2018 - Ano europeu do património cultural VISEU À descoberta de VISEU Vem conhecer uma das cidades mais antigas de Portugal! Para além da sua história com mais de 2 mil anos, é também conhecida pelos seus jardins muito verdes e cuidados! Descobre Viseu e aproveita para explorar a bela paisagem natural da Beira Alta! Porta do Soar Pavão no Parque Natural do Fontelo
Percurso 1 Centro Histórico da Cidade Nesta caminhada vais conhecer as zonas mais antigas de Viseu e descobrir a história de uma cidade que já existia mesmo antes de os romanos terem chegado à Península Ibérica! Começas na Praça da República. É o centro de Viseu desde o século XIX e conhecida pelos edifícios antigos e pelo painel de azulejos do artista Joaquim Lopes, com desenhos de cenas do campo. Bem perto, podes passar pelo Jardim das Mães e seguir para norte, pela Rua Nunes de Carvalho. Vais chegar à Porta do Soar: esta antiga entrada da cidade em forma de arco faz parte da Muralha Afonsina, que foi terminada no século XV durante o reinado de Afonso V, e que ajudava na proteção da cidade contra os invasores. A leste, vais subir até à Catedral de Santa Maria de Viseu (também chamada Sé de Viseu), que tem 900 anos de história! Se entrares, vais perceber melhor como era a arquitetura das catedrais medievais. Mesmo ao lado podes visitar o Museu Nacional Grão Vasco. Para além de ter muitas obras da região, grande parte deste museu é dedicado a Vasco Fernandes (também conhecido por Grão Vasco), pintor português do século XVI, que nasceu em Viseu e viveu na mesma época que Miguel Ângelo e Leonardo da Vinci (os grandes mestres italianos do Renascimento). Algumas das pinturas neste museu são consideradas tesouros nacionais! Mais a norte, na Avenida Emídio Navarro, encontras de novo a Muralha Afonsina e conheces a Porta dos Cavaleiros. Por fim, desces a Rua Formosa e viajas no tempo até uma época ainda mais antiga! Aqui, debaixo de um vidro, está o resto da Muralha Romana, construída para proteger a cidade por volta do ano 360! fácil Localização: Viseu Início: Praça da República Percurso: Circular Distância: 2 Km Duração: 1h30 Tipo de caminho: Urbano Época aconselhada: Todo o ano Porta do Soar Museu Nacional Grão Vasco Sé de Viseu 3 4 5 Porta dos Cavaleiros 6 Jardim das Mães 2 Praça da República 1 7 Rua Formosa 8 Muralha Romana
Percurso I1 Rota das Termas de Alcafache A apenas 9km de Viseu, Alcafache é muito conhecida por ser uma estância termal e um local de uma beleza ímpar, situada mesmo junto ao Rio Dão e rodeada por uma paisagem natural fantástica! Ao fazeres este percurso vais poder respirar o ar puro da serra e conhecer um pouco desta região de Dão-Lafões. O percurso começa na Ponte Romana de Alcafache, que passa por cima do rio Dão. Não vais precisar de nadar até à outra margem! A ponte é da altura do Império Romano e foi reconstruída e reparada várias vezes ao longo dos séculos, e por isso está em bom estado! Depois de atravessares o rio, passas pela Estância Balnear das Termas de Alcafache. Todos os anos, vários pessoas vêm aqui fazer tratamentos com as águas termais que nascem na zona e que têm efeitos benéficos para a saúde. Continua pela margem direita do rio. Vais acabar por chegar ao Moinho das Três Mós, onde antigamente se moíam os cereais para fazer o pão. O trilho também te leva a passar por trás da Estância Balnear, onde encontras a Bica Termal, uma fonte de água escavada numa grande rocha. Aqui podes provar as águas termais da nascente e matar a sede! fácil Localização: Freguesia de Alcafache Início: Junto às Termas de Alcafache Percurso: Circular Distância: 2 Km Duração: 1h00 Tipo de caminho: Caminhos rurais e florestais Época aconselhada: Todo o ano Moinho das Três Mós 3 Bica Termal 4 A caminhada segue por baixo da Ponte Romana e ao longo da margem do rio, onde podes aproveitar a beleza da paisagem cheia de árvores, conhecer a fauna e a flora da região e relaxar perto das águas frescas do Dão. No final, voltas ao ponto de partida. Estância Balnear das Termas de Alcafache 1 Ponte Romana de Alcafache 2 Rio Dão
CURIOSIDADES DE VISEU - Sabias que Viseu também é conhecida como a Cidade do Verde Pinho? Este título surgiu porque a cidade está rodeada por muitos pinhais e tem jardins e espaços verdes bem arranjados. - Um outro exemplo desta "verdura" é o Parque Natural do Fontelo, que fica a leste do centro histórico. O parque foi mandado construir por D. Miguel da Silva, bispo de Viseu entre 1526 a 1547. Tem uma cascata, uma fonte de repuxo e muitas plantas exóticas de outras partes do mundo, como a oliveira-do-paraíso Pavão no Parque Natural do Fontelo (da Ásia), a magnólia (da América do Norte), a aruacária (da América do Sul) ou o feto arbóreo (da Oceânia). Durante o passeio, podes cruzar-te com pavões, aves muito bonitas e coloridas que foram trazidas da Índia durante a época dos Descobrimentos! - "Bem-haja!" é uma expressão local que significa "obrigado"! Ainda hoje é muito usada pelos viseenses e outros habitantes da zona centro