Num primeiro programa MATLAB, intitulado PA_1, ilustre a demonstração gráfica do teorema de Pitágoras.

Documentos relacionados
DEEC Área Científica de Telecomunicações Instituto Superior Técnico. Propagação & Antenas Prof. Carlos R. Paiva SOBRE O CONCEITO DE SIMULTANEIDADE

Equilocs & Equitemps 1

Aula de Problemas 1. Problema 1. Demonstre o teorema de Pitágoras (geometria euclidiana):

DEEC Área Científica de Telecomunicações Instituto Superior Técnico. Fotónica Prof. Carlos R. Paiva SOBRE O CONCEITO DE SIMULTANEIDADE

SOBRE O CONCEITO DE SIMULTANEIDADE. FOTÓNICA Prof. Carlos R. Paiva UMA INTRODUÇÃO À TEORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA

Aula de Programas 4. Introdução

Propagação e Antenas Exame 28 de Janeiro de Duração: 3 horas 28 de Janeiro de 2019

da carruagem cujo comprimento, do seu ponto de vista, é L

Teste de Fotónica Resolução 27 de Abril de Duração: 1 hora 30 minutos Teste de 27 de Abril de 2017 Ano Lectivo: 2016 / 2017

LINHAS DE TRANSMISSÃO

B equação de Maxwell-Faraday E t lei de Gauss magnética B 0. equação de Maxwell-Ampère

Propagação e Antenas Teste 9 de Novembro de Duração: 2 horas 9 de Novembro de 2015

RELATIVIDADE EINSTEINIANA (II)

Diagramas de Minkowski: dilatação do tempo e contracção do espaço

Aulas práticas: Transformação de Lorentz

Fotónica. Nesta primeira parte do trabalho pretende-se obter uma representação gráfica da curva lemniscata de Bernoulli.

E E ). Tem-se, portanto, E r t E0

Propagação e Antenas Teste 14 de Novembro de Duração: 1 hora 30 minutos 14 de Novembro de 2016

Instituto de Fıśica UFRJ Mestrado em Ensino profissional

Aula Distância entre duas retas paralelas no espaço. Definição 1. Exemplo 1

O Triedro de Frenet. MAT Cálculo Diferencial e Integral II Daniel Victor Tausk

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido:

Propagação e Antenas Teste 13 de Novembro de Duração: 1 hora 30 minutos 13 de Novembro de 2017

Conceitos pré-relativísticos. Transformações de Galileu. Princípio da Relatividade de Galileu. Problema com a dinâmica newtoniana

Física IV P1-1 de setembro de 2016

Relatividade Restrita. Adaptação do curso de Sandro Fonseca de Souza para o curso de Física Geral

0.1 Sistema de partículas e momento linear

Cálculo Vetorial / Ilka Rebouças Freire / DMAT UFBA

Exercícios Resolvidos Esboço e Análise de Conjuntos

Obter as equações paramétricas das cônicas.

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira:

Aula 31 Funções vetoriais de uma variável real

Formulário. FEP2196 Física para Engenharia II Prova P3 04/12/2008. Nome:... N o USP:... Assinatura:... Turma/Professor:...

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico

Álgebra Linear I - Aula 5. Roteiro

RESPOSTA ESPERADA MATEMÁTICA

Capítulo IV Transformações de Lorentz

1 Cônicas Não Degeneradas

MOVIMENTO 3D REFERENCIAL AUXILIAR EM TRANSLAÇÃO. QUESTÃO ver vídeo 1.1

Física IV Relatividade. Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A

FIS Cosmologia e Relatividade Thaisa Storchi Bergmann

ALGA /09 - Geometria Analítica 78. Geometria Analítica

FEP Física para Engenharia II

ELIPSE. Figura 1: Desenho de uma elipse no plano euclidiano (à esquerda). Desenho de uma elipse no plano cartesiano (à direita).

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

MOVIMENTO 3D: REFERENCIAL EM TRANSLAÇÃO

Mecânica e Ondas 1º Ano -2º Semestre 2º Teste/1º Exame 21/06/ :30h. Mestrado Integrado em Engenharia Aeroespacial

Pequena Introdução à Trigonometria Hiperbólica

Propagação e Antenas Teste 16 de Janeiro de Duração: 2 horas 16 de Janeiro de 2016

37 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos

9. Distância no Plano

Mecânica Clássica 1 - Lista 2 Professor: Gabriel T. Landi

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

Ida Griffith. 15 de Outubro de Palavras Chave. Estereográfica, Esferas Celestes

Derivada : definições e exemplos

Geometria Analítica. Cônicas. Prof Marcelo Maraschin de Souza

Ondas. Lucy V. C. Assali. Física II IO

Exercícios da 5 a aula

GEOMETRIA ANALÍTICA E CÁLCULO VETORIAL GEOMETRIA ANALÍTICA BÁSICA. 03/01/ GGM - UFF Dirce Uesu Pesco

Comente este desenho (em particular o ciclista).

