3. Nas mulheres com patologia da tiroide o iodeto de potássio pode estar contraindicado, devendo a decisão médica ser tomada caso a caso;



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Transcrição:

NÚMERO: 011/2013 DATA: 26/08/2013 ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: Aporte de iodo em mulheres na preconceção, gravidez e amamentação Iodo; Iodúria; Ingestão de iodo; Gravidez; Suplementação; Fortificação; Preconceção; Amamentação. Sistema de Saúde secretariado.dsr@dgs.pt; pnpas@dgs.pt Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de janeiro, emite-se a Orientação seguinte: I ORIENTAÇÃO 1. As mulheres em preconceção, grávidas ou a amamentar devem receber um suplemento diário de iodo sob a forma de iodeto de potássio 150 a 200 µg/dia, desde o período preconcecional, durante toda a gravidez e enquanto durar o aleitamento materno exclusivo, pelo que deverá ser prescrito o medicamento com a substância ativa de iodeto de potássio na dose devidamente ajustada; 2. Nas grávidas e mulheres a amamentar com indicação clínica para receberem suplementos vitamínicos (gestação múltipla, vegetarianas ou com uma dieta inadequada), há que contabilizar naquela dose diária recomendada de iodeto de potássio, a quantidade de iodo já existente nos suplementos vitamínicos; 3. Nas mulheres com patologia da tiroide o iodeto de potássio pode estar contraindicado, devendo a decisão médica ser tomada caso a caso; 4. De forma a contribuir para a ingestão apropriada de iodo há, naturalmente, que assegurar uma alimentação variada, incluindo alimentos que, habitualmente, são fontes de iodo, em particular: pescado, leguminosas e hortícolas e, ainda, leite e outros produtos lácteos. Recomenda-se, também, a substituição do sal comum por sal iodado. II CRITÉRIOS a. Os organismos internacionais aconselham uma dose diária recomendada (DDR) de iodo de 250 µg/dia para grávidas e mulheres a amamentar e de 150 µg/dia para as mulheres em preconceção 1 ; b. Nas mulheres grávidas e lactantes o valor máximo aceitável de ingestão de iodo por dia é de 600 µg 2 ; c. Os valores de iodúria que indicam uma adequada ingestão de iodo são distintos nos diferentes grupos populacionais 1 : i. Nas grávidas, a iodúria deve situar-se entre 150-249µg/L; 1/6

ii. Nas lactantes, os valores de iodúria devem ser 100µg/L (concentração inferior à da grávida, devido ao facto de uma percentagem de iodo ser excretada no leite materno) 3. III AVALIAÇÃO A monitorização da implementação desta Orientação é atribuída à Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (Grupo de Estudos da Tiroide), em parceria com outras entidades, a fim de se poder avaliar, após 2 anos desta publicação, a sua repercussão na população grávida e mulheres lactantes. Para tal, é criada a Comissão de Acompanhamento que funciona no âmbito da Direção-Geral da Saúde. Ao INFARMED cabe colaborar com a Direção-Geral da Saúde e com a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (Grupo de Estudos da Tiroide) na monitorização de eventuais efeitos adversos do iodeto de potássio sob a forma de medicamento, ora disponível. À Direção-Geral da Saúde compete promover a avaliação do conteúdo de iodo nos principais alimentos consumidos e implementar uma estratégia de iodização universal do sal em Portugal. IV FUNDAMENTAÇÃO a. Durante a preconceção, gravidez e amamentação impõe-se uma adequada ingestão de iodo necessária para completar as necessidades da grávida, para a maturação do sistema nervoso central do feto e para o seu adequado desenvolvimento; b. O iodo é um oligoelemento essencial à vida, obtido a partir de fontes exteriores ao organismo humano, através da alimentação e acumulado na glândula tiroide, tendo como função a biossíntese das hormonas tiroideias 4 ; c. O iodo é um componente das hormonas tiroideias (tiroxina T4 e triiodotironina T3 correspondendo a 65% e a 59% do seu peso molecular, respetivamente). Estas hormonas são responsáveis pela regulação do metabolismo celular e desempenham um papel determinante no crescimento e desenvolvimento dos órgãos, especialmente do cérebro. Nos seres humanos, o máximo crescimento e desenvolvimento cerebral ocorre durante o período fetal e nos dois ou três primeiros anos de vida 5 ; d. A concentração de iodo nos alimentos depende de inúmeros fatores, tais como: teor de iodo na água e nos solos, utilização de desinfetantes iodados na indústria alimentar e uso, na agricultura, de fertilizantes ricos em iodo 2 ; e. Os alimentos que contêm mais iodo na sua composição são, entre outros, as algas, o peixe, o leite e seus derivados e alguns produtos hortícolas 2 ; f. As necessidades diárias de iodo variam ao longo do ciclo de vida. A Dose Diária Recomendada (DDR) para crianças entre os 0 e os 5 anos é de 90 μg/dia, entre os 6 e os 12 anos de 120 μg/dia, para os adolescentes e adultos é de 150 μg/dia e para as grávidas e lactantes de 250 μg/dia 3,6 ; g. Em adultos a ingestão de iodo a partir de 1100 μg/dia pode torna-se prejudicial 7 ; 2/6

