SUSTENTABILIDADE AFETIVA E NOVOS ARRANJOS FAMILIARES: UMA ANÁLISE SOBRE AS TRANSFORMAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DA FAMÍLIA Marina Rocha Zani (Psicologia, Universidade Estadual de Londrina) Sonia Regina Vargas Mansano RESUMO As instituições sociais são tão antigas que sua origem sequer pode ser facilmente demarcada. Elas são formadoras de normas e valores que organizam a convivência social e participam da produção de modos de vida que são compartilhados por um coletivo em um dado período histórico. Tais normas podem ser transmitidas na forma de leis ou pela convivência cotidiana. Assim, vivemos em meio a uma rede de instituições sociais que se interpenetram e se articulam para produção e reprodução de valores sociais duradouros. Apesar disso, é possível identificar mudanças que fazem com que as normas e as instituições sociais sejam abaladas, questionadas e sofram modificações. A família é uma das mais antigas instituições sociais e também uma das que mais sofre modificações atualmente. Vivemos, por exemplo, o questionamento sobre hierarquia de seus membros, a reorganização interna das funções sociais e, principalmente, a sua recomposição, que já não envolve necessariamente a triangulação pai, mãe e filhos, típica da família nuclear burguesa. Os novos arranjos familiares são diversos. Assim, esta pesquisa buscou questionar quais novos afetos emergem e passam a ser experimentados nesta instituição colocando seus membros frente ao desafio político de inventar e sustentar outras maneiras de viver afetivamente as relações familiares. Palavras-chave: família; sustentabilidade; afetos 763
As instituições sociais estão presentes em todos os lugares do mundo e são tão antigas que sua origem sequer pode ser facilmente demarcada. Ainda que existam tantos grupos sociais diferentes e tanta diversidade cultural, as instituições apresentam-se como normatizadoras de atitudes e relações, servindo como uma espécie de guia prático que pretende dar direção às relações sociais, organizando-as de acordo com os valores vigentes em cada época. É possível dizer também que são formas visíveis dotadas de organização que podem ser política ou material, as quais produzem modelos de ação e integram seus elementos numa ordem social, podendo ou não estipular castigos para as possíveis transgressões (Baremblitt, 2002; Lourau, 1995). Assim, o tecido social se compõe em uma rede institucional por meio da qual podemos manifestar afetos, prazeres e valores em sociedade. As instituições podem ser organizadas na forma de leis e normas. Quando não constituem nenhum tipo de documento, podem ser transmitidas através de hábitos, regularidades de atitudes ou mesmo pelo discurso (Baremblitt, 2002). Segundo o autor, essa formalização faz com que as instituições tenham um grau de racionalização, pois regulam a atividade humana e produzem valores referentes à existência no meio social, apresentando o que é permitido, o que não é permitido e o que lhe é indiferente. Lourau (1995) afirma que essa regulamentação da atividade e da vida é equivalente a um corte entre o que é possível fazer dentro de uma organização específica e o que não é; entre o que é desejável ou não. Por meio dessas ideias, é possível pensar cada instituição como um universo diferente de todos os outros, simplesmente pelo fato de cada uma ter suas permissões, repressões e regras de convivência específicas. As regras que pretendem comandar os indivíduos inseridos nas instituições, que impõe um pensamento e ações específicas, têm base nas normas sociais vigentes, que tendem a ser cristalizadas e compartilhadas coletivamente. A partir disso, podese dizer que o indivíduo tende a pensar e agir segundo o que é estabelecido pelas instituições para que possa fazer parte das mesmas e da sociedade (Ramos e Nascimento, 2008). Desde o século XVIII, caracterizado por Foucault (1987) como disciplinar, o ser humano está inscrito em uma rede de instituições que se entrelaçam entre si, mas guardam diferenças umas em relação às outras no que se refere às atividades por elas executadas. Para disciplinar, as instituições agem de forma rigorosa e sistemática nos corpos, mantendo na relação com eles um exercício de poder. Diz Baremblitt: Em um plano formal, uma sociedade não é mais que isso: um tecido de instituições que se interpenetram e se 764
