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Transcrição:

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 743.717 - SP (2005/0064874-7) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGRAVADO : ARTHUR LUNDGREN TECIDOS S/A CASAS PERNAMBUCANAS EMENTA TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL - ICMS - VENDA FINANCIADA - BASE DE CÁLCULO - ENCARGOS FINANCEIROS - EXCLUSÃO - AGRAVO REGIMENTAL. 1. Na venda financiada, há duas operações: uma de compra e venda e uma de financiamento, sendo que o ICMS não incide sobre os encargos financeiros da operação; enquanto que na compra e venda a prazo, existe uma única operação na qual há incidência do ICMS sobre os encargos financeiros decorrentes. 2. In casu, houve uma venda financiada, devendo ser excluídos os encargos financeiros da operação. Precedente: REsp 739.910/SC, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 12.6.2007, DJ 29.6.2007. Agravo regimental improvido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Carlos Fernando Mathias (Juiz convocado do TRF 1ª Região), Eliana Calmon e Castro Meira votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 04 de março de 2008 (Data do Julgamento) MINISTRO HUMBERTO MARTINS Relator Documento: 756077 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/03/2008 Página 1 de 7

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 743.717 - SP (2005/0064874-7) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGRAVADO : ARTHUR LUNDGREN TECIDOS S/A CASAS PERNAMBUCANAS RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS (Relator): Cuida-se de agravo regimental interposto pela FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO contra decisão proferida por meu predecessor, abaixo ementada (fl. 297): "RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. BASE DE CÁLCULO. COMPRA E VENDA. ACRÉSCIMO DOS ENCARGOS FINANCEIROS NA BASE DE CÁLCULO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. Na decisão agravada, meu antecessor fez o seguinte relatório (fl. 297): Trata-se de recurso especial, interposto por Arthur Lundgren Tecidos S/A - Casas Pernambucanas, com fundamento nas alíneas "a" e "c" do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, contra v. aresto proferido pelo egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que reconheceu a incidência do ICMS nas operações de vendas com planos promocionais de financiamento. O acórdão recorrido restou assim ementado: 'Embargos à Execução Fiscal - ICMS - redução promocional de venda ao consumidor, posteriormente inserida no financiamento - exclusão da base de cálculo de parcela relativa ao chamado "desconto crediário" em operações de venda de mercadorias por planos promocionais de financiamento - inadmissibilidade - recurso desprovido' (fl. 210). Opostos embargos de declaração, foram eles rejeitados. Alega o recorrente violação do artigo 2º, inciso I, do Decreto-Lei n. 406/68. Argumenta que o referido Decreto "é claro em estabelecer que a base de cálculo do imposto sobre circulação de Documento: 756077 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/03/2008 Página 2 de 7

mercadorias é somente o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria. Ora, se a mercadoria saiu do estabelecimento pelo preço líquido (valor bruto menos os acréscimos financeiros) é sobre esse valor que o ICM é calculado. Os acréscimos financeiros serão pagos posteriormente, direto à financiadora (fl. 233). Sustenta, ainda, a ocorrência de divergência jurisprudencial." No agravo regimental, a agravante alega que a instituição financeira pertence ao mesmo grupo empresarial que as Casas Pernambucanas, de maneira que não se trata de operação com cartão de crédito, mas de "desconto crediário". Assim, requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do agravo regimental, para inclusão na base de cálculo do ICMS do desconto promocional. É, no essencial, o relatório. Documento: 756077 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/03/2008 Página 3 de 7

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 743.717 - SP (2005/0064874-7) EMENTA TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL - ICMS - VENDA FINANCIADA - BASE DE CÁLCULO - ENCARGOS FINANCEIROS - EXCLUSÃO - AGRAVO REGIMENTAL. 1. Na venda financiada, há duas operações: uma de compra e venda e uma de financiamento, sendo que o ICMS não incide sobre os encargos financeiros da operação; enquanto que na compra e venda a prazo, existe uma única operação na qual há incidência do ICMS sobre os encargos financeiros decorrentes. 2. In casu, houve uma venda financiada, devendo ser excluídos os encargos financeiros da operação. Precedente: REsp 739.910/SC, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 12.6.2007, DJ 29.6.2007. Agravo regimental improvido. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS (Relator): Sem razão a agravante, porquanto, in casu, o negócio jurídico realizado pela agravada é uma venda financiada na qual há duas operações: uma de compra e venda e uma de financiamento, sendo que o ICMS não incide sobre os encargos financeiros da operação. Consoante consta dos autos, as operações de financiamento são realizadas por outra empresa (Pernambucanas Financeira S/A) que não a agravada. Não se cuidou o negócio jurídico praticado de uma compra e venda a prazo; uma única operação na qual há incidência do ICMS sobre os encargos financeiros decorrentes. Bem distingue as duas situações apontadas o recente julgado abaixo: "PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO ICMS EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE PROVA PERICIAL: SÚMULA 7/STJ NULIDADE DA CDA: INOCORRÊNCIA GIA DÉBITO CONFESSADO E NÃO PAGO (OU PAGO A MENOR): DESNECESSIDADE DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Documento: 756077 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/03/2008 Página 4 de 7