de Portugal. - Pensa-se que Viseu foi o local onde nasceu Viriato. Este guerreiro foi o chefe da tribo lusitana que há mais de 2 mil anos habitava a região que viria a ser Portugal. Quando os romanos chegaram à Península Ibérica, Viriato comandou os lusitanos na guerra contra os invasores, acabando por falecer no ano de 139 a.c.. - Cerca de 30 quilómetros a sul de Viseu está a aldeia de Cabanas de Viriato, onde nasceu Aristides de Sousa Mendes, um herói português da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nesta altura, muitas pessoas tentavam fugir da guerra vindo para Portugal. Sousa Mendes, que na altura era cônsul na cidade francesa de Bordéus, ofereceu passaportes a muitos dos refugiados que por ali passavam. Graças a ele, milhares de pessoas conseguiram salvar a vida! Ainda hoje, em Cabanas de Viriato, podes encontrar a Casa do Passal, antigo lar de Sousa Mendes. Viriato
Ao passeares pela Beira Alta és capaz de te cruzar com várias destas espécies. Tira fotos e toma nota de todas as que encontrares! FAUNA aves Ouriço-cacheiro Mamíferos - Coelho-bravo - Fuinha - Gato-bravo - Javali - Lebre - Ouriço-cacheiro - Raposa - Texugo - Toupeira-d água - Andorinha-das-rochas - Andorinha-das-barreiras - Bico de lacre - Cotovia montesina - Cuco rabilongo - Gralha-preta - Guarda-rios - Melro-d água - Melro-das-rochas - Milhafre-preto Bico de lacre - Milhafre-real - Pega-azul - Pega-rabuda - Peneireiro-vulgar - Pintarroxo - Pisco-de-peito-ruivo - Pombo-bravo - Poupa - Rola-brava - Rouxinol-bravo Texugo anfíbios e Répteis - Cobra de água - Lagarto - Salamandra - Sapo comum Salamandra
FLORA Árvores - Abrunheiro - Azinheira - Carvalho negral - Castanheiro - Freixo - Medronheiro - Nogueira - Oliveira - Pinheiro bravo - Salgueiro - Sobreiro Sabugueiro Abrunheiro Flores e Arbustos - Alecrim - Carrasco - Espinheiro - Feto-dos-montes - Giesta - Junco - Rosmaninho - Sabugueiro - Sanguinho-de-água - Silva - Tojo Sabias que na Beira Alta se come muito bem? Quando estiveres a passear pela zona, podes provar muitos pratos deliciosos: Sopa da Beira - Sopa da Beira - Migas à Lagareiro - Arroz de Carqueja - Rancho à Moda de Viseu - Vitela Assada à Moda de Lafões - Cabrito Assado - Arroz de Lampreia - Trutas do Paiva - Presunto - Enchidos (morcela, chouriça, farinheira) E claro que não podiam faltar os doces: - Leite Creme - Arroz Doce à Moda da Aldeia - Pudim de Requeijão - Papas de Milho - Pastéis de Vouzela - Castanhas de Ovos de Viseu - Pastéis de Feijão do Patronato de Mangualde - Caçoilinhos do Vouga - Cavacas Pastéis de Vouzela
Quando preparares a tua mochila, não te esqueças de levar muita água e um lanche para quando a fome apertar! Fica aqui uma sugestão deliciosa e super fácil de fazer em casa: QUEQUES DE IOGURTE E FRUTA 120 g farinha sem fermento 120 g farinha integral 3 colheres de sopa de mel 3,5 colheres de chá de fermento 1 iogurte magro natural (ou com sabor que combine com a fruta a usar) 1 ovo 1 colher chá de extrato de baunilha 2 maçãs cortadas em cubos pequenos (ou outra fruta que gostes: pera, pêssego, banana) Pede ajuda a um adulto e pré-aquece o forno a 180 C. Unta as formas de queques com óleo de amendoim. Junta a farinha com o fermento. À parte, junta o ovo, o iogurte, a baunilha, o mel e a fruta. Na batedeira com as varas de amassar, junta as duas misturas. O resultado vai ser uma massa muito espessa. Coloca cerca de uma colher de sopa bem cheia da massa em cada forma. Leva ao forno durante mais ou menos 25 minutos, ou até um palito sair seco quando espetado num dos queques. Aprende a desenhar um coelho BRAVO! Nesta região é muito comum vermos coelhos bravos. Aprende a desenhar este animal e depois envia-nos o desenho para geral@rikerok.pt. Bom trabalho! 1 2 3 4 5 6 7
PARA OS PROFESSORES DESAFIO: vamos falar de rios e afluentes Tomando como ponto de partida um dos principais rios que passa nesta região, o Mondego, pretende-se explicar aos alunos o que são afluentes e a importância das bacias hidrográficas para o meio ambiente, a agricultura e a própria vida humana. Os alunos deverão identificar vários factos sobre o Mondego: - Trata-se do maior rio que nasce e desagua em território português. - Tem como afluentes os rios Dão, Alva, Ceira, Ega, Arunca e Pranto. - A água da bacia hidrográfica é usada para abastecimento público, na indústria (fábricas), na produção de energia eléctrica e na agricultura (irrigação). - Ecossistema: esta bacia hidrográfica também garante a sobrevivência da flora e da fauna nas suas margens. Para atingir esse objetivo, pode-se organizar um concurso, com prémios previamente definidos. Os alunos terão de responder a algumas perguntas: - O que é um afluente? - Quais são os afluentes do rio Mondego? - Como é utilizada a água do rio Mondego e seus afluentes? - Como é que um rio contribui para haver chuva? Aqueles que conseguirem identificar mais utilizações da água do rio, nomear mais afluentes do Mondego e responder às outras perguntas de forma correta, ganharão o prémio.