Física. Física Moderna

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores.

ALGA - Eng. Civil e Eng. Topográ ca - ISE / Geometria Analítica 89. Geometria Analítica

9 AULA. Curvas Espaciais LIVRO. META Estudar as curvas no espaço (R 3 ). OBJETIVOS Descrever o movimento de objetos no espaço.

Lista de Exercícios de Cálculo 3 Terceira Semana

1º Exame de Mecânica e Ondas

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Duração do exame: 2:30h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova.

x 2 + (x 2 5) 2, x 0, (1) 5 + y + y 2, y 5. (2) e é positiva em ( 2 3 , + ), logo x = 3

Componente Química 11ºAno Professora Paula Melo Silva Unidade 1 Mecânica 1.1. Tempo, posição e velocidade

ANO LECTIVO: 2016/2017. Prof. Carlos R. Paiva DEEC INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO ÁREA CIENTÍFICA DE TELECOMUNICAÇÕES

3) O ponto P(a, 2) é equidistante dos pontos A(3, 1) e B(2, 4). Calcular a abscissa a do ponto P.

MOVIMENTO AO LONGO DE UM EIXO

Física II (Química) FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 9

Geometria Analítica II - Aula 7 178

1ª Prova de Física I - FCM0101

Vectores e Geometria Analítica

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

Relatividade conteúdos de 5 a 6

Exercícios Resolvidos Variedades

Substituição Trigonométrica

ANO LECTIVO: 2015/2016. Prof. Carlos R. Paiva DEEC INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO ÁREA CIENTÍFICA DE TELECOMUNICAÇÕES

Proposta de Resolução da Prova Escrita de Matemática

r : Exemplo: Considere a reta r :

Porto Alegre, 20 de outubro de Relatividade e Cosmologia. Aula No 9. Horacio Dottori. 9-1 Problema da vara e o galpão

Unidade I: Introdução à CINEMÁTICA

Preparar o Exame Matemática A

6.1 equações canônicas de círculos e esferas

Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta

1) O vetor posição de uma partícula que se move no plano XZ e dado por: r = (2t 3 + t 2 )i + 3t 2 k

Álgebra Linear I - Aula 2. Roteiro

Cap. 3 - Cinemática Tridimensional

OBMEP NA ESCOLA Soluções

Cilindros projetantes de uma curva

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis. 10º Ano de Matemática A. Geometria no Plano e no Espaço I

(b) O centro é O, os focos estão em Oy, o eixo maior mede 10, e a distância focal é 6.

P1 de Álgebra Linear I

Unidade 1 de Física do 11º ano FQA 1 V I A G E N S C O M G P S

Transcrição:

ula de Programas 1 Programa 1 Num primeiro programa MTL, intitulado P_1, ilustre a demonstração gráfica do teorema de Pitágoras Usando o Microsoft PowerPoint pode ilustrar melhor o que se pretende provar (como na figura anexa da página seguinte) importando o gráfico produzido na plataforma MTL Propagação & ntenas Página 1

Programa Num mesmo programa MTL, intitulado P_, desenhe três figuras Na Figura 1 desenha-se a circunferência x y x cos y sin 1 Considere, para isso, a representação paramétrica Na Figura desenham-se os dois ramos da hipérbole c t x seguintes representações paramétricas (experimente diferentes valores de ) ct cosh ramo superior x sinh ramo inferior ct cosh x sinh 1 Considere, para isso, as Propagação & ntenas Página

Na Figura 3 desenham-se os dois ramos da hipérbole seguintes representações paramétricas x c t 1 Considere, para isso, as ct sinh ramo direito x cosh ramo esquerdo ct sinh x cosh Propagação & ntenas Página 3

Propagação & ntenas Página 4

Propagação & ntenas Página 5

Programa 3 Num mesmo programa MTL, intitulado P_3, desenhe quatro figuras dispostas numa matriz de Na primeira linha pretende-se mostrar o perfil espacial de uma onda em dois instantes sucessivos t t1 e t t Na segunda linha pretende-se mostrar a evolução temporal dessa mesma onda em dois pontos 1 e onda que se irá considerar é a seguinte (para um dado valor m 1,,3, ): m1 m 1 1 f, t t exp t m c c Para efeitos de representação gráfica vai-se considerar c 1 e 1 ssim, tem-se: m1 m 1 1 perfil espacial em t t t f, t t exp t m c c m1 m 1 1 t f t t t m c c evolução temporal em, exp Considere dois casos: (i) m 1; (ii) m 3 Propagação & ntenas Página 6