articulam entre si para regular a produção e a reprodução da vida humana sobre a terra e a relação entre os homens (2002, p. 27). Nota-se, nessa consideração do autor, o que talvez não seja tão fácil de perceber: o fato de que somos afetados durante a nossa vida por várias instituições diferentes ao mesmo tempo, e que, mesmo com diferenças entre si, elas funcionam de maneira integrada. Pode-se dizer que uma instituição necessita da outra e o seu conjunto é o que constitui a vida em sociedade. A educação pode ser considerada um exemplo dessa articulação, que está conectada com a existência e funcionamento da instituição família, da instituição trabalho e da instituição saúde. Assim conceituadas, as instituições podem ser entendidas como entidades abstratas e, para haver a sua materialização, existem dispositivos concretos, denominados por Baremblitt (2002) como organizações. Existem diversas formas materiais de colocar em prática as regras das instituições. Um exemplo simples de organização é a escola. A materialização dessa organização pode ser assim compreendida: ela é estruturada através das normas e pautas que são um guia para que, no ambiente escolar, aprendamos como nos comportar em sociedade, como ler, e até mesmo quais são os costumes da comunidade (ou país), que são passados de geração em geração. Dessa maneira, as instituições não teriam vida, não teriam realidade social senão através das organizações. Mas as organizações não teriam sentido, não teriam objetivo, não teriam direção se não tivessem informados como estão, pelas instituições (Idem, p. 27). É perceptível, então, que nem as organizações nem as instituições seriam possíveis se não existissem os agentes, os seres humanos que acolhem e vivem conforme as regras de interação social disseminadas pelas instituições e consolidadas pelas organizações. É importante acentuar que as instituições sociais são puramente artificiais, no sentido de serem criadas pelo homem para uma melhor convivência social, tendo como um de seus focos a produtividade de seus componentes. Em certa medida, segundo Baremblitt (2002), as instituições foram se formando a partir de necessidades básicas e gerais dos grupos sociais e começaram a ficar mais complexas à medida que as sociedades cresceram e exigiram maior controle sobre seus membros. Porém, o institucionalismo mostra que a concepção de instituição como supridora das necessidades naturais e espontâneas do homem não procede, uma vez que todas as necessidades são produzidas historicamente, tendo, assim, suas demandas moduladas. Entretanto, a naturalização das instituições é algo bastante recorrente. 765
O perigo dessa naturalização está em difundir a mera reprodução da vida em sociedade. Ao naturalizarmos certos valores e instituições, considerando-os como inatos, nos distanciamos das problematizações sobre a convivência social e sobre suas mutações. Em função da naturalização institucional, é comum encontrarmos uma falsa impressão de elas mantêm-se permanentes e rígidas nos seus valores; mas esse equívoco é logo contrariado quando observamos que a vida e as relações sociais estão em constante mutação. São perceptíveis, principalmente na contemporaneidade, os movimentos de transformação que sofrem as instituições: as mudanças nas regras sociais, mudanças em práticas religiosas, nos modos diferentes de enfrentar a realidade. Isso acontece à medida que a sociedade experimenta alterações e rupturas com o passar do tempo. Dessa forma, apesar da tendência institucional de proteger-se e manter-se inalterada, Baremblitt (2002) afirma que existe uma força de resistência a esse processo. Nesse sentido, é importante perceber que o processo de transmutação social e institucional não cessa, uma vez que as instituições são vivas, mutantes e atentas ao que ocorrem a todo tempo na sociedade: às novas maneiras de agir e de ser que vão surgindo justamente para que a vida em sociedade não seja estagnada. Assim, as instituições acabam tendo de enfrentar uma relação complexa entre o que é chamado de instituinte, que representa essas forças incontroláveis que tendem a transformar os valores, e o instituído, que nada mais é do que o efeito mais duradouro das atividades revolucionárias do instituinte. Instituinte e instituído formam uma dupla permanentemente fluida, elástica. É interessante apontar que o instituinte é um processo constante, que tende às mudanças nas organizações e, portanto, nas instituições. Enquanto o instituído é um processo estático de representação das transformações feitas pelo instituinte (Ibidem). Mesmo que haja constante modificação por parte das forças instituintes, esta acontece muitas vezes em pequenas situações e lentamente. Isso porque as ideias corporificadas pelas instituições foram acumuladas durante um longo período de tempo, através da memória e da ação de inúmeros indivíduos, formando as instituições consolidadas que são conhecidas hoje. Sendo assim, é quase impossível encontrar a origem de uma instituição. Nesse sentido, pode-se dizer que as instituições existem antes do nascimento do indivíduo e continuarão a existir depois de sua morte, visto que seus valores já estão 766
