SISTEMA BRASILEIRO DE COMÉRCIO EXTERIOR Professor: Moacir HISTÓRICO Criado no final de 1953 a Carteira de Comercio Exterior conhecida como CACEX, do Banco do Brasil, substituindo a CEXIM. Tinha competências para baixar normas, emitir licenças de importação e exportação, fiscalizar preços, liberar ou restringir exportações e importações, etc. Em 1990 foi o Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, que passou a baixar normas de comex. Em 1992 foram divididos os ministérios e criado a Secretaria de Comercio Exterior SECEX. HISTORICO A SECEX substituiu a CACEX, descentralizando as operações de comex no país. A partir de 1993 as guias de exportações foram substituídas pelos REGISTROS DE EXPORTAÇAO, com o implantação do. A partir desta data, outras instituições passaram a acessar diretamente o sistema e emitir seus RE s. Eliminou-se assim o monopólio da CACEX do Banco do Brasil. 1
ÓRGÃOS ENVOLVIDOS No Brasil, existem muitos órgãos envolvidos em comex. Não existindo uma entidade centralizadora. Estima-se que existam mais de 300 órgãos envolvidos em operações de comex, no Brasil. Não há ainda um ministério ou organismo único que dite os rumos do comex brasileiro. MDIC MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Principal órgão de atuação na área de comercio exterior. Tem como competência na área internacional a política de desenvolvimento da industria, comercio e serviços. Mecanismos de defesa comercial, participação em negociações internacionais. Políticas e ações relativas ao comercio exterior Missões comerciais brasileiras e estrangeiras SECEX Secretaria de Comércio Exterior, órgão do MDIC encarregado de políticas e programas de COMEX, e estabelecer normas para sua implementação. Medidas no âmbito fiscal e cambial, financiamento, recuperação de créditos a exportação, seguros, transportes, diretrizes para o instrumento aduaneiro Propor alíquotas para imposto de importação e exportação, licenças de importação automáticas e nãoautomáticas. Negociações e convênios internacionais, defesa comercial do país. Realizar estatísticas de COMEX, controle a entrada e saída de mercadorias do pais, procedimentos administrativos para importadores e exportadores 2
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR SECEX DECEX DEINT DECOM DEPLA Regimes Especiais Estudos Comercialização Normas, Regulamentos e Jurídico DECEX Licenciamento Autorizações Informação/ Banco de Dados Promoção Exportação Regras Internacionais Financiamento Seguro de Crédito Logística CAMEX Câmara de Comercio Exterior Formulação, decisão e a orientação de políticas e atividades relativas ao comex. Instrumento de dialogo entre o setor produtivo e agentes econômicos. Coordenar o orientar ações dos órgãos que possuem competência na área de comex. Medidas para proteger os interesses nacionais nas relações comerciais, na manutenção de acordos bilaterais, regionais ou multilaterais. 3
APEX Agencia de Promoção de Exportações do Brasil. Serviço autônomo que objetiva da promoção das exportações brasileiras. Inserir novas empresas no mercado internacional. Missões internacionais e visitas a feiras. Inteligência comercial CULTURA EXPORTADORA ENCOMEX ENCONTROS DE COMÉRCIO EXTERIOR Objetiva estimular a maior participação do empresariado brasileiro no comercio internacional; O Encomex busca promover a competitividade e a sustentabilidade no setor de exportação; contribuindo na busca de soluções e alternativas para os problemas que existem no processo de exportação Lançamento: ano 1997 no rio de janeiro (RJ) Realizados 137 edições ; empresas: 17.000 Participantes: 70.000 Média de participantes por evento: 530 4
Normas, Regulamentos e Fiscalização SRF Aspectos Monetários BACEN MAIOR PODER SOBRE O COMEX BRASILERO Administração, Diretrizes SECEX HABILITAÇÃO NO RADAR (RASTREAMENTO DA ATUÇÃO DOS INTERVENIENTES ADUANEIROS) Prof. Moacir Rodrigues Objetivos do Radar: RADAR Habilitação para utilização do Siscomex, consistindo no exame prévio daqueles que pretendem realizar operações de comex (IN/SRF 650 de 12/05/2006). Credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro Combate preventivo à interposição fraudulenta (ocultação de intervenientes, praticada mediante fraude ou simulação), com base na verificação de indícios de sua prática; Apoio ao gerenciamento de risco por meio de manutenção de informações cadastrais atualizadas; 5
