Investimentos. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

Documentos relacionados
CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial Parte 3. Prof. Cláudio Alves

Propriedades para Investimento CPC 28/ IAS 40

CPC 28 PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO. Prof. Mauricio Pocopetz

c. Propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros.

CPC 28. Propriedade para Investimento. Balanço Patrimonial - Grupos. Definição de PI. Investimentos Participações Permanentes em outras sociedades

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Noções Gerais Parte 3. Valter Ferreira

ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS -

Dicas 02. Contabilidade Geral. Professores: Gustavo Jubé e Vicente Chagas. Profs. Gustavo e Vicente 1

Realizável a Longo Prazo. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

Dessa forma, os investimentos podem ser classificados de caráter temporários ou permanentes, como define Viceconti e Neves (2013).

CONTABILIDADE AVANÇADA. Avaliação de Investimentos em Participações Societárias

Módulo Extra Egbert 1

Balanço Patrimonial - Exercicios Resolvidos

Conta Classificação Registra Natureza do saldo caixa ativo circulante dinheiro e cheques no estabelecimento da devedora

Imobilizado. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

CONTABILIDADE GERAL. Investimentos. Participação Societária. Prof. Cláudio Alves

Contabilidade Empresarial. Profa. Dra. Natália Diniz Maganini

Profa. Divane Silva. Unidade I CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Contabilidade Geral Valter Ferreira

Conteúdo: Critérios de classificação dos elementos patrimoniais. Critérios de avaliação.

Disciplina: Noções de Contabilidade para Administradores (EAC0111) Turmas: 01 e 02 Tema 4: Balanço Patrimonial Prof.: Márcio Luiz Borinelli

CONTABILIDADE GERAL. Noções Gerais. Plano de Contas Parte 2. Prof. Cláudio Alves

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 28. Propriedade para Investimento

1. Balanço patrimonial

1 LISTA DE QUESTÕES. a) ,00 positivos. b) ,00 negativos. c) ,00 positivos. d) ,00 positivos. e) ,00 negativos.

Ativo Não Circulante Mantido para Venda (CPC 31 / IFRS 5). Por Ivandro Oliveira [1]

Disciplina: Contabilidade Geral Receita Federal Prof.ª Camila Gomes Aprova Concursos

AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL. NOÇÕES DE CONTABILIDADE Profª. Camila Gomes

Contabilidade Avançada. Prof. Esp. Geovane Camilo dos Santos Mestrando em Contabilidade e Controladoria UFU

PARTE 3 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS

Curso Preparatório para o Exame de Suficiência

(f) ativos biológicos; (g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; (h) propriedades para investimento; (i) imobilizado;

Contabilidade e Introdutória. Professora Mara Jane Contrera Malacrida. Investimentos

Alienação e Baixa de Bens do Ativo. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

CONTABILIDADE BANCÁRIA. Antônio Maria Henri Beyle de Araújo

Objetivos de aprendizagem: Depois de ler e discutir este tópico você será capaz entender

ANO XXVI ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2015

SÉRGIO ADRIANO CONTABILIDADE GERAL. Básica Intermediária Avançada Análise de Balanços. 4.ª edição TOTALMENTE reformulada

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA CAPÍTULO 01 BALANÇO PATRIMONIAL BP. Fornecedores Banco Conta Movimento. Duplicatas a pagar Aplicações Financeiras

Unidade II. No ativo, a disposição das contas obedece ao grau decrescente de liquidez dos elementos nelas registrados.

1 BALANÇO PATRIMONIAL BP Atividades Práticas

10.5 PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS DA CONTROLADORA E SUAS CONTROLADAS

Método de Equivalência Patrimonial Egbert Buarque

1 CORREÇÃO PROVA DE CONTABILIDADE GERAL ICMS-RO

CONTABILIDADE PÚBLICA

ATIVIDADES DE REVISÃO CONTABILIDADE II:

CPC 27 - IMOBILIZADO A Lei nº 6.404/76, mediante seu art. 179, inciso IV,conceitua como contas a serem classificadas no Ativo Imobilizado:

Contabilidade Societária

CPC 31 ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA. Prof. Mauricio Pocopetz

Maratona de Revisão Curso Ninjas do CFC Prof. Osvaldo Marques

SEÇÃO II Demonstrações Financeiras Disposições Gerais

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial Parte 1. Prof. Cláudio Alves

SUMÁRIO. 3 PRINCIPAIS GRUPOS DE CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO, 37 1 Introdução, 37

Lista 2. A Entidade X vendeu a vista investimento na Coligada B por R$500. Na data da baixa o valor contábil do investimento na Coligada B era R$400.