consolidados e irão vigorar por muito tempo, até que as pequenas mudanças sejam, por sua vez, consolidadas como a nova regra de convivência social. Assim, recorrendo à história, é possível destacar as diversas mudanças nas regras sociais que transformaram o ser humano e seu convívio social. Ultimamente, várias das instituições mais antigas têm sofrido mudanças de maneira acelerada, como a educação, o trabalho e a família. Analisando especificamente as famílias de hoje, a partir de sua história, constatamos que sempre existiram grupos que estabeleceram vínculos afetivos importantes e que agora são chamados de vínculos familiares (Hintz, 2001). Cabe dizer que esta é uma das instituições que mais sofreu mudanças com o passar do tempo. Os estudos de Reis (1994) mostram que nos séculos XVI e XVII, as famílias se dividiam em família aristocrática e família camponesa. A primeira vivia da riqueza de suas terras. Compartilhavam o mesmo espaço dos castelos a família direta do rei, os parentes, os criados e os dependentes do senhor das terras. O casamento era, antes de tudo, um contrato político e econômico de união de terras para manutenção ou aumento de riquezas. O trabalho masculino se restringia à administração de terras e às guerras. Já o trabalho feminino era relativo às atividades sociais no castelo, enquanto criadas e amas-de-leite criavam as crianças na aristocracia longe dos pais. Os filhos não necessariamente mantinham um vínculo afetivo direto com seus pais, mas lhes eram ensinados prezar e respeitar a hierarquia familiar. Na mesma época, as famílias camponesas viviam de forma muito diferente da aristocrática. A aldeia era o círculo social mais importante que ensinava os regulamentos e tradições da vida cotidiana às crianças. Casamentos também eram arranjados pelas pessoas da aldeia, formando pares considerados adequados sob o ponto de vista econômico e social. Assim como ocorria na família aristocrática, as crianças aprendiam a depender de outras pessoas que não seus pais. Apesar de o trabalho feminino ser principalmente cuidar das crianças e da casa, o trabalho no campo não deixava tempo suficiente para que essa atenção e cuidado acontecesse em período integral. Como se pode perceber, não havia muita privacidade, uma vez que todos ou moravam juntos ou conviviam no mesmo ambiente, tanto a aristocracia e seus criados no castelo quanto os camponeses que passavam seus dias na aldeia. 767
Com o passar dos séculos, mudanças foram experimentadas nessa organização familiar. Para esse mesmo autor, no século XIX, as constituições familiares mais comuns foram a família proletária e a família burguesa. A primeira surgiu no começo do século XIX, no período inicial da industrialização, sob condição quase que generalizada de pobreza social e econômica. Era comum que todos os membros da família trabalhassem longas jornadas diárias em fábricas, até mesmo as crianças, e que continuassem a manter laços estreitos de relação com a comunidade ao redor. Os filhos eram criados sem muita atenção pelos pais, geralmente sob o cuidado de vizinhos, parentes ou simplesmente soltos nas ruas. A família proletária sofreu, ainda no século XIX, pequenas mudanças de melhoria de vida, o que estreitou seu modelo familiar com o modelo burguês: as mães de família ficavam em casa com os filhos e com outras mulheres da comunidade, enquanto os homens iam trabalhar. Mais uma mudança no modo de organização da família proletária aconteceu já no século XX, quando essas famílias mudaram-se para os subúrbios e romperam os laços com a comunidade, fazendo assim com que a mulher ficasse sozinha em casa, enquanto os homens iam trabalhar e os filhos obtinham algum tipo de educação escolar que se transformou na nova prioridade familiar. Essa última constituição de família proletária quase não se diferencia da família burguesa da mesma época, isto é, houve uma espécie de aburguesamento ideológico da classe operária no que diz respeito ao acolhimento e legitimação dessa organização familiar. Os padrões e valores que compunham a família burguesa, parte do foco deste trabalho, já estavam estabelecidos no século XIX. Ao contrário dos outros exemplos de família, que tinham uma vida familiar pública, esta se caracterizou pela separação nítida da vida pública e da vida privada. O pai saía para o trabalho e lá ele formava sua imagem paterna pública como provedor; já a mãe ficava em casa, reproduzindo o papel de maternidade. Enquanto a família burguesa se fechava em si mesma (formando uma espécie de dicotomia entre núcleo familiar e sociedade), os filhos ficavam sob total controle dos pais, que eram sua única fonte de afeto, que era dado basicamente em troca de os filhos alcançarem as expectativas dos pais de manter o nível social burguês e propagarem a ideologia burguesa. 768
