PRÁTICAS DE GEOMORFOLOGIA COM ALUNOS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II

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Transcrição:

PRÁTICAS DE GEOMORFOLOGIA COM ALUNOS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II Autor: Tamires Gabryele de Lima Mendes (1); Priscila Thais Bezerra do Nascimento (1); Orientador: Ranyére Silva Nóbrega (4). 1 Universidade Federal de Pernambuco, tamires25lima@hotmail.com 2 Universidade Federal de Pernambuco, priscilathaisb@gmail.com 3 Universidade Federal de Pernambuco, ranyere.nobrega@yahoo.com.br INTRODUÇÃO O ensino de Geografia tem como formação essencial de seu entendimento a partir do 6 ano do ensino fundamental II, nessa série o conteúdo do currículo mínimo de Ciências é voltado para o conhecimento do planeta e seu funcionamento. A formação básica aumenta o nível de dificuldade no conhecimento dos processos espaciais. No qual envolve reconhecer e raciocinar sobre os processos que acontecem no planeta. Uma forma básica de ensino é começar sempre dando exemplos do micro para o macro, ou seja, reconhecendo a área que a escola está inserida, com exemplos palpáveis para uma melhor conexão com exemplos do macro. A importância do ensino de Geografia é destacada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ministério da Educação (BRASIL, 1998). A geografia tem como objetivo de ensino segundo a PCNs, de que os alunos devam reconhecer que o espaço geográfico é resultante das interações entre a natureza e a sociedade, e desta forma é essencial compreender o espaço e tempo relacionado a dinâmica e as interações dos fenômenos naturais e de reconhecer o relevo e suas transformações, degradações dos solos, a problemática da ocupação de áreas de risco, efeitos. Existe de fato uma dificuldade para o ensino da parte da geografia física, no sentido da geomorfologia existe a necessidade de disposição, tempo, estudo e preparação. É necessário que os professores utilizem o lúdico como metodologia, aproveitando as várias ferramentas tecnológicas a nossa disposição. A geomorfologia engloba conhecimentos da estrutura do Sistema Terra como: as formas do relevo e rios, os agentes modeladores dos relevos, classificação das rochas e minerais. São processos que ocorrem desde muito tempo no nosso planeta então é preciso raciocinar sobre as consequências/causas de antes e o agora. A geologia pode ser trabalhada também de modo integrado a geomorfologia de uma forma local e regional a partir de onde estão inseridas as escolas. Acontece que normalmente existe um tratamento sutil dos conteúdos em sala de aula em assuntos que é necessário um diálogo na condução dos conceitos da geociência (ALENCAR, 2012). Segundo Piranha e Carneiro (2009), as geociências colaboram para a formação de uma Cultura de Sustentabilidade, e isso tem que ser reforçado quando acontecem algumas oportunidades. As oportunidades para uma atividade mais dinâmica em sala de aula a partir de conteúdos de geologia e geomorfologia podem ser aulas formais com a junção de jogos, experimentos e vídeos (Bianconi; Caruso, 2005). A utilização de recursos didáticos/ lúdicos incentiva um melhor aprendizado. Outro ponto a ser trabalhado é a inclusão de aulas em ambientes naturais, que faz com que o aluno crie uma conexão com as aulas expositivas, criando um olhar diferenciado em relação ao que foi vivenciado.