Propagação & ntenas Página 7

Propagação & ntenas Página 8

Programa 4 O, no interior de um vagão de comboio, emite um sinal dmita que um observador electromagnético a partir do ponto médio do compartimento ssim, este observador nota que o sinal emitido chega simultaneamente às duas extremidades e 1 e e da carruagem cujo comprimento, do seu ponto de vista, é L Para um outro observador O, na estação de comboios, que vê o comboio a deslocar-se com uma velocidade v (constante) no sentido positivo do eixo x, o sinal emitido por O não chega simultaneamente às duas extremidades (como observado por O ) Com efeito, o sinal emitido por extremidade e 1 e num instante (posterior) t à extremidade e O, chega do ponto de vista de O num instante 1 t à (a) Usando um diagrama de Minkowski, mostre que sendo L o comprimento do vagão do ponto de vista do observador na estação se tem vl t t t c v 1 onde c representa a velocidade da luz (b) Explique, com base na experiência considerada, como traça os eixos x, ct e x, ct no diagrama de Minkowski (c) Mostre, ainda, que v L 1 c L Propagação & ntenas Página 9

experiência aqui considerada encontra-se representada no diagrama de Minkowski seguinte linha de universo e 1 é representada por x vt Já as linhas de universo m e e são, respectivamente, representadas por x vt L e por x vt L O sinal electromagnético que 1 liga os acontecimentos M a é dado pela equação x ct x M Já o sinal electromagnético que liga os acontecimentos M a é dado pela equação ssim, o instante t 1 é tal que x ct xm Como é óbvio, tem-se x L M L L L ct1 vt1 c v t1 t1 c v Por sua vez, o instante t é tal que L L L ct vt L c v t t c v Propagação & ntenas Página 1

Logo, infere-se que L L L v v L t t t t c v c v c v c v 1 1 O eixo ct corresponde à «equiloc» x do sistema de coordenadas S, ie, à linha de universo e1 x vt no sistema de coordenadas S Ou seja: 1 1 Eixo ct x x ct ct x tan x O eixo x corresponde à «equitemp» ct do sistema de coordenadas S, ie, é a «equitemp» paralela à «equitemp» que liga os acontecimentos a e que contém o acontecimento x x quando t t (ie, a origem comum dos dois sistemas de coordenadas S e S ) Do ponto de vista de S, tem-se então c L L L x vt ct, ct ct1 x c v 1 1 c L L L L x vt L ct L, ct ct x L c v 1 1 1 Logo, a equação que descreve a «equitemp» (em S ) que liga estes dois acontecimentos é: ct p x q ct ct L 1 ct p x q p q ct p x ct p x q x x L ct x 1 Esta última equação prova inequivocamente que, de facto, a «equitemp» de S que passa na origem dos dois sistemas de coordenadas é dada por ct x ssim: 1 Eixo x ct x ct ct x ct tan x Note-se que existe, aqui, uma invariância Como Propagação & ntenas Página 11

x, ct L 1 1 e x L 1, a (seguinte) invariância do intervalo permite calcular ct : L 1 L 1 c t x c t x ct t 1 c 1 nalogamente, tem-se: c t x c t x Neste caso, com e são simultâneos em S, obtém-se L 1 ct ct e x, pelo que: 1 L 3 c t x 1 Logo, como x L L 1, ct 1 1, daqui resulta, então, que: L 3 x c t 1 Em síntese: S S L 1 L L 1 x, ct x, ct 1 S 1 1 L 1 L L 1 x L, ct ct x, ct 1 S 1 1 Mas então, vem: Propagação & ntenas Página 1

L 1 L 3 c t x L 1 1 Esta última equação permite, agora, determinar a relação entre L e L Vem sucessivamente L 1 3 3 1 3 1 1 1 1 1 L 1 3 L L 1 L 4 L 1 1 donde se infere, por fim, que L 1 L QED Era também possível chegar a este mesmo resultado de uma forma alternativa Vejamos como intersecção da «equitemp» ct x (ie, o eixo x ) com a linha de universo 1 e x vt L x ct L ct x L, permite definir um novo acontecimento Q, tal que 1 L L x x L x ct x 1 1 Q Q Q Q Q Porém, do ponto de vista do referencial S, o acontecimento Q ocorre em x L no instante t Ou seja: L L Q x L, ct x, ct S Q Q Q S Q 1 1 Logo, de acordo com a invariância do intervalo, vem Q Q Q Q c t x c t x Propagação & ntenas Página 13

ssim, substituindo nesta última equação as coordenadas do acontecimento Q nos dois sistemas de coordenadas, obtém-se: L L L 1 1 1 1 1 1 L L L L 1 L É claro que também se poderia inferir a contracção do espaço por outras vias Mas, como exemplo, fica aqui apenas referido o processo que se baseia na invariância do intervalo Propagação & ntenas Página 14