Contabilidade Avançada

Atividades 70 ON 20 ON 5 ON 5 ON - PN - PN 50 PN 50 PN K 100 ON 100 PN 200

Alternativas Questões A B C D E

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC - 10

Faculdade Carlos Drummond de Andrade Profa. Katia de Angelo Terriaga Aula 01

Lucros não Realizados na Consolidação das D.C. Universidade Federal de Pernambuco Contabilidade Societária 2 Profa: Márcia Tavares

Ativo Imobilizado. Lista de Exercícios 3

Capitulo I Dos Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC

Ajuste a valor justo dos ativos imobilizados da empresa XYZ LTDA na adoção inicial das IFRS

(A) (B) (C) (D) (E)

CAPÍTULO 01 CAPÍTULO 02

CONTABILIDADE II CAPÍTULO 01 BALANÇO PATRIMONIAL BP

Classificação de contas

1 BALANÇO PATRIMONIAL BP Atividades Práticas

Arrendamento mercantil

TEORIA DA CONTABILIDADE QUESTIONÁRIO 6

2 Os estoques são apresentados na seguinte ordem do balanço patrimonial:

Quais são os objetivos do tópico... DETALHAMENTO DOS REGISTROS CONTÁBEIS 6. Imobilizado, Intangível e Impairment.

Das regras contábeis internacionais às alterações SUFIS internas e seus efeitos tributários. COMAC COPES COFIS Ricardo de Souza Moreira

Capítulo I Dos Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC

EXERCICIOS SOBRE DFC. As demonstrações contábeis da Empresa Cosmos, sociedade anônima de capital aberto, em X2, eram os seguintes:

Comentários da prova SEFAZ-PI Disciplina: Contabilidade Avançada Professor: Feliphe Araújo

CONTABILIDADE DE GRUPOS DE EMPRESAS

RESOLUÇÃO CFC Nº /09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CPC 31 não se aplica:

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS REVISÃO DE INTERPRETAÇÕES TÉCNICAS Nº 01

LEASING CPC 06 IAS 17

Análise das Demonstrações Contábeis de Empresas

CONTABILIDADE GERAL. Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade

Capítulo 5 Balanço Patrimonial

Receitas e Despesas Antecipadas. Prof: Fernando Aprato

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial Parte 4. Prof. Cláudio Alves

FUCAPE Business School Exercícios de múltipla escolha CPCs

CONTABILIDADE BÁSICA 7ª Edição CONTABILIDADE BÁSICA 7ª Edição Cap. 05- Balanço Patrimonial Grupo de Contas



RECEITAS E DESPESAS ANTECIPADAS. OPERAÇÕES COM SEGUROS. DEPRECIAÇÃO.

Valor Justo. Antecedentes. Terminologias. Preço do ouro... Profa. Paula Nardi. Antes: Custo Histórico como base de Valor. Agora: Valor Justo

1. APRESENTAÇÃO DO SIMULADO.

VARIAÇÕES PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Contabilidade Geral: Ativo Intangível: 1. Noções Gerais. Resumo: 1) Introdução:

AS I CONTABILIDADE SOCIETARIA

BALANÇO PATRIMONIAL GRUPO E SUBGRUPOS

DFC DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Unidade I CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA. Prof. Carlos Barretto

Transcrição:

Investimentos Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

De acordo com ao art. 179, III, da Lei das S/A, são classificados em investimentos as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.