h. A deficiência grave de iodo é resultante de insuficiente ingestão na dieta. A consequência fisiopatológica desta situação é o hipotiroidismo com repercussões graves no crescimento e também na vida adulta. Durante a gravidez, se a ingestão deste oligoelemento estiver abaixo dos níveis recomendados, a tiroide materna sintetiza quantidades insuficientes de hormonas tiroideias. Esta situação pode originar inadequado desenvolvimento cognitivo, e/ou comportamental, e outros efeitos nocivos conhecidos como perturbações por défice de iodo. Na sua forma mais extrema pode resultar em cretinismo da criança 1 ; i. A ingestão de iodo durante a gravidez é, assim, comprovadamente essencial à síntese de hormonas tiroideias da mãe que por sua vez são necessárias à maturação do sistema nervoso central do feto e subsequente neuro-desenvolvimento da criança 8,9,10 ; j. As hormonas tiroideias asseguram um desenvolvimento programado e coordenado do sistema nervoso central do feto e da criança, sendo a deficiência de iodo uma das causas evitáveis de distúrbios no desenvolvimento ou de doenças mentais 11 ; k. As necessidades de iodo durante a gravidez estão aumentadas pelas seguintes razões: pelo aumento da necessidade da tiroxina (T 4 ) para manter o normal metabolismo da mulher; pela transferência de T 4 e iodo para o feto durante a gravidez; e pelo aumento da depuração renal na grávida 12 ; l. As grávidas e as lactantes são um grupo de risco para a carência de iodo 13,14. Estudos demonstram que a suplementação com iodeto de potássio permite atingir os valores recomendados de 250 µg/dia 3 ; m. O feto só consegue sintetizar hormonas tiroideias de uma forma significativa a partir do meio da gravidez pelo que depende do aporte materno de iodo até às 20 semanas de gestação 8 ; n. O feto é particularmente vulnerável às alterações provocadas pelas deficiências de iodo numa fase precoce da gravidez. Se a suplementação começa só na primeira visita pré-natal pode já ter sido ultrapassado este período relevante. Nas mulheres que estão a planear engravidar, há evidência de que a suplementação de iodo contribui para atingir os valores recomendados 15 ; o. Nas crianças com aleitamento materno exclusivo, com idades compreendidas entre os 0 e os 6 meses, o aporte de iodo é feito através do leite materno 16 ; p. As crianças alimentadas com substitutos do leite materno recebem a dose diária recomendada de iodo através da fortificação da fórmula para lactentes 17 ; q. O iodo urinário (iodúria) é um bom indicador da ingestão de iodo, visto que a maior parte do iodo ingerido é excretado na urina. A iodúria é, assim, um indicador de ingestão de iodo de base populacional e não um marcador individual; na gravidez, cerca de 90% do iodo ingerido é excretado pela urina 3 ; r. Existe evidência científica recente da existência de deficiência de iodo em populações de risco em Portugal, nomeadamente em grávidas e lactantes 18,19,20,21 ; s. Num estudo realizado com 3631 grávidas em 17 maternidades, do Interior, Litoral e Regiões Autónomas de Portugal verificou-se que o aporte de iodo é insuficiente de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Neste estudo, 83% das grávidas do Continente consomem menos iodo do que é recomendado e apenas 17% têm valores de 3/6

iodúria adequados (> 150µg/L) 18. As iodúrias obtidas nas Regiões Autónomas são significativamente inferiores às obtidas no Continente. Na Madeira 92% das grávidas apresentam níveis inadequados (< 150 µg/l ) e nos Açores a percentagem de grávidas com iodúrias insuficientes ascende a 99% 20 ; t. Num estudo realizado na região do Minho demonstrou-se que mulheres em idade fértil e grávidas apresentavam deficiência de iodo com uma mediana de excreção de iodo na urina <75µg/L 19. Verificou-se, igualmente, a existência de bócio em 14% das grávidas. Num outro estudo 21 dos mesmos investigadores e na mesma região, verificou-se que o perfil das hormonas tiroideias durante a gravidez não era o adequado para suprir as necessidades do feto; u. Garantir que todas as mulheres em situação de risco recebam suplementos de iodo no início da gravidez é um objetivo importante, eventualmente temporário. Idealmente, as mulheres devem ter uma adequada reserva de iodo antes da conceção 22 ; v. A iodização universal do sal pode eliminar a necessidade de suplementação específica na gravidez e lactação 20. A utilização de sal iodado (20-40 mg de iodo por quilo de sal) é uma prática corrente e segura e cobre 2/3 da população mundial 23. V APOIO CIENTÍFICO Lisa Ferreira Vicente*, Pedro Graça, (coordenação) Ana Lúcia Torgal Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil da DGS Isabel Castelão Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da DGS Almerinda Pereira Secção de Neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria Conceição Calhau Ordem dos Nutricionistas Edward Limbert Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo Fátima Serrano Ordem dos Médicos Isabel Vitória Figueiredo Ordem dos Farmacêuticos João Jácome de Castro Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo José Camolas Associação Portuguesa dos Nutricionistas Luisa Pinto Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia Manuela Maria Ferreira Ordem dos Enfermeiros Maria Manuela Pastor Associação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras Marta Marcelino Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP Rui Nogueira Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 4/6

