FINALIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS INTERDITOS

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Transcrição:

P á g i n a 1 PROFESSOR SANG DUK KIM FINALIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS INTERDITOS Como visto anteriormente, a tutela jurídica da posse tem por fundamento a interdição da violência e a preservação da paz social. O Estado atrai para si o dever de restituir a posse àquele que injustamente a perdeu. Por meio das ações possessórias, busca-se de forma rápida, efetividade da decisão judicial. CARACTERÍSTICAS Para a garantia da rapidez e efetividade das decisões judiciais as ações possessórias têm características que lhes são próprias. FUNGIBILIDADE Art.554/ CPC Exceção ao princípio processual do dispositivo e do ne procedat judex ex officio CUMULATIVIDADE Art.555/ CPC É lícito ao autor cumular ao pedido possessório, o de condenação em perdas e danos e de indenização dos frutos. CARÁTER DÚPLICE Art.556/ CPC Desnecessidade do manejo da reconvenção O que transita em julgado na sentença é o dispositivo, e não a fundamentação. Ainda que em uma ação de imissão na posse, a mesma seja negada fundamentando que o réu cumpriu os requisitos da usucapião, esta sentença não servirá para que se faça o registro do imóvel, mas apenas para manter o usucapiendo na posse, servindo ainda, para uma futura ação que pode até ser a ação de usucapião como prova emprestada. IRRELEVÂNCIA DA EXCEÇÃO DE DOMÍNIO Súmula 487 STF Art. 557. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou a reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. Em matéria possessória o ius possessionis prevalece sobre a ius possidendi Súmula 487 do STF Será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio, se com base neste for ela

P á g i n a 2 disputada. Art. 557. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE LIMINARES Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial.ação de Força Nova Ações de Força Velha Artigo 300 e seguintes do CPC. (tutelas de urgência) REINTEGRAÇÃO DE POSSE OCUPAÇÕES COLETIVAS Cada vez mais crescente ocupação por movimentos sociais Elevado número de ocupantes Validade do processo citação Problema de citação de inúmeros requeridos ocupantes e invasores QUEM E COMO CITAR? Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 1 o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. REINTEGRAÇÃO DE POSSE HERANÇA Art.1.784/ CC Princípio da saisine é de uma ficção jurídica. 1 autoriza uma apreensão possessória de bens do de cujus pelo herdeiro vocacionado, legítimo ou testamentário. 2 independentemente de qualquer ato, ingressará na posse dos bens que constituem a herança do antecessor falecido, de forma imediata e direta, ainda que desconheça a morte do antigo titular.

P á g i n a 3 Reintegração de Posse Indenização por benfeitorias A jurisprudência costuma aplicar as mesmas consequências às benfeitorias e acessões, mas não devem ser confundidas, são sob o olhar técnico bem diferentes. Um dos efeitos da posse é a possibilidade de indenização por benfeitorias. DIREITO DE RETENÇÃO A retenção é um direito de garantia. Uma alternativa que se tem aplicado, é dada análise do valor do aluguel do imóvel, compensar o valor de retenção, deferindo em contrapartida um período de permanência até que se atinja o montante alegado como retenção. REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM PÚBLICO a)bem de uso comum: Utilizado por todos do povo. (parques, ruas, praças etc) b)bem de uso especial: Utilizado exclusivamente pela Administração Pública e por aqueles que precisem.(fóruns, repartições, hospitais etc) c)bem dominical: Pode ser utilizado pela Administração Pública ou não Se a pretensão é exercida em face do próprio ente público NÃO HÁ POSSE. Como já pacificou o STJ, em se tratando de bem público, não há que se falar em posse, mas mera detenção, de natureza precária, o que afasta, por conseguinte, o direito de retenção por benfeitorias, ainda que à luz de alegada boa-fé. Princípio da continuidade da posse, a posse mantém as características de sua origem. Adquire-se a posse com os mesmos defeitos ou qualidades de seu antecessor. USUCAPIÃO Com o preenchimento dos requisitos, tem se a propriedade. De modo que a sentença é declaratória, quanto à propriedade que existe, propriedade esta que existe desde quando os requisitos foram preenchidos. Usucapião Extraordinário (CC, art. 1.238) Não há necessidade de justo título e boa-fé, presumidos absolutamente Requisitos: Posse: mansa e pacífica posse originada na violência e clandestinidade autorizam-no depois de cessadas tais causas jamais a precária (CC, arts. 1.203 e 1.208) Usucapião ordinária (CC, art. 1.242) Como o lapso temporal é menor, exige-se justo título e boa-fé Requisitos: Posse mansa e pacífica; Animus domini; Res habilis; Boa-fé: (CC., art.1.201) convicção de não estar violando direito alheio ausência de má-fé em relação à posse; Justo título - abstratamente passível de constituir o direito.