Investimentos de caráter permanente, ou seja, destinados a produzir benefícios pela sua permanência na empresa, são classificados à parte no balanço patrimonial como INVESTIMENTOS. Verifica-se por esse texto legal que, no subgrupo Investimentos, deverão estar classificados dois tipos de ativos: as participações permanentes em outras sociedades e outros investimentos permanentes. Neste último subgrupo deverão estar classificadas as propriedades para investimento, quando existirem, mas separadamente das participações permanentes em outras sociedades e de outros investimentos permanentes.

!! ATENÇÃO!! Não é qualquer participação em outras sociedades que se classifica como investimento, mas apenas as participações em caráter permanente no capital de outras sociedades, ou seja, não se destinam a venda e não fazem parte de operações descontinuadas. As participações permanentes em outras sociedades podem ser avaliados por dois métodos : o método de custo e o método da equivalência patrimonial (MEP).

Exemplos: Investimentos Permanentes em Coligadas, Investimentos Permanentes em Controladas, Terrenos não utilizados, Imóveis para aluguel e Obras de Arte, etc. Também são classificados no Ativo Não Circulante - Investimentos, considerados como outros investimentos permanentes, "os bens adquiridos e mantidos pela empresa sem a produção de renda e destinados a uso futuro para expansão das atividades da empresa". A partir do momento que esses bens forem destinados para as atividades da companhia, eles deverão ser reclassificados, passando para o imobilizado.

1) Obras de arte: as obras de arte existentes na empresa são um tipo de investimento, sendo elas desvinculadas da atividade principal da empresa. Para que uma obra de arte seja classificada como investimento, a empresa não deve ter a intenção de vendê-la. Exemplos: Compra de obras de arte por uma empresa que fabrica laticínios de imóveis (não faz parte de nada relativo à atividade da empresa). Poderá haver na empresa outros tipos de investimentos, como por exemplo antiguidades (quadros, cerâmicas, louças, estatuetas, antiguidades em ouro e prata, etc.). Todos estes investimentos poderão, em um futuro ainda não previsto, gerar renda caso a empresa opte por colocá-los a venda.

!! ATENÇÃO!! Caso a empresa venha a ter intenção de vender algum bem ou direito não relacionado a atividade da empresa e saiba quando pretende colocá-lo a venda (no curto ou longo prazo), deverá classificar o bem no Ativo circulante (se for no curto prazo) ou no Realizável a longo prazo (se for no longo prazo), não sendo mais classificado no grupo Investimentos.

2) Propriedades para investimento: também conhecido como bens de renda, são usadas como forma de gerar renda (lucro) para a empresa, sendo propriedades que não são utilizadas para o desenvolvimento de atividades da própria companhia. Exemplos: Imóveis alugados a terceiros, terrenos alugados e edificações alugadas.

3) Terrenos e imóveis para futura utilização: são bens que a empresa tem mas não usa e também não coloca como geradores de renda. No futuro, essas terras e imóveis poderão servir para expansão da empresa ou para abrigar parte das suas atividades. Exemplo: Terrenos para expansão.!! ATENÇÃO!! Quando for decidido que serão usados para este devido fim, deverão ser classificados no Ativo Imobilizado, pois serão de uso para as atividades da empresa.

4) Participações societárias: são participações (investimentos) em outras sociedades que não são destinadas à venda. A empresa não deve ter a intenção de se desfazer destes investimentos em um horizonte previsível. Ou seja, são participações em outras empresas obtidas com o objetivo de mantê-las em caráter permanente para se obter o controle societário ou por interesses econômicos, como por exemplo, fonte permanente de renda. Se a empresa comprar a participação esperando sua valorização para vendêla, ela deve ser registrada no Realizável a longo prazo. São elas: Coligadas e Controladas.

