Otopatias de Cães e Gatos ORELHA EXTERNA Pavilhão à face externa da membrana timpânica Ramo Vertical e Ramo Horizontal: L Folículos pilosos; Gls. sebáceas e ceruminosas Profa. Dra. Juliana Peloi Vides Estruturas raras à medida que se aproxima da membrana timpânica ORELHA EXTERNA Cerúmem: Gls sebáceas halócrinas; Gls ceruminosas apócrinas; Células de descamação do epitélio; Interleucinas e enzimas * Migração epitelial * MEMBRANA TIMPÂNICA Divisão orelha externa e orelha média Composta por 3 camadas: Face interna Face intermediária Face externa Elíptico e côncavo Semi-transparente Domínio público ORELHA MÉDIA Epitélio pseudoestratificado, células caliciformes Estrutura que contém ar Martelo; bigorna e o estribo n. facial Inervação simpática doglobo ocular Domínio público 1
ORELHA INTERNA Porção petrosa do osso temporal Labirinto ósseo Cóclea Órgão vestibular Canais semicirculares Domínio público Anamnese: Meneios cefálicos Odor fétido/ Otorreia Otalgia Prurido auricular Head tilt Queda/ rolamento... Tempo de evolução Recidivas Tratamentos anteriores Sinais clínicos Inspeção: Secreções/ crostas Eritema Edema/ otohematoma Erosões/ ulcerações Hiperqueratose.. Palpação OTOSCOPIA Otoscopia: Sedação do animal Otoscópio ideal Posição quadrupedal Domínio público 2
Otoscopia: Sedação do animal Otoscópio ideal Posição quadrupedal Otoscopia vídeo assistida Citologia e Cultura COLEÇÕES LÍQUIDAS: Água; Sangue; Catarro; Pus PARASITAS CORPO ESTRANHOS OTOSCOPIA OTOSCOPIA Membrana Timpânica: - Transparência, brilho, cor, tensão, vascularização - Coleções líquidas (linha horizontal de coleção opaca) - Congestão membranácea (quadros agudos) - Prolapso de membrana - Ruptura da membrana Radiografia Dorsoventral Látero lateral Intraoral Tomografia computadorizada Biopsia e histopatologia Lesão em relevo OTITE EXTERNA - ETIOLOGIA OTITE EXTERNA FATORES PREDISPONENTES CAUSAS PRIMÁRIAS FATORES PERPETUANTES 3
FATORES PREDISPONENTES Conformação; Orelhas pendulares Excesso de pêlos Umidade excessiva; Excesso de cerúmen; Limpeza inadequada; Obstruções MIGRAÇÃO EPITELIAL CAUSAS Aumento na produção de cerumem Distúrbio de produção inflamação Aumento da população de microorganismos Inflamação primária PARASITAS Otodectes cynotis Demodex spp CAUSAS PRIMÁRIAS CAUSAS PRIMÁRIAS HIPERSENSIBILIDADE Hipersensibilidade alimentar; Atopia Ectoparasitas CAUSAS PRIMÁRIAS SEBORREIA CORPOS ESTRANHOS DOENÇAS AUTO-IMUNES DOENÇAS VIRAIS NEOPLASIAS FATORES PERPETUANTES INFECCIOSAS Staphylococcus intermedius Pseudomonas spp. Proteus spp. Escherichia coli Klebsiella spp. Malassezia pachydermatis 4
PATOGENIA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Resenha; Anamnese; EXAME CLÍNICO Exame físico; Hiperceratose e hiperplasia epidérmica Edema e fibrose dérmicos Hiperplasia das gl. apócrinas Exames complementares Prurido auricular Meneio cefálico Otalgia Otorreia Odor fétido SINAIS CLÍNICOS EXAMES COMPLEMENTARES Otoscopia Parasitológico de cerúmen Citológico Cultura fúngica Cultura bacteriana Antibiograma Biopsia + histopatológico Arquivo pessoal EXAMES COMPLEMENTARES Ectoparasitas KOH 10% Bacteriológico Panótico rápido Cocos: Staphylococcus intermedius Bastonetes: Pseudomonas; Proteus Micológico Panótico rápido Malassezia pachydermatis + 15/cpo EXAMES COMPLEMENTARES Otoscopia Parasitológico de cerúmen Citológico Cultura fúngica Cultura bacteriana Antibiograma Biopsia + histopatológico 5