P á g i n a 4 Lapso temporal: 10 anos; 5 anos se (cumulativamente): 1) a aquisição for onerosa; 2) houver registro posteriormente cancelado; 3) o possuidor estabelecer moradia ou realizar investimentos de caráter social ou econômico (parcelamento do solo, plantações etc) Usucapião constitucional urbana (CF/88., art. 183; Estatuto da Cidade,Lei n. 10.257, de 11.07.2001, art. 9º; CC, art. 1.240) Requisitos: Objeto: constituído de imóvel urbano particular que não ultrapasse 250 m2 (construção ou terreno, o que for maior); Posse: mansa e pacífica sem oposição; Lapso temporal: 5 anos; Animus domini: especial, ou seja, o possuidor deve agir com ânimo de dono em relação ao imóvel que pretende usucapir, nele residindo, e, ademais, não ser proprietário de outro imóvel, urbano ou rural. Justo título não é documento, não é algo físico, mas uma justa causa (causa jurídica) que legitima um fato. (Por exemplo: imóvel adquirido por doação, o justo título não é o registro, mas a doação em si) Usucapião Especial pelo Abandono do Lar - Art. 1.240- A do Código Civil (Lei 12.424/2011) Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com excônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizandoo para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Requisitos a) Posse DIRETA mansa e pacífica; b) Lapso temporal: dois anos; c) Res habilis: imóvel urbano, utilizado para moradia do cônjuge abandonado ou dele e de sua família e não pode ultrapassar 250 m2 de área total; e, d) Animus domini especial: o possuidor deve agir com ânimo de dono em relação ao imóvel que pretende usucapir, nele residindo e, ademais, não ser proprietário de outro imóvel, urbano ou rural. Área comum de condomínio Supressio a tolerância de uma situação faz com que o beneficiário dessa tolerância, constitua o seu direito. A pratica reiterada de uma conduta, constitui o direito de realiza-la, mas não constitui direito novo. OBRIGAÇÃO PROPTER REM CC, art.1345 O condômino para fins de responsabilização, a princípio é o proprietário. Todavia, o compromissário comprador ou cessionário de seus direitos também são considerados condôminos para efeitos de cobrança de despesas condominiais, desde que: -o contrato esteja registrado -o condomínio tenha sido cientificado ou saiba do negócio Bem de família, visa proteger a família e não manter o conforto do devedor.

P á g i n a 5 Condomínio de lotes, alteração de 2017 no texto do código civil de 2002. Seção IV Do Condomínio de Lotes (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) Art. 1.358-A. Pode haver, em terrenos, partes designadas de lotes que são propriedade exclusiva e partes que são propriedade comum dos condôminos. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 1º A fração ideal de cada condômino poderá ser proporcional à área do solo de cada unidade autônoma, ao respectivo potencial construtivo ou a outros critérios indicados no ato de instituição. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 2º Aplica-se, no que couber, ao condomínio de lotes o disposto sobre condomínio edilício neste Capítulo, respeitada a legislação urbanística. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 3º Para fins de incorporação imobiliária, a implantação de toda a infraestrutura ficará a cargo do empreendedor. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) AÇÃO RENOVATÓRIA (Luvas) O direito à renovação contratual é um direito material, na área de locação comercial. Para ter esse direito, há necessidade de um contrato de locação escrito de no mínimo cinco anos. Tratando-se de locação comercial ou não residencial protegida (PONTO), o locatário pretende permanecer mais um período no imóvel, vez que: Pagou luvas no primeiro contrato Às vezes até para renovar REQUISITOS PARA SE OBTER A RENOVAÇÃO (arts. 51 e 71) Contrato a renovar (renovação por igual prazo interpretação): Escrito; Um contrato com prazo mínimo de 5 anos ou soma de prazos ininterruptos de 5 anos em mais de um contrato: Pequenos lapsos temporais (alguns dias, meses...?) destinados às negociações não descaracterizam o prazo ininterrupto (accessio temporis).

POSSÍVEIS DEFESAS DO LOCADOR Ausência dos requisitos legais para a renovação; PÓS- G R A D U A Ç Ã O / D I R E I T O I M O B I L I Á R I O P á g i n a 6 Insuficiência do valor do aluguel proposto: não é recusa e não impede a renovação; Neste caso o juiz determina o aluguel provisório em 80% do valor pedido pelo locador na contestação (com elementos concretos) e, ao depois, determina perícia para aferição do valor real (na renovatória está inserida a revisão dos aluguéis); Necessidade de obras determinadas pelo Poder Público que importem em radical transformação do imóvel ou obras que aumentem o valor do negócio (art. 52, I): Exceção de retomada, implicando em indenização (desvalorização do fundo de comércio, lucros cessantes e demais prejuízos) se as obras não se iniciarem em 3 meses da entrega do imóvel ( 3º do art. 52); Disciplina Organização e Método ATÉ A PROXIMA AULA BONS ESTUDOS!!! Profª. Aline Soares da Mota