I N V E S T I M E N T O S as participações permanentes em outras sociedades. os direitos de qualquer natureza Obras de arte, terrenos e casas e edificações mantidas para aluguel. COLIGADAS CONTROLADAS não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa

Exemplo 1: Vamos supor que a Cia XYZ, que atua no ramo imobiliário, adquira um lote de ações da Cia ABC que atua no mercado varejista de eletroeletrônicos. A intenção da Cia XYZ é de especulação na Bolsa de Valores. Na situação descrita o referido investimento é classificado no AC Investimentos Temporários. Exemplo 2: Vamos supor que a Cia XYZ, que atua no ramo imobiliário, adquira um lote de ações da Cia CBA que atua no mesmo com a intenção de expandir seus negócios. Na situação descrita o referido investimento é classificado no AÑC Investimentos

1. Propriedade para investimento

A companhia pode ter terrenos ou outros imóveis que sejam mantidos para fins de locação ou arrendamento ou mesmo para fins de valorização da propriedade tendo em vista uma futura venda a terceiros, ou ambosos objetivos.

De acordo com o CPC 28, Propriedade para investimento ou bem de renda é a propriedade (terreno ou edifício ou parte de edifício ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.

Nesse caso, tais ativos devem ser classificados no subgrupo Investimentos, na rubrica de Propriedades para Investimento, já que estão com a empresa para o fim de produção de benefícios futuros pela sua manutenção, mesmo que por determinado período, e têm a característica obrigatória de se tratar de imóveis (não colocados ainda à venda no curso normal dos negócios). Um exemplo de uma propriedade que não pode ser classificada como para investimento é aquela construída ou adquirida exclusivamente para alienação subsequente em futuro próximo no curso ordinário dos negócios.

Devem, todavia, ser classificados como propriedades para investimento os terrenos sobre os quais a administração da entidade ainda não determinou seu uso futuro (se serão ocupados pelo proprietário ou vendidos no curso ordinário do negócio), conforme exemplifica o item 8 do CPC 28. Então, serão classificadas no imobilizado as propriedades mantidas ou adquiridas para uso futuro nas operações da empresa. Esse é o caso, por exemplo, de terrenos adquiridos para futuras instalações, quer na forma de expansão das atividades, quer na transferência de localização das instalações atuais, conforme exemplifica o item 9 do CPC 28.

ALUGUEL TERRENO Propriedade para Investimento VALORIZAÇÃO EDÍFICIO AMBOS

De acordo com o CPC 28, Propriedade ocupada pelo proprietário é a propriedade mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário sob arrendamento financeiro) para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidadesadministrativas. Caso o bem se enquadre como Propriedade ocupada pelo proprietário deve ser classificado noimobilizado.

As propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e por isso classificadas no subgrupo Investimentos, dentro do Ativo Não Circulante. Por isso, uma propriedade para investimento gera fluxos de caixa altamente independentes dos outros ativos mantidos pela entidade. Isso distingue as propriedades para investimento de propriedades ocupadas pelos proprietários. A produção ou fornecimento de bens ou serviços (ou o uso de propriedades para finalidades administrativas) gera fluxos de caixa que são atribuíveis não apenas às propriedades, mas também a outros ativos usados no processo de produção ou de fornecimento.

O que se segue sãoexemplos de propriedades para investimento: (a) terrenos mantidos para valorização de capital a longoprazo e não para venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios; (b) terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a entidade não tiver determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como mantido para valorização do capital);

(c) edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais; (d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais; (e) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utilização como propriedade para investimento.

(ALE RO/Analista Legislativo Contabilidade/FGV/2018) - Uma entidade comprou um terreno ao lado de uma obra do metrô, com o intuito de valorização. Assinale a opção que indica a correta classificação do terreno no balanço patrimonial da entidade. a) Ativo realizável a longo prazo. b) Ativo não circulante mantido para venda. c) Propriedade para investimento. d) Ativo imobilizado. e) Ativo intangível. Gabarito = C

Algumas propriedades compreendem uma parte que é mantida para obter rendimentos ou para valorização de capital e outra parte que é mantida para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas. Se essas partes puderem ser vendidas separadamente (ou arrendadas separadamente sob arrendamento financeiro), a entidade contabiliza as partes separadamente. Se as partes não puderem ser vendidas separadamente, a propriedade só é propriedade para investimento se uma parte insignificante for mantida para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidadesadministrativas.

