDES
Resumo Rentabilidade limitada de projetos dedicados + Oportunidades de aquisições de usinas no Centro-Sul Menor oferta de canade-açúcar e de ATR + Maior atratividade da produção de açúcar Diminuição do investimento em novas unidades + Aumento da ociosidade industrial das destilarias Estagnação da produção e déficit na oferta de etanol
Agenda 1. Histórico recente do Setor Sucroenergético 2. Aumento da ociosidade industrial 3. Redução dos investimentos em novas usinas 4. O que se pode fazer para reverter o quadro?
Ações de curto prazo Renovação e ampliação de canaviais: dada a menor ociosidade nas fábricas de açúcar, um aumento da disponibilidade de cana nas usinas existentes levaria a uma maior produção de etanol. Expansão de usinas existentes: a UNICA estima que o atual parque de usinas poderia ser expandido em até 100 MTC, com investimento agroindustrial reduzido.
Ações de médio/longo prazos Novas usinas: a rentabilidade incerta e limitada dos projetos dedicados a etanol e energia pode ser mitigada por meio da criação de um ambiente de contratação de longo prazo e com remuneração previsível. Inovação Tecnológica: desenvolver e difundir tecnologias que permitam maior aproveitamento energético da cana, bem como a obtenção de produtos de maior valor agregado.
Conclusão De forma a garantir que, de um lado, o etanol continue representando parcela importante da matriz nacional de combustíveis e, de outro, que o Brasil cumpra um papel relevante no comércio internacional de etanol, entendemos que é necessária a criação de mecanismos que acelerem o crescimento do setor sucroenergético de forma a permitir um padrão de expansão ainda mais intenso e sustentado do que o verificado no ciclo 2006-2009.
Obrigado! Artur Yabe Milanez Gerente do Departamento de Biocombustíveis Área Industrial BNDES Fone: +55 21 2172-8705 milan@bndes.gov.br