Com o passar do tempo, a escola também passou a fazer parte da vida da criança. Nela, o contato interpessoal era feito junto a outras crianças que aprendiam como conviver na sociedade burguesa, como trabalhar e como atender às expectativas dos pais em relação ao futuro e à manutenção econômica. Se todas as expectativas de manter o nível social burguês (com os padrões de vida e a propagação da ideologia burguesa) fossem cumpridos, o filho teria dos pais tanto afeto quanto eles poderiam dar; daí tantas teorias sobre traumas infantis de falta de afeto desde que essa instituição familiar se cristalizou na sociedade ocidental. Foi a partir dessa época que o modo de viver burguês passou a ser considerado como o modo natural de constituição familiar, por ser o mais comum arranjo familiar da época. Mesmo que hoje a constituição familiar burguesa, formada por pai, mãe e filhos, ainda seja frequentemente considerada natural, é possível perceber grandiosas mudanças na sociedade, e com elas, vieram a elaboração de novos arranjos familiares. Essas mudanças provavelmente começaram quando o casamento deixou de ser um contrato entre o pai da jovem e o seu futuro marido, e deu lugar ao contrato feito entre o homem e a mulher (Ramos e Nascimento, 2008). Pouco tempo depois, a mulher rompe com os padrões burgueses e deixa de ser a figura materna privada e com função quase exclusivamente ligada à procriação e educação dos filhos, para sair de casa e trabalhar. Esta também passa a ser figura pública e provedora para a casa, além de, em alguns casos, ser a chefe da família, papel esse que só era atribuído aos homens (Perucchi e Beirão, 2007). Muitas vezes as mulheres passam a ser chefes de uma constituição familiar chamada monoparental, que representa um grupo formado por filhos e somente um dos pais, por conta de divórcios ou separações, ou quando um dos pais não assume a parentalidade. Uziel (2006) afirma que a maior parte desse tipo de família é constituída pela mulher e seus filhos, visto ser cada vez maior o número de mulheres com condição socioeconômica suficiente para ter filhos sem a necessidade de um parceiro comprometido com a educação de crianças. A partir dessas duas mudanças primárias, aconteceram diversas outras mudanças no conceito e na constituição de família. Segundo Uziel et. al. (2006), a partir da década de 1990, começaram a surgir projetos de legalização da união homossexual no mundo 769
todo e, legalizado o casamento homoafetivo, o grupo formado por esses casais e seus filhos, adotados ou não, também foi chamado de família. Hintz apresenta ainda a família constituída de casais que são divorciados e formam novas famílias com seus novos cônjuges. A família reconstituída não é um fenômeno novo [...]; a crescente independência econômica das mulheres após a revolução industrial e as guerras mundiais, a mobilização social, a liberação sexual e a busca pela felicidade individual têm contribuído para que recasamentos rapidamente tornem-se uma estrutura familiar bastante comum hoje (HINTZ, 2001, p.15). Esse tipo de arranjo familiar pode se tornar muito complexo devido aos laços previamente formados entre as primeiras famílias; novos laços deverão ser estabelecidos nessas novas famílias já que muitas vezes o casal convive com os filhos do primeiro casamento e com os filhos que poderão ter juntos. Como é possível perceber pelos exemplos acima, a instituição família sofreu diversas rupturas ao longo do último século, e é difícil dizer se existe mesmo um modelo familiar atual, uma vez que têm surgido diversas novas práticas de relações afetivas que ofuscam a organização familiar nos moldes burgueses. Essas novas práticas rompem com a instituição familiar burguesa e ao mesmo tempo demandam um questionamento sobre o lugar e a importância da família na nossa sociedade. Tanto que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) elaborou a seguinte denominação de família com vistas a caracterizar a maior parte da população brasileira. Segundo o instituto, família é: um conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, residente na mesma unidade domiciliar ou pessoa que mora só em uma unidade domiciliar (IBGE, 2010). Assim, torna-se relevante pensar como os grupos familiares de modelo não burguês têm acolhido e elaborado essas mudanças na convivência familiar. Ainda mais quando se encontra diante da emergência de relações afetivas mutantes em seu contexto mais particular. Algumas questões ganharam importância para a realização do presente estudo: Como são experimentados os laços afetivos nessas novas organizações familiares? Como as pessoas se integram e vivem essas novas composições? Como são sentidas as interações sociais com outras famílias, com outras referências? Quais as possibilidades de sustentar essa 770
variação nos modos de constituir família? E, por fim, ainda podemos utilizar a noção de família como instituição, para compreender essa nova organização social emergente? Tais questionamentos tornam-se relevantes por dois motivos: primeiro por incidirem de maneira direta na desnaturalização da instituição família em relação ao modelo de organização burguesa ainda bastante presente e, em seguida, para analisar como a contemporaneidade está sustentando as rupturas bem como as reconfigurações sociais dos grupos familiares, acolhendo os afetos que emergem nessas experimentações que estão em curso e que perpassam as demais instituições sociais como as escolas, o trabalho e as relações sociais. 771
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