(SEFAZ GO/Auditor/FCC/2018) - Uma empresa adquiriu um imóvel de 20 andares e está utilizando apenas 3 andares para suas atividades administrativas. Por decisão da diretoria, os demais andares foram alugados para terceiros, por prazo determinado e sem possibilidade de venda, com o objetivo de gerar receita de aluguel, sendo que a empresa presta os serviços de manutenção, acesso e segurança para o edifício. Caso a empresa deseje, os andares podem ser comercializados separadamente e é possível identificar valor de mercado para cada andar. Com relação à contabilização do imóvel, é correto afirmar que: a) Deve ser registrado inteiramente como Ativo Imobilizado. b) Deve ser registrado inteiramente como Propriedade para investimentos (no grupo Investimentos). c) Todos os andares devem ser mensurados pelo valor justo na data de cada balanço patrimonial. d) O valor correspondente a três andares deve ser registrado como Ativo Imobilizado e os demais andares como Propriedade para investimentos (no grupo Investimentos). e) Os andares alugados devem ser tratados como arrendamento mercantil financeiro pela empresa. Gabarito = D

2. Propriedade para Investimento versus Ativo Imobilizado

Propriedade para Investimento CPC 28 Ativo Imobilizado CPC 27 Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício ou parte de edifício ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário como ativo de direito de uso) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda nocursoordináriodonegócio. Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período. Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

Interpretação Técnica ICPC 10 Diferenciação entre ativo imobilizado e propriedade para investimento 44. Os ativos imobilizados são itens tangíveis que: (a) são detidos para uso na produção ou no fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) é esperado que sejam usados durante mais de um período.

45. A propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício ou parte de edifício ou ambos) mantida (pelo dono ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou no fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.

46. A menção da palavra aluguel no item 44(a) e a menção da expressão para obter rendas no item 45 se diferenciam basicamente no seguinte: no ativo imobilizado, a figura do aluguel só pode existir quando estiver vinculado a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou serviços. Por exemplo, uma fazenda pode ter residências alugadas a seus funcionários, uma extratora de minerais pode construir residências no meio da floresta também para alugar a seus funcionários, etc. Nesse caso, os ativos alugados são, na verdade, parte do imobilizado necessário ao atingimento da atividade-fim da entidade.

47. Se houver investimento para obter renda por meio de aluguel, em que este é o objetivo final, no qual o imóvel é um investimento em si mesmo, e não o complemento de outro investimento, aí se tem a caracterização não do ativo imobilizado, mas sim de propriedade para investimento. A propriedade para investimento, ao contrário do ativo alugado classificado no imobilizado, tem um fluxo de caixa específico e independente, ou seja, ele é o ativo principal gerador de benefícios econômicos, e não um acessório a outros ativos geradores desses benefícios.

(Pref. De Salvador/Técnico de Nível Superior - Contábeis/FGV/2017) - Uma sociedade empresária especializada em consultoria contábil tem sede em Belo Horizonte. A empresa abre uma filial em Salvador e transfere alguns gerentes para trabalharem na nova filial. Os gerentes alugam apartamentos em um prédio pertencente à empresa, localizadona mesma rua. Assinale a opção que indica o correto reconhecimento contábil dos apartamentos alugadospelos gerentes nobalanço patrimonial da sociedade empresária. a) Ativo circulante. b) Ativo realizável a longo prazo. c) Ativo imobilizado. d) Propriedades para Investimento. e) Ativo Intangível. Gabarito = C

(DPE MT/Analista/FGV/2015) - Uma empresa prestadora de serviços, com sede no Rio de Janeiro, abriu uma filial em Curitiba. Para trabalhar nessa filial ela transferiu parte de seus funcionários do Rio de Janeiro, que alugaram apartamentos para morar em um prédio localizadoao ladodo escritório que pertencia à empresa. No balanço patrimonial da empresa, a correta contabilização do prédio para aluguel é a) Ativo Circulante. b) Ativo Realizável a Longo prazo. c) Propriedade para Investimento. d) Ativo Imobilizado. e) Ativo Intangível. Gabarito = D