RADAR Abrangência: Pessoas jurídicas que atuem habitualmente no comércio exterior; Pessoa física, inclusive a qualificada como produtor rural, artesão, artista ou assemelhado. Órgãos da administração pública direta, autarquias, fundações públicas, órgãos públicos autônomos, empresas públicas, sociedades de economia mista, e organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais; Entidades sem fins lucrativos. Pessoas jurídicas (demais). RADAR Modalidades de Habilitação Habilitação Ordinária exportadores regulares, valores maiores Habilitação Simplificada valores menores Habilitação Especial órgãos públicos, organismos internacionais Habilitação Restrita para consultas e retificações RADAR Indeferimento do Processo Requerimento instruído com declaração ou documento falso. Esteja com a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) enquadrada em situação cadastral diferente de ativa. Detenha participação societária em pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ esteja enquadrada como inapta. Tenha deixado de apresentar à Secretaria da Receita Federal (SRF), qualquer declaração solicitada (DIPJ, DCTF, DACON). Indique como responsável no Siscomex ou como encarregada por conduzir as transações internacionais, pessoa com a inscrição no CPF enquadrada em situação cadastral diferente de regular. 6
RADAR Análise Fiscal Verificar a consistência entre as informações prestadas, as disponíveis nas bases de dados da SRF e as constantes do requerimento; Aferir a capacidade operacional da pessoa jurídica, assim entendida a disponibilidade de recursos humanos, materiais, logísticos, bens de capital, imóveis, tecnologia, etc.; Verificar, quanto aos sócios, sua capacidade empresarial e econômica relativamente ao capital aportado na empresa; e Avaliar a capacidade financeira da pessoa jurídica para realizar as transações internacionais pretendidas. Prof. Moacir Rodrigues Sistema Integrado de Comércio Exterior O, foi criado pelo Decreto 660, de 25 de setembro de 1992. Sistema informatizado que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle de comércio exterior, realizadas pela SECEX/MDIC, pela SRF e BACEN, órgãos gestores do sistema. Registros de exportação passaram a ser utilizados em 1993. O modulo importação a partir de 1997. 7
Por intermédio do, as operações de exportação/importação são registradas e, em seguida, analisadas on line pelos órgãos gestores do sistema. Registra, acompanha e controla as operações de comércio exterior, contemplando os aspectos comerciais, cambiais e fiscais inerentes a essas transações Objetivos: Simplificar e padronizar operações de comex. Agilizar operações de embarque de exportação. Reduzir tempo de liberação de mercadorias importadas. Gerar estatísticas confiáveis. Inibir fraudes Ampliar pontos e atendimento no país. Motivar a participação de novas empresas no comex. Usuários: São todos os que tem acesso ao sistema, tais como os gestores, anuentes e as demais instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio. Exportadores, importadores, despachantes aduaneiros, transportadores, corretoras, bancos, etc. 8
Acesso: As empresas exportadoras/importadoras podem ter ao através de: Despachantes aduaneiros Rede de computadores por meio da SRF Corretores de câmbio Agências bancárias Outras entidades habilitadas Entidades lntervenientes: Gestores: cuidam da administração, manutenção e aprimoramento do Sistema nas seguintes fases: Fase comercial: SECEX, responsável pela autorização de entrada e saída de mercadoria Fase aduaneira: SRF, responde pelas normas vinculadas à arrecadação e fiscalização aduaneira Fase cambial: BACEN, responsável pelas normas pertinentes aos aspectos cambiais da operação Órgãos Anuentes São os órgãos que fazem exame prévio de determinados produtos para importação ou exportação. SECEX Ministério Agricultura e Abastecimento Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA) Ministério da Saúde Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Defesa(Aeronáutica, Exército e Marinha) Banco Central do Brasil(BACEN) Departamento da Polícia Federal(DPF) 9
Responsável Legal Pessoas qualificadas conforme Anexo VIII da IN 748/07 Representante Legal - Despachante aduaneiro, - Dirigente ou empregado - Funcionário servidor, nos casos de habilitação na modalidade especial. O credenciamento é feito pela Autoridade Fiscal da RFB no ato da habilitação ou posteriormente em processo instruído exclusivamente para este fim. O credenciamento é feito pelo próprio responsável legal através do certificado digital no modulo cadastro de representantes do siscomex web CPF em situação cadastral enquadrado como Regular. CPF em situação cadastral enquadrado como Regular. SRF - Controle do Comércio Exterior INTEGRAÇÃO DOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS ENVOLVIDOS SUBSTITUIÇÃO DO CONTROLE VIA PAPEL PELO INFORMATIZADO INTEGRAÇÃO DOS AGENTES PRIVADOS ENVOLVIDOS Objetivos AGILIDADE e SIMPLIFICAÇÃO UNIFORMIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS FONTE: RECEITA FEDERAL O Sistema Integrado de Comércio Exterior -, criado pelo Decreto n 660, de 25 de setembro de 1992, é o sistema informatizado que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle do comércio exterior INFORMAÇÕES GERENCIAIS e ESTATÍSTICAS TEMPESTIVAS Bibliografia CORTINÃS, J. Manoel. Exportação. São Paulo: Aduaneiras, 2001. VAZQUEZ, Jose Lopes. Manual de Exportação. São Paulo: Atlas, 1999. VAZQUEZ, Jose Lopes. Comercio Exterior Brasileiro. São Paulo: Atlas, 2009. SOUSA, Jose Meireles de. Fundamentos do Comercio Internacional. São Paulo: Saraiva: 2009. KEEDI, Samir. ABC do Comercio Exterior. São Paulo: Aduaneiras, 2005. 10