OTITE MÉDIA OTITE MÉDIA 16% dos casos de otite externa aguda 50% dos casos de otite externa crônica SINAIS CLÍNICOS Otalgia Head tilt Horner EXAMES COMPLEMENTARES Otoscopia Parasitológico de cerúmen Citológico Cultura fúngica Cultura bacteriana Antibiograma Biopsia + histopatológico Radiografia / tomografia Exame de LCR Para facilitar Sinais Clínicos... OTITE EXTERNA: PRURIDO AURICULAR MENEIO CEFÁLICO OTALGIA ODOR FÉTIDO OTORREIA DISACUSIA OTITE INTERNA: HEAD-TILT NISTAGMO QUEDA ATAXIA OTITE MÉDIA: OTALGIA HEAD-TILT HORNER LESÕES N. FACIAL HORNER/ LESÕES N. FACIAL TRATAMENTO 6
TRATAMENTO LIMPEZA Classificação clínica da otopatia E identificação da causa base Fatores predisponentes/ perpetuantes?? Limpeza Tratamento tópico Tratamento sistêmico Tratamento eficaz E exame adequado Remoção de toxinas bacterianas, debris celulares degenerados e ácidos graxos livres Menor inflamação Agentes ceruminolíticos LIMPEZA Agentes ceruminolíticos: Sulfossuccinato de dioctil sódico Sulfossuccinato de cálcio Propilenoglicol, glicerina e óleo mineral Quantidade suficiente para preencher a orelha 3 a 7 dias 2 x/dia Após 10 minutos limpar com algodão seco Após o último dia iniciar a medicação EXEMPLOS: Limpinho Limp & Hidrat Epiotic Spherulites Phisio Anti-odor limpeza regular LIMPEZA LAVAGEM OTOLÓGICA LAVAGEM OTOLÓGICA Material necessário: Seringa Sonda uretral Water pick Aspirador Otoscópio Curetas Cuidados: Escolha da substância Membrana timpânica? Pressão Sol. Fisiológica Solução Fisiológica morna PVPI: 10 ml em 100 ml água - bacterianas, micóticas * Fluimucil * 7
OTITE CATARRAL E PURULENTA TRATAMENTO TÓPICO Primo infecção Citologia Lavagem Infecção recidivante Citologia, cultura e antibiograma Lavagem ACARICIDAS: Milbemicina solução (1x) Ivermectina solução tópica (1x) Tiabendazol 1 a 4% Fipronil 10% (2 gotas/orelha/a cada 2 semanas) ANTIFÚNGICOS TÓPICOS: Clotrimazol 1% Miconazol 1% Nistatina 100 UI/ml Cetoconazol 1% Piramicina 0,3% Tratamento específico escolha empírica Tratamento específico escolha correta! tratar corpo!!!! TRATAMENTO TÓPICO TRATAMENTO TÓPICO CORTICÓIDES TÓPICOS: Betametasona 0,1-0,5% Dexametasona 0,1% Fluocinolona 0,02% Triancinolona 0,1% Hidrocortisona 1% ANTISSÉPTICOS: Clorexidine 0,5 a 2% ANESTÉSICOS: Lidocaína 2% a 3% Benzocaína 2% ANTIBIÓTICOS TÓPICOS: Cloranfenicol 0,5% Ciprofloxacina 0,35% Neomicina 0,25% a 0,35% Gentamicina 0,3% a 0,8% Tobramicina 0,3% Enrofloxacina VEÍCULOS: Glicerina Propilenoglicol Água Destilada Lanolina Óleo de Mamona Vaselina Óleos Vegetais Tris EDTA (melhora desempenho Atb) TRATAMENTO TÓPICO - AMBULATORIAL Tris EDTA EDTA 1,2g Tris (Trometamina) 6,05g Água destilada 1000 ml Ácido acético glacial 1 ml Para S. pseudointermedius resistentes Pseudomonas aeroginosa 15 min. antes do antibiótico Solução à 1% de sulfadiazina prata Para Pseudomonas resistentes 15 min. antes do antibiótico TRATAMENTO Instilar tid ou qid, 15-21 dias Acaricidas sid, 21 dias Casos severos: associar antibióticos ou corticosteróides sistêmicos 8
TRATAMENTO SISTÊMICO Otite externa grave / otite média / impossibilidade de tratamento tópico 1 semana após a cura Sulfadiazina-trimetoprim; Clindamicina; Cefalexina; Enrofloxacina Cetoconazol Ivermectina Corticoterapia OTITE ESTENOSANTE Corticóide sistêmico: Prednisona 2 mg/kg sid ou Acetato de metilprednisolona DepoMedrol 0,5 ml Entre a pele e a cartilagem Completar toda a circunferência ou Ciclosporina 5mg/kg sid por 30 a 40 dias OBRIGADA 9