Diante da necessidade de estimular o desenvolvimento de atividades pedagógicas que explorem a temática geomorfologia, o presente trabalho propõe duas propostas com a utilização de recursos didáticos como forma principal de auxiliar os professores no ensino e aprendizagem de alunos do ensino fundamental II. METODOLOGIA A proposta apresentada resulta de possíveis práticas que podem ser utilizadas como metodologia para o ensino-aprendizagem do conteúdo geomorfológico. Como ideia inicial, optou-se como recorte trabalhar as formas e agentes modeladores da terra. O público-alvo deste trabalho são alunos do 6 ano do ensino fundamental II, justificado pelo fato de poder construir e ampliar compreensão da Geomorfologia pelos discentes. A metodologia utilizada baseou-se em revisão bibliográfica e consulta a Livros didáticos de geografia do 6 ano, para uma noção de que práticas didáticas podem ser utilizadas. O trabalho desenvolve a análise de propostas pedagógicas que incorporaram o estudo do meio, constituindo uma conexão entre o aluno e a ciência geográfica. Elaborando condições para o ensino-aprendizagem da geomorfologia. As ideias e noções do conteúdo geomorfológico inserido na linguagem conceitual e visual, noção de escala de tempo e espaço, causa e consequência. No trabalho serão apresentadas duas atividades didáticas para ser aplicadas em turmas do 6º ano do ensino fundamental. A proposta dessas práticas foi subdividida em 02 (dois) momentos, sendo estas: 1) uma abordagem expositiva acerca dos conceitos chave da Geomorfologia, com o uso integrado de imagens de satélite e fotografias aéreas da área que a escola está inserida; 2) uma forma mais prática de recurso didático como o jogo de memória geomorfológico e a confecção de maquete/jogo. Os recursos didáticos para as etapas das práticas são cartolina colorida, tesoura, cola, lápis de cor, papel, régua, lápis e borracha. Como recursos pedagógicos foram utilizados o projetor, maquetes, fragmentos de rochas, cartas topográficas, textos, imagens e vídeos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na aula expositiva inicialmente pode-se iniciar com os estudos das formas da superfície terrestre. Mostrando imagens e características sobre planaltos, planícies e depressões e em seguida dividir a aula em duas partes: a primeira ação dos agentes internos (endógenos) e externos (exógenos). A partir da realidade do aluno pode-se fazer uma conversação sobre os acontecimentos do mundo e local com noções da atuação dos agentes internos como (sismos, vulcanismos e tectonismos). O Rey (2008, p. 39), diz que a conversação, o diálogo em sala, estimula o envolvimento do aluno, define um processo de aprendizagem norteado pela reflexão. O recurso de vídeos para a visualização das ações desses agentes é essencial para um olhar mais crítico e social. A temática dos agentes externos físicos, químicos e biológicos pode ser trabalhada com o uso de imagens em locais no Brasil e no mundo que ocorram esses tipos de erosão. Para a utilização de práticas que auxiliem no processo de ensino, é necessário planejar passo a passo sua utilização. Inicialmente observar o conteúdo a ser trabalhado, e qual tipo recurso seria cabível, depois ver a disponibilidade de recursos pela instituição. Na maioria das

escolas são equipadas com projetador multimídia data shows, mapas e livros (GODINHO, 2007). Neste contexto algumas propostas possíveis a ser realizadas no âmbito escolar como a utilização: Jogo de memória geomorfológica: O jogo pode conter 16 peças com figuras retiradas da internet de acordo com o assunto processos de formação e de erosão diferentes a partir do livro didático utilizado. Em sala de aula os alunos devem se dividir em grupos e em conjunto descobrir os pares, ao descobrir os pares deve ser analisado de acordo com as informações que condizem com cada par das imagens que vai está contida em um cartaz, se o grupo errar perde os pares e passa a vez pra o outro grupo. As informações no cartaz são a partir do livro e cada informação se refere as duas imagens, é preciso que haja uma exposição do assunto antes do jogo. Os materiais utilizados incluem cartolinas, folhas A4, imagens impressas e plastificadas, hidrocor, entre outros. Os principais conceitos e formas de relevo podem ser trabalhados nessa dinâmica. No qual cada grupo na sua vez com seu par de imagens, fica encarregado por uma forma de relevo ou tipo de erosão diferente, como por exemplo, as cadeias de montanhas formadas a partir dos processos endógenos (interno). No cartaz informativo deve conter dicas e informações sobre as formas de relevo, onde respectivamente cada grupo deve fixar a imagem no local correto se errar devolve para o jogo e passa a vez. Maquete e jogo: O jogo em forma de maquete com intuito de associação de erosão em forma de trilha como um tabuleiro. Pode ser elaboradas com situações semelhantes ao que acontece na realidade, a partir da temática erosão como exemplo plantio em curva de nível, voçorocas, ravinas e sulcos entre outros. Para determinadas ações consideradas corretas pode-se avançar uma quantidade de casa e para cada ação incorreta retorna-se algumas casas. Uma ferramenta didática que facilita a visualização das formas do relevo, permitindo a percepção do abstrato de uma forma mais concreta relacionando o visual e o tátil. De acordo com Silva e Muniz (2008, p. 67) incentivar o aluno a produzir maquetes permite uma participação maior deste no processo de aprendizagem, além de dar oportunidade ao educador para perceber o contexto sociocultural em que os estudantes estão inseridos. A visualização do relevo é muito mais efetiva do que se observado no mapa, como por exemplo, a curva de nível, por causa da sua tridimensionalidade, podendo ser representado outros elementos paisagens com rios, áreas urbanas e rurais.