DEMONSTRATIVO DO DÉBITO ART. 614, II, DO CPC: INAPLICABILIDADE BASE DE CÁLCULO: VENDAS A PRAZO TAXA SELIC TESES NÃO PREQUESTIONADAS: SÚMULA 282/STF. 1. Inexiste omissão no julgado quanto à juntada de precedente por ele citado se a providência foi determinada pelo relator. 2. Decisão devidamente fundamentada, inclusive no que diz respeito a não realização da prova pericial e à taxa SELIC, o que afasta a alegação de ofensa aos arts. 165, 458 e 459 do CPC. 3. Aplica-se o teor da Súmula 282/STF relativamente às teses não prequestionadas. 4. Esbarra no óbice da Súmula 7/STJ a verificação de contrariedade ao art. 130 do CPC se o acórdão recorrido firmou premissa de que não foi demonstrada a necessidade da realização da prova pericial. 5. Não padece de vício a CDA que discrimina a legislação que autoriza a cobrança do crédito tributário, permitindo a defesa do executado. 6. Em se tratando de tributo lançado por homologação, tendo o contribuinte declarado o débito através de Declaração de Contribuições de Tributos Federais DCTF, Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP ou documento equivalente e não pago no vencimento, considera-se desde logo constituído o crédito tributário, tornando-se dispensável a instauração de procedimento administrativo e respectiva notificação prévia. 7. A execução fiscal rege-se por lei específica (Lei 6.830/80), aplicando-se subsidiariamente o regramento processual ordinário apenas em caso de lacuna legislativa. 8. Em execução fiscal é desnecessária a apresentação de demonstrativo de débito, nos termos do art. 614 do CPC, sendo suficiente para instrução do processo executivo a juntada da Certidão de Dívida Ativa - CDA, que goza de presunção de certeza e liquidez. 9. Diferentemente da venda financiada, que depende de duas operações distintas para a efetiva "saída da mercadoria" do estabelecimento (art. 2º do DL 406/68), quais sejam, uma compra e venda e outra de financiamento, apresenta-se a venda a prazo como uma única operação, apenas com acréscimos acordados diretamente entre vendedor e comprador. 10. Às vendas financiadas, correta a aplicação analógica da Súmula 237/STJ, devendo-se excluir da base de cálculo os encargos financeiros do financiamento. 11. Para as vendas a prazo, incluir-se-á na base de cálculo da Documento: 756077 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/03/2008 Página 5 de 7

exação os acréscimos financeiros prévia e diretamente acordados entre as partes contratantes. 12. A taxa SELIC, segundo o direito pretoriano, é o índice a ser aplicado para o pagamento dos tributos federais e, havendo lei estadual autorizando a sua incidência em relação aos tributos estaduais, observa-se a data da Lei 9.250/95. 13. Recurso especial improvido." (REsp 739.910/SC, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 12.6.2007, DJ 29.6.2007, grifei) Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como penso. É como voto. MINISTRO HUMBERTO MARTINS Relator Documento: 756077 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/03/2008 Página 6 de 7

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2005/0064874-7 AgRg no REsp 743717 / SP Números Origem: 1407385 1407385102 PAUTA: 26/02/2008 JULGADO: 04/03/2008 Relator Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro CASTRO MEIRA Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. MARIA CAETANA CINTRA SANTOS Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO RECORRENTE : ARTHUR LUNDGREN TECIDOS S/A CASAS PERNAMBUCANAS RECORRIDO : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ASSUNTO: Execução Fiscal - Embargos - Devedor AGRAVO REGIMENTAL AGRAVANTE : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGRAVADO : ARTHUR LUNDGREN TECIDOS S/A CASAS PERNAMBUCANAS CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Carlos Fernando Mathias (Juiz convocado do TRF 1ª Região), Eliana Calmon e Castro Meira votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 04 de março de 2008 VALÉRIA ALVIM DUSI Secretária Documento: 756077 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/03/2008 Página 7 de 7