Serviço de Medicina Paliativa CHCB - Hospital do Fundão Histórico

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Transcrição:

Serviço de Medicina Paliativa CHCB - Hospital do Fundão Histórico 1. Em 2 de Novembro de 1992, foi criada no Serviço de Anestesia do Hospital Distrital do Fundão a Unidade de Tratamento da Dor Crónica Comendadora D. Eva Nunes Corrëa (benemérita), com 5 camas. A enfermagem pertenceu ao Serviço de Cirurgia. 2. Em 1993, passou a ter mais uma cama e foram definidos os critérios de internamento doença oncológica avançada, para cuidados integrais incluindo o fim de vida. 3. Ênfase na abordagem multidisciplinar. Ainda em 1993, os opióides começaram a ser fornecidos gratuitamente a todos os doentes, inclusive no ambulatório. 4. Em Maio de 1999, foram atribuídas mais 4 camas e a Unidade foi reconhecida, oficialmente, pelo Ministério da Saúde (Circular Informativa da Secretaria Geral do Ministério, N.º 58, de 7/7/99). Nesta altura passou a dispor de enfermagem própria. 5. Em 26 de Julho de 1999, foi visitada pelo Senhor Presidente da República. 6. Em Junho de 23, por decisão da Assembleia Geral do CHCB-SA, passou a serviço autónomo, com a designação de Serviço de Medicina Paliativa do Centro Hospitalar Cova da Beira. 7. Em Janeiro de 25, foram inauguradas as instalações remodeladas, pelo Ministro da Saúde. 8. Em Julho de 25, início da utilização do processo informático, actualmente em forma plena. 9. Em 26, integrou as experiências piloto da RCCI.

Instalações 1 CAMAS - 5 QUARTOS INDIVIDUAIS GABINETE DE CONSULTA / BIBLIOTECA/REUNIÕES SALA DE ACTIVIDADES DOS DOENTES/BIBLIOTECA DOS DOENTES E FAMILIARES GABINETE DE ENFERMAGEM GABINETE DE TRATAMENTOS SALA DE BANHO SECRETARIADO COPA COM ACESSO AOS FAMILIARES SALA DE ESPERA (3 casas de banho, sala de arrumações, sala de sujos )

Recursos humanos Equipa 2 MÉDICOS 9 ENFERMEIROS 1 ASSISTENTE SOCIAL 2 PSICÓLOGAS 1 DIETISTA FARMACÊUTICO 8 AUXILIARES DE ACÇÃO MÉDICA 1 SECRETÁRIA CLÍNICA 1 ASSISTENTE ESPIRITUAL FISIOTERAPIA VOLUNTARIADO

Organização do serviço 1. Consulta normal 3ª e 5ª feira (outras consultas, de acordo com as necessidades, durante o período normal de trabalho). 2. Contacto telefónico permanente com o Serviço e com o médico para todos os doentes com processo organizado. Cobertura permanente por médico de Serviço ao Hospital. 3. Fornecimento individualizado gratuito de opióides pela Farmácia do Hospital, a todos os doentes assistidos no Serviço (internamento e ambulatório, desde 1993). 4. Reunião multidisciplinar semanal com a participação do Serviço Domiciliário do Hospital (médicos, enfermagem, assistente social, psicólogas, farmacêutico, fisioterapeuta e assistente espiritual). 5. Visitas durante todo o dia, e possibilidade de permanência nocturna de familiares. 6. Continuidade dos cuidados no domicílio pelo Serviço Domiciliário do Hospital.

Critérios de admissibilidade 1. NEOPLASIA COM CONFIRMAÇÃO HISTOLÓGICA. 2. INFORMAÇÃO CLÍNICA (EXTENSÃO DA DOENÇA, TRATAMENTOS EFECTUADOS E ACTUAIS E SERVIÇOS ENVOLVIDOS). 1. INDICAÇÃO DO MÉDICO DE FAMÍLIA. 2. TER RESIDÊNCIA NO DISTRITO DE CASTELO BRANCO. (1993) INDIVÍDUOS ADULTOS, COM DOENÇA INCURÁVEL DOCUMENTADA, EM FASE AVANÇADA, PARA CONTROLO DE SINTOMAS E/OU COM PROBLEMAS DE ÂMBITO SOCIAL (FAMILIAR/CUIDADOR PRIMÁRIO) SEM SOLUÇÃO NO CONTEXTO DOMICILIÁRIO. DEVEM TER INDICAÇÃO PARA CUIDADOS PALIATIVOS COLOCADA PELO MÉDICO ASSISTENTE.

Movimento - 27 Total de episódios de internamento 186 Existência média diária 8,7 Doentes falecidos no internamento 14 (56%) Motivo de último internamento: Controlo de sintomas: 67 Terminal: 37 Demora média 17,3 Taxa de ocupação 86,8%

27 3 Doentes falecidos no Serviço Diagnósticos 25 2 15 1 5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 12 1 Doença digestiva maligna; 2 Doença maligna do aparelho genital feminino; 3 Doença maligna do aparelho genital masculino; 4 Tumores malignos do ouvido, nariz, boca e garganta; 5 Doenças malignas do SNC; 6 Doença maligna da mama feminina; 7 Doença maligna hepatobiliar e pancreática; 8 Doença maligna respiratória; 9 Doença maligna hematológica; 1 N. disseminado (secundário); 11 N. pele; 12 - Outras doenças não malignas.

25-27 1º Sintoma mais importante dos doentes falecidos no Serviço 35 3 25 2 15 25 26 27 1 5 I II III IV V VI VII VIII IX TOTAL 27: 14 I- DOR * II FADIGA* III DELÍRIO* IV DISPNEIA* V HEMORRAGIA/ULCERAÇÃO*VI VÓMITOS*VII DISFAGIA* VIII OUTROS* IX - AGÓNICOS

21-27 Evolução do consumo de morfina SC nos doentes falecidos no Serviço 9. 8. 7. 6. 5. 4. + 3. 2. 1. 21 22 23 24 25 26 27

25-27 Duração dos cuidados paliativos dos doentes falecidos no Serviço 35 3 25 2 15 25 26 27 1 5 5 D 15 D 1 M 2M 3M >3 M

25-27 Duração do último internamento dos doentes falecidos no Serviço 4 35 3 25 2 15 25 26 27 1 5 5 D 15 D 1 M 2M 3M >3 M

26-27 Nº de internamentos dos doentes falecidos no Serviço 9 8 7 6 5 4 + 26 27 3 2 1 1 2 3 4 >4

Evolução do número de internamentos 1993/27 25 2 15 1 5 93 94 95 96 97 98 99 2 21 22 23 24 25 26 27 TOTAL 286

27 Evolução do número de falecimentos no Serviço 12 1 8 6 4 2 93 94 95 96 97 98 99 2 21 22 23 24 25 26 27 TOTAL - 116