CONCLUSÃO As práticas didáticas voltadas para geomorfologia apresentam-se um recurso essencial para estimular o ensino-aprendizagem dos alunos. Para a compreensão de conceitos desenvolvidos em sala de aula, buscando uma conversação com os alunos para uma noção maior de processos e relações entre a sociedade e natureza. A maior dificuldade para aplicação dessas práticas é a disponibilidade de materiais e recursos pedagógicos da Escola e a disposição do professor para inovar as aulas com preparo e atualidades dos acontecimentos que envolvem a geomorfologia. Nesse sentido, é fundamental pensar em inovações de práticas em sala de aula que estimulem não só o ensino da geomorfologia como também a geografia física. Isso faz com exista uma aprendizagem maior nos alunos, promovendo a curiosidade, dúvidas e até mesmo relações com outros assuntos do seu cotidiano e o entorno da escola. REFERÊNCIAS ALENCAR, R.; NASCIMENTO, R. S,; GUIMARÃES, G. B. Geociências no Ensino Fundamental: Ciências ou Geografia. Da história da Terra à paisagem local através da geodiversidade da Ilha de Santa Catarina. In: Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia, 3., 2012, Ponta Grossa. Anais... Ponta Grossa: UTFPR, 2012. BIANCONI M.L., CARUSO F. 2005. Educação não-formal. Ciência e Cultura [online], 57(4): 20-20. GODINHO, Edna Maria Silva Oliveira. A Dificuldade Encontrada Pelos Professores Em Utilizar Os Recursos De Apoio Didáticos Pedagógicos No Processo De Ensino Aprendizagem De Geografia Na Rede Estadual Da Região Metropolitana De Goiânia 2007. Disponível em: www.webartigos.com. Acesso em: 10 set 2018. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. 1998. Parâmetros Curriculares Nacionais. Geografia. 5ª a 8ª Série. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 156p. PIRANHA J.M., CARNEIRO C.D.R. 2009. O ensino de geologia como instrumento formador de uma cultura de sustentabilidade. Rev. Bras. Geoc., 39(1): 129-137. REY, Fernando L. Gonzalez. O sujeito que aprende: desafios do desenvolvimento do tema da aprendizagem na psicologia e na prática pedagógica. In: Aprendizagem e o trabalho pedagógico/maria Carmem V. R. Tacca/org. 2. ed. Campinas-SP: Alínea, 2008. p. 29-44. SILVA, V.; MUNIZ, A. M. V. A Geografia Escolar E Os Recursos Didáticos: O Uso Das Maquetes No Ensino-Aprendizagem Da Geografia. Geosaberes Revista de Estudos Geoeducacionais. Fortaleza, v. 3, n. 5, p 62-68, jan/ jun. 2012. Disponível em:

http://www.geosaberes.ufc.br/seer.index.php/geosaberes/article/view/117/pdf506. Acesso em 10/09/2018.