BIBLIOGRAFIA 1 World Health Organization. Assessment of iodine deficiency disorders and monitoring their elimination: a guide for programme managers. 3 rd ed. Genève. 2007. 2 European Food Safety Authority.Tolerable upper intake levels for vitamins and minerals. Scientific Committee on Food. Scientific Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies. 2006. 3 Andersson, M. et al. Prevention and control of iodine deficiency in pregnancy and lactating women and in children less than 2 years-old: conclusions and recommendations of the technical Consultation. Public Health Nutrition 2007; 10(12A): 1606-1611. 4 Yarrington, C. e Pearce, E. Iodine and Pregnancy. Review Article. Journal of Thyroid Research 2011; 1-8. 5 Skeaff, S. Iodine Deficiency in Pregnancy: The Effect on Neurodevelopment in the Child. Nutrients 2011; 3:265-273. 6 FAO, WHO. Vitamin and Mineral Requirements in Human. Nutrition, 2nd ed. Geneva: World Health Organization, 2005. http://whqlibdoc.who.int/publications/2004/9241546123.pdf 7 Public Health Committee of the American Thyroid Association. Iodine Supplementation for pregnancy and Lactation United States and Canada: recommendations of the American Thyroid Association. Thyroid 2006; 16: 949-951. 8 Rebagliato et al. Iodine intake and maternal thyroid function during pregnancy. Epidemiology 2010; 21: 62-69. 9 Sarah C Bath, Colin D Steer, Jean Golding, Pauline Emmett, Margaret P Rayman. Effect of inadequate iodine status in UK pregnant women on cognitive outcomes in their children results from the Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC). The Lancet, May 22, 2013. 10 Loewenthal Lola. Study links iodine deficiency in pregnancy with poor cognitive outcomes in children. British Medical Journal, 23 May 2013. 11 Escobar, G. e Rey, M. Role of Thyroid hormone during early brain development. European Journal of Endocrinology 2004; 151:25-37. 12 Delange F. Optimal Iodine Nutrition during Pregnancy, Lactation and Neonatal Period. Int J Endocrinol Metab. 2004; 2:1-12. 13 Andersson, M. et al. Iodine deficiency in Europe. A continuing public health problem. World Health Organization, 2007. 14 Brantsæter AL, Abel MH, Haugen M, Meltzer HM. Risk of Suboptimal Iodine Intake in Pregnant Norwegian Women. Nutrients 2013; 5:424-440. 15 Zimmermann M, Delange F. Iodine supplementation of pregnant women in Europe: a review and recommendations. European Journal of Clinical Nutrition 2004; 58: 979-984. 16 World Health Organization and United Nations Children s Fund. Reaching Optimal Iodine Nutrition in Pregnant and Lactating Women and Young Children. 2007. 17 Portugal. Decreto-Lei nº 220/99, Composição de base das fórmulas para lactentes quando reconstituídas de acordo com as instruções do fabricante. 5/6

18 Limbert et al. Iodine Intake in Portuguese Pregnant Women: Results of a Countrywide Study. Eur J Endocrinol 2010; 163: 631-635. 19 Costeira, MJ et al. Iodine Status of pregnant women and their progeny in the Minho region of Portugal Thyroid, 2008; 18: 1-7. 20 Edward Limbert et al. Aporte do iodo nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Rev Port Endocrinol Diabetes Metab 2012;7(2):2-7. 21 Costeira, MJ et al. Parameters of Thyroid Function Throughout and after pregnancy in a Iodine- Deficiente population. Thyroid, 2010; 20: 995-1001. 22 Pearce, Elizabeth N. What do we know about iodine supplementation in pregnancy?. J Clin Endocrinol Metab 2009; 94(9): 3188-3190. 23 Andersson M, Karumbunathan V, Zimmermann MB. Global iodine status in 2011 and trends over the past decade. J. Nut. 2012 Feb 29. * Declara que é membro da equipa do projeto Impacto das variáveis da imagem corporal nos indicadores psicofisiológicos da resposta sexual: estudo comparativo entre a população clínica e não clínica, financiado pela 10ª Edição das Bolsas Bial de Investigação Científica n.º 167/2012 de 2012/2013. Francisco George Diretor-Geral da Saúde 6/6